Dissonância Cognitiva Relações Interpessoais Trabalho realizado por: Joana Fecha (2011229) Introdução Este trabalho tem como objectivo identificar quais os elementos estruturais das relações interpessoais. Neste caso, vai centrar-se num dos processos fundamentais da cognição social, a dissonância cognitiva. Dissonância Cognitiva consiste na existência de duas cognições que são incompatíveis fazendo com que o indivíduo sinta uma pressão que faça com que ele necessite alterar uma dessas cognições. Essa pressão designa-se por dissonância cognitiva. Também se pode dizer que uma pessoa sente dissonância quando tem uma opinião ou comportamento que vai contra os seus princípios. Os três textos utilizados para a realização deste trabalho são: “The theory of cognitive dissonance” (A Teoria da Dissonância Cognitiva) de Adam Kowol; “ Cognitive Dissonance” (Dissonância Cognitiva) de Saul Mcleod e “Cognitive Dissonance Theory” de Sarah McDonald. Texto 1 - “The theory of cognitive dissonance” Este texto começa por referir o conceito e os princípios fundamentais da dissonância cognitiva, os principais fenómenos, interpretações feitas a teoria e a sua avaliação. “The central proposition of Festinger’s theory is that if a person holds two cognitions that are inconsistent with one another, he will experience the pressure of an aversive motivational state called cognitive dissonance, a pressure which he will seek to remove, among other ways, by altering one of the two dissonant cognitions” (Bem, 1967, p.183). Ou seja, segundo a teoria de Festinger, a dissonância cognitiva é uma pressão que o indivíduo que tenha duas cognições incompatíveis vai sentir de modo puder alterar uma dessas cognições. A teoria da dissonância cognitiva é vista como uma das teorias da comunicação humana. “The degree of dissonance experienced is a function of two factors: (1) the relative proportion of consonant and dissonant elements and (2) the importance of the elements or issue” (Littlejohn & Foss, 2005, p.77; O’Keefe, 2002, p.78). O que significa que a dissonância cognitiva varia consoante dois factores. Mas Festinger queria arranjar uma forma de eliminar a dissonância. Assim decidiu desenvolver diversos métodos que permitiam que isso acontecesse. “Festinger imagined a number of methods for dealing with cognitive dissonance: (1) altering the importance of the issue or the elements involved, (2) changing one or more of the cognitive elements, (3)adding new elements to one side of the tension or the other, (4) seeking consonant information, and (5) distorting or misinterpreting dissonant evidence” (Littlejohn & Foss, 2005, p.78; O’keefe, 2002, p.79). As pessoas preferem adquirir informação que vá ao encontro das suas crenças e que podem, suscitar dissonância. “Aronson has suggested that dissonance arises most plainly from inconsistencies that specifically involve the self.” (Aronson, 1992, as cited in O’Keeffe, 2002, p.96). Isto quer dizer na perspectiva de Aronson, a dissonância é mais forte quando vem da incosnciÊncia do eu. Para Aronson, O ser humano ao tomar uma decisão tenta convencer-se que foi a melhor. Para Bem (1967), que os que motiva as pessoas a alterarem as suas crenças, as suas acções e comportamentos é o desconforto que é causado pelo auto-conceito. Assim sendo, a teoria de Festinger acerca da dissonância cognitiva, como é referido no texto, tem sido útil na origem de novos temas de investigação e têm originado descobertas úteis e interessantes. Texto 2 - “Cognitive Dissonance” Este texto encontra-se dividido em duas partes. A primeira faz referência a teoria sendo que posteriormente (segunda parte) é feita referência a uma experiência. A cerca da teoria, o texto diz que foi por volta de 1957 que Leon Festinger criou a teoria da dissonância cognitiva. A teoria é vista como controversa sendo por vezes ppois é vista como uma teoria em que as acções influenciam as atitudes. A teoria cognitiva baseia-se em três processos fundamentais: o primeiro diz que os humanos são sensíveis as inconsistências entre as acções e as crenças, ou seja, o ser humano fica afectado quando age contra as suas crenças;o segundo corresponde ao reconhecimento dessa inconsistência que causa dissonância, isto quer dizer que quando um indivíduo vai contra os seus princípios fica com um “peso na consciência” que vai fazer com que ele sinta a necessidade de resolver a dissonância; o terceiro afirma que a dissonância é resolvida consoante três formas básicas: alteração de crenças, alteração de acções e alteração da perspectiva de acção. Por fim o texto aborda as experiências a que a teoria da dissonância cognitiva já foi sujeita. O texto refere-se mais precisamente a experiência publicada em 1959 por Festinger e Carlsmith onde envolvia um teste directo entre a teoria mentalista e a teoria behaviorista. Texto 3 - “Cognitive Dissonance Theory” Em 1957, Leon Festinger desenvolveu a teoria da dissonância cognitiva. “Cognitive dissonance is defined as a feeling of discomfort caused by performing an action that is inconsistent with one’s attitudes” (Franzoi, 2000). As pessoas que sentem dissonância, têm a necessidade de refazer as suas atitudes de modo a conseguir eliminar essa dissonância. Para testar essa teoria, Festinger, tal como outros investigadores, recorreu ao método experimental. Dissonância cognitiva está associada ao conceito de consistência cognitiva. Segundo Fritz Heider, consistência cognitiva é quando as pessoas tendem a organizar os seus comportamentos, atitudes, pensamentos de forma consistente. A tomada de decisão leva, na grande maioria das vezes, à dissonância. “The only way for people to reduce their dissonance is to convence themselves that they made the right choice” (Franzoi, 2000, p.176). Assim sendo, as pessoas têm de consiguir evitar adquirir informação que aumentem a possibilidade de dissonância. Quando isso não acontece, as pessoas tem tendência a mudar as suas crenças de modo a diminuir a dissonância cognitiva. Segundo Festinger, redução da dissonância ocorre através da racionalização. Franzoi (2000) admite a existência de diversos métodos para superar a dissonância cognitiva. Tais como: a mudança de atitudes, a aquisição de novas cognições, alteração da importância das cognições, redução da percepção de poder de decisão, e/ou mudança de comportamentos. Assim sendo, “Festinger’s cognitive dissonance theory porposed that although we may generally appear logical in our thinking and behavior, we often engage in irrational and maladaptive behavior in order to maintain cognitive consistency” (Franzoi, 2000, p.170). Conclusão Por fim podemos concluir que na dissonância cognitiva consiste num conflito existente entre duas convicções por parte de um indivíduo, ou seja, se um indivíduo vai contra os seus princípios tendo uma acção/atitude que faça com que tal aconteça pode haver a formação de uma dissonância cognitiva. No texto 1, dissonância cognitiva é definida como uma pressão que o indivíduo que tenha duas cognições incompatíveis vai sentir de modo puder alterar uma dessas cognições. No texto 2, a teoria de dissonância cognitiva é vista como controversa. No texto 3, a dissonância é, segundo Franzoi, um sentimento de desconforto causado pela inconsistência existente entre a acção e a atitude. Nos três textos são referidos os métodos como a dissonância pode ser eliminada ou reduzida. No texto 1, os métodos referidos são: a alteração da importância dos elementos envolventes, alteração de um ou mais elementos cognitivos, adicionar novos elementos, entre outros. No texto 2, as três formas básicas de resolver a dissonância são: alteração de crenças, de acções e da prespectiva de acção. No texto 3, são referidos os métodos identificados anteriormente, ou seja, a mudança de atitudes, o aumento do número de cognições, a alteração da importância das cognições redução da percepção de poder de decisão e a mudança de comportamentos. Concluímos então que a dissonância cognitiva é uma pressão que um índivíduo sente quando a suas acções vão contra os seus princípios ou quando as decisões que toma não são a que o deixam mais descansado. Assim sendo, o homem tem que conseguir reduzir ou mesmo eliminar a dissonância de modo a sentir-se melhor consigo próprio. Bibliografia Texto 1 - http://works.adamkowol.info/Festinger.pdf Texto 2 - http://www.simplypsychology.org/cognitive-dissonance.html (primeiro pdf na parte onde diz “Further Information”) Texto 3 - http://globalchristiancenter.com/systematic-theology/cognitive-dissonancetheory.html