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50º Congresso Brasileiro de Genética
Resumos do 50º Congresso Brasileiro de Genética • 7 a 10 de setembro de 2004
Costão do Santinho • Florianópolis • Santa Catarina • Brasil
www.sbg.org.br - ISBN 85-89109-04-6
[email protected]
Palavras-Chave: Síndromes mielodisplásicas
na infância; Células estromais; SAGE
Roela, RA1; Silva Jr, WA2; Santos ARD2; Lopes,LF3; Brentani, MM1
1
Lab. de Oncologia (LIM-24), Depto. de Radiologia, FMUSP; 2 Depto. Genética, FMRP/USP; 3Depto. Pediatria do Hospital de Câncer.
Perfil genético de células estromais
de medula óssea de crianças com
síndromes mielodisplásicas
A hematopoese sofre influência do ambiente hematopoético, onde células estromais (0,001-0,01% das células
da medula óssea) são responsáveis por parte deste processo participando por meio de interações celulares e
síntese de substâncias como fatores de crescimento e componentes da matriz extracelular. Anteriormente
descrevemos (Leukemia Research, in press) que co-cultura de células estromais provenientes de medula óssea
de crianças com Síndromes Mielodisplásicas (SMD) com células progenitoras hematopoéticas CD34+ de
cordão umbilical (CD34+) resultaram em hematopoese deficiente como a observada in vivo por SMD. No
presente estudo avaliamos a expressão de genes por SAGE (Serial analysis of gene expression) em células estromais
provenientes de crianças com SMD (n=2, idades de 2 e 8 anos) e comparamos com duas bibliotecas já descritas
na literatura, uma de células estromais provenientes de medula óssea de um individuo adulto saudável (CMS)
e outra de CD34+ (Stem Cell 2003; 21(6):661-9) com o objetivo de identificar possíveis genes envolvidos na
manutenção do ambiente patológico das SMD. Das 15.648 seqüências identificadas como genes conhecidos em
SMD, 47,8% foram comuns para a biblioteca de CMS. Dentre os genes expressos observamos uma redução de
COL1A2, enquanto COL4A1, bem como outras moléculas relacionadas a adesão, tais como, integrinas (cadeia
�3, ITGA3), Trombospondina 1 (THBS1) e inibidor de ativador de plasminogênio (SERPINE1) apresentaramse aumentadas em SMD. Quando comparamos nossa biblioteca com a de CD34+,utilizando o Gene Ontology
(GO), observamos entre os 100 genes mais expressos (intervalo de 13,9 até 87 vezes) em SMD, que aqueles
relacionados àmatriz extracelular (SMD:15,2% vs. CD34+:0%) e à atividade de oxidoredutase (SMD:8,7% vs.
CD34+:0%) apresentavam diferenças significativas (p<0,05). Entre estes genes podemos destacar: fibronectina 1
(FN1), várias cadeias � de diferentes colágenos (COL1A1, COL1A2, COL3A1, COL4A1, COL6A1, COL6A2),
proteína microfibrilar-associada 2 (MFAP2), fibulina1 (FBN1) e proteína ligante de hialurôna e proteoglicana
(HAPIN1). Em adição, genes relacionados a atividade de oxidoredutase como lisil oxidase (LOX) e prolina-4hidroxilase (P4HB), importantes no processamento das fibras de colágeno, podem junto as demais alterações
de moléculas associadas a matriz extracelular estar colaborando na remodelação do ambiente hematopoético
resultando na manutenção da hematopoese deficiente observada na SMD.
Apoio: FAPESP
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