7 Jul. 10 ® publicação destinada a profissionais açúcares em ponto de equilíbrio contributo do chocolate preto na saúde Naturnes – refeições do século XXI informação nutricional de produtos Nestlé | 2010 7 sumário editorial Tendo origem na Índia há mais de 6000 anos, onde era designado como sharkara, o açúcar, chegou à língua portuguesa através do árabe, como al zukkar. 3 o mundo Nestlé A presente edição de nesvida dedica a sua atenção aos açúcares, destacando a sua influência sobre a saúde e a importância de um consumo equilibrado. Resultado de uma contínua aposta na inovação e na busca de produtos práticos e nutricionalmente equilibrados, são apresentados no capítulo das novidades, os produtos NaturNes, Directo ao forno e NESTLÉ Corn Flakes. 4 na vanguarda da investigação Nesta edição, fique também a conhecer o Relatório de Criação de Valor Partilhado, que sistematiza as práticas utilizadas pela Nestlé para rentabilizar a produção dos produtos de forma ecologicamente sustentável. Adoce o seu saber! Subscreva gratuitamente esta publicação em www.nestle.pt, na área dedicada aos Profissionais de Saúde. 6 açúcares em ponto de equilíbrio Ana Leonor Perdigão Unidade de Nutrição, Saúde e Bem-estar Nestlé Portugal, S.A. 10 novidades Nestlé ficha técnica Editor Nestlé Portugal, S.A. Morada de contacto Apartado 1002 2791-701 Carnaxide Coordenação editorial Ana Leonor Perdigão Alexandra Ribeiro Paginação Companhia das Cores Impressão Pré&Press Tiragem Depósito legal nº 3 000 exemplares 264763/07 o mundo Nestlé centro de investigação e desenvolvimento Nestlé – Santiago, Chile Nestlé abre Centro de Investigação de biscoitos no Chile A Nestlé abriu um Centro de Investigação e Desenvolvimento (I&D) em Santiago, no Chile, dedicado ao desenvolvimento de biscoitos mais saudáveis e snacks de cereais. Este novo centro reunirá especialistas em nutrição, engenharia, desenvolvimento de produto e controlo de qualidade, para desenvolver formas de tornar estes produtos mais saudáveis. Reduzir a gordura e os níveis de açúcar, para fazer biscoitos leves, sem comprometer o sabor ou a textura é um dos objectivos. Estas características aliadas ao facto dos biscoitos conterem ingredientes como cereais integrais, fruta e frutos secos torna-os alimentos mais saudáveis, podendo os biscoitos fazer parte de uma alimentação saudável e equilibrada. A investigação incidirá também sobre o desenvolvimento de biscoitos com ingredientes bio-activos para melhorar a saúde digestiva e produtos enriquecidos para combater as deficiências locais de micronutrientes. A investigação neste centro vai proporcionar excelentes oportunidades para a inovação numa categoria de produtos muito importante, que permitirá oferecer aos consumidores, na América Latina, biscoitos mais saborosos, saudáveis e mais nutritivos. O negócio de biscoitos da Nestlé encontra-se em crescimento sendo que é na América Latina que está o maior mercado de biscoitos, representando 60% das vendas globais de biscoitos da Nestlé. No Chile, a Nestlé está presente há 76 anos e hoje possui 7 unidades de produção em diferentes partes do país. O Centro de I&D actuará em conjunto com outras redes de investigação e desenvolvimento da Nestlé, distribuídas pelo mundo e participará em iniciativas governamentais e parcerias com universidades internacionais, como a Universidade Católica, de Santiago do Chile. A rede global de investigação e desenvolvimento da Nestlé engloba 28 Centros de Pesquisa, Desenvolvimento e Tecnologia e emprega, aproximadamente, 5.000 pessoas. 3 vanguarda investigação na na vanguarda da da investigação investigação estratégia de inovação O papel da motivação na perda de peso Com o objectivo de avaliar o papel da motivação nos programas de perda de peso, pesquisadores da Universidade de Kentucky e da Universidade da Carolina do Norte analisaram dois tipos de motivação, autónoma e controlada, e a sua relação com a adesão a programas de perda de peso. Para medir os dois tipos de motivação, foi utilizado um questionário on-line de auto-regulação, durante 16 semanas, para identificar os participantes motivados por controlos intrínsecos e extrínsecos. A motivação autónoma corresponde ao sentimento de que o desempenho é a melhor maneira de se ajudar a si mesmo e fazer as alterações por motivos pessoais. Pelo contrário, na motivação controlada os participantes são motivados apenas por controlo externo, tais como pressão percebida de outros e sentimentos de culpa. A motivação para a perda de peso foi medida no início e na 4ª, 8ª, 12ª e 16ª semanas. Além disso, os participantes do estudo registaram semanalmente a sua ingestão alimentar, exercício e peso corporal. Mais de metade dos participantes (37 de 66) perderam 5% do peso corporal inicial ao fim de 16 semanas. Para estudar a relação entre os dois tipos de motivação e perda de peso, a amostra foi dividida em dois grupos: um grupo composto pelos indivíduos que tinham perdido 5% do peso corporal inicial durante as 16 semanas e outro grupo com os que não tinham atingido os 5% nesse período (37 e 29 participantes, respectivamente). controlada entre o início e a quarta semana de intervenção, não estando, no entanto, claro o que causou o aumento da motivação: a sessão presencial dada no início do estudo, o sucesso precoce com perda de peso, ou qualquer outro factor. Esta motivação foi clara no grupo que atingiu uma perda de peso sustentável de 5%, em que a sua motivação autónoma entre a 4ª e 16ª semana aumentou, no entanto, no grupo que teve menos sucesso, verificou-se uma diminuição significativa na motivação autónoma e controlada ao longo do tempo. Os autores também verificaram que a motivação autónoma, em quatro semanas foi um dos principais factores de adesão ao auto-controlo e perda de peso. Foi encontrada uma correlação positiva entre a perda de peso em quatro semanas e os níveis mais elevados de motivação autónoma, especialmente quando comparado com os participantes que tinham níveis mais elevados de motivação controlada. Parece que o período entre a 4ª e a 8ª semana, pode ser uma importante janela para os programas de controlo de peso, a considerar neste período o uso de técnicas destinadas a aumentar a motivação autónoma, inclusive dando apoio mais intenso ou diferentes tipos de intervenções, como actividades para aumentar a motivação autónoma. Estes resultados sugerem que o desenvolvimento de motivação pode ser um meio eficaz de promoção à adesão e perda de peso. Webber K, Tate D, Ward D, Bowling J. Motivation and its Relationship to Adherence to Self-monitoring and Weight Verificou-se que a maioria dos participantes tiveram um aumento significativo na motivação autónoma e 4 Loss in a 16-week Internet Behavioral Weight Loss Intevention. Journal of Nutrition Education and Behavior; 2010; 42(3): 161-7. Chocolate preto, um contributo positivo para a saúde (Investigação Nestlé Research Center) Os cientistas do Nestlé Research Center conduziram um estudo com o objectivo de perceber de que forma o chocolate preto poderia influenciar positivamente o metabolismo em pessoas saudáveis. Foram recrutados 30 indivíduos e classificados de acordo com os seus níveis de ansiedade. Todos eles ingeriram 40 g de chocolate preto – Noir Intense, 74% de cacau, Nestlé – diariamente, durante duas semanas. De forma a analisar os resultados, no decorrer do estudo, foram colhidas e analisadas amostras de sangue e de urina. Os resultados mostram que a ingestão de chocolate preto reduz a excreção urinária de hormonas do stress – cortisol e catecolaminas – e estabiliza parcialmente o metabolismo da microflora intestinal. Conclui-se que mudanças subtis nos hábitos alimentares do indivíduo, tais como ingerir chocolate preto, podem trazer benefícios para a saúde, devido à diminuição dos níveis de ansiedade e à melhoria do metabolismo da microflora intestinal. Martin FP, Rezzi S, Pere-Trepat E, Kamlage B, Collino S, Leibold E, Kastler J, Rein D, Fay L, Kochhar S. Metabolic Effects of Dark Chocolate Consumption on Energy, Gut Microbiota, and Stress-Related Metabolism in Free-Living Subjects. Redução energética na melhoria da imunidade Um estudo recente demonstrou que os indivíduos que seguem um regime alimentar pobre em energia, não só perdem peso como também aumentam significativamente a resposta imune. Journal of Proteome Research; 2009; 8(12): 5568-579. No estudo em causa participaram 46 homens e mulheres com excesso de peso (não obesos) com idades compreendidas entre os 20 e os 40 anos. Os indivíduos restringiram a energia da alimentação em 10% e 30% durante 6 meses. Para a realização do estudo, os pesquisadores acompanharam os marcadores biológicos. A resposta imunitária foi avaliada através de um teste cutâneo, denominado DTH (hipersensibilidade tardia). Nesta pesquisa também foram estudados os efeitos da restrição energética sobre a função das células T e de outros factores imunitários dos indivíduos. O teste DTH e a resposta proliferativa das células T foram significativamente maiores em ambos os grupos que praticaram restrição energética. Os resultados deste estudo demonstram, pela primeira vez, que a restrição energética de curta duração, seis meses em humanos, melhora a função das células T. Ahmed T, Das S, Golden J, Saltzman E, Roberts S, Meydani S. Calorie Restriction Enhances T-Cell–Mediated Immune Response in Adult Overweight Men and Women. J Gerontol A Biol Sci Med Sci; 2009; 64(11): 1107-1113. 5 açúcares em ponto de equilíbrio açúcares em ponto de equilíbrio Os hidratos de carbono (HC), ou glícidos, são um macronutriente, cuja principal função é fornecer energia (4 kcal/g) para a realização de todas as funções do organismo. Do mais simples para o mais complexo, os HC classificam-se em monossacáridos como glicose, frutose, galactose; dissacáridos, constituídos por dois monossacáridos unidos por ligação glicosídica, sendo exemplo a sacarose (glicose + frutose), a maltose (glicose + glicose), a lactose (glicose + galactose); polióis, como xilitol, sorbitol, maltitol, manitol, que resultam da O açúcar teve origem na Índia há 6000 anos a.C., onde era designado como sharkara (grãos de areia), porém, chegou à língua portuguesa através do árabe, como al zukkar. A cana-de-açúcar e a beterraba são as maiores fontes de açúcares na alimentação, correspondendo, a nível mundial, a 75-80% e 20-25% do consumo, respectivamente. 6 hidrogenação de mono e dissacáridos; oligossacáridos, constituídos por três a dez unidades de monossacáridos; e, polissacáridos, constituídos por mais de dez unidades de monossacáridos. Os três primeiros são também designados por açúcares simples, caracterizam-se por apresentarem absorção mais rápida relativamente aos complexos e serão objecto de análise no presente artigo. Adoçantes naturais versus adoçantes artificiais É sobejamente conhecido o poder adoçante dos açúcares. Os adoçantes, também designados por edulcorantes, podem ser divididos em naturais ou artificiais e são utilizados para conferir sabor doce aos géneros alimentícios ou utilizados nos adoçantes de mesa. Os adoçantes naturais, como glicose, frutose, sacarose, lactose, xilitol, maltitol, manitol, sorbitol existem naturalmente na natureza, ou são produzidos por via biotecnológica, e contribuem para o aporte energético diário. De entre os adoçantes referidos, a sacarose corresponde ao mais utilizado na Europa, representando 75% dos açúcares adicionados na alimentação (1). Contrariamente aos anteriores, os adoçantes artificiais, como aspartame, acessulfame-k, sacarina, sucralose, são produzidos industrialmente e correspondem a aditivos alimentares, que substituem os adoçantes naturais na produção de alimentos de baixo valor energético. Admitindo como referência a sacarose, a quantidade de adoçante artificial necessária para conferir o mesmo poder adoçante é tão reduzida que não se considera a sua contribuição para o aporte energético diário, isto devido ao seu elevado poder adoçante. Os edulcorantes artificiais que revelam maior poder adoçante são a neo-hesperidina di-hidrochalcona e a sucralose, sendo cerca de 1500 – 1800 e 600 vezes mais doces do que a sacarose, respectivamente (2). Os adoçantes naturais encontram-se, por exemplo, na fruta (frutose), açúcar de mesa (sacarose), geleia (sacarose), compota (sacarose), leite (lactose). Já os artificiais encontram-se em néctares de fruta (aspartame) e refrigerantes light (acessulfame-k), iogurtes sem açúcares adicionados (aspartame), pastilhas elásticas sem açúcares adicionados (xilitol), entre outros. Os edulcorantes só podem ser usados na alimentação após rigorosa avaliação efectuada por parte de instituições científicas competentes como Joint Food and Agriculture Organization/World Health Organization (FAO/WHO) Committee of Experts on Food Additives (JECFA) e European Food Safety Authority. A ingestão diária de adoçante artificial considerada segura pode ser variável, de acordo com o adoçante em questão e entidade que recomenda. No que respeita, por exemplo, ao aspartame, a ingestão máxima diária considerada segura corresponde a 40 mg/kg de peso corporal, segundo JECFA, já as recomendações nos Estados Unidos apontam para 50 mg/kg de peso corporal/dia. Este edulcorante está contra-indicado em fenilcetonúricos porque o organismo é incapaz de metabolizar a fenilalanina que contém. Os açúcares no rótulo Informação nutricional Na legislação alimentar a informação nutricional no rótulo pode apresentar-se de forma simplificada, designando-se por Grupo 1 – contém valor energético, teor proteico, hidratos de carbono e lípidos –, ou completa, designando-se por Grupo 2 – além das menções anteriores, apresenta teor de açúcares, ácidos gordos saturados, fibras alimentares e sódio. Pode ainda ser incluída no Grupo 2, caso exista no alimento, a quantidade de amido, polióis, ácidos gordos monoinsaturados, ácidos gordos polinsaturados, colesterol, vitaminas e sais minerais. Alegações nutricionais Segundo o Regulamento (CE) N.º 1924/2006 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 20 de Dezembro de 2006, relativo às alegações nutricionais e de saúde sobre os alimentos, o rótulo, no que se refere ao teor de açúcares, deve admitir as seguintes alegações nutricionais: Sem açúcares: O produto não contém mais de 0,5 g de açúcares por 100 g ou por 100 ml. Sem adição de açúcares: O produto não contém qualquer mono ou dissacárido adicionado, nem qualquer outro alimento utilizado pelas suas propriedades edulcorantes. Caso o produto contenha naturalmente açúcares o rótulo deve ostentar a seguinte alegação «Contém açúcares naturalmente presentes». Baixo teor de açúcares: O produto não contém mais de 5 g de açúcares por 100 g para os sólidos ou de 2,5 g de açúcares por 100 ml para os líquidos. Light (relativamente ao teor de açúcares): O produto apresenta uma redução mínima de 30% do teor de açúcares em relação ao produto original. Segundo o Regulamento (CE) N.ª 1333/2008 do Parlamento Europeu e do Conselho de 16 de Dezembro de 2008, quando o produto contêm polióis e/ou aspartame e/ou sal de aspartame e/ou acessulfame-k, o rótulo deve ostentar as seguintes alegações nutricionais: – Polióis: “o seu consumo excessivo pode ter efeitos laxativos”; – Aspartame/sal de aspartame e acessulfame-k: “contém uma fonte de fenilalanina”. A Organização Mundial de Saúde recomenda que a ingestão de açúcares adicionados (mono e dissacáridos adicionados aos alimentos pelo consumidor ou durante o processamento industrial ou confecção, incluindo os açúcares naturalmente presentes no mel, xaropes e fruta) deva ser inferior a 10% do total de energia consumida diariamente, o que numa dieta de 2000 kcal diárias corresponde, no máximo, a 50 g de açúcares (3). Impacto dos açúcares na saúde Os açúcares são substâncias seguras que podem ser incluídas no âmbito de uma alimentação saudável. Porém, se ingeridos com frequência em quantidades superiores às recomendadas podem contribuir para um balanço energético positivo, aumentando o risco de obesidade e, consequentemente, o de patologias associadas, tais como diabetes mellitus tipo 2 (DM2), doenças cardiovasculares (DCV), entre outras (4). 7 açúcares em ponto de equilíbrio Estudos em seres humanos demonstraram que dietas ricas em frutose aumentam os níveis de triglicerídeos no sangue. Contudo, outros estudos indicam que a ingestão de frutose proveniente do mel e da fruta não produz os mesmos efeitos metabólicos adversos como a frutose adicionada aos alimentos, este facto deve-se provavelmente à presença de antioxidantes naturais e/ou fibras dietéticas daqueles alimentos (5). A relação entre alimentação e cárie dentária (CD) está bem determinada, sendo que um regime alimentar rico em alimentos cariogénicos se caracteriza por ser rico em açúcares e outros HC fermentáveis, que produzem ácidos orgânicos que causam diminuição do pH da saliva para valores inferiores a 5,5 (6). Os alimentos aos quais são adicionados açúcares durante o processamento tecnológico e os alimentos como os sumos de fruta, mel, xaropes e açúcar de mesa branco ou amarelo possuem elevado potencial cariogénico (3). Segundo alguns autores, a sacarose corresponde ao açúcar mais cariogénico uma vez que provoca diminuição do pH salivar e permite uma maior aderência das bactérias à coroa dos dentes (7). Pelo contrário, alimentos como leite e derivados, grãos, fruta, hortícolas não são considerados alimentos cariogénicos (3). O consumo regular de pastilhas elásticas com xilitol pode ter benefício na prevenção de CD, porque as bactérias orais não são capazes de fermentar o xilitol não reduzindo o pH salivar. Além disso, o acto de mascar permite a remoção de partículas dos dentes e tecidos moles. De salientar que, segundo a evidência, para o mesmo consumo de açúcares, o risco de CD está aumentado quando a higiene oral é menos eficaz (8). Índice glicémico O índice glicémico (IG) corresponde ao somatório da área sob a curva da resposta da glicose sanguínea a uma porção de alimento-teste, com uma porção de HC, sendo expresso como a percentagem da resposta à mesma quantidade de HC de um alimento padrão (glicose ou pão branco), consumido pelo mesmo indivíduo (9). É comum classificar o IG dos alimentos como baixo (≤ 55), moderado (56-69) ou elevado (≥ 70) (10). Hortícolas e frutos são exemplos de alimentos de baixo IG; leguminosas e massa de moderado IG; e alimentos refinados e batata de elevado IG (11). Os alimentos de baixo IG são digeridos e absorvidos lentamente o que se traduz num aumento gradual da glicémia e insulinémia pós-prandial, auxiliando na promoção da saciedade. Já os alimentos de moderado e alto IG produzem um efeito hiperglicemiante e hiperinsulinemiante mais acentuado. Mesmo quando se iguala a ingestão de nutrientes e energia, os alimentos de baixo IG induzem maior saciedade do que os de moderado e alto IG e são seguidos por uma menor ingestão energética em refeições subsequentes (12). Uma vez que não existe limite da hidrólise de polissacáridos em glicose, os alimentos constituídos por HC complexos não apresentam necessariamente um IG menor do que os mono e dissacáridos. Por exemplo, o arroz e a batata (ricos em polissacáridos) apresentam alto IG, contrariamente à maçã (rica em monossacáridos – frutose) que possui baixo IG (12). Estudos indicam que a ingestão de alimentos de baixo IG, comparativamente aos de alto IG, apresenta efeitos metabólicos benéficos, tanto na prevenção como no controlo de DM2, obesidade, DCV e certos tipos de cancro. Segundo Murakami et al., existe uma correlação positiva entre IG e índice de massa corporal (IMC) (13). Spieth et al., verificaram uma redução significativa do IMC através de uma dieta ad libitum com alimentos de baixo IG, quando comparada com uma dieta pobre em gordura e hipoenergética (14). Perturbações do metabolismo dos açúcares Intolerância à lactose A intolerância à lactose corresponde à incapacidade do organismo hidrolisar a lactose em glicose e galactose através da enzima lactase. O tratamento dos indivíduos que apresentam um défice desta enzima, consiste em eliminar os alimentos que contêm lactose da alimentação ou ingeri-los de acordo com a tolerância, de forma a prevenir perturbações gastrointestinais, que incluem diarreia, flatulência, distensão e desconforto abdominal (15). 8 Galactosémia A galactosémia é uma doença metabólica hereditária em que o indivíduo é incapaz de converter galactose em glicose devido à diminuição da actividade das enzimas galactocinase, galactose-1-fosfato, uridil transferase e uridina-difosfogalactose 4-epimerase (16). No recém-nascido, os sintomas desta patologia passam por intolerância alimentar grave, desnutrição, lesões de órgãos e morte. Se nos primeiros 10 dias de vida a dieta for isenta de lactose os sintomas são atenuados e as complicações podem ser prevenidas (17). Açúcares e exercício físico É consensual, entre a comunidade científica, a relação positiva entre a ingestão de alimentos fornecedores de HC e desempenho desportivo, sendo fundamental a sua ingestão antes, durante e após o exercício, de forma a prevenir a fadiga muscular e a promover o aumento das reservas de glicogénio muscular e hepático – principal substrato energético utilizado nos exercícios aeróbios (18). No que respeita aos açúcares, particularmente durante a prática de exercício físico, contribuem para a estabilidade da glicemia e melhoram a utilização de ácidos gordos livres a nível muscular, diminuindo a taxa de degradação de glicogénio, o que contribui para atrasar a fadiga, resultando num melhor desempenho desportivo. Após o exercício, pretende-se recuperar efectivamente as reservas de glicogénio, a fim de assegurar um bom desempenho em sessões subsequentes. Nesta altura, alimentos com IG moderado e alto parecem mais interessantes para atingir esse objectivo. O exercício provoca alterações na homeostase da glicemia. Assim, nos diabéticos, o exercício aeróbio provoca, geralmente, hipoglicémia, enquanto o anaeróbio pode provocar hiperglicémia. No caso dos diabéticos descompensados, por apresentarem hiperglicémias sucessivas, a consciência de que o exercício regular melhora o perfil glicémico pode contribuir para aumentar a adesão a estilos de vida saudáveis (19). Em suma Os HC constituem a principal fonte de energia para todas as células do organismo, particularmente as do cérebro e músculo, sendo fundamentais para a realização de todas as funções físicas e intelectuais diárias. Graças ao seu poder adoçante, os açúcares e alimentos que os contêm situam-se, muitas vezes, no topo das preferências alimentares. A sua ingestão está recomendada, no âmbito de um regime alimentar completo, equilibrado e variado. Referências Bibliográficas 1. Nestlé Corporate Wellness Unit. Food and Nutrition Communication: Sugar. 2008. 2. Branen AL, Davidson PM, Salminen S, Thorngate J. Food Additives Sweeteners. 2nd ed. Helsinki; 2001. [citado em: 2010 Jul 15]. Disponível em: www.foodnetbase.com/ejounals/books/booksummary/summary.asp?id=2604. 3. Joint WHO/FAO Expert Consultation. Diet, Nutrition and the prevention of chronic diseases, WHO Technical Report Series, 2003; 56; 105-19. 4. Johnson R, Segal M, Sautin Y, et al. Potential role of sugar (fructose) in the epidemic of hypertension, obesity and the metabolic syndrome, diabetes, kidney disease, and cardiovascular disease. Am J Clin Nutr 2007; 86:899-906. 5. Tappy L, Lê A. Metabolic effects of fructose and the worldwide increase in obesity. Physiol Rev, 2010; 90(1): 23-46). 6. Touger-Decker R, Nutrição para a Saúde Oral e Dental. In: Krause Alimentos, Nutrição e Dietoterapia. 11ª ed. São Paulo: Roca; 2005. 638-35. 7. Sheiham A., Dietary effects on dental diseases. Public health Nutr. 2001; 4(2B):569-91. 8. Levy SM., Warren JJ., Broffitt B, Hillis SL., Kanellis Mj., Fluoride beverages and dental caries in the primary dentition. Caries Res. 2003; 37(3):157-65. 9. Carbohydrates in human nutrition. Report of a joint FAO/WHO Expert Consultation. FAO Food Nutr Pap. 1998; 66:1-140). 10. Brand-Miller J, Foster-Powell K, Colagiuri S. The new glucose Revolution. New York. Marlowe. 2003. 11. Foster-Powell K, Holt SH, Brand-Miller J, International table of glycemic Index and glycemic load values. Am J Clin Nutr. 2002; 76(1):5-56). 12. Ludwing DS. Dietary glycemic index and obesity. J Nutr. 2000; 130(2S):280S-83S. 13. Murakami K, Sasaki S, Okubo H, Takahashi Y, Hosoi Y, Itabashi M. Dietary fiber intake, dietary glycemic index and load, and body mass index: a cross-sectional study of 3931 Japanese women aged 18-20 years. Eur J Clin Nutr. 2007. 14. Spieth LE, Harnish JD, Lenders CM, Raezer LB, Pereira MA, Hangen SJ et al. A low glycemic index diet in the treatment of pediatric obesity. 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XXI Após mais de quatro anos de pesquisa e desenvolvimento, a Nestlé revoluciona o mundo das refeições para bebés com NATURNES. NATURNES permite aliar a nutrição ao sabor dos alimentos, de modo a oferecer aos bebés os benefícios da natureza. Graças a um processo patenteado, garante a preservação dos nutrientes e sabores, com uma nova embalagem, mais ecológica, prática, moderna e mais segura. E claro, o equilíbrio nutricional das refeições, através da selecção, precisão, simplicidade e naturalidade dos ingredientes. – Os ingredientes são de origem 100% natural, de elevada qualidade, rigorosamente controlados e rastreados: Mais de 100 controlos do campo à fábrica, selecção de legumes maduros, carnes certificadas por uma entidade externa. – Sem adição de sal, contendo apenas o sódio natural dos ingredientes, promovendo o desenvolvimento de hábitos alimentares mais saudáveis. – Com ácidos gordos essenciais, nomeadamente ómega-3 que contribui para o desenvolvimento cerebral. – Sem adição de espessantes (farinha de alfarroba), amido, aromatizantes, corantes nem conservantes. • Uma nova embalagem que revoluciona o quotidiano e respeita o meio ambiente: com tampa, reutilizável, empilhável, ecológica (contribui para reduzir em 25% a produção de CO2 e o consumo de energia quando comparado com os boiões de vidro). É também mais resistente, pode ir ao micro-ondas e tem “boca larga”, para facilitar a utilização da colher. NaturNes, Natureza ao vapor. NATURNES tem vantagens revolucionárias: • Um processo inovador de cozedura suave a vapor, que preserva melhor os nutrientes e os sabores dos ingredientes: Cada família de alimentos é cozida separadamente, durante um tempo específico e a uma temperatura perfeitamente adaptada de forma a preservar ao máximo os nutrientes e o sabor autêntico dos ingredientes. • Novas receitas simples e naturais que contribuem para o despertar dos sabores e para o equilíbrio nutricional: CORN FLAKES da Nestlé Deliciosos e estaladiços para um pequeno-almoço em família! Dando continuidade à constante inovação e renovação da sua gama de cereais de pequeno-almoço a Nestlé acaba de lançar NESTLÉ CORN FLAKES. Os CORN FLAKES da Nestlé são fonte de fibra e ricos em vitaminas: Uma taça com 30 g 10 de CORN FLAKES e 125 ml de leite meio gordo fornece 25% da Dose Diária Recomendada de 8 vitaminas. Combinados com uma peça de fruta são uma óptima opção para começar o dia! Disponível nos formatos de 250 g e 500 g. Melhores práticas em destaque no novo Relatório da Nestlé Criação de Valor Partilhado Directo Ao Forno Fácil, Prático, Saboroso! Cada vez mais são os consumidores que procuram receitas fáceis, saborosas e económicas. Cozinhar no forno, ainda que seja uma das formas mais saudáveis do ponto de vista nutricional, nem sempre é a primeira opção… dá muito trabalho limpar o forno e exige conhecimentos de culinária que muitas donas-de-casa modernas reconhecem não ter. A pensar nestes consumidores, a marca MAGGI acaba de lançar no mercado um produto que promete revolucionar a forma de cozinhar: DIRECTO AO FORNO, uma combinação de especiarias que permite preparar frango assado no forno, sem adicionar gordura e sem sujar nada. Com DIRECTO AO FORNO, o frango é preparado no seu próprio suco, num saco especial para levar ao forno, que garante um resultado surpreendentemente suculento, saboroso e nutritivo. Só tem de comprar o frango, colocar no saco misturando o conteúdo da embalagem, levar ao forno e… já está! Alho e ervas aromáticas são as 2 variedades de DIRECTO AO FORNO que desde já vão surpreender e deliciar as famílias portuguesas. Beber com Saúde Vai um copo de água? A água é essencial para o corpo humano, assim como para todas as formas de vida conhecidas. Embora o seu teor varie com a idade, o género e condição física, a água representa 45 a 75% do peso corporal de um indivíduo. As funções da água no nosso organismo são muito diversas. Para além de intervir em inúmeras reacções químicas, como a glicolise e o ciclo de Krebs, desempenha ainda um importante papel na termo-regulação e no transporte de nutrientes, oxigénio, enzimas, hormonas e detritos metabólicos. Tem igualmente um Para maximizar a produção e optimizar quer a rentabilidade da cultura, quer a utilização da água, a Nestlé Itália iniciou um projecto-piloto com a duração de 3 anos em associação com 10 explorações de cultivo de tomate na região de Parma. Mediante o recurso a uma tecnologia com base em energia solar para efectuar o controlo da humidade do solo ao nível da raiz, a utilização da água foi optimizada, a produtividade quase que duplicou, o teor de açúcar do tomate aumentou e o consumo de água desceu para quase metade. Este é um dos diversos exemplos da forma como a Nestlé cria e partilha valor com os seus parceiros focalizando os seus esforços nas áreas onde pode aportar maior valor. Estas áreas foram identificadas como a Nutrição, a Água e o Desenvolvimento Rural e é com base nelas que a Nestlé lança o seu novo Relatório de Criação de Valor Partilhado com incidência nas actividades desenvolvidas em 2009. Venha conhecer de perto esta abordagem à Responsabilidade Social Corporativa e os exemplos no terreno. Para mais informação consulte http://www2.nestle.com/CSV/Pages/CSV.aspx papel estrutural, participa na lubrificação das articulações e protege estruturas vitais. Assim se compreende que seja indispensável à vida! A Nestlé Waters Direct Portugal tem vindo a assumir, nestes últimos anos, uma posição importante na criação do hábito de beber água e, como tal, lança agora no mercado um novo produto para o lar – a máquina de bancada MAX Junior. Esta é uma solução, bastante prática, que permite o acesso a água à temperatura natural ou fria, suportando garrafões de água de 11 ou 19 litros. A máquina MAX Junior é um modelo elegante e versátil, encontrando-se disponível em 2 cores: branca e cinzenta. 11 Informação Nutricional Produtos NESTLÉ | 2010 Respondendo à necessidade dos profissionais de saúde terem acesso à Informação Nutricional dos produtos mais frequentemente ingeridos pelos seus utentes, a Nestlé Portugal S.A. lançou em 2009 o dossier Informação Nutricional Produtos NESTLÉ. A constante inovação e renovação dos produtos Nestlé, sujeitam este documento a uma actualização periódica, pelo que foi recentemente lançada a edição 2010 do documento Informação Nutricional Produtos NESTLÉ. A informação nutricional dos produtos Nestlé é apresentada em sete categorias distintas: Nestlé Nutrition (que abrange Alimentação Infantil e Nutrição Clínica), Bebidas, Cereais de Pequeno-almoço e Barras de Cereais, Chocolates, Culinários, Gelados e Lácteos & Cereais. O documento em causa tem edição anual, pelo que a informação poderá sofrer alterações devido a modificações nas receitas e/ou introdução de novos produtos. Estes conteúdos encontrar-se-ão actualizados em www.nestle.pt, na área de Profissionais de Saúde.