Adam Smith, Karl Marx, Keynes e as teorias macroeconômicas

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Adam Smith, Karl Marx, Keynes e as teorias macroeconômicas
Escrito por Celso de Deus
Qui, 02 de Junho de 2011 11:36 - Última atualização Qui, 02 de Junho de 2011 11:52
Apesar do tempo em que as teorias econômicas foram concebidas, ainda hoje exercem uma
grande influencia nos economistas dos nossos tempos. No nosso século, pensadores
econômicos, desenvolveram novos conceitos e teorias fundamentadas na realidade atual,
como Paul Krugman e seus conceitos sobre os efeitos da globalização na economia, no
entanto, foi Adam Smith, um dos que mais contribuiu para o estabelecimento dos princípios
fundamentais da economia moderna, estudou em profundidade os dois modos de produção, o
Mercantilismo e a Fisiocracia, suas observações e conclusões, ainda servem de guia aos
economistas atuais. Foi também o primeiro a defender que os interesses privados dos
indivíduos viessem a produzir benefícios públicos. . Embora seja senso comum que Adam
Smith, seja o teórico que tenha afirmado que o Mercado independe do Estado, não existem
comprovações e, tudo leva a crer que isso foi idéia difundida pelos neoliberais que considero
correta, embora entenda também que em algumas situações especiais o Estado tenha que
interferir no
M
ercado
objetivando evitar suas distorções e selvagerias, como produto da ganância e da ditadura
econômica.
Karl Marx, foi o responsável pelas criticas mais duras à economia de Mercado e à ciência
econômica ao defender que esta forma de organização econômica é a forma cruel de
exploração do homem pelo homem. Marx defendeu que toda a riqueza era produzida pelo
trabalho humano e que os donos do capital se limitavam a apropriar-se da riqueza produzida
pelos trabalhadores. Não é bem assim, considerando que um não existe sem o outro. O Capital
não produz sozinho e o Trabalhador não produz sem o Capital, por tanto ambos são sócios na
produção da riqueza e o Estado deve estar atento para que não venha haver a apropriação
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Escrito por Celso de Deus
Qui, 02 de Junho de 2011 11:36 - Última atualização Qui, 02 de Junho de 2011 11:52
unilateral prevista por Marx.
Os defensores da economia de Mercado não concordaram com Marx e constituíram a escola
neoclássica, que dominou o pensamento econômico da década de 30, segundo o que, “o
preço de um bem ou serviço não representava o valor do trabalho nele incorporado”, nessa
condições o pensamento é de que “o equilíbrio entre a oferta e a demanda é quem
determinaria os preços”. Com essa conceituação o Mercado se regularia, através da
sinalização dos preços, que seria o responsável pelo equilíbrio ideal. Como toda regra tem
exceções, o Estado de tempos em tempos tem que intervir estabelecendo a mediação,
principalmente, nos preços de produtos essenciais.
Ainda nos anos 30, a teoria econômica neoclássica foi posta em causa por John Maynard
Keynes, a teoria macroeconômica de Keynes previa que uma economia avançada poderia
permanecer abaixo da sua capacidade, com taxas de desempregos altas tanto da mão de obra
quanto dos outros fatores de produção, ao contrário do que previa a teoria neoclássica.
Keynes propôs intervenções estatais na economia com o objetivos de estimular o crescimento
e baixar o desemprego. Para intervirem, os estados deviam aumentar os seus gastos
financiados e não aumentar seus impostos gerando uma diferença entre a arrecadação e os
gastos, esta diferença seria preenchida com a emissão de moeda, que por sua vez geraria
inflação.
As idéias de Keynes permaneceram em voga nas políticas econômicas dos países ocidentais
até os anos 70. A partir daí, a política econômica passou a ser orientada pelos economistas
neoclássicos. Os keynesianos, contudo, ainda são muito numerosos. Apontam os neoclássicos
que o estado empreendedor de Keynes era oneroso, burocrático e ineficiente e devia
subordinar-se ao Mercado.
Considero que nem tanto ao mar e nem tanto a terra, considero que os princípios econômicos
deveriam se subordinar as teorias de Marx, as Neoclássicas e macroeconômica de Keynes, um
pouco de cada um tornaria o Senhor Mercado menos selvagem.
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Escrito por Celso de Deus
Qui, 02 de Junho de 2011 11:36 - Última atualização Qui, 02 de Junho de 2011 11:52
Aqui no Brasil, prevalece a “Lei do oito ou oitenta”, saímos de uma situação Keynesiana
excessiva, onde o Estado intervinha em tudo, sem controle de gastos, emissão de moeda e
criação de impostos, com inflação estratosférica, para uma situação de Mercado Neoclássica,
implantada pelos neo-liberais juntamente com o Plano Real, onde não há interferência do
Estado e, os preços são flutuantes, de acordo com a lei da oferta e da procura, e chegamos
onde estamos. Temos a frente da política econômica no Brasil um propenso Keynesiano, que
entende que o Estado pode intervir e que um pouco de inflação é aceitável, porem todo
cuidado é pouco, considerando que as variáveis atuais, a velocidade da informação e a
globalização são fatores a serem observados para indicar até onde se pode chegar.
Julgo que não devemos nos importar com qual escola seguiremos, sou de opinião que temos
que ir usando os instrumentos teóricos disponíveis com os cuidados necessários para não
perder a sensibilidade e, de que as teorias existem para organizar o mercado, pensando única
e exclusivamente no bem estar da população. O importante é não deixar que o Senhor
Mercado
seja
maior que o bem estar das pessoas, afinal as teorias e princípios foram desenvolvidos em
razão da organização da sociedade. 3/3
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