alimentos desencadeantes da alergia alimentar e conduta

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Promovendo Saúde na Contemporaneidade:
desafios de pesquisa, ensino e extensão
Santa Maria, RS, 08 a 11 de junho de 2010
ALIMENTOS DESENCADEANTES DA ALERGIA ALIMENTAR E CONDUTA AO DIAGNÓSTICO
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Schmid, E.S. ; Silveira, M.L.R. ; Bertagnolli, S. M.M.
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Trabalho Final de Graduação - UNIFRA
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Acadêmica do Curso de Farmácia do Centro Universitário Franciscano (UNIFRA)
3
Acadêmica do Curso de Nutrição do Centro Universitário Franciscano (UNIFRA)
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Professora Orientadora do Centro Universitário Franciscano (UNIFRA)
E-mail: [email protected]; [email protected]; [email protected].
A alergia alimentar (AA) é um problema nutricional, que vem aumentando nas últimas décadas,
tornando-se um problema de saúde no mundo, devido impactos negativos na qualidade de vida. As
alergias alimentares são reações adversas que envolvem mecanismo imunológico e ocorrem em
indivíduos suscetíveis quando estes ingerem o alimento alergênico, geralmente um componente
protéico do alimento (SICHERER e SAMPSON, 2006). O tratamento da AA baseia-se na restrição
absoluta do alimento alergênico da dieta, pois a falta do contato com o antígeno impede a reação
alérgica (TOPOROVSKI, 2007). Esta pesquisa teve como objetivo determinar os alimentos
desencadeantes da alergia alimentar e a conduta instituída ao diagnóstico observada na prática
pediátrica no Município de Santa Maria/RS por meio de um estudo observacional realizado entre os
meses de setembro e outubro de 2009, com análise dos dados de pacientes diagnosticados com
alergia alimentar por 17 profissionais pediatras e/ou alergista interessados no assunto credenciados
por um serviço de saúde do município de Santa Maria/RS. A pesquisa foi analisada e aprovada pelo
Comitê de Ética em Pesquisa do Centro Universitário Franciscano. No presente estudo, os alimentos
citados como desencadeantes de alergias alimentares foram leite de vaca (88,2%), frutos do mar
(70,5%), clara de ovo (29,4%), soja (11,7%) e tomate (5,80%). Segundo Pereira, Moura e Constant
(2008), estes são os alérgenos alimentares mais comuns responsáveis pelas reações alérgicas além
do amendoim, trigo, peixe e nozes. Verificaram-se ainda a grande incidência de respostas
responsabilizando o chocolate (76,4%) e os corantes (52,9%) como agentes etiológicos da AA, sendo
que a maioria das reações aos aditivos alimentares são reações de intolerância, não devendo ser
consideradas como alergias (SOLÉ et al. 2008). Em relação à conduta da substituição do leite de
vaca, a grande maioria dos profissionais recomenda proteína isolada de soja (70,5%). Os hidrolisados
protéicos são indicados por 35,2% dos profissionais, já os preparados a base de soja por 11,7% e os
produtos a base de leite de cabra por 17,6%. Apenas 5,8% dos profissionais têm como conduta
indicar fórmulas lácteas sem lactose, que não constavam no questionário. Os resultados obtidos
permitem dizer que os principais alérgenos alimentares identificados como causadores de AA são de
natureza protéica. O planejamento da terapia nutricional representa um grande desafio a todos os
profissionais que orientam pacientes portadores dessa doença. Contribuem para esse fato não
apenas as dificuldades de adesão à dieta restritiva, como também os custos atribuídos à aquisição de
formulações especiais, associados ao desconhecimento dos profissionais médicos em relação à
adequação das medidas dietéticas a cada paciente.
Palavras-chave: Alergia; Alimentos; Diagnóstico; Conduta na alimentação.
REFERÊNCIAS
PEREIRA, A.C.S.; MOURA, S.M.; CONSTANT, P.B.L. Alergia alimentar: sistema imunológico e
principais alimentos envolvidos. Semina: Ciências Biológicas e da Saúde, Londrina, v. 29, n. 2, p.
189-200, jul./dez. 2008.
SICHERER, S. H.; SAMPSON, H. A. Food allergy. The Journal of Allergy and Clinical
Immunology, 2006, p.472.
SOLÉ, D. et al. Consenso Brasileiro sobre Alergia Alimentar. Revista Brasileira de Alergia e
Imunopatologia, v.31, n.2, p.65-82. 2008.
TOPOROVSKI, M. S. Conhecimento de pediatras e nutricionistas sobre o tratamento da alergia
alimentar ao leite de vaca no lactente. Revista de pediatria, v.25, n.2, p.1-4. 2007.
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