Visualização do documento Teoria da Decisão CET602 DISTRIBUIÇÕES DE PROBABILIDADE.doc (74 KB) Baixar Teoria da Decisão - CET 602 Engenharia da Produção – UESC 3 DISTRIBUIÇÕES DE PROBABILIDADES Quando se atribuem valores de probabilidade a todos os possíveis valores de uma variável aleatória X, tanto por uma listagem como por uma função matemática, o resultado é uma distribuição de probabilidade. - Variável aleatória: é aquela cujos valores são determinados por processos acidentais, ao acaso, que não estão sob o controle do observador. A soma das probabilidades de todos os resultados possíveis deve ser igual a 1. - Variável aleatória discreta: todos os possíveis valores dessa variável podem ser listados numa tabela com as possibilidades correspondentes. - Variável aleatória contínua: não podem ser listados todos os possíveis valores fracionários da variável, e desta forma as possibilidades determinadas por uma função matemática f(X) são retratadas, tipicamente, por uma função densidade ou por uma curva de probabilidade. 3.1 Distribuições discretas 3.1.1 Distribuição binomial É uma distribuição discreta de probabilidade aplicável sempre que o processo de amostragem é do tipo do de Bernoulli, tal que: - são realizadas n provas, ou séries de tentativas, ou observações e constituídas de eventos independentes; - cada prova é uma prova de Bernoulli, ou seja, em cada tentativa existem dois resultados possíveis e mutuamente exclusivos. Eles são chamados por conveniência, sucesso ou fracasso; - a probabilidade p de sucesso em cada prova ou tentativa é constante (logo, q também é, sendo q = 1 - p). A distribuição binomial pode ser utilizada para determinar a probabilidade de se obter um dado número de sucesso em um processo Bernoulli. Três valores são necessários: o número de sucesso X; o número de tentativas, ou observações (n); e a probabilidade de sucesso em cada tentativa (p). A fórmula para se determinar a probabilidade de um certo número de sucessos X em uma distribuição binomial é: Exemplo: a probabilidade de que um provável cliente aleatoriamente escolhido faça uma compra é 0,20. Se um vendedor visita seis prováveis clientes, a probabilidade de que ele fará exatamente quatro vendas é determinada de que forma? 3.1.2 Distribuição de Poison É útil para descrever as probabilidades do número de ocorrências num campo ou intervalo contínuo (em geral tempo ou espaço). Ex.: acidentes por dia, clientes por hora, chamadas telefônicas por minuto. A fórmula de Poison: em que: e = 2,7183 Exemplo: Um processo mecânico produz tecido para tapetes com uma média de dois defeitos por m . Determine a probabilidade de um m ter exatamente um defeito, admitindo que o processo possa ser aproximado por uma distribuição de Poison X = 1 (número de ocorrência) 2 2 3.2 Distribuições contínuas Como uma variável contínua (ex.: tempo) inclui, em seus resultados, valores tanto inteiros como não-inteiros, não pode ser adequadamente descrito por uma distribuição discreta. Dado o círculo (q ilustra o conceito de variável contínua). Não se pode esperar que o ponteiro, ao girar, venha a para exatamente num dos valores inteiros do círculo. Se o círculo está dividido em 8 mil partes iguais, a probabilidade de o ponteiro parar em qualquer valor particular é tão pequena, para fins prático, que deve ser considerada aproximadamente igual a zero (isso devido o âmbito infinito de possibilidades). Assim é que a análise das variáveis contínuas tende a focalizar a probabilidade de uma variável aleatória tomar um valor num determinado intervalo. A proporção da área incluída entre dois pontos quaisquer identifica a probabilidade de que a variável aleatória contínua selecionada assuma um valor entre dois pontos. Então, enquanto a probabilidade de o ponteiro parar no ponto três, ou no quatro, é aproximadamente zero, a de ele para entre esses dois números não é zero, como o círculo está dividido em oito setores iguais, atribui-se a probabilidade de 1/8 ao resultado. Analogamente, entre os pontos quatro e seis (1/4 do círculo), a probabilidade é de 25% ao evento. 3.2.1 Distribuição normal As distribuições normais representam, com boa aproximação, as distribuições de freqüências observadas de muitos fenômenos naturais e físicos. Ela é simétrica (em relação a sua média) e mesocúrtica, descrita como tendo uma forma de sino, como é exemplificada pela função densidade de probabilidade, nunca toca o eixo horizontal, prolonga-se de - a +, cada curva de distribuição normal fica especificada por sua média e seu desvio padrão, a área total sob qualquer curva normal representa 100% de probabilidade associada a variável. As probabilidades se referem sempre a intervalos de valores. As distribuições normais foram descobertas no século XVIII. Astrônomos e outros cientistas observavam, não sem certa surpresa, que mensurações repetidas de uma mesma quantidade (como distância a lua ou a massa de um objeto) tendia a variar, e um grande número dessas mensurações, em uma distribuição de freqüência, elas se representavam em uma forma análoga a figura acima. Associada a erros de mensuração, deu-se o nome de “distribuição normal dos erros”, ou simplesmente “distribuição normal”. Ou distribuição Gaussiana (Karl F. Gauss, 1777-1855) pela sua teoria matemática. A distribuição de probabilidade normal é importante na inferência estatística por três razões distintas: 1- as medidas produzidas em diversos processos aleatórios seguem essa distribuição; 2- probabilidades normais podem ser usadas freqüentemente com aproximações de outras distribuições de probabilidade, tais como a binomial e de Poison; 3- as distribuições de estatística da amostra tais como a média e a proporção freqüentemente seguem a distribuição normal independentemente da distribuição da população. A fórmula da distribuição normal é: onde: = 3,1416; e = 2,7183; = média da distribuição; = desvio padrão da distribuição. As tabelas de probabilidades normais são baseadas em uma distribuição particular: a “distribuição normal padronizada”, em que a = 0 e = 1, portanto qualquer valor de x normalmente distribuído pode ser convertido em valores normais padronizados Z pelo uso da fórmula: onde: Z número de desvios padrões a contar da média; X valor arbitrário; = média da distribuição normal; = desvio padrão. Se uma variável tem distribuição normal, cerca de 68% de seus valores cairão no intervalo de um desvio padrão a contar de cada lado da média, ou seja, Ex.: para = 100 = 10 Exemplo: Sabe-se que a vida útil de um componente elétrico segue uma distribuição normal com média = 2000 horas e desvio padrão = 200 horas. A probabilidade de que um componente selecionado dure entre 2000 e 2400 horas é determinada por 3.3 Distribuição normal como aproximação da binomial Quando número de observações ou de tentativas n for relativamente grande, a distribuição de probabilidade normal pode ser utilizada para aproximações das probabilidades binomiais. Uma regra de bolso conveniente é que tal aproximação é aceitável quando n 30, e tanto nP 5 como n(1-P) 5. Quando a distribuição normal de probabilidade é usada como uma aproximação da distribuição de probabilidade binomial, a média e o desvio padrão se baseiam no valor esperado e na variância do número de sucesso de uma distribuição binomial. O número de sucesso é: O desvio padrão do número de “sucesso”é: Ex.: Para um grande número de clientes potenciais, sabe-se que 20% dos que foram feito contatos pessoalmente pelos agentes de vendas realizarão uma compra. Se um representante de vendas visita 30 clientes potenciais, podemos determinar a probabilidade de que 10 ou mais farão uma compra utilizando as probabilidades binomiais da tabela (Apêndice 1). 3.4 Distribuição de Qui-quadrado As variáveis aleatórias contínuas, chamadas de qui-quadrado, são aplicadas em diferentes testes estatísticos. Suas aplicações neste caso são referentes à variação populacional. A variância amostral (S2) é um estimador para a variância populacional (2). É possível mostrar que pela divisão de , com definição de S2 nós obtemos um estimador não viesado para 2. As estimativas para 2 obtidas em repetidas amostras de uma mesma população flutuam em torno da verdadeira variância populacional. As estimativas para 2 são importantes, já que necessita-se avaliar a estatística “t” usada para fazer inferência sobre a média populacional. Em algumas ocasiões o centro de interesse não é a média, mas a variância mesmo. Na verdade é necessário ser capaz de não encontrar apenas a estimativa pontual para a 2, mas também construir um intervalo de confiança ou testar uma hipótese referente a este parâmetro. Para isto é necessário introduzir este outro conjunto de variáveis aleatórias contínuas, chamado 2. - O conjunto dessas variáveis é identificado por um parâmetro v, chamado grau de liberdade (n-1), - ; O gráfico de densidade de cada variável 2 é uma curva assimétrica à direita; - A variável 2 não assume valores negativos. Exemplo: considerando um (qui-quadrado com 10 graus de liberdade). a) P[ 2,56] = 0,01 b) P[ 16] = (1-0,9) = 0,10 c) P[ 18,3] = (1-0,95) = 0,05 d) e) P[3,25 20,5] = (0,025)-(0,975) 11 Arquivo da conta: pereira.pedroza Outros arquivos desta pasta: Check list - Guincho de coluna - 00508 [ E 1 ]_Date(Thu, 11 Dec 2014 20.39.07 0200).xls (3111 KB) PERCEPÇÃO_DE_RISCOS_DOS_TRABALHADORES_DO_SETOR_ELÉTRICO_S OBRE_OS_EFEITOS_DE_CAMPOS_ELETROMAGNÉTICOS_DE_BAIXA_FREQU ENCIA_Date(Tue, 16 Dec 2014 03.49.03 -0200).ppt (2074 KB) RUIDO TEMPERATURA E ILUMINAMENTO_Date(Wed, 10 Dec 2014 01.09.21 0200).ppt (152 KB) Acidente anel_Date(Wed, 17 Dec 2014 23.52.09 -0200).ppt (324 KB) melhorando as relacoes humanas com humor_Date(Sun, 7 Dec 2014 00.20.41 -0200).ppt (883 KB) Outros arquivos desta conta: Acidentes Arco Eletrico - vestimentas Aterramento curso eletricidade Curso MSProject Relatar se os regulamentos foram violados Página inicial Contacta-nos Ajuda Opções Termos e condições Política de privacidade Reportar abuso Copyright © 2012 Minhateca.com.br