PESTE SUÍNA CLÁSSICA – REVISÃO DE LITERATURA Anderson Forte Bach1 Fernando Borges Franco de Macedo¹ Helliton Serrath de Brito¹ Miguel Hopka Filho¹ Paula Duarte Silva Rangel Garcia² Apresentação Poster A peste suína clássica (PSC) é uma doença viral altamente contagiosa que, na forma aguda, caracteriza-se por um quadro hemorrágico e elevada morbidade e mortalidade. A maioria dos livros de patologia suína, médicos veterinários e produtores reconhecem a forma aguda de PSC como sendo a única a ocorrer a campo. Entretanto, existem outras formas menos severas da doença que tendem a aumentar de importância na medida em que o grau de imunização dos rebanhos cresce e inibe as manifestações da forma típica. Esse trabalho tem por objetivo fazer uma revisão sobre essa patologia e suas implicações econômicas no sistema suinícola. O vírus causa sintomas como hemorragias, febre alta, orelhas e articulações azuladas, vômitos, diarréia, aborto e morte entre 5 e14 dias após início dos sintomas. A infecção ocorre pela via oro nasal, sendo as tonsilas o primeiro sítio de replicação do vírus, que em seguida, penetra na corrente circulatória alcançando linfonodos, baço, rins, porção distal do íleo e cérebro. A presença de vírus nos tecidos dos animais é o fator mais importante na disseminação da PSC e em certos estágios da infecção, pode escapar à detecção durante a rotina de inspeção antes e após a matança. A existência de cepas de baixa e moderada virulência, ocasionando formas atípicas de PSC, são descritas na literatura. Os sinais clínicos dependem de fatores como a idade do animal e a virulência da cepa envolvida. Em animais jovens, a taxa de mortalidade pode chegar a 90%; já em animais mais velhos, a enfermidade pode se manifestar discretamente ou até mesmo ser subclínica. Os prejuízos econômicos decorrentes da mortalidade dos animais acometidos por doenças infecciosas são bastante expressivos e muitas vezes o diagnóstico preciso é difícil, pois o quadro clínico patológico das doenças pode ser confuso. Além da mortalidade, o prejuízo está envolvido com o número de fêmeas descartadas, retornos ao cio, abortos, gastos com medicamentos, aquecimento e mão de obra. Pesquisadores chegam a citar que o prejuízo pode chegar a 100 mil dólares por matriz do plantel. Para o controle da doença são utilizadas vacinas atenuadas, que, além de induzirem a altos títulos de anticorpos neutralizantes, são seguras para fêmeas gestantes. A desvantagem da sua utilização é que não é possível a diferenciação entre anticorpos vacinais e os induzidos por infecção natural. Em áreas sem vacinação, os procedimentos para controle dos surtos são: eliminação de todos os suínos de rebanhos infectados, investigação epidemiológica, clínica e virológica, restrição de movimentação de suínos vivos, da carne suína e de outros vetores que possam transmitir a doença. Levando-se em consideração os prejuízos que a PSC podem trazer ao produtor, conclui-se que vacinar correta e sistematicamente todos os animais da granja pode evitar a ocorrência do surto e com isso, reduzir drasticamente os gastos efetuados com medicamentos para controlar o surto, o que faz dessa prática a melhor relação custobenefício. Palavras chave: Prejuízo econômico. Reprodução. Suíno. 1 Discente do Curso de Medicina Veterinária do Ceulji/Ulbra; [email protected]; ²Professora Mestre (MSc) do Curso de Medicina Veterinária do Ceulji/Ulbra.