açúcares - Nestlé Portugal

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Jul. 10
®
publicação destinada a profissionais
açúcares
em ponto de equilíbrio
contributo do chocolate preto na saúde
Naturnes – refeições do século XXI
informação nutricional de produtos Nestlé | 2010
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sumário
editorial
Tendo origem na Índia há mais de 6000 anos, onde era designado
como sharkara, o açúcar, chegou à língua portuguesa através do
árabe, como al zukkar.
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o mundo Nestlé
A presente edição de nesvida dedica a sua atenção aos açúcares,
destacando a sua influência sobre a saúde e a importância de um
consumo equilibrado.
Resultado de uma contínua aposta na inovação e na busca de produtos práticos e nutricionalmente equilibrados, são apresentados no capítulo das novidades, os produtos NaturNes, Directo ao forno
e NESTLÉ Corn Flakes.
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na vanguarda
da investigação
Nesta edição, fique também a conhecer o Relatório de Criação de
Valor Partilhado, que sistematiza as práticas utilizadas pela Nestlé
para rentabilizar a produção dos produtos de forma ecologicamente
sustentável.
Adoce o seu saber!
Subscreva gratuitamente esta publicação em www.nestle.pt, na área
dedicada aos Profissionais de Saúde.
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açúcares em ponto
de equilíbrio
Ana Leonor Perdigão
Unidade de Nutrição, Saúde e Bem-estar
Nestlé Portugal, S.A.
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novidades Nestlé
ficha técnica
Editor
Nestlé Portugal, S.A.
Morada de contacto
Apartado 1002
2791-701 Carnaxide
Coordenação editorial
Ana Leonor Perdigão
Alexandra Ribeiro
Paginação
Companhia das Cores
Impressão
Pré&Press
Tiragem
Depósito legal nº
3 000 exemplares
264763/07
o mundo Nestlé
centro de investigação e desenvolvimento
Nestlé – Santiago, Chile
Nestlé abre Centro de Investigação
de biscoitos no Chile
A Nestlé abriu um Centro de Investigação e Desenvolvimento (I&D) em Santiago, no Chile, dedicado
ao desenvolvimento de biscoitos mais saudáveis e
snacks de cereais.
Este novo centro reunirá especialistas em nutrição,
engenharia, desenvolvimento de produto e controlo
de qualidade, para desenvolver formas de tornar
estes produtos mais saudáveis.
Reduzir a gordura e os níveis de açúcar, para fazer biscoitos leves, sem comprometer o sabor ou a textura
é um dos objectivos. Estas características aliadas ao
facto dos biscoitos conterem ingredientes como cereais
integrais, fruta e frutos secos torna-os alimentos mais
saudáveis, podendo os biscoitos fazer parte de uma
alimentação saudável e equilibrada.
A investigação incidirá também sobre o desenvolvimento de biscoitos com ingredientes bio-activos
para melhorar a saúde digestiva e produtos enriquecidos para combater as deficiências locais de
micronutrientes.
A investigação neste centro vai proporcionar excelentes oportunidades para a inovação numa categoria de produtos muito importante, que permitirá
oferecer aos consumidores, na América Latina, biscoitos mais saborosos, saudáveis e mais nutritivos.
O negócio de biscoitos da Nestlé encontra-se em
crescimento sendo que é na América Latina que
está o maior mercado de biscoitos, representando
60% das vendas globais de biscoitos da Nestlé. No
Chile, a Nestlé está presente há 76 anos e hoje possui 7 unidades de produção em diferentes partes
do país.
O Centro de I&D actuará em conjunto com outras
redes de investigação e desenvolvimento da Nestlé, distribuídas pelo mundo e participará em iniciativas governamentais e parcerias com universidades internacionais, como a Universidade Católica,
de Santiago do Chile. A rede global de investigação
e desenvolvimento da Nestlé engloba 28 Centros de
Pesquisa, Desenvolvimento e Tecnologia e emprega,
aproximadamente, 5.000 pessoas.
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vanguarda
investigação
na na
vanguarda
da da
investigação
investigação
estratégia de inovação
O papel da motivação
na perda de peso
Com o objectivo de avaliar o papel da motivação
nos programas de perda de peso, pesquisadores
da Universidade de Kentucky e da Universidade da
Carolina do Norte analisaram dois tipos de motivação, autónoma e controlada, e a sua relação com a
adesão a programas de perda de peso.
Para medir os dois tipos de motivação, foi utilizado
um questionário on-line de auto-regulação, durante 16
semanas, para identificar os participantes motivados por
controlos intrínsecos e extrínsecos. A motivação autónoma corresponde ao sentimento de que o desempenho é a melhor maneira de se ajudar a si mesmo e fazer
as alterações por motivos pessoais. Pelo contrário, na
motivação controlada os participantes são motivados
apenas por controlo externo, tais como pressão percebida de outros e sentimentos de culpa.
A motivação para a perda de peso foi medida no início e na 4ª, 8ª, 12ª e 16ª semanas. Além disso, os
participantes do estudo registaram semanalmente a
sua ingestão alimentar, exercício e peso corporal.
Mais de metade dos participantes (37 de 66) perderam 5% do peso corporal inicial ao fim de 16 semanas. Para estudar a relação entre os dois tipos de
motivação e perda de peso, a amostra foi dividida
em dois grupos: um grupo composto pelos indivíduos que tinham perdido 5% do peso corporal inicial durante as 16 semanas e outro grupo com os
que não tinham atingido os 5% nesse período (37 e
29 participantes, respectivamente).
controlada entre o início e a quarta semana de intervenção, não estando, no entanto, claro o que causou o aumento da motivação: a sessão presencial
dada no início do estudo, o sucesso precoce com
perda de peso, ou qualquer outro factor.
Esta motivação foi clara no grupo que atingiu uma
perda de peso sustentável de 5%, em que a sua motivação autónoma entre a 4ª e 16ª semana aumentou,
no entanto, no grupo que teve menos sucesso, verificou-se uma diminuição significativa na motivação
autónoma e controlada ao longo do tempo.
Os autores também verificaram que a motivação autónoma, em quatro semanas foi um dos principais factores de adesão ao auto-controlo e perda de peso.
Foi encontrada uma correlação positiva entre a perda
de peso em quatro semanas e os níveis mais elevados de motivação autónoma, especialmente quando
comparado com os participantes que tinham níveis
mais elevados de motivação controlada.
Parece que o período entre a 4ª e a 8ª semana,
pode ser uma importante janela para os programas
de controlo de peso, a considerar neste período o
uso de técnicas destinadas a aumentar a motivação autónoma, inclusive dando apoio mais intenso
ou diferentes tipos de intervenções, como actividades para aumentar a motivação autónoma.
Estes resultados sugerem que o desenvolvimento de
motivação pode ser um meio eficaz de promoção à
adesão e perda de peso.
Webber K, Tate D, Ward D, Bowling J.
Motivation and its Relationship to Adherence to Self-monitoring and Weight
Verificou-se que a maioria dos participantes tiveram
um aumento significativo na motivação autónoma e
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Loss in a 16-week Internet Behavioral Weight Loss Intevention.
Journal of Nutrition Education and Behavior; 2010; 42(3): 161-7.
Chocolate preto, um contributo
positivo para a saúde
(Investigação Nestlé Research Center)
Os cientistas do Nestlé Research Center conduziram um estudo com o objectivo de perceber de que
forma o chocolate preto poderia influenciar positivamente o metabolismo em pessoas saudáveis.
Foram recrutados 30 indivíduos e classificados de
acordo com os seus níveis de ansiedade. Todos eles
ingeriram 40 g de chocolate preto – Noir Intense,
74% de cacau, Nestlé – diariamente, durante duas
semanas. De forma a analisar os resultados, no
decorrer do estudo, foram colhidas e analisadas
amostras de sangue e de urina.
Os resultados mostram que a ingestão de chocolate preto reduz a excreção urinária de hormonas do
stress – cortisol e catecolaminas – e estabiliza parcialmente o metabolismo da microflora intestinal.
Conclui-se que mudanças subtis nos hábitos alimentares do indivíduo, tais como ingerir chocolate
preto, podem trazer benefícios para a saúde, devido
à diminuição dos níveis de ansiedade e à melhoria
do metabolismo da microflora intestinal.
Martin FP, Rezzi S, Pere-Trepat E, Kamlage B, Collino S, Leibold E, Kastler J,
Rein D, Fay L, Kochhar S.
Metabolic Effects of Dark Chocolate Consumption on Energy, Gut Microbiota,
and Stress-Related Metabolism in Free-Living Subjects.
Redução energética na melhoria
da imunidade
Um estudo recente demonstrou que os indivíduos
que seguem um regime alimentar pobre em energia, não só perdem peso como também aumentam
significativamente a resposta imune.
Journal of Proteome Research; 2009; 8(12): 5568-579.
No estudo em causa participaram 46 homens e
mulheres com excesso de peso (não obesos) com
idades compreendidas entre os 20 e os 40 anos. Os
indivíduos restringiram a energia da alimentação em
10% e 30% durante 6 meses.
Para a realização do estudo, os pesquisadores acompanharam os marcadores biológicos. A resposta imunitária foi avaliada através de um teste cutâneo, denominado DTH (hipersensibilidade tardia). Nesta pesquisa
também foram estudados os efeitos da restrição energética sobre a função das células T e de outros factores imunitários dos indivíduos.
O teste DTH e a resposta proliferativa das células T
foram significativamente maiores em ambos os grupos que praticaram restrição energética.
Os resultados deste estudo demonstram, pela primeira vez, que a restrição energética de curta duração, seis meses em humanos, melhora a função das
células T.
Ahmed T, Das S, Golden J, Saltzman E, Roberts S, Meydani S.
Calorie Restriction Enhances T-Cell–Mediated Immune Response
in Adult Overweight Men and Women.
J Gerontol A Biol Sci Med Sci; 2009; 64(11): 1107-1113.
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açúcares em ponto de equilíbrio
açúcares
em ponto de equilíbrio
Os hidratos de carbono (HC), ou glícidos, são um
macronutriente, cuja principal função é fornecer energia (4 kcal/g) para a realização de todas as funções
do organismo.
Do mais simples para o mais complexo, os HC classificam-se em monossacáridos como glicose, frutose, galactose; dissacáridos, constituídos por dois
monossacáridos unidos por ligação glicosídica, sendo
exemplo a sacarose (glicose + frutose), a maltose (glicose + glicose), a lactose (glicose + galactose); polióis,
como xilitol, sorbitol, maltitol, manitol, que resultam da
O açúcar teve origem na Índia há 6000 anos
a.C., onde era designado como sharkara
(grãos de areia), porém, chegou à língua portuguesa através do árabe, como al zukkar.
A cana-de-açúcar e a beterraba são as maiores fontes de açúcares na alimentação, correspondendo, a nível mundial, a 75-80% e
20-25% do consumo, respectivamente.
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hidrogenação de mono e dissacáridos; oligossacáridos, constituídos por três a dez unidades de monossacáridos; e, polissacáridos, constituídos por mais
de dez unidades de monossacáridos.
Os três primeiros são também designados por açúcares simples, caracterizam-se por apresentarem
absorção mais rápida relativamente aos complexos
e serão objecto de análise no presente artigo.
Adoçantes naturais
versus adoçantes artificiais
É sobejamente conhecido o poder adoçante dos açúcares. Os adoçantes, também designados por edulcorantes, podem ser divididos em naturais ou artificiais
e são utilizados para conferir sabor doce aos géneros
alimentícios ou utilizados nos adoçantes de mesa.
Os adoçantes naturais, como glicose, frutose, sacarose, lactose, xilitol, maltitol, manitol, sorbitol existem
naturalmente na natureza, ou são produzidos por via
biotecnológica, e contribuem para o aporte energético diário.
De entre os adoçantes referidos, a sacarose corresponde ao mais utilizado na Europa, representando
75% dos açúcares adicionados na alimentação (1).
Contrariamente aos anteriores, os adoçantes artificiais, como aspartame, acessulfame-k, sacarina,
sucralose, são produzidos industrialmente e correspondem a aditivos alimentares, que substituem os
adoçantes naturais na produção de alimentos de
baixo valor energético.
Admitindo como referência a sacarose, a quantidade de adoçante artificial necessária para conferir
o mesmo poder adoçante é tão reduzida que não se
considera a sua contribuição para o aporte energético
diário, isto devido ao seu elevado poder adoçante.
Os edulcorantes artificiais que revelam maior poder
adoçante são a neo-hesperidina di-hidrochalcona e a
sucralose, sendo cerca de 1500 – 1800 e 600 vezes
mais doces do que a sacarose, respectivamente (2).
Os adoçantes naturais encontram-se, por exemplo,
na fruta (frutose), açúcar de mesa (sacarose), geleia
(sacarose), compota (sacarose), leite (lactose). Já os
artificiais encontram-se em néctares de fruta (aspartame) e refrigerantes light (acessulfame-k), iogurtes
sem açúcares adicionados (aspartame), pastilhas elásticas sem açúcares adicionados (xilitol), entre outros.
Os edulcorantes só podem ser usados na alimentação após rigorosa avaliação efectuada por parte de
instituições científicas competentes como Joint Food
and Agriculture Organization/World Health Organization (FAO/WHO) Committee of Experts on Food Additives (JECFA) e European Food Safety Authority. A
ingestão diária de adoçante artificial considerada
segura pode ser variável, de acordo com o adoçante
em questão e entidade que recomenda. No que respeita, por exemplo, ao aspartame, a ingestão máxima
diária considerada segura corresponde a 40 mg/kg
de peso corporal, segundo JECFA, já as recomendações nos Estados Unidos apontam para 50 mg/kg de
peso corporal/dia.
Este edulcorante está contra-indicado em fenilcetonúricos porque o organismo é incapaz de metabolizar a fenilalanina que contém.
Os açúcares no rótulo
Informação nutricional
Na legislação alimentar a informação nutricional no
rótulo pode apresentar-se de forma simplificada,
designando-se por Grupo 1 – contém valor energético, teor proteico, hidratos de carbono e lípidos –,
ou completa, designando-se por Grupo 2 – além das
menções anteriores, apresenta teor de açúcares,
ácidos gordos saturados, fibras alimentares e sódio.
Pode ainda ser incluída no Grupo 2, caso exista no
alimento, a quantidade de amido, polióis, ácidos gordos monoinsaturados, ácidos gordos polinsaturados,
colesterol, vitaminas e sais minerais.
Alegações nutricionais
Segundo o Regulamento (CE) N.º 1924/2006 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 20 de Dezembro de 2006, relativo às alegações nutricionais e de
saúde sobre os alimentos, o rótulo, no que se refere
ao teor de açúcares, deve admitir as seguintes alegações nutricionais:
Sem açúcares: O produto não contém mais de 0,5 g
de açúcares por 100 g ou por 100 ml.
Sem adição de açúcares: O produto não contém
qualquer mono ou dissacárido adicionado, nem qualquer outro alimento utilizado pelas suas propriedades
edulcorantes. Caso o produto contenha naturalmente
açúcares o rótulo deve ostentar a seguinte alegação
«Contém açúcares naturalmente presentes».
Baixo teor de açúcares: O produto não contém
mais de 5 g de açúcares por 100 g para os sólidos ou
de 2,5 g de açúcares por 100 ml para os líquidos.
Light (relativamente ao teor de açúcares): O produto
apresenta uma redução mínima de 30% do teor de
açúcares em relação ao produto original.
Segundo o Regulamento (CE) N.ª 1333/2008 do Parlamento Europeu e do Conselho de 16 de Dezembro de 2008, quando o produto contêm polióis e/ou
aspartame e/ou sal de aspartame e/ou acessulfame-k, o rótulo deve ostentar as seguintes alegações
nutricionais:
– Polióis: “o seu consumo excessivo pode ter efeitos
laxativos”;
– Aspartame/sal de aspartame e acessulfame-k:
“contém uma fonte de fenilalanina”.
A Organização Mundial de Saúde recomenda
que a ingestão de açúcares adicionados (mono
e dissacáridos adicionados aos alimentos pelo
consumidor ou durante o processamento
industrial ou confecção, incluindo os açúcares naturalmente presentes no mel, xaropes e
fruta) deva ser inferior a 10% do total de energia consumida diariamente, o que numa dieta
de 2000 kcal diárias corresponde, no máximo,
a 50 g de açúcares (3).
Impacto dos açúcares
na saúde
Os açúcares são substâncias seguras que podem
ser incluídas no âmbito
de uma alimentação saudável. Porém, se ingeridos
com frequência em quantidades
superiores às recomendadas
podem contribuir para um
balanço energético positivo, aumentando o risco
de obesidade e, consequentemente, o
de patologias
associadas,
tais como diabetes mellitus
tipo 2 (DM2), doenças cardiovasculares (DCV), entre outras (4).
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açúcares em ponto de equilíbrio
Estudos em seres humanos demonstraram que dietas ricas em frutose aumentam os níveis de triglicerídeos no sangue. Contudo, outros estudos indicam que a ingestão de frutose proveniente do mel
e da fruta não produz os mesmos efeitos metabólicos adversos como a frutose adicionada aos alimentos, este facto deve-se provavelmente à presença de
antioxidantes naturais e/ou fibras dietéticas daqueles alimentos (5).
A relação entre alimentação e cárie dentária (CD) está
bem determinada, sendo que um regime alimentar
rico em alimentos cariogénicos se caracteriza por ser
rico em açúcares e outros HC fermentáveis, que produzem ácidos orgânicos que causam diminuição do
pH da saliva para valores inferiores a 5,5 (6).
Os alimentos aos quais são adicionados açúcares
durante o processamento tecnológico e os alimentos
como os sumos de fruta, mel, xaropes e açúcar de
mesa branco ou amarelo possuem elevado potencial
cariogénico (3). Segundo alguns autores, a sacarose
corresponde ao açúcar mais cariogénico uma vez que
provoca diminuição do pH salivar e permite uma maior
aderência das bactérias à coroa dos dentes (7).
Pelo contrário, alimentos como leite e derivados,
grãos, fruta, hortícolas não são considerados alimentos cariogénicos (3).
O consumo regular de pastilhas elásticas com xilitol
pode ter benefício na prevenção de CD, porque as
bactérias orais não são capazes de fermentar o xilitol não reduzindo o pH salivar. Além disso, o acto de
mascar permite a remoção de partículas dos dentes
e tecidos moles. De salientar que, segundo a evidência, para o mesmo consumo de açúcares, o risco
de CD está aumentado quando a higiene oral é
menos eficaz (8).
Índice glicémico
O índice glicémico (IG) corresponde ao somatório
da área sob a curva da resposta da glicose sanguínea a uma porção de alimento-teste, com uma porção de HC, sendo expresso como a percentagem
da resposta à mesma quantidade de HC de um alimento padrão (glicose ou pão branco), consumido
pelo mesmo indivíduo (9).
É comum classificar o IG dos alimentos como baixo
(≤ 55), moderado (56-69) ou elevado (≥ 70) (10).
Hortícolas e frutos são exemplos de alimentos de
baixo IG; leguminosas e massa de moderado IG; e
alimentos refinados e batata de elevado IG (11).
Os alimentos de baixo IG são digeridos e absorvidos lentamente o que se traduz num aumento gradual da glicémia e insulinémia pós-prandial, auxiliando na promoção da saciedade. Já os alimentos
de moderado e alto IG produzem um efeito hiperglicemiante e hiperinsulinemiante mais acentuado.
Mesmo quando se iguala a ingestão de nutrientes
e energia, os alimentos de baixo IG induzem maior
saciedade do que os de moderado e alto IG e são
seguidos por uma menor ingestão energética em
refeições subsequentes (12).
Uma vez que não existe limite da hidrólise de polissacáridos em glicose, os alimentos constituídos por HC
complexos não apresentam necessariamente um IG
menor do que os mono e dissacáridos. Por exemplo,
o arroz e a batata (ricos em polissacáridos) apresentam alto IG, contrariamente à maçã (rica em monossacáridos – frutose) que possui baixo IG (12).
Estudos indicam que a ingestão de alimentos de
baixo IG, comparativamente aos de alto IG, apresenta efeitos metabólicos benéficos, tanto na prevenção como no controlo de DM2, obesidade, DCV
e certos tipos de cancro.
Segundo Murakami et al., existe uma correlação positiva entre IG e índice de massa corporal (IMC) (13).
Spieth et al., verificaram uma redução significativa do
IMC através de uma dieta ad libitum com alimentos de baixo IG, quando comparada com uma
dieta pobre em gordura e hipoenergética (14).
Perturbações do metabolismo
dos açúcares
Intolerância à lactose
A intolerância à lactose corresponde à incapacidade do organismo hidrolisar a lactose em
glicose e galactose através da
enzima lactase.
O tratamento dos indivíduos que apresentam um
défice desta enzima, consiste em eliminar os alimentos que contêm lactose da alimentação ou ingeri-los
de acordo com a tolerância, de forma a prevenir perturbações gastrointestinais, que incluem diarreia, flatulência, distensão e desconforto abdominal (15).
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Galactosémia
A galactosémia é uma doença metabólica hereditária
em que o indivíduo é incapaz de converter galactose
em glicose devido à diminuição da actividade das enzimas galactocinase, galactose-1-fosfato, uridil transferase e uridina-difosfogalactose 4-epimerase (16).
No recém-nascido, os sintomas desta patologia
passam por intolerância alimentar grave, desnutrição, lesões de órgãos e morte. Se nos primeiros 10
dias de vida a dieta for isenta de lactose os sintomas são atenuados e as complicações podem ser
prevenidas (17).
Açúcares e exercício físico
É consensual, entre a comunidade científica, a relação positiva entre a ingestão de alimentos fornecedores de HC e desempenho desportivo, sendo fundamental a sua ingestão antes, durante e após o
exercício, de forma a prevenir a fadiga muscular e a
promover o aumento das reservas de glicogénio muscular e hepático – principal substrato energético utilizado nos exercícios aeróbios (18).
No que respeita aos açúcares, particularmente
durante a prática de exercício físico, contribuem para
a estabilidade da glicemia e melhoram a utilização
de ácidos gordos livres a nível muscular, diminuindo
a taxa de degradação de glicogénio, o que contribui
para atrasar a fadiga, resultando num melhor desempenho desportivo.
Após o exercício, pretende-se recuperar efectivamente as reservas de glicogénio, a fim de assegurar um bom desempenho em sessões subsequentes.
Nesta altura, alimentos com IG moderado e alto parecem mais interessantes para atingir esse objectivo.
O exercício provoca alterações na homeostase da
glicemia. Assim, nos diabéticos, o exercício aeróbio
provoca, geralmente, hipoglicémia, enquanto o anaeróbio pode provocar hiperglicémia. No caso dos diabéticos descompensados, por apresentarem hiperglicémias sucessivas, a consciência de que o exercício
regular melhora o perfil glicémico pode contribuir para
aumentar a adesão a estilos de vida saudáveis (19).
Em suma
Os HC constituem a principal fonte de energia para
todas as células do organismo, particularmente as
do cérebro e músculo, sendo fundamentais para a
realização de todas as funções físicas e intelectuais
diárias.
Graças ao seu poder adoçante, os açúcares e alimentos que os contêm situam-se, muitas vezes, no
topo das preferências alimentares. A sua ingestão
está recomendada, no âmbito de um regime alimentar completo, equilibrado e variado.
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novidades Nestlé
Conheça as novidades Nestlé
NaturNes – Nasceram as refeições do séc. XXI
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cerebral.
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A pensar nestes consumidores, a marca MAGGI
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AO FORNO, uma combinação de especiarias que
permite preparar frango assado no forno, sem adicionar gordura e sem sujar nada.
Com DIRECTO AO FORNO, o frango é preparado no seu próprio suco, num saco especial para
levar ao forno, que garante um resultado surpreendentemente suculento, saboroso e nutritivo.
Só tem de comprar o frango, colocar no saco misturando o conteúdo da embalagem, levar ao forno
e… já está!
Alho e ervas aromáticas são as 2 variedades de
DIRECTO AO FORNO que desde já vão surpreender e deliciar as famílias portuguesas.
Beber com Saúde
Vai um copo de água?
A água é essencial para o corpo humano, assim como
para todas as formas de vida conhecidas.
Embora o seu teor varie com a idade, o género e condição física, a água representa 45 a 75% do peso corporal de um indivíduo.
As funções da água no nosso organismo são muito
diversas. Para além de intervir em inúmeras reacções
químicas, como a glicolise e o ciclo de Krebs, desempenha ainda um importante papel na termo-regulação e no transporte de nutrientes, oxigénio, enzimas,
hormonas e detritos metabólicos. Tem igualmente um
Para maximizar a produção e optimizar quer a rentabilidade da cultura, quer a utilização da água, a Nestlé Itália
iniciou um projecto-piloto com a duração de 3 anos em
associação com 10 explorações de cultivo de tomate na
região de Parma. Mediante o recurso a uma tecnologia
com base em energia solar para efectuar o controlo da
humidade do solo ao nível da raiz, a utilização da água foi
optimizada, a produtividade quase que duplicou, o teor
de açúcar do tomate aumentou e o consumo de água
desceu para quase metade.
Este é um dos diversos exemplos da forma como a Nestlé cria e partilha valor com os
seus parceiros focalizando os
seus esforços nas áreas onde
pode aportar maior valor.
Estas áreas foram identificadas como a Nutrição, a Água
e o Desenvolvimento Rural e
é com base nelas que a Nestlé lança o seu novo Relatório
de Criação de Valor Partilhado
com incidência nas actividades desenvolvidas em 2009.
Venha conhecer de perto esta
abordagem à Responsabilidade Social Corporativa e os
exemplos no terreno.
Para mais informação consulte
http://www2.nestle.com/CSV/Pages/CSV.aspx
papel estrutural, participa na lubrificação das articulações e
protege estruturas vitais.
Assim se compreende que seja indispensável à
vida!
A Nestlé Waters Direct Portugal tem vindo a assumir, nestes últimos anos, uma posição importante
na criação do hábito de beber água e, como tal,
lança agora no mercado um novo produto para
o lar – a máquina de bancada MAX Junior. Esta
é uma solução, bastante prática, que permite
o acesso a água à temperatura natural ou fria,
suportando garrafões de água de 11 ou 19 litros.
A máquina MAX Junior é um modelo elegante e
versátil, encontrando-se disponível em 2 cores:
branca e cinzenta.
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Informação Nutricional
Produtos NESTLÉ | 2010
Respondendo à necessidade dos profissionais de
saúde terem acesso à Informação Nutricional dos
produtos mais frequentemente ingeridos pelos seus
utentes, a Nestlé Portugal S.A. lançou em 2009 o dossier Informação Nutricional Produtos NESTLÉ.
A constante inovação e renovação dos produtos
Nestlé, sujeitam este documento a uma actualização periódica, pelo que foi recentemente lançada a
edição 2010 do documento Informação Nutricional
Produtos NESTLÉ.
A informação nutricional dos produtos Nestlé é apresentada em sete categorias distintas: Nestlé Nutrition
(que abrange Alimentação Infantil e Nutrição Clínica),
Bebidas, Cereais de Pequeno-almoço e Barras de
Cereais, Chocolates, Culinários, Gelados e Lácteos
& Cereais.
O documento em causa tem edição anual, pelo
que a informação poderá sofrer alterações devido a
modificações nas receitas e/ou introdução de novos
produtos.
Estes conteúdos encontrar-se-ão actualizados em
www.nestle.pt, na área de Profissionais de Saúde.
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