A IMPORTÂNCIA DA FORMAÇÃO CONTINUADA NO PROCESSO DE INCLUSÃO DOS ALUNOS COM SÍNDROME DO X FRÁGIL EM PORTUGAL Monaliza Ehlke Ozorio Haddad1 - UE Grupo de Trabalho - Psicopedagogia Agência Financiadora: não contou com financiamento Resumo A formação continuada busca compreender o processo educativo e a diversidade humana que a inclusão principalmente apresenta, garantindo a união da educação especial e do ensino regular enquanto modalidade de ensino. O processo de formação continuada tem gerado algumas indagações sobre o compromisso do profissional da educação com a formação humana, sendo que as necessidades tecnológicas, sociais, científicas no campo educacional ficam cada vez mais evidentes para a formação humana. Precisamos de formação de qualidade e que não aconteça de forma aligeirada e principalmente sem fundamentação teórica consistente. É preciso compreender e aprofundar a análise entre a formação continuada e a práxis humana e de que maneira essa formação continuada atende a necessidade de uma formação humana emancipadora. Uma educação de qualidade para todos pressupõe na valorização da heterogeneidade, pois o respeito à diversidade pode dinamizar o desempenho dos grupos, enriquecendo as relações e interações, como também potencializar no aluno, no que se refere ao desejo de se comprometer com o processo de aprendizagem. A inclusão de alunos com necessidades educativas especiais é uma questão muito discutida na educação em todos os países e a importância da formação continuada é um fator muito relevante em relação a inclusão. Nosso objetivo é analisar a importância da formação continuada em relação às políticas públicas educacionais para trabalhar com alunos diagnosticados com a Síndrome de X Frágil (SXF) em Portugal, onde serão realizadas entrevistas com 10 profissionais que atuam com esses alunos. A educação inclusiva está prevista pela legislação educacional destinadas aos alunos com Necessidades Educativas Especiais (NEE). Todos os profissionais que participaram da entrevista relataram a importância da formação continuada para a prática educativa inclusiva, garantindo a inclusão e atendendo à diversidade dos educandos com SXF. Palavras chave: Formação continuada. Necessidades Educativas Especiais. Inclusão. Síndrome do X Frágil. 1 Doutoranda da Universidade de Évora – Portugal, Mestrado em Educação pela Universidade Tuiuti do Paraná, Especialização em Psicopedagogia e Didática do Ensino Superior na PUC-PR, Educação Especial UFPR, MBA em Gestão Escolar – OPET, Proprietária do Instituto de Aprendizagem e Desenvolvimento – IAD. E mail: [email protected] ISSN 2176-1396 35700 Introdução A importância da formação docente é uma temática essencial para o desenvolvimento de práticas na busca de aprendizagens significativas para os alunos com Necessidades Educativas Especiais (NEE) e conseqüentemente a inclusão destes alunos no cenário educacional. A formação continuada, enquanto modalidade de ensino precisa compreender a diversidade humana, onde as atividades pedagógicas são sistematizadas e organizadas para levarem o aluno à apropriação dos conceitos científicos elaborados pela humanidade que é a função da escola e neste processo, cabe ao professor trabalhar com o desenvolvimento dos educandos, conduzindo e mudando sempre que necessário a sua prática pedagógica. Portanto, para atender alunos com dificuldades educacionais é preciso que as políticas públicas educativas e ações educacionais viabilizem o direito à Educação na busca de uma escola de qualidade para todos. A escola deve proporcionar aos alunos a superação das dificuldades encontradas por eles, possibilitando que as atividades pedagógicas ampliem o desenvolvimento dos educandos. Para Saviani (2005), os conhecimentos assimiláveis aos alunos devem partir do conhecimento sincrético para chegar ao conhecimento sintético, sistematizado e vinculado à prática social. Vygotsky (1993) salienta que é preciso trabalhar com a zona de desenvolvimento proximal, avançando e provocando na criança novos conhecimentos. Neste sentido, a ação docente, assim como o conteúdo planejado, deve atuar na zona de desenvolvimento dos alunos, ou seja, potencializando os seus conhecimentos. Segundo Sforni (2004), a condição de contemplar o percurso lógico do próprio conteúdo, a regularidade do processo de aprendizagem e a singularidade do desenvolvimento do aluno revelam a complexidade do ato de ensinar. Diante disso, é possível afirmar que a organização da atividade educativa é fundamental quanto à sua intencionalidade e aos instrumentos adequados ao alcance dos objetivos, buscando cada vez mais a interação entre alunos e professores. Desenvolvimento A Legislação que o sistema educacional Português propõe para a inclusão dos alunos com NEE 35701 Em Portugal em relação a inclusão dos alunos com Necessidades Educativas Especiais (NEE), temos no âmbito Nacional o Decreto Lei 03/2008 que prevê aos alunos o direito a promover a igualdade de oportunidades, valorizar a educação e promover a melhoria da qualidade do ensino. Um aspecto determinante para essa qualidade é a promoção de uma escola democrática e inclusiva, orientada para o sucesso educativo de todas as crianças e jovens. Nessa medida, pretende-se planejar um sistema de educação flexível, pautado por uma política global integrada, que permita responder à diversidade de características e necessidades dos alunos. Deste modo, a escola inclusiva busca estratégias educativas, com o objetivo de promover competências que permitam a autonomia e o acesso à cidadania por parte de todos. Em seu artigo 1º, no segundo parágrafo, o Decreto-Lei n.º 03/2008 apresenta os objetivos da inclusão educativa e social: o acesso e o sucesso educativo, a autonomia, a estabilidade emocional, a promoção da igualdade de oportunidades, a preparação para o prosseguimento de estudos, ou para uma adequada preparação para a vida profissional com a transição da escola para o emprego das crianças e dos jovens com NEE. As características das crianças, a que se refere este decreto, são decorrentes de alterações funcionais e estruturais, de caráter permanente, resultando em dificuldades continuadas ao nível da comunicação, da aprendizagem, da mobilidade, da autonomia, do relacionamento interpessoal e da participação social. Quanto aos princípios orientadores o decreto assegura que as escolas, ou os agrupamentos de escolas, assim como os estabelecimentos de ensino particular com paralelismo pedagógico e as escolas profissionais, direta ou indiretamente financiados pelo Ministério da Educação, não podem rejeitar a matrícula ou a inscrição de qualquer criança ou jovem com base na incapacidade ou nas NEE que manifestem. Embora as crianças com NEE de caráter permanente possam beneficiar do adiamento da matrícula no primeiro ano de escolaridade obrigatória, por um ano, não renovável. Neste sentido o que é possível perceber é que muitas crianças se beneficiam do adiamento da matrícula e ao cursar um ano a mais a Educação Infantil os conceitos básicos acabam fazendo o diferencial na vida destas crianças quando entram no Ensino Regular. No que se refere ao público alvo temos, neste decreto, alguma adequação especifica, de caráter organizativo, para os alunos que apresentam surdez, baixa visão e perturbações do espectro autista. São criadas escolas de referência para a educação bilíngüe de alunos surdos; escolas de referência para a educação de alunos cegos e com baixa visão; e, para apoiar a 35702 adequação do processo de ensino e de aprendizagem, as escolas podem desenvolver respostas específicas, diferenciadas, para alunos com perturbações do espectro do autismo e com multideficiência. Nos aspectos referentes à avaliação, é necessário solicitar ao Departamento de Educação Especial e ao Serviço de Psicologia um relatório técnico-pedagógico conjunto, com os contributos dos intervenientes no processo, onde sejam identificadas, quando se justifique, as razões que determinam as NEE do aluno e a sua tipologia, designadamente as condições de saúde, doença ou incapacidade, bem como os apoios especializados e as adequações necessárias visando a superação da exclusão social e a igualdade de oportunidades para todos os alunos incluídos. No processo educativo, inclui-se o Programa Educativo Individual (PEI), em que consta de identificação pessoal, histórico escolar, conclusões do relatório de avaliação e as adequações no processo de ensino e de aprendizagem, com metas, estratégias, recursos e a formas de avaliação. Sendo este um documento que fundamenta as questões educativas e a avaliação com o objetivo em de facilitar à participação e à aprendizagem; definição das medidas educativas a implementar, discriminação dos conteúdos, dos objetivos gerais e específicos a atingir e das estratégias e recursos humanos e materiais a utilizar; nível de participação do aluno nas atividades educativas da escola; distribuição horária das diferentes atividades previstas; identificação dos técnicos responsáveis; definição do processo de avaliação da implementação do programa educativo individual, bem como conter a data e a assinatura dos participantes responsáveis pelas respostas educativas. Este documento deve descrever a trajetória pessoal e de escolarização dos alunos. A elaboração deste programa na educação pré-escolar e no 1.º ciclo do ensino básico, que para nós brasileiros se refere aos anos iniciais de escolarização, fica sob a responsabilidade do docente da turma, do docente de educação especial, e dos encarregados de educação. Já no ensino do 2.º e 3.º ciclos do ensino básico e no ensino secundário é elaborado pelo diretor de turma (um professor que trabalha com a turma e fica acordado no inicio do ano letivo que é o diretor da turma, respondendo sobre todos os aspectos), pelo docente de educação especial e pelos encarregados de educação (que são os pais ou responsáveis). Em alguns casos são necessárias adequações curriculares individuais, que podem ser desde a dispensa de algumas atividades, devido às dificuldades dos alunos, currículo adaptado, ou tecnologias de apoio, como dispositivos facilitadores que se destinam a melhorar a funcionalidade dos educandos. 35703 Outra questão bem especifica é o trabalho da intervenção precoce e as suas atribuições: assegurar a articulação com os serviços de saúde e da segurança social; reforçar as equipes técnicas, que prestam serviços no âmbito da intervenção precoce na infância, financiadas pela Segurança Social; assegurar, no âmbito do Ministério da Educação, a prestação de serviços de intervenção precoce na infância. A intervenção Precoce muito contribui para o processo de inclusão destes alunos. Para a caracterização dos alunos que beneficiam desta legislação é usada a Classificação Internacional da Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF, 2004) para crianças e jovens, que pode ser usada na saúde, educação, segurança social, estatísticas, e políticas públicas. Oferece uma estrutura conceptual para a informação aplicável aos cuidados de saúde, incluindo a prevenção, a promoção da saúde e a melhoria da participação, removendo ou atenuando as barreiras sociais e estimulando a atribuição de apoios e de facilitadores sociais. É também útil no estudo dos sistemas de cuidados de saúde, tanto em termos de avaliação como de formulação de políticas (CIF, 2004). Quando nos referimos à inclusão das crianças com o diagnóstico da Síndrome do X Frágil (SXF), que é uma perturbação do desenvolvimento que resulta de uma mutação do cromossomo X, sendo a forma mais comum de deficiência intelectual de causa hereditária, temos de verificar em que medida estas crianças também são amparadas na legislação e nas políticas públicas educacionais, considerando que as suas características que mais afetam na escolaridade são: as cognitivas, comportamentais, linguagem e a fala, relacionamento interpessoal e social e as funções executivas. Como os sinais e sintomas da SXF podem ser semelhantes a outros casos de atraso ou perturbação global de desenvolvimento, é necessário, em primeiro lugar, o diagnóstico através do exame genético (MADDALENA et al., 2001). As investigações mostram que um diagnóstico precoce possibilita uma melhor abordagem do tratamento que, iniciado cedo, tem grande influência no prognóstico dos portadores (STEINER, G. et al, 2005); (LACHIEWICZ, et al, 2000); BAILEY, D., 2000), assim como a propagação da Síndrome (BAILEY et al, 2002). A literatura mostra uma estreita relação entre a Síndrome do X Frágil e o autismo, transtorno global do desenvolvimento que afeta a capacidade de comunicação, de socialização e de comportamento. A inclusão educacional destas crianças deve respeitar as diferenças individuais dos alunos, procurando os serviços mais apropriados ao seu atendimento, considerando que eles possuem características e de tempos aprendizagem diferenciados uns 35704 dos outros. A criança diagnosticada com a Síndrome do X Frágil é considerada incluída e segue o mesmo decreto que toda e qualquer criança que necessite de encaminhamentos específicos. As questões investigadas sobre a importância da formação continuada A entrevista foi realizada com 10 profissionais da Educação Especial em Portugal que trabalham com alunos com diagnóstico da Síndrome do X Frágil e a questão central foi se a formação continuada contribui para superar as dificuldades encontradas no que se refere a inclusão? Em que aspectos? Todas as respostas foram afirmativas e que a busca pela formação continuada é sempre por uma questão pessoal, buscando cada vez mais conhecimentos para desenvolver o trabalho em sala de aula com o aluno com Síndrome do X Frágil, porém uma das professoras relatou que ao ingressar em um curso referente a inclusão educacional, não encontrou nada especifico sobre esta síndrome. Outra professora fez a referencia que quando iniciou o trabalho como professora não se discutia a inclusão e que hoje é um tema central e assegurado pela legislação. Quando foi perguntado aos professores o número de formação anual, foi respondido por todas que realizam de uma ou duas formações anuais paga com recursos próprios, além da formação oferecida pelo Ministério de Educação. Os professores entrevistados relataram que seguem o Despacho n.º 4595/2015 Diário da República, de 06 de maio de 2015, artigo 6.º sobre o reconhecimento, a freqüência, com aproveitamento, de ações de formação contínua para os efeitos previstos no Estatuto da Carreira dos Educadores de Infância e dos Professores do Ensino Básico e Secundário. Nesta mesma direção o Decreto-Lei n.º 22/2014 de 11 de fevereiro Diário da República, 1.ª série, N.º 29, de 11 de fevereiro de 2014 estabelece um novo paradigma para o sistema de formação contínua, orientado para a melhoria da qualidade de desempenho dos professores, com vista a centrar o sistema de formação nas prioridades identificadas nas escolas e no desenvolvimento profissional dos docentes, de modo a que a formação contínua possibilite a melhoria da qualidade do ensino e se articule com os objetivos de política educativa local e nacional. Nesta perspectiva, a análise das necessidades de formação, visando a identificação das prioridades de curto prazo, constitui-se como eixo central da concepção dos planos anuais ou plurianuais de formação, e tem por base nos resultados da avaliação das 35705 escolas e as necessidades de desenvolvimento profissional dos docentes. No seu artigo 3º a formação contínua dos docentes baseia-se nos seguintes princípios: a) Promoção da melhoria da qualidade do ensino e dos resultados do sistema educativo; b) Contextualização dos projetos de formação e da oferta formativa; c) Adequação às necessidades e prioridades de formação das escolas e dos docentes; d) Valorização da dimensão científica e pedagógica; e) Autonomia científico-pedagógica das entidades formadoras; f) Cooperação institucional entre estabelecimentos do ensino básico e secundário, instituições de ensino superiores, associações científicas e profissionais; g) Promoção de uma cultura de monitorização e avaliação orientada para a melhoria da qualidade do sistema de formação e da oferta formativa. Para Pacheco (2005 apud MACHADO, 2007) faz referência que a formação continuada em Portugal: A entrada de Portugal na União Européia teve o seu quadro comunitário de financiamento no país, para que o país adquirisse um determinado nível de desenvolvimento. Na União Européia formação continuada do profissional da educação foi inserida na formação profissional, portanto milhares e milhares de euros têm sido investidos desde 1986, para a formação continuada dos profissionais da educação, desde que Portugal entrou na União Européia. Na primeira fase foi pensada uma estrutura de centros de formação criados na própria escola. As escolas de educação pré-escolar, escolas de educação básica do ensino secundário, criaram seus centros de formação, agrupamentos de escolas, associações de escolas e obrigatoriamente elaboravam seus projetos de formação, seus planos de formação e candidatavam esta formação as estruturas do Ministério da educação. Esta foi uma formação centralizada nas escolas e nas práticas docentes. Atualmente a formação continuada está sofrendo uma alteração. O Ministério da Educação não acabou com os centros de formação, mas, entretanto criou outras estruturas para a formação continuada entregando as universidades, através do contrato de formação continuada, nós como docentes do ensino superior. A nossa formação continuada teria de ser através da participação nesses centros. O Ministério da educação está a contratualizar com as universidades, com as instituições do Ensino Superior uma formação continuada em áreas prioritárias como, por exemplo, língua portuguesa e matemática. (MACHADO 2007, p.137). A escola deve buscar a melhoria da qualidade da educação, discutindo medidas que não só assegurem o ingresso e a permanência, mas melhore e amplie políticas de gestão pública que viabilizem estratégias de ação articuladas às mudanças que contemplem as diferentes dimensões do trabalho educativo, seja no planejamento, nas práticas de gestão, na avaliação e na formação continuada de profissionais, proporcionando aos indivíduos a participação e as busca da democracia. Neste processo percebe que existe uma preocupação enquanto políticas públicas no que se refere formação continuada. Portanto, cabe à gestão democrática assegurar a 35706 participação de todos os envolvidos na comunidade escolar para que se sintam pertencentes e participem da tomada de decisões no meio educacional. Considerações Finais A Formação Continuada pressupõe uma formação que supere o individualismo e direcione-se para o desenvolvimento da concepção de homem e os conteúdos abordados nos projetos político-pedagógico das escolas e deve expressar a cultura da escola, os seus valores e os modos de pensar e agir das pessoas que o elaboraram, pois ele é uma ação política. Sendo assim, a formação continuada traz muitas contribuições na vida escolar dos nossos alunos. Pois, muitos são os desafios a serem enfrentados na definição de políticas educacionais, especialmente aquelas que requerem maior investimento como a formação continuada de professores para que se garanta a melhoria do desempenho pedagógico com estratégia educativa indispensável para que a aprendizagem se realize com qualidade. A educação constitui um instrumento de humanização, um instrumento que possibilita a construção de igualdades possíveis, entendendo que a aprendizagem das novas gerações é parte de um processo mais abrangente da relação entre a história individual e a história social e neste mesmo sentido busca-se a inclusão cada vez maior dos alunos que necessitam de mais atenção. Portanto, a instituição escolar tem papel relevante na socialização da cultura que ocorre na interação entre os sujeitos do processo educativo, o que valoriza a função do professor como o sujeito que organiza e mediatiza as relações entre alunos, conhecimento e realidade social como forma de apropriação da própria realidade. Em relação à análise da educação como prática social responsável pela aprendizagem e pelo desenvolvimento humano ressalta-se as questões relacionadas às políticas públicas e gestão da educação na perspectiva da práxis educativa transformadora da realidade. Compreendendo que a totalidade histórica e social são essenciais para que se efetive a aprendizagem, bem como a efetivação de uma práxis educativa que vise a transformação social, contribuindo com os avanços dos processos educativos. Na análise empreendida neste estudo, evidenciou-se a necessidade de maiores investimentos na formação continuada dos professores sejam eles de Educação Especial e do Ensino Regular, pois, somente assim, será possível compreender melhor como se efetiva o desenvolvimento e a aprendizagem dos alunos, atendendo a diversidade que está posta em sala de aula. 35707 A formação continuada fundamenta-se na dialética. Assim, é possível compreender as contradições que a sociedade atual nos oferece e teremos um avanço significativo, pois a escola é o local onde se buscam alternativas para a cidadania. Quanto à formação continuada, evidencia-se que é preciso desenvolver um trabalho mais acentuado na busca de conhecimentos sobre a inclusão do aluno com a Síndrome do X Frágil para que os alunos apropriem cada vez mais dos conhecimentos que a escola oferece contribuindo na transformação da sociedade e torne todos os alunos emancipados no que diz respeito ao processo de humanização. REFERÊNCIAS BAILEY, D. B., Hatton, D. D., Mesibov, G., Ament, N., & Skinner, M. Earlydevelopment, temperament,andfunctionalimpairment in autismandfragile X syndrome. Journal of AutismandDevelopmentalDisorders. 30, 49–59, 2000. BAILEY, D., Skinner, D., & Sparkman, K. Delayed diagnosis of fragile X syndrome - United States, 1990-1999. Morbidity and Mortality Weekly Report, 51(33), 740-742, 2002. BRASIL. Decreto-Lei n.º 3, de 07 de Janeiro de 2008. Brasília, 2008. Ministério da Educação e Ciência. BRASIL. Decreto-Lei nº 22, de 11 de fevereiro de 2014. Brasília, 2014. Ministério da Educação e Ciência. 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