Câmara dos Deputados

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CÂMARA DOS DEPUTADOS
ANDRÉ MOURA
Líder do Partido Social Cristão - PSC
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Senhor
presidente,
senhoras
e
senhores
deputados, os que estão acessando a Internet e redes
sociais, além daqueles que sintonizam a Rádio e a TV
Câmara em todo Brasil, em especial a população do
Estado de Sergipe, a quem me orgulho de aqui
representar.
Uma portaria do Ministério da Saúde, de
dezembro de 1988, instituiu a data de 27 de novembro
como Dia Nacional de Combate ao Câncer. O objetivo é
mobilizar a população a conhecer os aspectos educativos e
sociais no controle e prevenção do câncer. Apesar dos
inegáveis esforços, lamentavelmente o câncer ainda mata
milhares de brasileiros, conforme revela estudo do Instituto
Nacional de Câncer (INCA). As estimativas referentes ao
ano de 2013 preveem um número aproximado de 518.510
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novos casos da doença. O câncer é considerado um
problema de saúde pública, tanto pela extensão e valor
social da doença, como pelo custo financeiro necessário ao
seu adequado diagnóstico e tratamento.
No Brasil e no mundo, a tendência de
crescimento exponencial dos casos de câncer está
diretamente relacionada ao envelhecimento da população e
à exposição prolongada a fatores de risco. Nos países
desenvolvidos, o câncer já é a primeira causa de morte por
doença. No Brasil, há 20 anos, era a quarta. Hoje, o câncer
ocupa a segunda posição, atrás apenas das mortes
provocadas por doenças cardiovasculares. As estatísticas
mostram que os tumores mais frequentes entre os
brasileiros do sexo masculino são os de próstata, pulmão,
estômago, cólon e reto, e esôfago. No sexo feminino
predominam os cânceres de pele e mama, seguidos pelos
de colo uterino, cólon e reto, pulmão e estômago.
Quando
são
avaliados
os
fatores
socioeconômicos, contata-se que os cânceres de mama,
próstata, cólon e reto atingem mais os brasileiros mais
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ricos, em especial o grupo formador da classe média alta;
por outro lado, os de colo de útero, pênis, estômago e
cavidade oral estão associados à pobreza. Esta divisão é
provavelmente fruto de agentes químicos, físicos e
biológicos, bem como podem resultar da exposição a
fatores relacionados às diversidades sociais, incluindo
condições de trabalho, acesso à saúde, nutrição e higiene.
Nos últimos 150 anos, a humanidade passou
por transformações tecnológicas que afetaram o modo de
vida, sobretudo nas grandes cidades. Se de um lado os
avanços alcançados pela medicina e as políticas de saúde
pública elevaram a qualidade de vida, com reflexos diretos
na longevidade; campanhas de vacinação em massa
eliminaram numerosas doenças e o saneamento básico
constitui um dos mais importantes meios de prevenção; de
outro, a vida moderna também elevou os fatores de risco
responsáveis
pela
incidência
de
câncer.
Antes
da
Revolução Industrial por exemplo, a poluição do ar atingia
principalmente trabalhadores de certas atividades, como os
operários das minas de carvão. Hoje constitui um problema
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quase que generalizado nos centros urbanos maiores e até
nos menores.
No entanto, 1/3 das mortes por câncer em todo
o mundo tem como primeira causa os hábitos de fumar e
consumir álcool. Levantamento mostrou que 21% das
quase 7 milhões de mortes por câncer ocorridas por ano
são causadas pelo fumo --29% em países de alta renda; e
18% em regiões de média e baixa renda. Já o consumo de
álcool foi indicado como uma das causas básicas em 5%
das mortes. O estudo de fatores de risco, isolados ou
combinados,
tem
permitido
estabelecer
relações
de
causa/efeito entre eles e determinados tipos de câncer.
Esse conhecimento pode levar à própria prevenção e ao
diagnóstico precoce, daí a importância deste Dia Nacional
de Combate ao Câncer e de campanhas como o “Outubro
Rosa” e o “Novembro Azul”, para alertar a população sobre
os graves riscos.
O histórico de prevenção e combate ao câncer
no Brasil teve início em 1920, no governo do presidente
Epitácio Pessoa, com a inclusão de propostas para uma
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política anticâncer na legislação sanitária brasileira. Hoje,
há no País centros de referência e excelência na
prevenção e no tratamento de câncer, caso do INCA, que
desenvolve e coordena ações integradas para o controle do
câncer no Brasil. Essas ações compreendem a assistência
médico-hospitalar, prestada direta e gratuitamente aos
pacientes com câncer como parte dos serviços oferecidos
pelo Sistema Único de Saúde, e a atuação em áreas
estratégicas,
como
prevenção
e
detecção
precoce,
formação de profissionais especializados, desenvolvimento
da pesquisa e geração de informação epidemiológica. O
INCA serviu de modelo para a proposta de criação do
Hospital do Câncer de Sergipe, cujo grande patrono é o
senador Eduardo Amorim.Peço que meu pronunciamento
seja repercutido nos meios de comunicação da Casa e na
Voz do Brasil.
Era o que tinha a dizer.
Muito obrigado.
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