marcas e pessoas: o que tem mudado nessa

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coluna
direto
ao da
PONTO
Denis Garcia
É diretor de desenvolvimento de negócios e parcerias da
HSM Educação Executiva e foi head de relações internacionais
da Fundação Dom Cabral.
MARCAS E PESSOAS: O QUE
TEM MUDADO NESSA RELAÇÃO?
Uma observação empírica revela que a maneira como os consumidores se relacionam
com as empresas está evoluindo em uma direção nem sempre percebida
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ou uma organização. Ou seja, criar
conteúdo em si perde relativamente importância.
Se, contudo, houver um verdadeiro trabalho de inteligência por
trás desse conteúdo, possibilitando entender o que o consumidor
realmente deseja acessar e fazendo
com que esse acesso seja simples e
lógico, aí chegamos à distribuição-rainha de Paolucci. E é imbatível.
Não há como não se lembrar de
uma marca que lhe proporciona
aprendizados relevantes.
Acrescenta-se experiência à exposição. A exposição de marca em
publicidade e patrocínio tradicionais
continua fundamental, mas surgem
estratégias complementares. Mais do
que ser vista, a marca tem de penetrar a mente e o coração do consumidor por meio de momentos únicos e experiências inesquecíveis.
Se essas experiências forem conectadas ao propósito e aos objetivos do
consumidor e se contribuírem para
seu aprendizado e seu crescimento, a
relação de ganha-ganha será imediata.
O patrocinador será parte relevante
do objeto patrocinado.
As estratégias tornam-se multitouch. Em tempos de recursos escassos, executivos de marketing têm
optado por impactar o consumidor
em formatos diversos e de maneira
frequente, em vez de colocar todas as
suas fichas em um único projeto.
Essa é a chamada estratégia multitouch, que constrói múltiplos
pontos de contato com o público-alvo, distribuindo recursos não só
ao longo de um período mais ampliado, como também em um formato blended.
Por exemplo, patrocinar um evento presencial deixa de ser um fim
em si mesmo e vira parte de uma
estratégia que vincula uma marca a
um tema ou propósito que a diferencie. Então, patrocina-se o tema
tanto na experiência presencial do
evento como em sua vivência digital.
A relação entre patrocinador e patrocinado fica mais perene.
EMPIRISMO
Esses dados são empíricos, observados em minha vivência do mercado brasileiro. Condizem com o que
você, caro leitor, tem visto por aí?
Os executivos de marketing têm optado por impactar o
consumidor em formatos diversos e de maneira frequente,
sem colocar as fichas em um único projeto
FOTO: LOLASTUDIO: ZEN
E
m 1996, o fundador da Microsoft,
Bill Gates, disse sua famosa frase
“O conteúdo é rei”, referindo-se
ao mundo que se desenhava com o
advento da internet e, mais especificamente, ao mundo do marketing.
Mais recentemente, o empreendedor
brasileiro Rodrigo Paolucci fez a frase
evoluir: “Se o conteúdo é rei, a distribuição é rainha”.
Neste contexto superpovoado de
informações em que vivemos, as empresas começam a entender que tão
importante quanto produzir ou patrocinar conteúdo é cuidar com carinho de sua distribuição e curadoria.
Agora, a vida do consumidor precisa
ser facilitada ao máximo.
Essa é uma das tendências que me
têm saltado ao olhos no marketing
brasileiro. Estando à frente da área
comercial da HSM, venho interagindo com executivos de marketing dos
mais diversos segmentos do mercado
brasileiro e quero compartilhar com
o leitor estas três apostas-chave para
o marketing do século 21:
O conteúdo tem de ser relevante
e distribuído com precisão. Graças
à democratização digital, produzir e
acessar conteúdos diversos ficou fácil, como ilustra o conceito de conteúdo-rei de Bill Gates, desdobrado
no marketing de conteúdo. Só há um
porém: tal facilidade aumenta a dificuldade de encontrar o que é realmente relevante para um indivíduo
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