Tudo sorri a Portugal para se tornar num “hub”

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ID: 61531688
23-10-2015 | Formação de Executivos
Tiragem: 11350
Pág: 4
País: Portugal
Cores: Cor
Period.: Ocasional
Área: 25,70 x 37,00 cm²
Âmbito: Economia, Negócios e.
Corte: 1 de 3
AESE
CATÓLICA PORTO
BUSINESS SCHOOL
Rafael Franco, Associate Dean
Ana Côrte-Real, Associate Dean
“O Brasil está a começar
a passar por uma fase
complicada e neste
momento o mercado África suscita
todo o interesse aos brasileiros e
menos aos portugueses.”
“Os portugueses têm
uma grande capacidade
de se adaptar, colocarse de igual para igual,
ser tolerantes e podem ser um
exemplo para o mundo.”
NOVA SBE
Luís Rodrigues, Diretor da
Formação de Executivos
“Independentemente dos
rankings que cada um
possa ter, a verdade é que
as escolas de economia e gestão
no relatório do World Economic
Forum em Portugal estão na quarta
posição no mundo.”
DEBATE VIDA ECONÓMICA – DESAFIOS E OPORTUNIDADES PARA A FORMAÇÃO DE EXECUTIVOS
Tudo sorri a Portugal para se tornar num “hub”
Portugal pode tornar-se
um hub para a educação
de Formação de executivos
nos moldes tradicionais,
esta é uma ideia comum
às Escolas de negócios
portuguesas. Estamos
agora num momento crucial
em “tudo parece sorrir”:
turismo em alta; Portugal
na moda; ótimos resultados
nos rankings das escolas
portuguesas e informação
positiva da experiência
de formação passada
internacionalmente porque a
qualidade das instituições é
uma realidade.
TEXTO: DORA TRONCÃO
“
A realidade atual do mercado
de trabalho exige formação ao
longo da vida e a necessidade de
ganhar competências é uma realidade para todas as pessoas, de
todas as idades”, começa por afirmar José
Veríssimo, representante do ISEG. “O
nosso desafio é encontrar formatos que se
adaptem às diferentes fases da vida”. 10%
dos alunos do ISEG são estrangeiros (em
todos os níveis), mas acontece, refere José
Veríssimo, que “muitos dos alunos quando
vêm, precisam de bolsas e nem sempre é fácil consegui-las”. José Veríssimo considera
que “há uma forte atratividade de alunos
estrangeiros, acontecendo no ISEG ambos
os movimentos de out e in going de alunos”, salientando que “os alunos brasileiros
procuram muito o ISEG porque ao fazer
um curso em Portugal se diferenciam no
país de origem por ter um curso europeu
e, claro, também pela facilidade da língua”.
A Católica Porto Business School também aposta no mercado da lusofonia. De
acordo com Ana Côrte-Real, Associate
Dean da Escola, têm “abordado muito o
mercado da lusofonia, principalmente Moçambique, mas também Angola e agora
Brasil.” O programa de entrada para estes
mercados foi o MBA Atlântico (6ª edição),
coordenado precisamente por Ana Côrte-Real, um programa full time, com alunos
angolanos, brasileiros e portugueses em
que obrigatoriamente fazem formação três
meses em cada continente, passando por
Luanda, Rio e Porto. “No início deste programa a grande atratividade era dos portugueses, pelo movimento Portugal-Luanda,
e tínhamos enormes dificuldades em captar
alunos brasileiros para África porque privilegiam a formação anglo-saxónica” porém
“agora que o MBA tem mais notoriedade,
existe outro fluxo”. “O Brasil está a come-
“As pessoas ouvem: rankings, performance, qualidade vida e
sol e perguntam onde assino? Estamos no início deste ciclo”,
Luís Rodrigues, Nova SBE
çar a passar por uma fase complicada e neste momento o mercado África suscita todo
o interesse aos brasileiros e menos nos portugueses. É interessante verificar que a procura da formação no caso do MBA segue os
reflexos da realidade económica.”
“Por estarmos no Norte a nossa preocupação é melhorar a qualidade da gestão das
empresas na nossa envolvente”, explica Ana
Côrte-Real. A CPBS trabalha sobretudo
com PMES e Micro empresas e empresas
familiares. “ O foco da CPBS é a qualidade da gestão por acreditarmos que tem um
impacto na economia nacional pelo peso
das PMES no nosso tecido empresarial de
que tanto se fala”, reforça Ana Côrte-real.
Europeia aposta na diversificação
e internacionalização
através do ensino online
João Viera da Cunha, representante da
Universidade Europeia, projeto recente em
Portugal, implementado em 2011, defende
uma forma de atração de novos alunos que
passa pelo ensino online, uma aposta que a
instituição que representa está a fazer. Para
o representante da Universidade Europeia,
“os Programas de Executivos residenciais
são na maioria dos casos para pessoas que
trabalham e fazem a formação em simultâneo logo estão maioritariamente em Lisboa. O que denota uma mobilidade baixa”.
João Viera da Cunha refere que “é
ótimo as Escolas Portuguesas estarem nos
rankings” porque “é publicidade e visibilidade para a marca”, todavia “um estudo
da Europeia mostra que os alunos têm nos
resultados dos rankings uma fonte de informação suplementar e não prioritária e
que apenas 26%, 1 em cada 4 alunos valoriza essa fonte de informação na hora de
escolher a formação”. “Muitas pessoas observam quais as Universidades melhor classificadas na proximidade da sua localização
habitual”. E vinca que “há uma oportunidade de internacionalização que é o Ensino
online e por que é importante? Um estudo
feito a 875mil pessoas, pela Universidade
de Unicon nos Estados Unidos, demonstra
que os clientes do ensino online não são os
mesmos da formação tradicional de executivos. São maiorias sub-representadas (não
afroamericanos nem asiáticos) 315 mil,
dessa categoria, estão em formação de executivos e MBA face a 166 mil em formação
de executivos online. 26% dos indivíduos
na formação online são de países em desenvolvimento para 9% face to face. 78% dos
executivos online são internacionais para
14% na formação tradicional”.
“A formação online é uma oportunidade muito grande para a formação de
executivos”, frisa, todavia “há um ponto
raramente é discutido que é o ensino de
qualidade online é muito caro”. Na Universidade Europeia e na Laureate em geral,
existe “um investimento sério de dezenas
de milhares de euros na formação online”.
“Os programas residenciais, MBA,
Curso Geral de Gestão, são uma pequena parte do que fazemos [Escolas de Negócios], porque o grosso da formação de
executivos é para pessoas que já estão a trabalhar, logo têm a possibilidade de fazer a
formação em sala”. E prossegue que “não
é à toa que Harvard deu um passo como
Harvardex, com aulas online que custam
3.000 euros por pessoa”, logo “há uma
oportunidade de diversificação e de negócio”.
Software das pessoas
tem de ser atualizado
“Estamos no início do ciclo virtuoso,
um cocktail explosivo no bom sentido,
para fazer crescer dois mercados: executivos
de fora possam vir fazer formação em Portugal e o mesmo a nível nacional”, anuncia
Luís Rodrigues, Responsável pela Formação de Executivos da Nova SBE. “Há uma
combinação de fatores que neste momento joga a nosso favor. O World Economic
Forum todos os anos publica um relatório
mundial para competitividade global onde
avalia 114 fatores para 144 países e depois
publica rankings para tudo. Um desses fatores é qualidade das escolas de economia e
gestão e, independentemente dos rankings
que cada um possa ter, a verdade é que as
escolas de economia e gestão portuguesas
estão na quarta posição no relatório World
Economic Forum, empatadas com Espanha. É fruto do esforço de todos nós e qualquer facto em que estejamos em quarto no
mundo é notável, sendo que o país no geral
está em 36º/37º.”
Luís Rodrigues conta um episódio em
que perguntava a uma aluna alemã como
tinha vindo parar a Portugal que lhe respondeu “peguei nos rankings e vim por ali
abaixo e escolhi o primeiro sítio onde gostava de viver que era Portugal”.
“A qualidade da formação é percetível;
Portugal está na moda; tem este clima; o
custo de vida razoável e convém não esquecer que nos últimos quatro anos fomos for-
çados a enviar para centenas de milhares de
pessoas, que chegam lá fora e que são trabalhadores executivos fantásticos. As pessoas ouvem: rankings, performance, qualidade vida e sol e perguntam onde assino?
Estamos no início deste ciclo”, acentua. “A
Nova é a maior e melhor escola alemã de
gestão fora da Alemanha, tem 200 alunos
alemães só nos mestrados. Os estrangeiros
dizem maravilhas e voltam”.
“Neste momento embarcámos [Nova
SBE] na “loucura”, um campus totalmente
financiado com apoios privados e tivemos
de ir bater à porta das empresas. Notámos
que nos primeiros 10-15 minutos estão a
fazer um frete em receber-nos, mas ao ouvir com atenção percebem o que o ensino
na Nova oferece e que há muitas oportunidades.” Luís Rodrigues salienta que basta
pensar em “nos próximos dois anos não
comprar, não fazer manutenção do software, no fundo, o equiparado à ideia peregrina de que as pessoas não precisam de
atualização”. “Começa a despertar a consciencialização de ter de atualizar o software
humano, tanto no mercado nacional como
internacional. Haja espaço para construir
escolas e dar formação”, frisa.
Portugueses podem ser exemplo
para o mundo
Rafael Franco, Associate Dean da AESE
(IESE, mais de 20 escolas pelo mundo,
destacando-se a Universidade de Navarra e
a Escola de Saúde), aponta três grandes razões para as escolas de negócios existirem e
prestarem um bom serviço, a saber: o apelo
ao empreendedorismo; o financiamento e a
procura da ética nos negócios.
Quanto à metodologia preferida pela
AESE foca-se no estudo de casos, “discutindo mais de 150 casos por semana”, de
acordo com Rafael Franco, “casos próprios
da Escola e de Harvard, que comportam
todo o tipo de problemas reais e apelam
à interdisciplinaridade”. “Um caso não é
exercício de marketing, são problemas em
contexto real”, sublinha.
O Associate Dean lembra que “o atual
contexto de mudança e desafio necessita de
uma perspetiva empreendedora, fazer novo
e diferente ao nível dos processos de negócio”. Logo, “nos programas da AESE existe
um professor tutor, que acompanha o aluno para avaliar os resultados e um coaching
para as soft skills, além de um terceiro
apoio personalizado, usualmente protagonizado por um alumni que é uma voz critica e desafiadora dos projetos empresariais”.
A escola dá também apoio financeiro
aos programas empreendedores, Executivos e MBA. “Temos um fundo de apoio
ao investimento (capital de risco), chamados Finaves, constituídos por fundos com
um valor de cerca de um milhão de euros
cada e que potencia o alavancamento dos
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23-10-2015 | Formação de Executivos
ISEG
José Veríssimo, Marketing &
Strategy, Marketing & External
Relations Advisor to the Deanʼs
Office
“10% dos nossos alunos
são internacionais e o Brasil tem
um potencial enorme pela língua
e porque os alunos querem
diferenciar-se com um diploma
europeu.”
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Period.: Ocasional
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Âmbito: Economia, Negócios e.
Corte: 2 de 3
UNIVERSIDADE EUROPEIA
João Vieira da Cunha, Diretor do Instituto de
Investigação e Escola Doutoral
“Não é à toa que Harvard
deu um passo como
Harvardex, com aulas
online que custam 3.000 euros por
pessoa logo há uma oportunidade
de diversificação e de negócio para a
Formação de Executivos”
PORTO BUSINESS SCHOOL
Ana Maria Sousa, Responsável pela
área de Formação para Executivos
“Em Portugal temos três
Business Schools no ranking
mais importante para nós.
Estamos ao lado de países como
Canadá, China e Espanha.”
EM PORTUGAL
para a formação de executivos
projetos”, revela Rafael
Franco.
“Outro aspeto que
justifica a nossa existência
enquanto Escola de Negócios é o desenvolvimento
das soft skills que muitos
gestores procuram, mesmo
a nível pessoal, porque trabalham com outras pessoas
e é necessário minimizar
conflitos, mas também
porque temos uma perspetiva humanista cristã da sociedade e estamos preocupados com as questões da
ética nos negócios. Quem
está no topo sente a necessidade que todos os que decidam tenham claro aquilo
que é bom fazer. Não basta
uma perspetiva tecnocrata”, conclui.
12 mil escolas de
negócios no mundo
e Portugal tem três
no top 100
Ana Maria Sousa, responsável pela área de Formação de Executivos da
Porto Business School, dá
destaque da Formação para
Executivos em Portugal em
Portugal no ranking do FT.
“Em Portugal temos três
Business Schools, estamos
ao lado de países como
Canadá, China e Espanha.
Só há três países que têm
mais Business Schools neste ranking que são Estados
Unidos, Reino Unido e
França. Se vermos a nossa
dimensão a face ao termos
três Business Schools no
top 100 - uma é Porto Bu-
*Agradecimento
à Universidade Europeia e ao ISEG,
ambas instituições
que
amavelmente
acolheram o Vida
Económica no que
se propõe tornar-se
um périplo de debates pelas Universidades portuguesas no
âmbito dos Suplementos dedicados à
educação que o semanário publica.
siness School -, é uma demonstração de qualidade e
competitividade” e ressalta
que “existem 12 mil Business Schools no mundo e
Portugal está entre as 100
melhores, não esquecendo
que são muitas a entrar
nesta área especialmente
na Ásia”.
A necessidade de inovar é premente e “com
a crise”, diz Ana Sousa,
“temos de nos reinventar
para conseguir os mesmos
resultados, o mesmo número de alunos”. “Estamos
entre os melhores e temos
condições para captar mais
gente, aproveitando os pré-
mios na área do Turismo e
a competitividade portuguesa em termos de preços
na oferta formativa e no
custo de vida”•
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23-10-2015 | Formação de Executivos
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País: Portugal
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Área: 25,70 x 31,87 cm²
Âmbito: Economia, Negócios e.
Corte: 3 de 3
DEBATE
FORMAÇÃO DE EXECUTIVOS
EM PORTUGAL QUE OPORTUNIDADES?
• Portugal pode tornar-se um hub
para a Formação de Executivos
• Ensino online é porta aberta
para o mundo que pode potenciar
atração de alunos
Págs. 4 e 5
RAMON OʼCALLAGHAN UNIVERSIDADE
“DEAN” DA PORTO
EUROPEIA
NOVA SBE
Escola
TRÊS CEOS
explicam porque
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