Evolução Histórica Antiguidade Mercantilismo Mercantilismo

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Evolução Histórica
Homo erectus
Homo sapiens
Homo economicus
Cenários Contemporâneos:
Contemporâneos:
História do Pensamento Econômico
Prof. MSc. Michael Jonas
Homo habilis
Antiguidade
• Sabe
Sabe--se muito pouco sobre o
conhecimento econômico na antiguidade
• Muita coisa sobre política, contabilidade,
i
impostos,
juros,
j
comércio
é i e valor
l
• Aristóteles, São Tomás de Aquino e os
Franciscanos são exemplos de alguns
pensadores que dissertaram sobre
economia
Homo
neanderthalensis
Pré-Mercantilismo
Pré(Antes do Séc.XV)
• Descoberta tecnológica na agricultura
permite pela primeira vez um nível de
produção acima do nível de consumo
permitindo às pessoas comercializar o
excedente de produção (Séc.IX
(Séc.IX--XIII)
• O comércio impulsiona os fluxos
migratórios, de mercadorias e financeiro
Mercantilismo
Mercantilismo
• Pensamento econômico
econômico--comercial que vigorou,
• Idéia Central: Países enriquecem
principalmente na Europa, nos séculos XVI XVII
• Os recém criados países (nações(nações-estados)
precisam
i
de
d receita
it para consolidar
lid as suas
fronteiras fortalecendofortalecendo-se contra agressões
externas (gastos militares), assim como para
consolidar as relações econômico
econômico--políticas
internas.
vendendo mais aos outros do que
comprando dos outros
• Políticas
P lí i
em favor
f
das
d exportações
õ e
penalidades para as importações
• Cada país tinha sua forma de
Mercantilismo, mas algumas políticas eram
similares a todos os países
1
Mercantilismo: Políticas Comuns
Mercantilismo: Políticas Comuns
• Bulionismo: Acumulação da maior
• Incentivo a agricultura para consumo interno e
proibição da exportação de produtos agrícolas
quantidade possível de ouro e prata e a
proibição da sua exportação
• Conquista de colônias com grande reserva
desses metais, ou através do comércio
(exportações > importações)
• As “indústrias” (manufaturas) são incentivadas a
Mercantilismo: Políticas Comuns
Mercantilismo x Política Monetária
• A maioria dos países tinham “Leis de
• Percepção da conexão entre o aumento da
Mercantilismo x Macroeconomia
Mercantilismo: Críticas
• Uma balança comercial positiva (exportações >
• Ênfase nas restrições às importações restringem
Navegação”
• Restringir a exportação e importação de
produtos aos navios dos próprios países
• Promoção da marinha mercante (transporte
barato para as exportações, e possível fonte de
receita através do transporte de mercadorias
para outros países)
• Resumindo: Para mim tudo, para você nada!
importações) aumenta o nível das reservas em
ouro no país
• Maior quantidade de ouro gera maior
quantidade
tid d d
de moeda
d que aumenta
t a iinflação
fl ã
• A inflação mais alta torna os produtos
exportados mais caros e os importados mais
baratos, diminuindo as exportações e
aumentando as importações equilibrando a
balança comercial
• Logo, a política mercantilista é contraditória!
exportarem a sua produção
• Os produtos manufaturados de outros países
são taxadas ou simplesmente proibidos de
serem importados
• Os manufaturados produzidos domesticamente
recebem subsídios governamentais ou podem
operar sob a forma de monopólio
quantidade de metais preciosos na
economia e o aumento nos níveis de
preços
• Embora ainda não teorizada,
M x V = P x Q (Teoria Quantitativa da
Moeda) já é percebida
• A ligação de M e P já é bem percebida
as inovações (David Hume, filósofo inglês)
• Os fisiocratas refutam a importância dada ao
comércio,
é i preferem
f
a agricultura
i lt
• Adam Smith argumenta:
– é artificial a alocação de recursos em uma economia
mercantilista
– o comércio não é um jogo onde um deve perder, mas
onde todos devem ganhar (através da especialização)
2
Os Fisiocratas
Os Fisiocratas
• Movimento eminentemente francês
• Combatia o mercantilismo, propondo a
• Três classes sociais:
– Classe produtiva (agricultura)
– Classe estéril ((indústria e comércio))
– Classe ociosa (proprietários de terra)
desestatização da economia
• O enfoque saía do comércio para a produção
• Segundo os fisiocratas, a indústria e o comércio
apenas transformam valores, a produção
agrícola é a que gera valores
• A terra é uma dádiva da natureza
• Governo atrapalha ao inibir a ordem
Os Fisiocratas
Os Fisiocratas:
Modelo
natural das coisas
• Os agentes (empresas e trabalhadores)
precisam de liberdade
Produção
• Propostas:
– Capitalização da agricultura
– Redução
ç da carga
g tributária
– Estímulo ao comércio exterior, como forma de
escoar a produção agrícola (doutrina do caro
e abundante)
– O consumo de manufaturados será alto pela
doutrina do barato e abundante
Capital
agricultura
Produtividade
Governo aumenta
arrecadação pelo
volume
Renda
Disponível
Importação livre
Combate a monopólios e oligopólios
e a burocracia
Os Fisiocratas
Os Fisiocratas
• Viam a excessiva regulamentação do
• Adeptos do hedonismo
Estado como um elemento prejudicial à
economia
• Propunham o aumento da competição
• Laissez
Laissez--faire, laissez
laissez--passer...
Classe estéril
Classe ociosa
Demanda
Agrícola
Preços
Agrícolas
Alíquota de
Impostos
Excedente
de Renda
Demanda
Manufaturados
Preços
Manufaturados
– Doutrina segundo a qual o indivíduo procura a
maior satisfação com o mínimo de dispêndio
ou esforço
– No mercado, quando cada indivíduo procede
desse modo, a sociedade estará obtendo o
máximo bembem-estar social possível
• Expoente: François Quesnay
3
Revolução Industrial
Revolução Industrial:
Características Principais
• Foi mais um processo lento e gradual do
• Substituição do esforço humano pelas
que uma “revolução” (1760
(1760--1820)
• Diminuição do papel da agricultura e
aumento do setor secundário (mineração,
construção civil e indústria) quanto ao
número de trabalhadores e de produção
máquinas
• Introdução dos combustíveis fósseis
• Uso abundante de materiais sintéticos
• Uso para novas e abundantes matériasmatériasprimas
• Destruição do velho enquanto cria o novo
Revolução Industrial:
Consumo e Comércio
• Revolução do Consumidor
– As pessoas compravam como nunca
– Novos hábitos e gostos surgem em função nas mudanças
de atitudes e valores da nova classe média (maior e mais
poderosa)
• A demanda
d
d por chá,
há café,
fé açúcar,
ú
temperos
t
e
algodão aumenta muito significativamente, dando
aos países fornecedores desses produtos poder de
compra para adquirirem os produtos manufaturados
europeus (globalização?!)
Revolução Industrial:
Consumo e Comércio
• Nos países produtores de matériamatéria-prima
para os europeus a mãomão-de
de--obra era
barata:
– Escravidão (300
(300 anos depois estamos hoje
discutindo a mesma coisa!!!)
– A exportação de manufaturados europeus para novos
mercados crescia mais rápida que a demanda interna
Revolução Industrial:
Aspectos Sociais
Economia Clássica
• Aumento significativo da população
• Adam Smith (1723
(1723--90
90):
):
– Aumento da fertilidade
– Aumento da expectativa de vida
• Maior acesso e melhor nutrição
• Medicina
M di i começa a “salvar
“ l
vidas”
id ”
• Melhores condições sanitárias
• Melhor calefação
• Melhor higiene
• Aumento expressivo da urbanização
O Pai da Economia
• Os mercados
e cados e o
comércio levam à
prosperidade
– Em pouco mais de um século a proporção de pessoas
na agricultura caiu de mais de 60%
60% para menos de
16%
16
% (meados do século XIX)
4
Economia Clássica: Adam Smith
Economia Clássica: Adam Smith
• A prioridade do indivíduo sobre o do
• “...é a grande multiplicação de produtos, em
Estado
• Direito à propriedade privada
• Limites ao que o Estado pode fazer
• Divisão do Trabalho:
– Aumento da especialização e eficiência
conseqüência da divisão do trabalho, que
ocasiona, em uma sociedade bem governada,
governada, a
uma opulência
p
universal,, que
q se estende até
aqueles localizados nas classes sociais mais
baixas...”
• A especialização leva ao excedente
• Aumento da oferta = diminuição do preço
• Todos podem agora comprar mais
Economia Clássica: Adam Smith
Economia Clássica: Adam Smith
• “...não é da benevolência do açougueiro ou do
• A Mão Invisível:
padeiro que teremos o nosso jantar, mas sim do
interesse próprio de ambos...”
• Os
O mercados
d “encorajam
“
j
cada
d homem
h
a se
empenhar em uma ocupação específica,
cultivando ao extremo esse seu talento...”
• Mercados = escolha = liberdade & diversidade
– “...como cada indivíduo exerce uma
especialidade de forma a produzir o máximo
possível para si, ele acaba promovendo, como
se guiado por uma mão invisível,
invisível, o melhor
para toda a sociedade, ainda que essa não
fosse a sua intenção...”
Economia Clássica: Adam Smith
Economia Clássica: Adam Smith
• Comércio:
• O Princípio da Vantagem Absoluta tem um
– Não é um jogo onde há perdedores
– Se os produtos importados forem mais baratos que os
locais,
locais o resultado será um aumento de consumo
– As exportações geram receitas para poder pagar
pelas importações
– Os países devem se especializar na produção de bens
onde possuam uma vantagem na produtividade
(Princípio da Vantagem Absoluta)
“furo”. O princípio só é válido se cada país
for mais produtivo em um dos bens, o que
convenhamos é uma suposição bastante
irreal
• Surge então David Ricardo
5
Economia Clássica
Economia Clássica: David Ricardo
Teoria do Valor
• David Ricardo (1722
(1722--
• Usado posteriormente por Marx para criticar e
1823): O Pai do Comércio
1823):
Internacional
• Teoria dos Rendimentos
Decrescentes
• Teoria do Valor
Valor--Trabalho
• Princípio da Vantagem
Comparativa (custos de
oportunidade)
prever o fim do capitalismo
• Segundo Ricardo o valor de um bem está
relacionado
l i
d à sua escassez e à quantidade
tid d de
d
trabalho na produção de um determinado bem
• Ainda de acordo com Ricardo uma economia
tende a atingir um nível onde o crescimento não
é mais possível (a não ser via comércio
internacional). Como?
Economia Clássica: David Ricardo
Teoria dos Rendimentos Decrescentes
Economia Clássica: David Ricardo
Teoria dos Rendimentos Decrescentes
• Para Ricardo a Terra é um insumo de produção
• O dono da terra porém continua a ganhar pois o
Economia Clássica: David Ricardo
Teoria dos Rendimentos Decrescentes
Economia Clássica: David Ricardo
Teoria das vantagens Comparativas
• Na sua obra original Ricardo imaginou que avanços
• Custo de Oportunidade: quanto da
fixo. O mundo tem uma tendência a uma
expansão de pessoas o que obriga cada vez
mais a utilização de terras menos férteis (logo
menos produtivas). Os preços dos produtos
agrícolas sobem e os salários devem subir
proporcionalmente (manter a subsistência do
trabalhador). Com isso o lucro das empresas
têm a tendência a zero.
tecnológicos nas máquinas diminuiriam o problema
dos lucros decrescentes, mas já na terceira edição
da sua obra ele já acha que as máquinas acabarão
por diminuir
di i i a necessidade
id d por mãomão
ã -de
d -obra.
deb Esse
E
excesso de mãomão-de
de--obra iria então diminuir os
salários no longo prazo (mas não abaixo do seu
nível natural de subsistência). Lucros e salários
decrescentes, “aluguéis” crescente levariam uma
economia a um ponto estacionário. A única saída é
o comércio internacional.
“aluguel” que ele cobra dos fazendeiros é
sempre crescente devido à escassez da terra.
• Segundo
S
d Ricardo,
Ri d “...
“ Assim
A i o proprietário
i tá i da
d
terra, que não contribui em nada para o
progresso da sociedade, fica cada vez mais rico,
enquanto o resto da sociedade – capitalistas e
trabalhadores – ficam cada vez mais pobres...”
produção de um bem devemos abrir mão
para podemos produzir uma unidade de
um outro bem (já que para produzirmos
um bem temos que transferir os recursos
produtivos, escassos, de uma produção
para outra)
6
O Primeiro Crítico: Desconstrução
O Primeiro Crítico: Karl Marx
• Karl Marx (1818
(1818--83
83))
• Filósofo + cientista político
• Escreveu com Engels o Manifesto do
•
•
•
+ antropólogo + economista
= materialismo histórico
Pai do Marxismo
Previu o fim do capitalismo
Junto com Frederick Engels
foram os Pais do
Comunismo
Partido Comunista em 1848
• Escreveu O Capital em
em1867
1867.. Após a sua
morte Engels publicou a segunda e
terceira parte do O Capital utilizando os
rascunhos de Marx em 1885 e 1894
Karl Marx: Principais Críticas
Karl Marx
• Para Marx a teoria política econômica clássica (Adam
• As teorias de Marx sobre filosofia, sociologia,
•
•
•
Smith) concentra o poder e a propriedade,
eventualmente criando dois tipos de cidadãos: os de
posse e os que não possuem nada
A ideologias
As
id l i do
d livre
li
comércio
é i e da
d mão
ã invisível
i i í l
escravizarão os trabalhadores
No longo prazo os salários tendem a diminuição abaixo
do nível de subsistência e o padrão de vida dos
trabalhadores diminuirá
Seria melhor centralizar os instrumentos de produção na
mão do Estado
história tiveram muito mais repercussão
enquanto ele esteve vivo. Somente após a sua
morte que as suas teorias sobre economia
ganharam fôlego através de Engels e Kautsky.
Kautsky
• Mas dentro do próprio seio Marxista opiniões
dissidentes começaram a surgir: o desafio
humanista (segundo o qual a queda do
capitalismo não é inevitável mas deve ser uma
decisão consciente canalizada através dos
sistemas políticos e educacionais)
Karl Marx: Economia
Karl Marx: Economia
• Para Marx os trabalhadores eram explorados por
• Marx acredita então, que o capitalista vai utilizar
receberem um salário inferior ao valor
valor--trabalho
que ele desempenhava. Os donos do capital
acumulavam essa diferença
ç ((Mais(Mais-Valia))
• O acúmulo de capital leva as empresas a
competirem por mais “Mais“Mais-Valia” o que elevaria
o salário dos trabalhadores, isso diminuiria os
lucros (ao contrário de Ricardo e Malthus, Marx
não acredita que o trabalhador então iria ter
mais filhos)
máquinas para aumentar a produtividade
substituindo a mão
mão--de
de--obra e consequentemente
diminuindo os salários e aumentando o
desemprego, mas elevando a “Mais“Mais-Valia”
• Mas a competição força os capitalistas a gastarem
cada vez mais em máquinas cada vez mais caras
reduzindo novamente o lucro até zero e as firmas
menos eficientes começam a quebrar
7
Karl Marx: Economia
Karl Marx: Economia
Papel do Comércio Internacional
• Com o aumento do desemprego o trabalhador
• Segundo Marx, através do comércio
aceita um salário menor e são novamente
contratados, agora pelas empresas
sobreviventes, quase todas monopolistas, e a
“Mais
Mais--Valia”
Mais
Valia volta a crescer
crescer. Não por muito
tempo (ciclo vicioso)
• De um lado a classe dominante fica cada vez
menor, grandes empresas abocanham as
pequenas, e a classe trabalhadora fica cada vez
maior e mais miserável, até que ela se levanta e
destrói o capitalismo
internacional os países capitalistas conseguiriam
retardar a sua “derrocada” vendendo a sua
produção excedente (“Mais
( MaisMais-Valia”)
Valia )
• Contudo a competição entre os países por esses
novos mercados levaria os países capitalistas a
tentar obter o controle desses países
compradores, levando ao Imperialismo
Econômico
O Segundo Crítico: Adaptação
O Segundo Crítico: Keynes
• John Maynard Keynes
• Após a publicação do livro Riqueza das Nações
(1883
1883--1946
1946))
• Talvez o mais importante
economista
i t d
da história
hi tó i
• Publicou em 1936 o livro
Teoria Geral do Emprego,
do Juro e do Dinheiro
de Adam Smith, o mundo se tornou clássico. A
mão invisível dominava a economia...
– até
té 1929 e a queda
d da
d Bolsa
B l de
d NY (que
(
de
d acordo
d
com a teoria clássica não deveria acontecer). Ainda
segundo a teoria clássica, a economia
automaticamente voltaria aos níveis de antes da
queda sem necessidade de nenhum tipo de
intervenção governamental
Keynes: Teoria Econômica
Keynes: Teoria Econômica
• A principal preocupação de Keynes era com o
• Nesse caso, se o setor privado não está
desemprego e o “bem“bem-estar social” (através do
pleno emprego)
• Para Keynes a recessão, ou sua versão piorada a
d
depressão,
ã não
ã são
ã um fenômeno
f ô
de
d longo
l
prazo e que a economia sozinha deve lidar com
ela
– Keynes inclusive disse textualmente:
“... No longo prazo estaremos todos mortos...”
• Para Keynes a recessão, ou depressão, eram
resultados de uma falta de demanda
preparado para gastar e suprir a demanda
necessária para manter a economia em
“equilíbrio”
equilíbrio , que o Governo o faça
• Para Keynes, o Governo só precisa manter um
orçamento equilibrado no médio prazo, no curto
prazo cabe ao Governo intervir na economia
quando o nível da demanda for insuficiente
8
Keynes: Teorias
• Esse déficit governamental seria pago quando o setor
privado da economia voltasse a gastar, e aí o Governo
poderia cortar gastos e economizar e pagar as suas
dívidas
• Keynes inclusive “brincava” dizendo que o Governo
poderia até pagar por obras faraônicas sem sentido, ou
mesmo p
pagar
g às pessoas
p
para
p
cavarem e
desenterrarem dinheiro apenas como forma de
movimentar a economia aumentando a demanda dessa
economia
• As teorias de Keynes foram usadas quase à exatidão
durante o “New Deal”, política de recuperação
econômica dos Estados Unidos a partir de 1936 sob a
liderança do Presidente Franklin D. Roosevelt
Keynes: Comércio Internacional
• Não se preocupou (ou pelo menos, não
escreveu) muito à época com os países
em desenvolvimento (exceção um pouco
da Índia)
Í
ou com a questão do
Desenvolvimento Econômico
Keynes: Comércio Internacional
Keynes: Comércio Internacional
• De qualquer forma Keynes advogava:
• Foi sob a bandeira do pleno emprego e do
– Os preços dos produtos primários internacionais
precisavam ser estabilizados
– Os países com superávits ou déficits comerciais muito
substanciais deveriam ser pressionados a equilibrar as
suas balanças comerciais
– Deveria existir uma moeda mundial
– Necessidade da existência de alguma forma de
coordenação e vigilância sobre as políticas
econômicas internacionais.
“bem--estar social” que a reunião de
“bem
Bretton Woods foi realizada em 1944
• A idéia era criar regras e uma ordem ao
sistema monetário internacional capaz de
superar as limitações da época: o padrãopadrãoouro e o sistema de desvalorizações
cambiais competitivas
Keynes: Comércio Internacional
Keynes: Comércio Internacional
• Partes das idéias de Keynes foram adotadas:
• Mas Keynes não advogava a intervenção estatal
– Criação do FMI (emprestador de última instância)
– Criação do Banco Mundial (criar desenvolvimento)
• A Organização
g
ç Internacional do Comércio não foi
aprovada pelo senado americano,e talvez, uma
das “pernas” das idéias de Keynes não foi
adotada (estabilização dos preços dos produtos
primários)
• A moeda mundial única (Bancor) também não
foi aprovada
a todo e qualquer momento, mas apenas
quando o mercado falhasse
• Ele era a favor do controle do fluxo de capitais
entre
t países
í
• A maior parte das teorias de Keynes para o
mercado externo não foi adotada,
principalmente por pressão dos americanos
– Há uma frase interessante que diz: “... Internamente
os Estados Unidos são Keynes, mas no comércio
internacional eles são totalmente Adam Smith”
9
O Fim do Keynesianismo
O Fim do Keynesianismo
• As teorias de Keynes dominaram o mundo
• Concluiu
Concluiu--se que a meta do pleno emprego era não só
até os anos 70, durante 40 anos o mundo
cresceu, ajudado pelas guerras, pelo “New
“New
Deal”” e o Plano Marshall
Deal
• A crise do petróleo de 1973 (preço do
petróleo subiu 130%)
• Os déficits fiscais americanos
•
fútil, mas inflacionária. ConseguiaConseguia-se uma diminuição
temporária do desemprego às custas de um aumento
permanente nos níveis de inflação
C
ConsiderouConsiderou
id
-se então
tã que qualquer
l
intervenção
i t
ã
governamental na economia via manipulação dos gastos
do governo como ineficaz e perigosa, já que quando um
governo apresenta déficit fiscal ele (o governo)
precisava oferecer maiores taxas de juros para financiar
o seu déficit o que leva a um aumento ainda maior do
déficit
Neoliberalismo: Início
• Mas a partir da crise do petróleo de 1973, seguida pela onda inflacionaria
A Chegada do Neoliberalismo
Neoliberalismo: Filosofia
• Na filosofia neoliberal os homens não nascem iguais,
nem tendem à igualdade. Logo qualquer tentativa de
suprimir com a desigualdade é um ataque irracional à
própria natureza das coisas. Deus ou a natureza dotou
alguns com talento e inteligência mas foi avaro com os
demais. Qualquer tentativa de justiça social tornatorna-se
inócua por que novas desigualdades fatalmente
ressurgirão. A desigualdade é um estimulante que faz
com que os mais talentosos desejem destacar
destacar--se e
ascender ajudando dessa forma o progresso geral da
sociedade.Tornar iguais os desiguais é contraproducente
e conduz à estagnação. Segundo W. Blake: "A mesma lei
para o leão e para o boi é opressão!"
que surpreendeu os estados de BemBem-estar social, o liberalismo
gradativamente voltou à cena. Denunciou a inflação como resultado do
estado demagógico perdulário, chantageado ininterruptamente pelos
sindicatos e pelas associações. Responsabilizaram os impostos elevados e
os tributos excessivos, juntamente com a regulamentação das atividades
econômicas, como os culpados pela queda da produção. O mal devia
devia--se
pois a essa aliança espúria entre o Estado de BemBem-estar social e os
sindicatos. A reforma que apregoavam devia passar pela substituição do
Estado de BemBem-estar social e pela repressão aos sindicatos. O estado
deveria ser desmontado e gradativamente desativado, com a diminuição
dos tributos e a privatização das empresas estatais, enquanto os sindicatos
seriam esvaziados por uma retomada da política de desemprego,
contraposta à política Keynesiana do pleno emprego. Enfraquecendo a
classe trabalhadora e diminuindo ou neutralizando a força dos sindicatos,
haveria novas perspectivas de investimento, atraindo novamente os
capitalistas de volta ao mercado (surge o neoliberalismo)
Neoliberalismo: Exclusão e Pobreza
• A sociedade é o cenário da competição, da concorrência.
Se aceitamos a existência de vencedores, devemos
também concluir que deve haver perdedores. A sociedade
teatraliza em todas a instâncias a luta pela sobrevivência.
Inspirados no darwinismo, que afirma a vontade do mais
apto, concluem que somente os fortes sobrevivem
cabendo aos fracos conformaremconformarem-se com a exclusão
natural Esses
natural.
Esses, por sua vez
vez, devem ser atendidos não pelo
Estado de BemBem-estar,
estar, que estimula o parasitismo e a
irresponsabilidade, mas pela caridade feita por
associações e instituições privadas, que ameniza a vida
dos infortunados. Qualquer política assistencialista mais
intensa joga os pobres nos braços da preguiça e da
inércia. Deve
Deve--se abolir o saláriosalário-mínimo e os custos
sociais, porque falsificam o valor da mãomão-de
de--obra
encarecendo--a, pressionando os preços para o alto,
encarecendo
gerando inflação.
10
Neoliberalismo: Ricos
Neoliberalismo: Crises
• São a parte dinâmica da sociedade. Deles é que saem as
• É resultado das demandas excessivas feitas pelos
iniciativas racionais de investimentos baseados em
critérios lucrativos. Irrigam com seus capitais a
sociedade inteira, assegurando sua prosperidade. A
política de tributação sobre eles deve ser amainada o
máximo possível para não ceifarceifar-lhes os lucros ou inibiinibilos em seus projetos. Igualmente a política de taxação
sobre a transmissão de heranças deve ser moderada
para não afetar seu desejo de amealhar patrimônio e de
legá--lo aos seus herdeiros legítimos.
legá
Neoliberalismo: Inflação
• Resultado do descontrole da moeda. E esse por sua vez
ocorre devido ao aumento constante das demandas
sociais (previdência, seguroseguro-desemprego, aposentadorias
especiais, redução da jornada de trabalho, aumentos
salariais além da capacidade produtiva das empresas,
empresas
encargos sociais, férias e etc...) que não são
compensadas pela produção geral da sociedade.Por mais
que o setor produtivo aumente a riqueza, a gula sindical
vai na frente fazendo sempre mais e mais exigências.
Ocorre então o crescimento do déficit público que é
tapado com a emissão de moeda.
sindicatos operários que pressionam o estado. Este,
sobrecarregado com a política providenciaria e
assistencial, é constrangido a ampliar progressivamente
os tributos. O aumento da carga fiscal sobre as
empresas e os ricos,
i
reduz
d suas taxas de
d lucro
l
e faz
f com
que diminuam os investimentos gerais. Sem haver uma
justa remuneração, o dinheiro é entesourado ou enviado
para o exterior. SomaSoma-se a isso os excessos de
regulamentação da economia motivados pela continua
burocratização do estado, que complicam a produção e
sobrecarregam os seus custos.
Neoliberalismo: Teologia
• Demônio
– O estado intervencionista. Dele é que partem as políticas
restritivas à expansão das iniciativas. Incuravelmente
paternalista, tenta demagogicamente solucionar os
problemas de desigualdade e da pobreza por meio de uma
política tributária e fiscal que termina apenas por provocar
mais inflação e desajustes orçamentários
• Deus
D
– O mercado. Ele é quem tudo regula, faz os preços subirem
ou baixarem, estimula a produção, elimina o incompetente
e premia o sagaz e o empreendedor. Ele é o deus perfeito
da economia moderna, tudo vê e tudo ouve, omnisciente e
omnipresente. Seu poder é ilimitado e qualquer tentativa
de controlácontrolá-lo é um crime de heresia, na medida em que é
ele que fixa as suas próprias leis e o ritmo em que elas
devem seguir
Neoliberalismo: Política
Neoliberalismo: Fundadores
• O neoliberalismo afina
afina--se com qualquer regime que
• O neoliberalismo é resultado do encontro de duas
assegure os direitos da propriedade privada. Para ele é
indiferente se o regime é democrata, autoritário ou
mesmo ditatorial. O regime político ideal é o que
consegue neutralizar os sindicatos e diminuir a carga
fiscal sobre os lucros e fortunas, ao mesmo tempo que
desregula o máximo possível a economia
economia. Pode conviver
tanto com a democracia parlamentar inglesa, como
durante o governo Thatcher, como com a ditadura do
Gen. A.Pinochet no Chile. Sua associação com regimes
autoritários é tático e justificada dentro de uma situação
de emergência (evitar uma revolução social ou a
ascensão de um grupo revolucionário). A longo prazo o
regime autoritário, ao assegurar os direitos privados,
mais tarde ou mais cedo, dará lugar a uma democracia
correntes do pensamento econômico. A primeira vem da
escola austríaca, aparecida nos finais do século XIX
tendo a frente Leopold von Wiese e que teve
prosseguimento com von Miese e seu mais talentoso
discípulo Friedrich von Heyek, que apesar de austríaco
fez sua carreira em Londres
Londres. Heyek se opôs tanto à
política keynesiana (por seu intervencionismo) como ao
estado de Bem
Bem--estar social (pelo seus assistencialismo)
idealizado primeiro na Inglaterra em 1942. A outra
vertente é formada pela chamada escola de Chicago,
tendo Milton Friedman como seu expoente. Friedman foi
o principal crítico da política do New Deal do presidente
F.D.Roosevelt (1933(1933-45) devido a sua tolerância com os
sindicatos e a defesa do intervencionismo estatal.
11
Neoliberalismo: Escolas Neo
Neo--Clássica,
Monetarista, Expectativas Racionais,
Escola de Chicago
Neoliberalismo
• Contrapõe
Contrapõe--se a Keynes e traz de volta a crença
• Basicamente acreditam que a a quantidade de
Neoliberalismo
Neoliberalismo
• O Governo é incompetente, cabe a ele
• O neoliberalismo prega o livre comércio de
no mercado livre e democrático
• Teoria macroeconômica que se ocupa de
analisar
li
a oferta
f t monetária.
tá i Id
Identifica
Identificatifi -se com
uma interpretação da forma como a oferta de
dinheiro afeta outras variáveis, como os preços,
a produção e o emprego, contrapondo
contrapondo--se ao
Keynesianismo (M x V = P x Q)
apenas a defesa nacional, a segurança
interna e assegurar que os mercados
funcionem de forma livre e eficiente
(competição perfeita)
• O Banco Central deve ser o gestor da
economia, ele deve ser independente,
livre de influências políticas
moeda na economia determina todas as
demais variáveis econômicas
– Menos moeda
moeda, menos poupança,
poupança menos
investimento, menos produção, menos
consumo e menor inflação
– Mais moeda, mais poupança, mais
investimento, mais produção, mais consumo
e maior inflação
bens e serviços
• Ass ba
barreiras
e as co
comerciais
e c a s impedem
pede o
enriquecimento do mundo
• O fluxo de capital internacional deve ser
desregulamentado e deve fluir livremente
pelo mundo
Neoliberalismo = Globalização?
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