FACULDADE VÉRTICE UNIVÉRTIX Credenciada junto ao MEC: Portaria 1.084/2007 DISCIPLINA: Estatística e Probabilidade PROFa: Irlane Bastos Costa TURMA: Engenharia Civil 4o período DISTRIBUIÇÕES DE PROBABILIDADE Setembro, 2012 1. DISTRIBUIÇÕES DE PROBABILIDADE 1.1 INTRODUÇÃO As distribuições de frequências de amostras foram tratadas no item estatística descritiva. Neste capítulo, são apresentadas as distribuições de probabilidade de populações. A distribuição de frequências de uma amostra é uma estimativa da distribuição de probabilidade da população correspondente. Se o tamanho da amostra for grande, podemos esperar que a distribuição de frequências da amostra seja uma boa aproximação da distribuição de probabilidade da população. Na condução de pesquisas empíricas, bem como na busca de soluções para um grande número de problemas práticos, estudos das características de amostras, distribuições de frequências, gráficos, medidas de posição, dispersão etc. são de fundamental importância. Todavia, quando pretendemos estudar, teórica e praticamente, variáveis de uma população, as distribuições de probabilidade são mais adequadas. As análises das distribuições de probabilidades possibilitam a construção de modelos que nos auxiliam no entendimento de fenômenos do mundo real. Intuitivamente pode-se definir probabilidade como: número de casos favoráveis a A p(A) = ---------------------------------------------número total de casos possíveis Ao conjunto desses casos possíveis dá-se o nome de espaço amostral (S). E ao conjunto desses casos favoráveis a A dá-se o nome de evento A. Exemplo 1) Probabilidade de se obter um número par como resultado de um lançamento de um dado: S = {1,2,3,4,5,6} e A = {2,4,6}, então p = 3/6 = 1/2 = 0,5 ou 50 % Exemplo 2) Probabilidade de se obter o número 4 como resultado do lançamento de um dado: S = {1,2,3,4,5,6} e A = {4}, então p = 1/6 = 0,167 ou 16,7 % Exemplo 3) Probabilidade de se obter um número diferente de 4 no lançamento de um dado: S = {1,2,3,4,5,6} e A = {1,2,3,5,6}, então p = 5/6 = 0,833 ou 83,3 % 1.2 Eventos Complementares O evento do exemplo 3 é denominado de complementar do evento do exemplo 2. Ou seja, se p é a probabilidade de um evento ocorrer e q é a probabilidade de que ele não ocorra, então: p + q = 1 => q = 1 - p 1.3 Eventos Independentes Dois eventos são independentes quando a realização de um não afeta a probabilidade da realização do outro. Portanto a probabilidade de que dois eventos independentes se realizem simultaneamente é definido por: p = pA x pB Também conhecida como regra do "e" Exemplo 1) No lançamento de dois dados, simultaneamente, qual a Probabilidade de se obter o número 1 e o número 5? p = p1 x p5 = 1/6 x 1/6 = 1/36 = 0,028 = 2,8% Exemplo 2) No lançamento de dois dados, simultaneamente, qual a Probabilidade de se obter um número par e um número impar? p = ppar x pimpar = 3/6 x 3/6 = 9/36 = 0,25 = 25% 1.4 Eventos Mutuamente Exclusivos Dois eventos são mutuamente exclusivos quando a realização de um exclui a realização do outro. Nesse caso a probabilidade de que um ou o outro se realize é: p = pA + pB Também conhecida como regra do "ou" Deve-se observar que se tivermos A ∩ B = ∅, então p(A ∪ B) = p(A) + P(B). Mas, se A ∩ B ≠ ∅, então p(A ∪ B) = p(A) + P(B) – p(A∩B) Exemplo 1) A probabilidade de se obter 1 ou 5 em um lançamento de dado é: P = p1 + p5 = 1/6 + 1/6 = 2/6 = 1/3 = 0,333 = 33,3% Exercícios Propostos 1) Determine a probabilidade de cada evento: a) Uma carta de ouros aparecer ao se extrair uma carta de um baralho de 52 cartas Resp: a) p = 1/4 2) Em um lote de 12 peças, 4 são defeituosas. Sendo retiradas aleatoriamente 2 peças, calcule: a) a probabilidade de ambas serem defeituosas; b) a probabilidade de ambas não serem defeituosas; c) a probabilidade de ao menos uma ser defeituosa. Resp: a) p = 12/132 b) p = 56/132 c) p = 76/132 3) Um casal planeja ter 3 filhos. Determine a probabilidade de nascerem: a) três homens; b) dois homens e uma mulher. Resp: a) p = 1/8 b) p = 3/8 4) Um baralho de 52 cartas é subdividido em 4 naipes: copas, espadas, ouros e paus: a) Retirando-se uma carta ao acaso, qual a probabilidade de que ela seja de ouros ou de copas? b) Retirando-se duas cartas ao acaso com reposição da primeira carta, qual a probabilidade de ser a primeira de ouros e a segunda de copas? c) Recalcular a probabilidade anterior se não houver reposição da primeira carta. Resp: a) p = 26/52 b) p = 169/2704 c) p = 169/2652 5) Uma urna contém 20 bolas numeradas de 1 a 20. Seja o experimento: retirada de uma bola. Calcular as probabilidades dos eventos: A ) A= {retirar um múltiplo de 2}; B) A = {retirar um múltiplo de 5}; C) A = {retirar o número 1}; D) A = {retirar um número ímpar} 6) Considerando a urna do exercício anterior e o experimento retirar duas bolas, sem reposição da primeira. Calcular as probabilidades dos eventos: A) A = {retirar o numero 1 e o numero 2}; B) A = {retirar apenas números pares}; C) A = {retirar apenas números impares}; 2. DISTRIBUIÇÕES DE PROBABILIDADES DE VARIÁVEIS ALEATÓRIAS DISCRETAS Relembrando: Variável é o conjunto de resultados possíveis de um fenômeno. A variável pode ser qualitativa, quando seus valores são expressos por atributos (ex: sexo, cor), ou pode ser quantitativa, quando seus valores são expressos em números. A variável quantitativa pode ser contínua, quando assume qualquer valor entre dois limites (ex: peso, altura, medições), ou pode ser discreta, quando só pode assumir valores pertencentes a um conjunto enumerável (ex: número de filhos, contagens em geral). Seja a seguinte distribuição de frequência: Número de Acidentes Frequências Por dia em 1 mês 0 22 1 5 2 2 3 1 Total 30 Através dos dados apresentados pode-se calcular a probabilidade de em um dia: não ocorrer nenhum acidente: P = 22/30 = 0,73 ocorrer 1 acidente: P = 5/30 = 0,17 ocorrer 2 acidentes: P = 2/30 = 0,07 ocorrer 3 acidentes: P = 1/30 = 0,03 Podemos então elaborar uma tabela denominada distribuição de probabilidade: Número de Acidentes Por dia em 1 mês 0 1 2 3 Total Probabilidade 0,73 0,17 0,07 0,03 1,00 EXEMPLO 1: Vamos encontrar a distribuição de probabilidade da variável número de caras encontradas no lançamento de três moedas. Logo, o espaço amostral (S) é formado pelas possíveis combinações das faces das três moedas lançadas simultaneamente S = {ccc, cck, ckk, ckc, kck, kcc, kkc, kkk}; E a variável aleatória discreta é X = número de caras x = O - kkk x = 1 – kkc, kck, ckk x = 2 - cck, ckc, kcc x = 3- ccc Eis a distribuição de probabilidade expressa por uma tabela: xi 0 1 2 3 P(xi) 1/8 3/8 3/8 1/8 2.1 DISTRIBUIÇÃO BINOMIAL Trata-se de um modelo que dá a probabilidade do número de sucessos quando são realizadas n provas do mesmo tipo - o experimento é repetido n vezes. Cada experimento admite dois resultados - sucesso ou fracasso - com probabilidade p de sucesso e 1 - P = de fracasso, constantes em cada uma das provas. São muitas as variáveis aleatórias discretas que possuem tais características. A mais familiar, provavelmente, é o lançamento de uma moeda n vezes, por exemplo: n = 20. Cada prova, ou experimento, admite apenas dois resultados: cara ou coroa. Sem prejuízo para o cálculo, pode-se admitir que sucesso, por exemplo, é dar coroa, enquanto o fracasso é verificado quando o resultado for cara. Se a moeda é honesta, as probabilidades p = ½ de sucesso e q = 1 – ½ de fracasso são constantes em cada um dos lançamentos. O modelo de distribuição de probabilidade binomial possibilitará o cálculo das probabilidades da variável Y: número de sucessos. Y poderá ser 0 (Nenhuma coroa aparece quando se joga a moeda 20 vezes), 1 (uma coroa aparece), 2, 3, ... , 20. Veja outros exemplos • Respostas de um teste com diversas questões do tipo F ou V • Escolher entre um produto bom ou defeituoso • Sexo das crianças nascidas em determinada maternidade • Atirar em um alvo , atingindo-o ou não • Fumantes ou não fumantes em um grupo de adultos • Alunos de uma escola vacinados ou não vacinados Experimentos com resultados múltiplos podem ser tratados como binomiais, quando se consideram apenas dois resultados. Por exemplo: jogar um dado e verificar o resultado da face que se apoia na superfície não é uma prova binomial, porem se considerarmos sucesso sair o 6, e fracasso outro resultado diferente de 6, teremos um experimento adequado ao modelo binomial. Para utilizarmos a distribuição binomial, as seguintes hipóteses devem ser atendidas: • São realizadas n provas do mesmo tipo (idênticas). • Cada prova admite dois resultados possíveis, um chamado sucesso e o outro fracasso. • As probabilidades p, de sucesso, e 1 - P = q, de fracasso, permanecem constantes em todas as provas. • Os resultados das provas são independentes, ou seja, o resultado de uma não afeta o resultado da outra. A fórmula do cálculo da probabilidade de certo número y de sucessos em n provas é dada por: n P(Y y ) p y q n y y onde: n = número de provas ou repetições do experimento y = número de sucessos n - y = número de fracassos p = a probabilidade de sucesso em cada prova q = 1 - P é a probabilidade de fracasso em cada prova n = o número de combinações de n elementos, tomados y a y. y n n! y n!n y ! Exemplo 1) Uma moeda é lançada 5 vezes seguidas e independentes. Calcule a probabilidade de serem obtidas 3 caras nessa prova. n=5 y=3 p = 1/2 q = 1-p = 1-1/2 = ½ n 1 1 5! 1 1 5 20 8 y 2 2 3!2! 8 4 3 P(Y y) p q y n y 2 Exemplo 2) Dois times de futebol, A e B, jogam entre si 6 vezes. Encontre a probabilidade do time A ganhar 4 jogos. (p = 1/3) n=6 y=4 p = 1/2 q = 1-p = 1-1/2 = 1/2 n 1 1 6! 1 1 15 15 64 y 2 2 4!2! 16 4 4 P(Y y) p q y n y 2 Exemplo 3) Admite-se que uma válvula eletrônica, instalada em determinado circuito, tenha probabilidade 0,3 de funcionar mais de 600 horas. Se ensaiarmos 10 válvulas, qual será a probabilidade de que: A) Nenhuma funcione mais de 600 h? B) Todas funcionem mais de 600h? C) Apenas uma funcione mais de 600h? Temos: Y = variável aleatória: número de sucessos nos 10 ensaios. Assim, y = O, 1,2, ..., 10. P = 0,3 probabilidade de sucesso de cada válvula (funcionar mais de 600 h) q = 1 - 0,3 = 0,7 probabilidade de fracasso de cada válvula (funcionar menos de 600 h) n = 10 ensaios Então: p(Y y ) 0,3 0,7 10 y y 10 y Logo: 10 0,0282 0 10 1 101 B) p(Y 1) 0,3 0,7 0,1211 1 10 1010 10 0,000056 C) p(Y 10) 0,3 0,7 10 A) p(Y 0) 0,3 0,7 0 10 0 MEDIDAS DE POSIÇAO E DISPERSAO Média: y E y np Variância: y2 var y npq Desvio Padrão: y y2 npq Moda: O valor mais provável da moda de uma distribuição binomial é o numero inteiro compreendido entre np + p e n. A moda toma um valor próximo da media np. Observações importantes 1. Uma distribuição binomial fica caracterizada pelos parâmetros n e p. 2. Se n for pequeno, os cálculos serão relativamente fáceis. Contudo, se n for relativamente grande, os cálculos tornam-se cansativos. Felizmente, dispomos de calculadoras, tabelas apropriadas. 3. Para qualquer n, a distribuição binomial será simétrica, se p = q = 0,5; será assimétrica à direita, se p > q, e assimétrica à esquerda, se p < q. EXERCÍCIOS PROPOSTOS 1) Uma moeda é jogada 10 vezes. Calcule as seguintes probabilidades: a) de ocorrer seis caras; b) de dar pelo menos 8 caras; c) de não ocorrer nenhuma coroa; 2) Admitindo que os nascimentos de meninos e meninas sejam iguais, calcular a probabilidade de um casal com seis filhos ter quatro filhos homens e duas mulheres. 3) Se 5% das lâmpadas de certa marca são defeituosas, ache a probabilidade de que, numa amostra de 100 lâmpadas, escolhidas ao acaso, tenhamos: a) nenhuma defeituosa b) três defeituosas 4) Jogando-se um dado três vezes, determine a probabilidade de se obter um múltiplo de 3 duas vezes. Resp: p = 2/9 5) Seis parafusos são escolhidos ao acaso da produção de uma certa máquina, que apresenta 10% de peças defeituosas. Qual a probabilidade de serem defeituosos dois deles ? Resp: p = 0,0984 6) Dos estudantes de um colégio, 41 % fumam cigarro. Escolhem-se seis ao acaso para darem uma opinião sobre o fumo. Determine a probabilidade de: a) nenhum dos seis ser fumante b) todos os seis fumarem c) ao menos a metade dos seis ser fumante Resp: a) p = 4,22% b) p = 0,48% c) 47,65% 7) 12% dos que reservam lugar num vôo faltam ao embarque. O avião comporta 15 passageiros. a) Determine a probabilidade de que todos os 15 que reservaram lugar compareçam ao embarque. b) Se houve 16 pedidos de reserva, determine a probabilidade de uma pessoa ficar de fora. Resp: a) p = 14,70% b) p = 12,93% 2.2 DISTRIBUIÇÃO DE POISSON A distribuição de Poisson representa um modelo probabilístico adequado para o estudo de um grande número de fenômenos observáveis. Eis alguns exemplos: • Chamadas telefônicas por unidade de tempo. • Defeitos por unidade de área. • Acidentes por unidade de tempo. • Chegada de clientes a um supermercado por unidade de tempo. • Número de glóbulos sanguíneos visíveis ao microscópio por unidade dê área. • Número de partículas emitidas por uma fonte de material radioativo por unidade de tempo. Seja X uma variável aleatória igual ao número de ocorrências (sucessos). Quando se realizam (ou se observam) resultados de fenômenos semelhantes aos dos exemplos anteriores, X poderá assumir os valores: O, 1, 2, ... Ao aplicar o modelo de Poisson, o interesse poderá ser, por exemplo, calcular a probabilidade de receber cinco chamadas telefônicas, em três minutos, em dado aparelho: P(X = 5chamadas/3 min). De início, poderíamos pensar no uso do modelo binomial, porém não sabemos qual o número de provas (n = ?), nem a quantidade de fracassos: quantos chamadas não ocorreram? Se adotamos algumas hipóteses quanto à taxa de freqüência (λ) dessas ocorrências por uma pequena unidade de tempo: (Δt), ou, conforme o caso: (Δs) = unidade de área ... , e algumas outras premissas, enunciadas a seguir, obtemos o modelo de Poisson como limite da distribuição binomial, quando n tende ao infinito. Hipóteses do modelo de Poisson H1 - A probabilidade de uma ocorrência em um intervalo Δt (ou Δs, ou ... ) é constante e proporcional ao tamanho do intervalo. Isto é: P(X = 1, Δt) = λΔt. H2 - A probabilidade de mais de uma ocorrência em um intervalo Δt (ou Δs, ou ... ) é igual a zero. Isto é: P(X > 1, Δt) = O. H3 - O número de ocorrências constitui variáveis aleatórias independentes. A expressão que dá a probabilidade de x sucessos em um intervalo t (tempo, área ... ) é: (t ) x .e t p ( X x, t ) x! onde: λ = coeficiente de proporcionalidade, ou taxa de frequência por unidade de tempo, área, t = tempo, área, e = base dos logaritmos naturais (2,71828) x = número de ocorrências (sucessos) Considerando que a média da distribuição é dada por λt, ou seja, μ = λt, temos: p( X x / t ) x .e x! A variância da distribuição também é dada por λt, ou seja: 2 t . A moda corresponde ao maior inteiro contido em λt. Se λt for inteiro, então haverá duas modas nos pontos: x = λt e x – 1 = λt – 1. Os valores de e são encontrados em tabelas próprias. EXEMPLO 4: Experiências passadas indicam que, em média, há duas chamadas por hora em certo telefone. Vamos calcular as probabilidades de, em uma hora, o telefone receber: nenhuma chamada; uma; duas; três; ... Solução: sabe-se que μ = λt, logo 2 = λ1 :. λ = 2, ou ainda μ = 2. Nenhuma chamada Uma chamada p( X 0 / 1h) x .e x! 2 0.e 2 0,1353 0! 21.e 2 p( X 1 / 1h) 0,2706 1! Duas chamadas Três chamadas 2 2.e 2 p( X 2 / 1h) 0,2706 2! 2 3.e 2 p( X 3 / 1h) 0,1804 3! . . . Nove chamadas 2 9.e 2 p( X 9 / 1t ) 0,0002 9! A tabela de distribuição de probabilidade da variável X, número de chamadas telefônicas, será: xi P(xi) 0 1 2 3 4 0,1353 0,2706 0,2706 0,1804 0,0902 Observe: 5 6 7 0,0361 0,0120 0,0034 8 9 0,0009 0,0002 p( x ) 0,9997 1 Esse resultado é explicado, pois x, número de i sucesssos, teoricamente, tende ao infinito. Nesse caso, o infinito foi x = 9. Quanto às medidas de posição: Média: λt = 2, inteiro, temos duas modas: M01 = 2 e M02 = 1 Quanto às medidas de dispersão: Variância: 2 t 2 Desvio padrão: t 2 1,4142 Coeficiente de variação: C.V . 1,4142 100 70,71% 2 EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO: O pessoal de inspeção de qualidade afirma que os rolos de fita isolante apresentam, em média, uma emenda a cada 50 metros. Admitindo que a distribuição do número de emendas é dada pela Poisson, vamos callcular as probabilidades: a) de nenhuma emenda em um rolo de 125 metros: b) de ocorrerem no máximo duas emendas em um rolo de 125 metros c) de ocorrer pelo menos urna emenda em um rolo de 100 metros EXERCÍCIOS PROPOSTOS 1. Admitindo que X tem distribuição de probabilidade de Poisson, encontrar as probabilidades: a) P(X = 5) quando μ = 3,0; b) P(X ≤ 2) quando μ = 5,5; c) P(X ≥ 4) quando μ = 7,5; d) P(X = 8) quando μ = 4,0. 2. Uma amostra aleatória de 230 pessoas é selecionada. Cada indivíduo da amostra responde se prefere comprar um PC ou um VCR. Assumindo que 3% do público prefere um PC, determinar, aproximadamente, a probabilidade de um grupo de 10 pessoas preferir PC. 3. Uma fábrica de pneus verificou que, ao testar seus pneus nas pistas, havia em média um estouro de pneu a cada 5.000 km. a) Qual a probabilidade de que num teste de 3.000 km haja no máximo um pneu estourado? b) Qual a probabilidade de que um carro ande 8.000 km sem estourar nenhum pneu? 4. Certo posto de bombeiros recebe em média três chamadas por dia. Calcular a probabilidade de: a) receber quatro chamadas num dia; b) receber três ou mais chamadas num dia. 5. A média de chamadas telefônicas numa hora é três. Qual a probabilidade de: a) receber exatamente três chamadas numa hora? b) receber quatro ou mais chamadas em 90 minutos? 6. Na pintura de paredes, aparecem defeitos em média na proporção de um defeito por metro quadrado. Qual a probabilidade de aparecerem três defeitos numa parede de 2 x 2 cm? 7. Uma loja atende em média a dois clientes por hora. Calcular a probabilidade de em uma hora: a) atender exatamente a dois clientes; b) atender a três clientes. 8. Suponha 400 erros de impressão distribuídos aleatoriamente em um livro de 500 páginas. Encontre a probabilidade de que dada página contenha: a) nenhum erro; b) exatamente dois erros. 3. DISTRIBUIÇÃO DE PROBABILIDADE DE VARIÁVEIS CONTÍNUAS Entre as distribuições teóricas de variável contínua, a mais empregada é a distribuição normal. A equação da curva é a seguinte: f ( x) 1 2 e 0,5 x / 2 Esta é A função de densidade da probabilidade da distribuição normal. Se uma variável aleatória x tem distribuição normal com média e variância 2 , diz-se que x ~ N( , 2 ) Analise Gráfica A figura a seguir mostra uma curva normal típica, com seus parâmetros descritos graficamente. A média é o centro da curva. A distribuição de valores maiores que a média e a dos valores menores que a média é perfeitamente simétrica, ou seja, se passarmos uma linha exatamente pelo centro da curva teremos duas metades, sendo que cada uma delas é a imagem especular da outra. As extremidades da curva se estendem de forma indefinida ao longo de sua base (o eixo das abcissas) sem jamais tocá-la. Portanto, o campo de variação da distribuição normal se estende de - infinito a + infinito. Assim sendo, a curva apresenta uma área central em torno da média, onde se localizam os pontos de maior frequência e também possui áreas menores, progressivamente mais próximas de ambas as extremidades, em que são encontrados valores muito baixos de x (à esquerda) ou escores muito altos (à direita), ambos presentes em baixas frequências. Como em qualquer função de densidade de probabilidade a área sob a curva normal é 1, sendo a frequência total igual a 100%. Assim, a curva normal é uma distribuição que possibilita determinar probabilidades associadas a todos os pontos da linha de base. Portanto, tomando-se quaisquer dois valores pode-se determinar a proporção de área sob a curva entre esses valores. E essa área é a própria frequência da característica que ela determina. É muito importante entender como a curva é afetada pelos valores da média e do desvio padrão. Note-se que, se diferentes amostras apresentarem o mesmo valor de média e diferentes valores de desvios padrão, a distribuição que tiver o maior desvio padrão se apresentará mais achatada (c), com maior dispersão em torno da média. Aquela que tiver o menor desvio padrão (a) apresentará o maior valor de frequência e acentuada concentração de indivíduos em valores próximos à média (a). Já, distribuições normais com valores de médias diferentes e o mesmo valor de desvio padrão possuem a mesma dispersão, mas diferem quanto à localização no eixo dos X. PADRONIZANDO A DISTRIBUIÇÃO NORMAL Todas as curvas normais representativas de distribuições de frequências podem ser transformadas em uma curva normal padrão. A Distribuição Normal Padrão é caracterizada por ter média ( ) igual a zero e desvio padrão ( 2 ) igual a 1. Utilizando a formula de transformação, qualquer variável aleatória normal X é convertida em uma variável normal padronizada Z. Z X onde: σ e o desvio padrão μ e a media aritmética A figura mostra que o desvio-padrão controla o grau para o qual a distribuição se "espalha" para ambos os lados da curva. Percebe-se que aproximadamente toda a probabilidade está dentro de ± 3σ a partir da média. A equação da curva de z é: Assim, a variável x cuja distribuição é N( , 2 ) é transformada na forma padronizada z cuja distribuição é N(0,1). Essa é a distribuição normal padrão, que já está tabelada, pois os parâmetros da população (desvio padrão e média) são conhecidos. Então, se forem tomados dois valores específicos, pode-se determinar a proporção de área sob a curva entre esses dois valores. Para a distribuição Normal, a proporção de valores caindo dentro de um, dois, ou três desvios padrão da média são:. entre é igual a ± 1 68,26% (1) ± 2 95,44% (2) ± 3 99,74% (3) Z - DADOS TABELADOS Como se chegou a esses valores? Para responder essa pergunta é necessário conhecer a distribuição de z, que já está tabelada. Note-se que a Tabela de z determina a área a partir do número de desviospadrão, os quais são lidos assim: O valor de z será encontrado na intersecção entre a coluna e a linha, sendo adimensional. Verificando a tabela, percebe-se que para os valores negativos de z as áreas são obtidas por simetria, ou seja, existe o mesmo conjunto de valores, com sinal negativo, para o lado esquerdo da média, pois a tabela é especular. Os valores de z permitem delimitar a área sob a curva, pois, como no eixo Y do gráfico está a frequência da variável, a área sob a curva tem o mesmo valor da probabilidade de ocorrência daquela característica. Exemplo 1: Qual é a área sob a curva normal contida entre z = 0 e z = 1? Procura-se o valor 1 na primeira coluna da tabela e o valor da coluna 0,00. O valor da intersecção é de 0,3413, ou seja 34,13%. Entretanto, lembrando que a curva normal é simétrica, sabe-se que a área sob a curva normal contida entre z = 0 e z = -1 também é 34,13%. Portanto, a área referente a -1 < z < 1 vale a soma de ambas, ou seja, 68,26%. Recordando que o valor central corresponde a média, pode-se traçar o seguinte gráfico, em que se percebe que, excetuando-se os valores centrais, sobram apenas 15,87% para cada lado da curva. Exemplo 2: Assim sendo, considerando a área sob a curva normal, qual é a área correspondente a exatos 95% da curva? z = 95% = 0, 95 0, 95 / 2 = 0,4750 Procurando esse valor (0,4750) na tabela de z chega-se a 1,96. Portanto, como o valor da área é o mesmo valor da probabilidade, se uma variável x tem distribuição normal, com média e desvio padrão σ, a probabilidade de se sortear da população de valores de x um valor contido no intervalo ± 1,96σ é igual a 95% (47,5% para cada lado da curva ) e a probabilidade de se sortear da população de valores de x um valor não contido no intervalo ± 1,96σ é igual a 5% ( 2,5% em cada extremo da curva ). EXERCÍCIOS PROPOSTOS o 1) Seja um teste de inteligência aplicado a um grupo de 50 adolescentes do 3 ano colegial. Obteve-se uma distribuição normal com média 50 e desvio padrão 6. Perguntase qual a proporção de alunos com notas superiores a 60? 2) Com os dados do problema anterior, averiguar o número de alunos com notas entre 35 e 45. 3) Com os dados do problema anterior, qual é a nota abaixo da qual estão 75% dos alunos ? 4) Achar a probabilidade de um valor escolhido ao acaso seja superior a 50 em uma distribuição normal de média 35 e desvio padrão 8. Resp: 0,0304 ou 3,04 % 5) Seja a distribuição normal de média 6,74 e desvio padrão de 2,3. Qual a probabilidade de encontrar um valor inferior a 3,4 ? Resp: 0,0735 ou 7,35 % 6) Um teste padronizado de escolaridade tem distribuição normal com média 100 e desvio padrão 25. Determine a probabilidade de um indivíduo submetido ao teste ter nota: a) maior que 120 b) entre 75 e 125 c) entre 115 e 125 d) qual é a nota abaixo da qual estão 70% dos alunos Resp: a) p = 21,19 % b) p = 68,26% c) p = 11,55% d) 113 7) Os salários dos funcionários de uma escola têm distribuição normal com média de R$ 1500,00, e desvio padrão de R$ 200,00. Qual a proporção de funcionários que ganham: a) entre R$ 1400 e R$ 1600 ? b) acima de R$ 1500 ? c) acima de R$ 1400 ? d) abaixo de R$ 1400 ? e) acima de R$ 1650 ? Resp: a) p = 38,3 % b) p = 50% c) p = 69,15% d) p = 30,85% e) p = 22,66% Distribuição de z Áreas sob a curva normal padrão. Para os valores negativos de z são obtidas por simetria. z 0,00 0,01 0,02 0,03 0,04 0,05 0,06 0,07 0,08 0,09 0,0 0,0000 0,0040 0,0080 0,0120 0,0160 0,0199 0,0239 0,0279 0,0319 0,0359 0,1 0,0398 0,0438 0,0478 0,0517 0,0557 0,0596 0,0636 0,0675 0,0714 0,0753 0,2 0,0793 0,0832 0,0871 0,0910 0,0948 0,0987 0,1026 0,1064 0,1103 0,1141 0,3 0,1179 0,1217 0,1255 0,1293 0,1331 0,1368 0,1406 0,1443 0,1480 0,1517 0,4 0,1554 0,1591 0,1628 0,1664 0,1700 0,1736 0,1772 0,1808 0,1844 0,1879 0,5 0,1915 0,1950 0,1985 0,2019 0,2054 0,2088 0,2123 0,2157 0,2190 0,2224 0,6 0,2257 0,2291 0,2324 0,2357 0,2389 0,2422 0,2454 0,2486 0,2517 0,2549 0,7 0,2580 0,2611 0,2642 0,2673 0,2703 0,2734 0,2764 0,2794 0,2823 0,2852 0,8 0,2881 0,2910 0,2939 0,2967 0,2995 0,3023 0,3051 0,3078 0,3106 0,3133 0,9 0,3159 0,3186 0,3212 0,3238 0,3264 0,3289 0,3315 0,3340 0,3365 0,3389 1,0 0,3413 0,3438 0,3461 0,3485 0,3508 0,3531 0,3554 0,3577 0,3599 0,3621 1,1 0,3643 0,3665 0,3686 0,3708 0,3729 0,3749 0,3770 0,3790 0,3810 0,3830 1,2 0,3849 0,3869 0,3888 0,3907 0,3925 0,3944 0,3962 0,3980 0,3997 0,4015 1,3 0,4032 0,4049 0,4066 0,4082 0,4099 0,4115 0,4131 0,4147 0,4162 0,4177 1,4 0,4192 0,4207 0,4222 0,4236 0,4251 0,4265 0,4279 0,4292 0,4306 0,4319 1,5 0,4332 0,4345 0,4357 0,4370 0,4382 0,4394 0,4406 0,4418 0,4429 0,4441 1,6 0,4452 0,4463 0,4474 0,4484 0,4495 0,4505 0,4515 0,4525 0,4535 0,4545 1,7 0,4554 0,4564 0,4573 0,4582 0,4591 0,4599 0,4608 0,4616 0,4625 0,4633 1,8 0,4641 0,4649 0,4656 0,4664 0,4671 0,4678 0,4686 0,4693 0,4699 0,4706 1,9 0,4713 0,4719 0,4726 0,4732 0,4738 0,4744 0,4750 0,4756 0,4761 0,4767 2,0 0,4772 0,4778 0,4783 0,4788 0,4793 0,4798 0,4803 0,4808 0,4812 0,4817 2,1 0,4821 0,4826 0,4830 0,4834 0,4838 0,4842 0,4846 0,4850 0,4854 0,4857 2,2 0,4861 0,4864 0,4868 0,4871 0,4875 0,4878 0,4881 0,4884 0,4887 0,4890 2,3 0,4893 0,4896 0,4898 0,4901 0,4904 0,4906 0,4909 0,4911 0,4913 0,4916 2,4 0,4918 0,4920 0,4922 0,4925 0,4927 0,4929 0,4931 0,4932 0,4934 0,4936 2,5 0,4938 0,4940 0,4941 0,4943 0,4945 0,4946 0,4948 0,4949 0,4951 0,4952 2,6 0,4953 0,4955 0,4956 0,4957 0,4959 0,4960 0,4961 0,4962 0,4963 0,4964 2,7 0,4965 0,4965 0,4967 0,4968 0,4969 0,4970 0,4971 0,4972 0,4973 0,4974 2,8 0,4974 0,4975 0,4976 0,4977 0,4977 0,4978 0,4979 0,4979 0,4980 0,4981 2,9 0,4981 0,4982 0,4982 0,4983 0,4983 0,4984 0,4985 0,4985 0,4986 0,4986 3,0 0,4987 0,4987 0,4987 0,4988 0,4988 0,4989 0,4989 0,4989 0,4990 0,4990 3,1 0,4990 0,4991 0,4991 0,4991 0,4992 0,4992 0,4992 0,4992 0,4993 0,4993 3,2 0,4993 0,4993 0,4994 0,4994 0,4994 0,4994 0,4994 0,4995 0,4995 0,4995 3,3 0,4995 0,4995 0,4995 0,4996 0,4996 0,4996 0,4996 0,4996 0,4996 0,4997 3,49 0,4997 0,4997 0,4997 0,4997 0,4997 0,4997 0,4997 0,4997 0,4997 0,4998 3,6 0,4998 0,4998 0,4999 0,4999 0,4999 0,4999 0,4999 0,4999 0,4999 0,4999 3,9 0,500