Departamento de Informática e Estatística INE 5631 – Projetos I CRM Analítico e Ferramentas de Business Intelligence Aplicados ao Gerenciamento de Eventos Orientador: Frank Siqueira Banca Examinadora: Maria Marta Leite Roberta Bertacco Hartmann Anelise Birckan Florianópolis, 31 de julho de 2006. 1 Índice 1. Introdução ........................................................................................................................... 3 1.2. Objetivos...................................................................................................................... 4 1.2.1 Objetivo Geral ....................................................................................................... 4 1.2.2 Objetivos Específicos ............................................................................................ 4 1.3 Justificativa ................................................................................................................... 4 1.4. Estado da Arte ............................................................................................................. 5 1.5. Organização do Texto.................................................................................................. 5 2. Organização de eventos ...................................................................................................... 6 2.1 Introdução ..................................................................................................................... 6 2.2 Conceitos ...................................................................................................................... 6 2.3 Planejamento ................................................................................................................ 7 2.4 Organização .................................................................................................................. 8 2.5 Cronograma de atividades ............................................................................................ 8 2.6 Avaliação ...................................................................................................................... 9 3. Business Intelligence (BI) ................................................................................................ 10 3.1 Enterprise Resource Planning (ERP) .......................................................................... 12 3.1.1 Conceito ............................................................................................................... 14 3.1.2 Objetivos.............................................................................................................. 14 3.2. OnLine Analytic Processing (OLAP) ........................................................................ 17 3.3 Customer Relashionship Management (CRM) .......................................................... 17 3.3.1 CRM Operacional ................................................................................................ 22 3.3.2 CRM Analítico .................................................................................................... 23 3.4 BI no gerenciamento de eventos ................................................................................. 24 4. Análise do Sistema ........................................................................................................... 25 4.1 Documento de Requisitos ........................................................................................... 26 4.2 Modelo de dados ......................................................................................................... 27 6. Conclusão ......................................................................................................................... 28 7. Trabalhos Futuros ............................................................................................................. 28 8. Referências ....................................................................................................................... 29 2 1. Introdução A Tecnologia da Informação (TI) tem conquistado seu valor dentro de organizações que têm coragem de modificar um pouco sua natureza e cultura em favor do aprimoramento de fluxo de processos e conseqüente crescimento financeiro. O Business Intelligence Duas dessas tecnologias da informação em destaque, são o CRM (Customer Relashionship Management), que pode ser definido de modo simples como ferramentas para gerenciar os relacionamentos com os clientes, e o ERP (Enterprise Resource Planning), que é arquitetura de software que facilita o fluxo de informações entre todas as atividades de uma empresa. O melhor gerenciamento de informações torna o desenvolvimento de processos mais rápido, com mais clareza e até mesmo mais barato porque viabiliza o acesso aos dados de uma maneira mais organizada e útil. O conhecimento que pode ser extraído de uma base de dados ajuda na tomada de decisões - eis a importância da aplicação do CRM e do ERP, que podem mostrar informações em gráficos, relatórios ou outros meios. Para entender a importância do CRM e do ERP foi definido como tema para o desenvolvimento deste trabalho o gerenciamento de processos em Eventos Técnicos, pois a quantidade de clientes e organizadores é grande, e exige que o marketing aplicado atinja todos os interessados no tema do evento corrente e seu gerenciamento seja efetuado de forma precisa, rápida e coesa. 3 1.2. Objetivos 1.2.1 Objetivo Geral Este trabalho tem como principal objetivo entender e aplicar conceitos de inteligência de negócios em um sistema de informação desenvolvido para web de modo a abranger ao máximo todos os conhecimentos adquiridos ao longo do curso de Sistemas de Informação, mostrando suas possíveis conseqüências no crescimento de empresas. 1.2.2 Objetivos Específicos Além do objetivo geral descrito anteriormente, este trabalho busca ainda: Compreender os principais conceitos de BI, ERP, OLAP e CRM e as tecnologias envolvidas; Entender como funciona o fluxo de processos em organizações de eventos; Desenvolver uma aplicação para web que englobe os conceitos aqui analisados. 1.3 Justificativa No cenário atual, composto de mercado e ambiente empresarial altamente dinâmicos e mutáveis, exige-se que, além do planejamento estratégico, as pequenas e médias empresas tenham também capacidade de resposta imediata e que detenham um processo de tomada de decisões rápido, objetivo e eficaz. E o curso de Sistemas de Informação proporciona um estudo sobre tecnologias de informação que poucos ou nenhum outro curso da área de graduação oferece. Através deste trabalho é possível adquirir um maior conhecimento sobre o assunto, já que muitas organizações estão evoluindo na quantidade de máquinas e dados sem se darem conta que se os dados forem organizados de modo que se 4 transformem em informação e posterior conhecimento, as tomadas de decisão serão muito mais rápidas. 1.4. Estado da Arte Em geral, na maior parte das pequenas e médias empresas, os processos de planejamento estratégico são incompletos, irregulares, informais e pouco sofisticados. Por isso, complicam ainda mais o início de uma gestão voltada a informações, controlada e orientada para o mercado e ativa iniciação de mudança. De acordo um levantamento feito na cidade de Florianópolis, os softwares utilizados em empresas organizadoras de eventos possuem interfaces sem clareza na demonstração e acesso aos dados, além de não disponibilizarem o conteúdo na Internet, o que torna impossível o acesso a informações nos dias e locais de eventos. 1.5. Organização do Texto Este trabalho está organizado em dez capítulos, sendo o primeiro deles esta introdução. O segundo capítulo trata da organização de eventos científicos, apresentando os principais conceitos relacionados a este assunto. Os conhecimentos necessários sobre BI são introduzidos no capítulo 4. Os capítulos 5 e 6 apresentam a análise e o projeto do sistema, respectivamente. Por fim, os capítulos 9 e 10 apresentam a conclusão e as perspectivas de trabalhos futuros. 5 2. Organização de eventos 2.1 Introdução Como um instrumento de comunicação, o evento tem seus próprios objetivos que, conforme Dias (1996), são: promover um acontecimento favorável à imagem de uma empresa e seu produto perante os públicos de seu interesse; atingir determinados públicos com a finalidade ostensiva de vender uma boa imagem; integrar de forma a sintonizar os interesses dos diferentes públicos de uma comunidade, organização ou grupo de pessoas; informar às pessoas o sentido promocional do acontecimento, despertando nelas o interesse pelo produto, a preferência pela marca e a participação da organização na vida da comunidade; instituir um canal de comunicação direta e permanente, que indique ao seu dirigente o que dele espera o corpo funcional de seu interesse; relacionar a potencialidade do ser humano com sua capacidade de realização e por último, criar o fato à inteligência e o exercício do poder são parte da estratégia do evento, pois através deles é criado o fato em benefício de uma organização ou pessoa. 2.2 Conceitos Eventos são acontecimentos previamente planejados e organizados, que utilizam meios de comunicação escrita (anais, folders), oral (discursos, debates, explanações) e auxiliar (audiovisuais). Evento é um instrumento institucional e promocional, utilizado na comunicação dirigida, com a finalidade de criar conceito e estabelecer a imagem de organizações, produtos, serviços, idéias e pessoas, a ocorrer em um único espaço de tempo com a aproximação entre os participantes quer seja física, quer seja por meio de recursos de tecnologia (Meirelles, 1999). 6 Segundo Vieira & Cândido, a classificação dos eventos será definida conforme seu tamanho em número de participantes: Pequeno evento: até 200 participantes; Médio evento: entre 200 e 600 participantes; Grande evento: acima de 600 participantes. De acordo com Maria Carolina Escolástico, eventos são encontros de cunho acadêmico, tanto na área das ciências humanas e sociais, quanto nas áreas das ciências exatas, promovidos por entidades ou classes de âmbito regional, nacional e até internacional, com o objetivo de troca de idéias e discussão de temas atuais e de interesse específico de determinado nível de participantes. Assim como sua nomenclatura, eventos trabalham em mão dupla, pois na medida em que o técnico e as tecnologias reciclam e atualizam novos meios, caminhos e processos no desempenho de uma atividade, o científico cria condições de uma reflexão maior e mais embasada favorecendo a descoberta de novas oportunidades de crescimento e implementação de todas as áreas do conhecimento. Isso faz com que as Universidades, empresas, associações, entre outras, promovam, eventos como forma de atualizar, instruir e levar esses conhecimentos para dentro de uma determinada área específica. Dentre os principais tipos de eventos, podem ser citados: ciclos de palestras, conferências, congressos, convenções, debates, encontros, estudo de casos, feiras, fóruns, jornadas, oficinas, simpósios, workshops e mesas-redondas. 2.3 Planejamento Para o planejamento de um evento, três elementos são determinantes: objetivos, públicos e estratégias. Objetivos é o que se pretende alcançar com o evento, seja ele institucional ou promocional; públicos são aqueles que se 7 pretende atingir com a realização do evento e estratégias são ações desenvolvidas e executadas para se alcançar os objetivos propostos e atingir os resultados desejados (Meirelles, 1999). 2.4 Organização De acordo com Gilda Fleury Meirelles, a organização é a parte mais complexa do processo de preparação e montagem de um evento, exigindo condições de comando do profissional responsável pelo projeto para coordenar e controlar todas as etapas. Cada evento tem uma peculiaridade própria e cabe ajustá-la aos meios disponíveis à sua implantação. A organização de um evento, para agilizar as suas ações e atingir os resultados desejados, depende de apoio operacional como espaço físico do local do evento, sala de imprensa, sala de comissões técnicas, sala de segurança, sala médica ou ambulatório, cabine de som, luz e tradução; apoio logístico como audiovisuais, elétricos, eletrônicos, material diversos (cinzeiros, copos, jarras, flores, revistas), materiais de secretaria (barbante, calendário, clipes, crachás); e o apoio de pessoal como manobristas, motoristas, garçons, recepcionistas e tradutores. 2.5 Cronograma de atividades Para o acompanhamento de todas as fases do processo de organização do evento é necessário estabelecer o cronograma de atividades – check list – fixando-se os prazos de início, limite e fim de cada etapa, assim como o profissional responsável por sua execução. O cronograma permitirá que a comissão organizadora e as coordenadorias tenham um quadro analítico de cada fase – do planejamento ao relatório final. 8 2.6 Avaliação A avaliação é a soma de todas as fases do projeto, do planejamento à execução final – na qual os objetivos, os públicos e os resultados são avaliados qualitativamente, para identificar as falhas cometidas e corrigi-las posteriormente [Gilda Fleury Meirelles]. Para auxiliar no processo de avaliação pode ser feito um quadro de avaliação, com ou sem identificação, no qual são analisados todos os itens do evento, dando-lhes notas (por exemplo, variando de 1 a 10) ou conceitos (por exemplo, sim e não, ou ótimo, bom, regular e péssimo). Caso se adote conceitos, devem ser atribuídos valores, que permitirão a obtenção de uma média, tomando como fatores os itens abaixo: Expectativa dos participantes; Programa (conteúdo, atualidade das matérias e importância do tema para o participante); Atuação do apresentador (domínio do tema, clareza das exposições, dinâmica); Instalações físicas (luminosidade, som, conforto, decoração); Equipamentos e recursos audiovisuais do local; Material distribuído (apostila, papel, pasta, caneta); Conteúdo do material de apoio; Organização administrativa; Atendimento e apoio aos participantes (antes, durante e pós-evento); Sugestões para próximos eventos. 9 3. Business Intelligence (BI) Segundo Renato Habermann (2006), a ênfase do planejamento estratégico com certeza trará benefícios significativos a empresas que aplicarem Business Intelligence, pois elas serão capazes de oferecer com rapidez serviços e produtos personalizados para seus clientes. Com isso, poderão competir em um mercado cada vez mais dinâmico e competitivo, por definir melhor seu posicionamento através da análise de itens como a concorrência, os compradores e fornecedores, os sinais do mercado, os movimentos competitivos, o mapeamento de grupos estratégicos e o cenário em que atuam. O desenvolvimento de uma estratégia é, em essência, o desenvolvimento de uma fórmula ampla que norteará o modo como uma empresa irá competir, quais serão suas metas a curto, médio e longo prazo, e quais serão as políticas necessárias para o cumprimento destas metas. Para tanto, a informação precisa estar disponível para as pessoas certas, no formato esperado, no momento e local desejados. Dentro deste contexto, a informação representa um recurso de alto teor estratégico, que necessita ser maximizado como gerador de diferenciais e vantagens competitivas. De um lado, algumas pequenas e médias empresas buscam soluções tecnológicas com os melhores custos/benefícios que podem encontrar e, por esta razão, acabam deixando de lado os altos investimentos e esforços necessários para a iniciativa de uma estratégia voltada à inteligência de negócios, utilizando modernas técnicas e softwares para análise de padrões e gestão da informação. Por isso, pensando em possuir uma ferramenta de informações gerenciais que possa dar suporte a decisões estratégicas, é necessário iniciar uma mudança na maneira de armazenar e trabalhar informações, procurando utilizar sistemas de informação e bancos de dados estruturados, onde é possível obter respostas rápidas e mais confiáveis de uma determinada pesquisa, além de manter um histórico de tudo que acontece. 10 O interessante desta mudança para as empresas é que ela não envolve grandes investimentos em infra-estrutura tecnológica, uma vez que hoje já existem excelentes bancos de dados gratuitos que podem ser utilizados de maneira muito profissional e que são confiáveis. Muitos sistemas gratuitos também são encontrados e atendem perfeitamente muitos processos internos de uma pequena e média empresa, como fluxos de caixa, contas a pagar e receber, estoque e etc, e profissionais qualificados, que são capazes de projetar sistemas de informação para atender aos processos de trabalho das empresas, são facilmente encontrados no mercado de trabalho para atender esse tipo de mudança. Barbieri (2001), destaca os seguintes Fatores Críticos de Sucesso de projetos de BI que devem ser observados para implementação: Foco bem definido – fundamental saber exatamente o que se deseja obter, a falta de objetividade ou de um foco melhor definido sobre o que entregar, são fatores primordiais para o insucesso de qualquer projeto. Conseguir patrocinador forte – importante uma presença forte do usuário, com poder para definir pendências e dirimir dúvidas (inclusive políticas). Dados necessários – fundamental um mapeamento das fontes de dados com rigoroso critério de qualidade, certificando-se da natureza dos dados, sua periodicidade de atualização, sua qualidade atual, seus sistemas mantenedores e a perspectiva de duração daquela fonte de dados. Conseguir um alto envolvimento dos usuários – motivar os usuários do projeto pelos resultados e que se obtenha os compromissos necessários para a remoção dos obstáculos naturais de um projeto desse tipo. Bom time de projeto – manter uma equipe coesa, motivada, fortemente associada ao projeto, com condições para a realização de tarefas que exijam qualificação tecnológica e conhecimentos funcionais. Definir uma boa arquitetura tecnológica – o modelo conceitual de informações, deverá ser respaldado por um ferramental tecnológico que suporte as demandas do projeto. Marketing – os resultados alcançados, anunciar na Intranet, em palestras e 11 outros meios, relatando a relação de custo/benefício do projeto. Acompanhamento – acompanhar a utilização do produto disponibilizado e analise os motivos de possíveis declínios no seu uso. Portanto, a importância do BI no planejamento estratégico começa a ser sentida a partir do momento em que a pequena e média empresa adotam uma postura de trabalho mais voltada à gestão da informação e que entende que, somente com a informação íntegra e confiável, é possível criar estratégias que atendam melhor seus clientes e coloque a empresa em um patamar de competitividade mais lucrativo. 3.1 Enterprise Resource Planning (ERP) Empresas de todos os tamanhos deparam-se diariamente com problemas semelhantes, como o tratamento da complexidade do aumento dos negócios e as tentativas de redução dos custos. E a solução continua sendo a automatização dos processos de negócio. Disseminar informações que gerem conhecimento e não simplesmente dados é o que as empresas mais desejam. Os sistemas de informação de uma forma geral precisam estruturar dados, dar sentido aos mesmos para que tenhamos uma informação a qual deverá ser utilizada por pessoas que produzem conhecimento. Normalmente cada departamento de uma empresa possui sistemas computacionais particulares voltados para necessidades específicas. O ERP combina todos esses softwares em um único sistema integrado, rodando sobre um banco de dados único, de tal maneira que as informações são compartilhadas entre os departamentos de maneira muito mais eficiente. 12 O ERP automatiza as tarefas necessárias ao processo de negócio, desde o preenchimento das ordens de compras até o recebimento dos pagamentos, passando pelos processos de manufatura e distribuição, disponibiliza todas as informações relativas a uma determinada ordem de serviço, e as envia automaticamente de um departamento a outro, conforme o fluxo de processo da empresa. Com o ERP cada funcionário envolvido em uma determinada ordem de serviço tem condições de saber como está o andamento do processo em qualquer momento, simplesmente acessando a base de dados. A implementação de sistemas de informação em empresas pode ser feita por meio do desenvolvimento específico, por recursos internos ou pela contratação de terceiros, ou ainda pela aquisição de pacotes de software disponíveis no mercado. Devido à quantidade de alternativas disponíveis, muitas vezes o último caso tem sido o mais vantajoso. São recomendadas uma série de procedimentos para a seleção do melhor sistema ERP: Designação de um grupo de responsabilidade: o grupo deve ser formado por pessoas que tenham visão da empresa em sua totalidade e possuam conhecimento de cada atividade da empresa. Levantamento da sistemática e das necessidades: A empresa deverá fazer um levantamento dos processos de trabalho que deverão ser atendidos pelo sistema. Quanto mais detalhado o levantamento, maiores condições de identificar o ERP ideal terá a empresa. Determinação dos indicadores de desempenho: Os indicadores devem estabelecer parâmetros para se medir os ganhos de desempenho gerados pela implementação do ERP. Determinação dos demais quesitos a serem avaliados: Devem ser levados em consideração itens como usabilidade, tecnologia, clientes, fabricante e comercialização do sistema. Determinação de um sistema de pontuação: Sistema de escores para cada um dos itens avaliados. 13 3.1.1 Conceito ERP é um termo genérico para um conjunto de atividades executadas por um software multi-modular, que tem por objetivo auxiliar o fabricante ou o gestor de uma empresa nas importantes fases do seu negócio, incluindo o desenvolvimento de produtos, compra de itens, manutenção de estoques, interação com os fornecedores, serviços a clientes e acompanhamento de ordens de produção. O ERP pode também incluir módulos aplicativos para os aspectos financeiros e até mesmo para a gestão de recursos humanos. Tipicamente, um sistema ERP usa ou está integrado a uma base de dados relacional. “(...) as empresas estão procurando se organizar por processos para terem maior eficiência na obtenção do seu produto ou serviço, melhor adaptação à mudança, melhor integração de seus esforços e maior capacidade de aprendizado”. Este autor também enfatiza que os sistemas de gestão empresarial integrados do tipo ERP pressupõem que a forma de gestão da empresa é por processos. Portanto, o resultado ideal só é obtido se a mesma estiver organizada dessa forma.” (GONÇALVES, 2000) 3.1.2 Objetivos As cinco maiores razões para uma empresa adotar um sistema ERP são: Integrar as informações financeiras: Em uma empresa tradicional cada departamento possui a sua versão a respeito do desempenho geral da companhia. Com ERP existe apenas uma versão, a qual não pode ser questionada, pois todos departamentos utilizam o mesmo sistema. 14 Integrar as informações sobre pedidos: Nos sistemas ERP há possibilidade de acompanhar as informações sobre pedidos desde o recebimento do pedido até o envio. Desta maneira a empresa pode coordenar de maneira mais eficiente a manufatura, controle de estoques e envio de produtos, mesmo em diferentes fábricas e simultaneamente. Padronizar e agilizar os processos de manufatura: Grandes empresas muitas vezes possuem várias linhas de montagem, utilizando métodos de processamento e sistemas computacionais diferentes. Os sistemas ERP padronizam algumas etapas dos processos, o que pode economizar tempo, aumentar produtividade e reduzir custos. Reduzir estoques: O ERP aumenta o compreendimento do processo na empresa, o que pode levar a uma diminuição dos estoques em processamento. Além disso, pode melhorar o sistema de distribuição, diminuindo os estoques de bens acabados. Padronizar informações de RH: Os sistemas ERP podem ser utilizados pelos departamentos de RH das empresas para controlar e comunicar-se com seus empregados de maneira rápida e eficiente. O compartilhamento de informações em uma base de dados única, que pode e deve ser acessada pelos mais diferentes departamentos de uma organização, permite que uma maior agilidade em tomadas de decisões. Ferramentas de tecnologia da informação que sejam fáceis de serem utilizadas e que possam atender clientes de uma maneira individual e rápida são importantes e imprescindíveis componentes de uma organização de sucesso. Para que um software de negócios de pequenas e médias empresas automatize operações, é necessário que pelo ao menos os seguintes módulos estejam inclusos: Administração: oferece ferramentas que permitem a customização, backup de dados críticos e configure permissões e alertas; Contabilidade Financeira: Gerencia transações financeiras; 15 CRM: 1. Conecta funções intradepartamentais em uma operação de clientes individuais; 2. Permite colaborações entre uma cadeia de valores, oferecendo acessos a dados relevantes e informações personalizadas de diferentes processos de negócio; 3. Associa empregados, parcerias, processos, e tecnologia em ciclos de interações de clientes; 4. Oferece funcionalidades em todo o ciclo de entrosamento com cliente, oferecendo habilidades para gerenciar marketing, vendas, serviços e e-commerce. Vendas e distribuições: Auxilia a criar quotas de preços, entrar com ordem de serviço, entregar e atualiza estoque; Compras: Gerencia e mantém contratos e transações com vendedores, modificando números no estoque, calcula o valor de itens importados e gerencia valores de crédito e retorno; Parceiros de negócios: Controla todas as informações como sumário de contatos, perfis e valores cobrados; Transações bancárias: Cuida do processo financeiro, como dinheiro em caixa, depósitos, pagamentos adiantados e créditos; Relatórios: cria relatórios para os todos os pontos de vista das operações realizadas; Gerenciamento de serviços: Aperfeiçoa o gerenciamento de serviços dos departamentos, oferecendo suporte para as operações e planejamento de serviços. A complexidade dos negócios empresarias, o custo da matéria-prima, a concorrência acirrada, a necessidade de decisões rápidas, econômicas e efetivas e a globalização explicam o fortalecimento do ERP no mercado, para tornar as empresas mais competitivas e para contribuir com sua qualidade e produtividade. 16 3.2. OnLine Analytic Processing (OLAP) Partindo dos primórdios da informatização, quando um sistema que gerava relatórios era a principal fonte de dados residentes na empresa, toda vez que uma análise necessitasse ser feita, eram necessários produzir novos relatórios. Estes relatórios, que eram estáticos, tinham que ser produzidos pela área de informática e, normalmente precisavam de muito tempo para ficar prontos. Então surgiu o conceito de OLAP (OnLine Analytic Processing). O OLAP proporciona as condições de análise de dados on-line necessárias para responder às possíveis torrentes de perguntas dos analistas, gerentes e executivos. OLAP é implementado em um modo de cliente/servidor e oferece respostas rápidas às consultas, criando um microcubo na máquina cliente ou no servidor. As ferramentas OLAP são as aplicações que nossos usuários finais têm acesso para extraírem os dados de suas bases e construir os relatórios capazes de responder as suas questões gerenciais. Portanto, o objetivo de uma ferramenta OLAP é transformar dados em informações como suporte a decisões gerenciais de forma amigável e flexível ao usuário e em tempo hábil (THOMSEN, 2002). 3.3 Customer Relashionship Management (CRM) O relacionamento com o cliente é uma das principais vantagens competitivas sustentáveis possíveis de se construir por uma empresa (MCKENNA, 1992). Fidelidade e confiança tornam-se recursos difíceis de serem construídos e mantidos nos relacionamentos entre empresas e clientes, e CRM baseia-se no gerenciamento do conhecimento obtido sobre cliente, para melhor atendê-lo em outras oportunidades, o que permite à empresa relacionamentos de longo prazo. As empresas que sabem lidar com competências e capacidades internas à organização são consideradas como “feixes de recursos” (WERNERFELT, 1984) ou como conjuntos de competências e capacidades (PRAHALAD, 1997). 17 A produção e a disseminação de informações passou a ser a força propulsora da economia. As organizações têm buscado novos modelos de gestão para que consigam sobreviver e crescer neste novo cenário. As empresas precisam ser capazes de assimilar e transformar rapidamente informações em conhecimento (ARAÚJO, 2002a), e que sobre ele seja possível tomar decisões corretas para o sucesso das organizações (DRUCKER, 1999). CRM pode ser definido como: [...] “capturar os dados do cliente ao longo de toda a empresa, consolidar todos os dados capturados interna e externamente em um banco de dados central, analisar os dados consolidados, distribuir os resultados dessa análise aos vários pontos de contato com o cliente e usar essa informação ao interagir com o cliente através de qualquer ponto de contato com a empresa.” (GARTNER GROUP) Através da máxima de que é muito mais caro para uma organização adquirir novos clientes do que manter os clientes atuais, muitas empresas alertaram-se para a necessidade de criar vínculos mais estreitos com os seus melhores clientes, com o objetivo de incrementar cada vez mais seus negócios com eles (PEPPERS & ROGERS, 2001). Hughes (2002) afirma que a idéia básica do CRM é coletar uma grande quantidade de informações dos clientes, produtos, promoções e outros dados, e colocá-los num único banco de dados. Rust, Zeithaml e Lemon (2001) argumentam que se tornou mais fácil coletar, manter e analisar as informações, acarretando avaliações financeiras mais responsáveis e freqüentes, podendo trazer vantagem competitiva a uma organização. Já para Grönroos (2000 apud GUMMESSON, 2002, p. 297) o propósito do marketing de relacionamento é identificar, estabelecer, manter e aprimorar – e quando necessário terminar – relacionamentos com clientes e outros envolvidos 18 no processo, de tal forma que todos os objetivos, econômicos ou não, de todas as partes envolvidas sejam alcançados. Apenas para fins comparativos, no Marketing Tradicional, também chamado de Marketing Transacional, não é importante ligar o comportamento individualizado do cliente com uma determinada ocasião, pois o objetivo é, simplesmente, maximizar as transações em qualquer momento ao invés de manter um histórico de compras (Gordon ,1999). Já no Marketing de Relacionamento existe a preocupação em oferecer um tratamento diferenciado, dependendo do passado do cliente e como esse pretende relacionar-se com a empresa no futuro. Entre as metas de uma organização que deseja manter-se na concorrência, está a adequação de suas estratégias às necessidades do mercado em que a mesma está inserida. Theodore Levitt (apud McKENNA, 1992) diz que os agentes mais importantes para uma estratégia empresarial são os clientes e o ambiente competitivo. É imprescindível citar que a tecnologia tornou-se uma grande aliada para as organizações em praticamente todas as áreas. Entre as muitas aplicações baseadas em tecnologia para auxiliar os negócios e o marketing das organizações, está a disponibilidade de canais alternativos, tanto se fazer contatos com os clientes quanto para a realização de novos negócios. O resgate do valor dos clientes e a tecnologia disponível a preços cada vez mais acessíveis fizeram com que as organizações fossem levadas a novas reflexões, direções e aplicações (GORDON, 1999). Day (2003) afirma que uma empresa que trabalha com CRM tem melhor desempenho quando integra três componentes: Orientação organizacional, que torna prioridade a retenção dos clientes e propicia os meios para os funcionários atenderem às suas necessidades; Informação sobre relacionamentos, incluindo a qualidade de dados pertinentes sobre o cliente e os sistemas de compartilhamento dessas informações dentro da empresa; 19 Configuração, o alinhamento da organização no sentido de criar os relacionamentos com os clientes, conseguidos por meio de incentivos, medidas, estrutura e comprometimento da organização. Para entender o Marketing de Relacionamento é preciso diferenciar as transações discretas das trocas relacionais. De acordo com Dwyer, Schurr e Oh (1987), as transações discretas têm um início definido, curta duração e acabam com a ocorrência da transação. As trocas relacionais são oriundas de acordos anteriores e seu momento de troca tem uma duração maior, o que reflete um processo contínuo. Assim, discute-se a mudança do núcleo dos processos de troca, do foco de transações discretas para trocas relacionais. O mercado em constante mutação pode levar uma organização a perdas irreparáveis se ela não se adaptar ou não se antecipar às mudanças que estão ocorrendo no mundo dos negócios. Alguns fatores importantes que têm contribuído para estas mudanças são (MELLO & CUNHA, 1999): Os clientes têm exercido um papel decisivo no negócio devido a aumento da concorrência, maior possibilidade de escolha, maior acesso às informações e maior conhecimento do mercado; eles tornam-se mais exigentes, demandando muitas vezes produtos personalizados; baseada Além da disputa baseada em preço e qualidade, a concorrência está em outras características, tais como capacidade de inovar, confiabilidade, cumprimento de prazos e bom atendimento ao cliente no pré e pósvenda; as empresas estão tendo possibilidade de operar em um mercado mundial, principalmente em função da globalização e do uso da Internet para fazer negócios; A necessidade de reavaliação constante de si própria é fundamental na conjuntura atual, fortemente presenciada na diminuição do ciclo de vida dos produtos e nas constantes mudanças estruturais das empresas. Do ponto de vista do negócio, o conceito de CRM pode ser inserido em quatro áreas de desenvolvimento: geração de oportunidades, execução e 20 incentivo de negócios, consolidação de vendas e fidelidade dos clientes. Para isto, o CRM conta com todo o arsenal de tecnologia e informação provenientes da plataforma ERP e call center. Integração é a palavra chave neste processo, para que se tire proveito das informações já existentes sobre clientes, utilizadas para uma realimentação eficiente do banco de dados de relacionamento. As formas de implantação de CRM, traduzidas em metodologias, são abordadas basicamente sob dois aspectos: dirigidas por estratégias e dirigidas pela tecnologia (LEITE, 2004). Gartner Group conclui, com base em uma pesquisa, que mais de 70% das iniciativas relacionadas a CRM que falham são causadas por pessoas, processos e políticas, ou seja, mais do que por implementações deficientes de tecnologia (GARTNER, 2003). Peter Drucker (1999, p. 74) diz que uma das armadilhas que se apresentam para os líderes de mudanças nas organizações é a confusão entre novidade e inovação. Dada à abrangência do CRM, os estudiosos do assunto têm-no classificados em: CRM Operacional: É a aplicação da tecnologia de informação para melhorar a eficiência do relacionamento entre clientes e a empresa. Estão entre os produtos de CRM operacional as aplicações de automação de força de vendas, automação de canais de venda, sistemas de e-commerce e call centers. O CRM operacional prevê a integração de todos os produtos de tecnologia para proporcionar o melhor atendimento ao cliente. CRM Colaborativo: É a aplicação da tecnologia de informação que permite a automação e a integração entre todos os pontos de contato do cliente com a empresa. Esses pontos de contato devem estar preparados para interagir com o cliente e disseminar as informações levantadas pelos sistemas do CRM Operacional. Podem ser considerados como exemplos dentro dessa categoria, recursos disponibilizados através de portais (na Internet) e também de call centers. 21 CRM Analítico: Componente do CRM que permite identificar e acompanhar diferentes tipos de clientes (entre maior valor, maior potencial e mesmo os não rentáveis) dentro da carteira de clientes de uma empresa, e de posse destas informações, é determinada qual estratégia seguir para atender as diferentes necessidades dos clientes identificados. O CRM operacional e o CRM analítico serão explicados nos tópicos seguintes e o CRM colaborativo não se aplica a este trabalho. 3.3.1 CRM Operacional De acordo com Peppers & Rogers (2003), CRM Operacional é a denominação adotada para o conjunto de ferramentas e processos que envolvem as atividades de atendimento ao cliente, o registro de suas manifestações e encaminhamento destas às áreas verticais que cuidam de sua resolução, dentro ou fora da empresa, abastecendo uma base de conhecimentos deste cliente através da formação do histórico de seu relacionamento com a organização, nas suas mais variadas formas, por qualquer meio de contato. As principais funcionalidades do CRM Operacional são exercidas no ambiente do Contact Center, que tem papel fundamental na construção de uma estratégia de CRM. A partir das interações do cliente com a Central de Atendimento, inicia-se o processo de formação de uma base de conhecimentos sobre o cliente/consumidor, de forma que, tanto as interações que partem do cliente (receptivas), quanto as que partem da empresa (ativos, vendas, campanhas de marketing e telemarketing) passem a compor seu histórico e gerar subsídios para segmentação, a partir da identificação de hábitos, preferência e valor. Sendo assim, CRM operacional pode ser entendido como o conjunto de informações sobre o cliente, captadas a partir de qualquer tipo ou forma de interação deste com a empresa, armazenadas em forma de histórico, que 22 compõem uma base de conhecimentos sobre este cliente e seu relacionamento com a empresa. 3.3.2 CRM Analítico A falta de compreensão da natureza das diferenças entre os clientes faz com que muitas empresas pratiquem CRM com o intuito de conhecer melhor quais são os clientes mais importantes para seu futuro, do ponto de vista financeiro, e que deveriam receber tratamento especial e individual. A principal questão em uma boa análise de clientes é desenvolver uma compreensão profunda de como estas necessidades diferem e como elas se relacionam com o valor de cada cliente individualmente – tanto real quanto potencial. Assim, as empresas precisam se perguntar “O que devemos fazer para que o comportamento do cliente mude em uma direção boa para ele e para nossa empresa?” (PEPPERS & ROGERS, 2003). CRM Analítico pode ser definido como a Inteligência aplicada à base de dados obtida através do relacionamento com o Cliente, necessária para estabelecer ações específicas para cada segmento de público identificado nesta base. Dessa forma, o CRM Analítico trata as informações captadas pelo CRM Operacional, transformando-as em ações geradoras de rentabilidade, motivadoras de satisfação ou indicadoras de oportunidades futuras. No CRM Analítico, reside a principal promessa do CRM, que é reter e fidelizar os clientes através da segmentação e personalização por perfil, valor de contribuição, valor potencial, etc. É fácil confundir dados sobre clientes com informação, e é fácil confundir consultas e relatórios com o verdadeiro CRM Analítico. Por exemplo, fornecedores de software freqüentemente tentam vender dados demográficos como sendo um tipo de análise de necessidades: “Qual a idade do seu cliente?” “Onde ele mora?” “Quanto ele ganha?”. Tais descrições de características externas não têm valor se não estiverem relacionadas às reais razões do comportamento do cliente. “Porque 23 um cliente quer do jeito ‘A’ enquanto outro quer do jeito ‘B’?” A única maneira de saber isso é ir a fundo nas reais necessidades do cliente e motivações. De acordo com Peppers & Rogers (2003), o CRM analítico auxilia as empresas da seguinte forma: Identificando diferentes tipos de clientes e testando diferentes tratamentos para eles; Definindo estratégias de interação, de contato e de gestão de portfólio de forma que sejam rentáveis e relevantes para cada cliente; Entendendo o cenário competitivo para avaliar oportunidades para futuros investimentos e pesquisa; Alinhando a organização (incluindo cadeia de suprimentos, serviço a clientes e pesquisa e desenvolvimento) em torno dos principais portfólios de clientes, para implementar estratégias específicas para cada um deles, envolvendo toda a empresa. Dando toda a atenção à rentabilidade e potencial de crescimento do relacionamento com o cliente e criando estratégias de tratamento com base em seu valor financeiro, as empresas podem gerir sua base de clientes como um real patrimônio – mantendo e desenvolvendo seu valor global assim como qualquer outro rendimento dos bens de produção. Esta inteligência provê fatos e conhecimento para selecionar grupos com base em necessidades, oferecendo o maior valor atual e potencial de crescimento. Além disso, permite às organizações afinar seus investimentos e identificar estratégias que melhorarão a rentabilidade de sua base de clientes. 3.4 BI no gerenciamento de eventos Normalmente os sistemas da área de eventos apenas armazenam dados, não sendo capazes de transformá-los em informações e conhecimentos válidos para o crescimento da empresa. E o Business Intelligence aparece no 24 gerenciamento de eventos como uma solução para a organização e a análise de dados. O ERP por integrar todas as informações em uma base de dados única, permite por exemplo, que o departamento de marketing visualize qual a média de idade dos participantes cadastrados pelo departamento de vendas no último evento na área de Informática Médica para saber qual será a estratégia de marketing que será utilizada no próximo evento nesta mesma área. O CRM operacional é de grande valia para o pessoal que trabalha em call centers, em posse dos dados do cliente, o atendimento poderá ser personalizado, e o cliente se sentirá importante. O CRM analítico é o foco deste trabalho, é conhecer o público alvo de cada evento para montar estratégias para satisfazer os clientes de modo que eles fiquem fiéis e tenham confiança nos eventos organizados pela empresa. 4. Análise do Sistema No sistema a ser desenvolvido, o foco principal será dado para a demonstração de informações relevantes a processos de uso freqüente através de relatórios e gráficos. Para que o sistema possa ser acessado por seus gerenciadores e clientes em qualquer lugar, o sistema será on-line. Tipos de usuários terão acesso ao sistema e suas áreas de acesso: - Administrador técnico: acesso total ao sistema, podendo executar qualquer tipo de operação. - Administrador científico: cadastramento próprio e de sua “equipe”, operações de consultas gerais. - Participante: apenas seu próprio cadastramento e operações de consulta gerais . 25 4.1 Documento de Requisitos Todo evento exige uma preparação prévia, um planejamento que envolve uma série de itens básicos que precisam ser considerados para assegurar o êxito de qualquer programação. São eles: 1. Definição do nome e da área do evento; 2. Descrição do tema central; 3. Previsão de número de participantes; 4. Determinação de datas, horários e local; 5. Agenda geral / cronograma de atividades; 6. Cadastramento e gerenciamento de participantes e ministrantes de cursos e palestras; 7. Cadastramento e gerenciamento de fornecedores: exemplos - recepcionistas, motoristas, garçons, segurança; 8. Geração de crachás de identificação; 9. Convites aos palestrantes; 10. Check list (serão citados apenas alguns como exemplos) gerais: acesso à internet, cadeiras, caneta laser, cesto de lixo, impressora, microfone, etc.; vestuário e acessórios: casaco, gravata, guarda-chuva, absorvente, sapato, maquiagem, meia; alimentação: café colonial, cerveja, sucos, refrigerantes, água, whisky, térmica de leite; transporte: ônibus, topic, micro-ônibus, kombi, carro, caminhão; rh: agência de viagem, assessor de imprensa, tv clipagem, fotógrafo, mestre de cerimônias; material gráfico: cartão de visita, caneta, faixa de rua, home page, credencial imprensa; material operacional: ficha de perguntas, crachá de mesa, post-it, fichas para sorteio. 26 11. Forçar um feedback do cliente no site ou via e-mail sobre o evento ocorrido; 12. Orçamento: estimativa, total efetivo, custo por itens; 13. Geração de gráficos e relatórios para análise dos dados. 4.2 Modelo de dados 27 6. Conclusão Após um período de estudos no fundamento do CRM e sua aplicabilidade é notável que o mercado de gerência de eventos é carente de conhecimentos sobre quem são realmente seus clientes. E devido à ausência de ferramentas ERP, a dificuldade de acesso aos dados (informações) torna ainda mais lento os processos nas tomadas de decisão perante os clientes. Neste contexto o CRM está posicionado como ferramenta responsável por prover a empresa formas integradas para atender o cliente em tempo real (BRETZKE, 2000). Essa integração, em nível de back-office é proporcionada principalmente pelos sistemas de ERP. E em nível de front-office pelos aplicativos de CRM, objeto deste estudo. Inovações tecnológicas custam caro e demoram um certo tempo para demonstrar o retorno para as organizações que as utilizam; essa demora acontece muitas vezes pela rejeição dos funcionários (usuários) frente a grandes modificações na sua rotina de trabalho. 7. Trabalhos Futuros Alguns complementos seriam interessantes de serem aplicados a este trabalho, como por exemplo, o Workflow. Organizações de eventos exigem uma série de providências e atividades a serem tomadas antes de sua realização, e na maioria dos casos essas tarefas acontecem de maneira padrão. Organizar esse fluxo de processos em etapas a serem executadas em um espaço de tempo pré-determinado colaboraria muito na qualidade dos eventos realizados, pois nenhuma atividade pré-evento e pós-evento seria esquecida e não haveria perda de tempo por precisar organizar processos. 28 8. Referências BARBIERI, C. Business Intelligence – modelagem e tecnologia. Rio de Janeiro: Axcel Books, 1ª. Edição, 2001. Klein, Enio. CRM: Operacional, Colaborativo ou Analítico?.2002 http://www.icone.com.br/downloadlivre/EBook/CRM%20Operacional.pdf Acessado em: 26/07/2006 Leite, Maria Marta. Pressupostos para implantação de Estratégias de Relacionamento com os Clientes em Pequenas e Médias Organizações: uma Abordagem baseada em Gerenciamento de Projetos. Florianópolis, 2004. Meirelles, G. F. Tudo Sobre Eventos. São Paulo, 1999. Omar, Omar. Pim – Planejamento e Inteligência de Marketing Uma Abordagem Gerencial. Florianópolis, 2005. Pedron, Cristiane Drebes; Damacena, Cláudio. CRM: Um Sistema de Gestão empresarial ou uma estratégia de negócios?.2004. Peppers, Don; Roggers, Martha. Qual o papel do CRM Analítico em sua estratégia de relacionamento?.2003 http://www.1to1.com.br/newsletter/newsletter.php3?data=2003-08-07#1 Acessado em: 25/07/2006 Perry, Randy. Delivering the Business Value of Automating Business Processes to Small and Medium Enterprise.2004. Schweitzer, Alessandra. Pressupostos para o Gerenciamento de Soluções de CRM. Florianópolis, 2004. THOMSEN, E. OLAP – Construindo sistemas de informações multidimensionais. Rio de Janeiro: Campus, 2002. Vieira, Elenara; Cândido, Índio. Organização e técnicas para eventos. 2003 29