UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS CURSO DE ADMINISTRAÇÃO – ÊNFASE EM MARKETING CELSO RICARDO SCAVARELLI ANÁLISE DA PERCEPÇÃO DOS CLIENTES DA EMPRESA COLCHÕES ORTOBOM FAROL SHOPPING - TUBARÃO São José 2007 CELSO RICARDO SCAVARELLI ANÁLISE DA PERCEPÇÃO DOS CLIENTES DA EMPRESA COLCHÕES ORTOBOM FAROL SHOPPING - TUBARÃO Trabalho de Conclusão de Curso – projeto de aplicação – apresentado como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel em Administração da Universidade do Vale do Itajaí. Professora Orientadora: Janaína Baeta Neves São José 2007 ii CELSO RICARDO SCAVARELLI ANÁLISE DA PERCEPÇÃO DOS CLIENTES DA EMPRESA COLCHÕES ORTOBOM FAROL SHOPPING – TUBARÃO Este Trabalho de Conclusão de Estágio foi julgado adequado e aprovado em sua forma final pela Coordenação do Curso de Administração – Habilitação em Marketing da Universidade do Vale do Itajaí. ________________________________ Profª MSc. Luciana Merlin Bervian Univali – Campus São José Coordenadora do Curso Banca Examinadora: ________________________________ Prof ª MSc. Janaína Baeta Neves Univali – Campus São José Professora Orientadora _________________________________ Profª MSc. Ana Paula Lisboa Sohn Univali – Campus São José Membro _________________________________ Prof º MSc. Rogério Raul da Silva Univali – Campus São José Membro iii Agradecimentos Agradeço primeiramente a Deus por estar sempre em minha vida. Dedico este trabalho aos meus filhos, Ricardo e Guilherme, minha mãe, D.Clarice, minha irmã Janaina e meu sobrinho Kauã e a todos os outros membros da família, que de alguma forma me ajudaram em mais uma conquista na minha vida. Agradeço a loja Colchões Ortobom pela compreensão, autorização e pelo sucesso do trabalho. Agradeço aos meus amigos de faculdade, por me incentivarem e estarem ao meu lado em todos os momentos. Agradeço também, àqueles que de alguma forma ou de outra fazem parte da minha vida e que participaram desta caminhada, me incentivando para que eu chegasse ao alcance de mais um objetivo. Agradeço a Profª Janaína Baeta Neves, por sua presteza e disposição na orientação deste trabalho. Aos professores membros da banca examinadora pelas importantes sugestões. iv RESUMO Atender os cidadãos de forma satisfatória tem sido uma das grandes preocupações das empresas em um mercado extremamente competitivo. O presente trabalho tem o objetivo de realizar uma pesquisa de importância e de percepção junto aos clientes da empresa, visando contribuir para um processo de melhoria quanto aos serviços e produtos comercializados pela loja Ortobom Farol Shopping – Tubarão. Através da metodologia aplicada com a pesquisa exploratória e descritiva e com uso de questionário fechado aplicado a diversos clientes da empresa, constatou-se a necessidade de algumas melhorias que, se aplicadas de forma correta, podem trazer inovações no atendimento e melhoria na comercialização de produtos. Por meio dos resultados apresentados, pode-se identificar quais os fatores causadores da insatisfação e satisfação e apontar sugestões que poderão ser adotadas pela empresa para melhorias. Palavras-chave: relacionamento, fidelização e satisfação. v ABSTRACT Serving the citizens in a satisfatory way has been one of the biggest worries at the competitive bussiness market. This way, the present work has as its goal to accomplish a perception survey with customers, in order to contribute for the improvement of the products and the service as well, at Ortobom Farol Shopping store.- Tubarão. Through the accomplished survey and the questionnaire answered by the customers it was concluded that some changes should be made, to innovate the service and the products to be sold. With the presented results, the factors that caused the insatisfaction and satisfaction were identified, so based on that, they suggested some improvement to be adopted by the store. Key- words : relashionship, fidelity and satisfaction vi Lista de Ilustrações Figura 1 - Vendas e lucros nas fases do ciclo de vida do produto ..........................................10 Figura 2 - Canais de comercialização com o cliente ................................................................19 Figura 3 - As conseqüências de um valor superior para os clientes..........................................28 Quadro 1 - Análise dos pontos fortes e fracos .........................................................................51 vii Lista de Gráficos Gráfico 01 – Faixa etária e sexo dos clientes .......................................................................... 40 Gráfico 02 – Atendimento com cordialidade e educação ....................................................... 40 Gráfico 03 – Atendimento com competência e segurança ...................................................... 41 Gráfico 04 – Negociação realizada em tempo satisfatório ...................................................... 42 Gráfico 05 – Velocidade de espera ......................................................................................... 42 Gráfico 06 – Atendimento telefônico ...................................................................................... 43 Gráfico 07 – Apresentação da variedade de produtos ............................................................. 44 Gráfico 08 – Qualidade do produto ......................................................................................... 44 Gráfico 09 – Produto da loja versus produto do concorrente .................................................. 45 Gráfico 10 – Preço .................................................................................................................. 46 Gráfico 11 – Prazo e forma de pagamento .............................................................................. 46 Gráfico 12 – Acesso e localização .......................................................................................... 47 Gráfico 13 – Entrega ............................................................................................................... 48 Gráfico 14 – Telemarketing .................................................................................................... 49 Gráfico 15 – Percepção geral .................................................................................................. 50 viii SUMÁRIO Agradecimentos.........................................................................................................................iii Resumo......................................................................................................................................iv Abstract.......................................................................................................................................v Lista de Ilustrações....................................................................................................................vi Lista de Gráficos.......................................................................................................................vii 1 INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 01 1.1 DESCRIÇÃO DA SITUAÇÃO PROBLEMA ................................................................... 01 1.2 OBJETIVOS............................................................................................................. 02 1.3 2 1.2.1 Objetivo geral ...................................................................................... 02 1.2.2 Objetivos específicos ........................................................................... 02 JUSTIFICATIVA ....................................................................................................... 03 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA................................................................................. 05 2.1 MARKETING .......................................................................................................... 05 2.1.1 2.3 VAREJO...... .............................................................................................................21 2.3.1 CLIENTE E O COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR ................................................ 23 2.5 SATISFAÇÃO DO CLIENTE ....................................................................................... 25 2.5.1 Qualidade ............................................................................................ 26 2.5.2 Marketing de relacionamento e Pós-venda ......................................... 27 PERCEPÇÃO ........................................................................................................... 30 DESCRIÇÃO DO MÉTODO ........................................................................................ 32 3.1 4 Franquia .............................................................................................. 22 2.4 2.6 3 Composto de marketing ....................................................................... 06 CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA ........................................................................... 32 3.1.1 Delimitação do Estudo ........................................................................ 33 3.1.2 População e Amostra .......................................................................... 34 3.1.3 Trabalho de Campo ............................................................................. 35 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DE DADOS ............................................................. 38 4.1 CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA ANALISADA ......................................................... 38 ix 4.2 RESULTADOS DA PESQUISA .................................................................................... 39 4.2.1 4.3 5 Importância e percepção dos clientes ................................................. 39 ANÁLISE DOS PONTOS FORTES E FRACOS DA ORGANIZAÇÃO .................................. 50 CONSIDERAÇÕES FINAIS......................................................................................... 54 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................................. 56 APÊNDICE 1................................................................................................................................59 1 1 INTRODUÇÃO Antigamente as empresas entendiam que seus clientes estavam fidelizados devido ao fato de não existirem concorrentes potenciais e as empresas, de modo geral, possuírem falhas em seus processos. O mercado crescia rapidamente e não havia preocupação com a satisfação de clientes. No entanto, devido à globalização, o cenário mudou, a oferta aumentou e os clientes estão cada vez mais exigentes. Assim, quanto maior o conhecimento que a empresa tem sobre o mercado em que atua, clientes, fornecedores e concorrentes, melhor será o desempenho do seu negócio e a satisfação de todos eles. A Colchões Ortobom Farol Shopping – Tubarão presta serviço e vende produtos no ramo de colchões e roupas de cama. Sua atividade consiste em intermediar a comercialização entre fábrica e cliente, através do método de franquia. Nesse sentido, percebe-se que a empresa pesquisada também é responsável pela manutenção e valorização da marca Ortobom, líder de mercado no segmento. Então, torna-se necessário conhecer como os clientes a percebem e em quais pontos pode haver um maior investimento. Para identificar a importância e percepção quanto aos produtos, serviços e aos pontos que agregam mais valor, foi realizada uma pesquisa na empresa, objetivando identificar seus pontos fortes e fracos, mensurar a percepção e analisar a melhor forma de fidelizar e conquistar novos clientes, pois segundo Kotler (2000, p.71) “a aquisição de novos clientes pode custar até cinco vezes mais do que os custos envolvidos em satisfazer e reter clientes existentes”. Uma das primeiras atitudes que um empreendedor deve tomar é desenvolver uma análise mercadológica. A pesquisa de percepção do cliente é uma das ferramentas adotadas para suprir a necessidade e desenvolver estratégias para valorizar a marca, conhecer melhor os seus clientes e consumidores, identificar a estrutura da empresa, enfim, obter informações que possam orientar não só a formulação de um plano de marketing, como as tomadas de decisões mais importantes. 1.1 Descrição da situação problema Em um mercado altamente competitivo, a constante busca pela satisfação dos clientes necessita ser uma prioridade para as empresas. Verificou-se através do estágio de campo 2 realizado no primeiro semestre de 2007 na empresa Colchões Ortobom Farol Shopping Tubarão, que algumas ocorrências causaram certa insatisfação por parte dos clientes atendidos dentro da loja. Pelo fato de estar em seu primeiro ano de atividade, tornou-se importante para a empresa verificar como o cliente percebe a qualidade dos serviços e dos produtos que ela oferece ao mesmo, podendo, através da análise dos dados obtidos, fazer uma adequação do seu serviço aos clientes, que são a chave do negocio. Por haver uma estreita ligação entre qualidade de produtos e serviços, satisfação de clientes e lucratividade da empresa. Níveis mais elevados de qualidade resultam em níveis mais elevados de satisfação de clientes. Com a satisfação dos clientes a empresa poderá conseguir o diferencial perante os concorrentes, podendo estabelecer relacionamentos a longo prazo (CHURCHILL Jr e PETER, 2003). Por isso, a necessidade da verificação da importância e da percepção, pois, não existe nenhum tipo de pesquisa deste gênero na empresa, com o fim de determinar as melhores estratégias a serem tomadas para que a mesma se torne competitiva e atrativa no mercado – repleto de concorrentes - em que atua. Sendo assim, apresenta-se a seguinte pergunta de pesquisa: qual a importância e a percepção dos clientes atuais da empresa Colchões Ortobom Farol Shopping Tubarão, em relação aos produtos e serviços prestados? 1.2 Objetivos 1.2.1 Objetivo geral Avaliar a importância e a percepção em relação à satisfação dos atuais clientes da empresa Colchões Ortobom Farol Shopping – Tubarão através de pesquisa de satisfação. 1.2.2 Objetivos específicos Analisar os produtos e serviços da empresa, identificando os fatores causadores de satisfação e insatisfação dos clientes da empresa; Avaliar o pessoal da área de vendas quanto à qualidade no atendimento e flexibilidade nas negociações; 3 Analisar a importância e a percepção dos clientes e avaliar seus comentários em relação a preços, qualidade dos produtos vendidos, acesso à loja, prazos de entrega e condições de pagamento e pós-venda; Coletar sugestões dos clientes da empresa Colchões Ortobom Farol Shopping – Tubarão através de questionário a ser aplicado na pesquisa de campo. 1.3 Justificativa Conhecer o processo de venda de uma empresa e toda sua estrutura que o envolve (planejamento, controle, atendimento, comunicação e pós-venda), torna-se fundamental para a identificação de melhoria ao atendimento dos seus clientes. Sendo assim, é importante para a empresa, a verificação de como o cliente percebe seu produto e seu serviço, podendo, através da análise de resultados obtidos, fazer uma adequação do seu produto ou serviço ao cliente, que são a chave de todo negócio. Entende-se que o sucesso de uma empresa está concentrado na satisfação de seus clientes, e desta forma, pretende-se desenvolver uma pesquisa de satisfação de clientes na empresa com relação aos produtos e serviços, atendimento por parte de seus vendedores, assim sendo, poderá se obter informações relevantes que colaborem para a fidelização dos mesmos. Manter os clientes satisfeitos deve ser uma das metas de qualquer empresa. Está consagrado que os clientes satisfeitos fidelizam mais, promovem positivamente a empresa e até aceitam mais facilmente reajustes de preços e pequenos erros. Por essas condições, pesquisa de percepção, de satisfação e outras ferramentas de marketing vêm sendo utilizadas a fim de adequar os serviços e os produtos ao foco do cliente. O desenvolvimento de uma pesquisa de satisfação possibilita as organizações estabelecer estratégias para o desenvolvimento de uma relação a longo prazo com seus clientes. Pode-se gerar fidelidade, lucratividade e de forma rápida se identifica fatores causadores de satisfação e insatisfação no processo. Desta forma, o trabalho é importante para a empresa, pois até o momento não havia sido desenvolvido nenhum estudo dessa natureza. A empresa Colchões Ortobom Farol Shopping - Tubarão atua nesse município desde dezembro de 2006 e ainda não possui destaque no cenário municipal e no seguimento varejista de colchões e roupas de cama, 4 exatamente por ser uma loja nova e estar localizada dentro de um shopping center que ainda não se tornou atração da cidade de Tubarão e nem tão pouco na região da Amurel (Associação dos Municípios da Região de Laguna). A empresa possui mix reduzido de produtos, especificamente colchões e box, roupas de cama, travesseiros, colchonetes e poltronas. Para o acadêmico, servirá como oportunidade de aperfeiçoamento profissional, visto que o tema escolhido para a pesquisa faz parte das suas atividades nesta empresa. A Universidade do Vale do Itajaí também será beneficiada com o Trabalho de Conclusão de Curso, pois poderá disponibilizar esse material para consulta dos acadêmicos e comunidade em geral que buscam continuamente um maior conhecimento nesta área. Assim, entende-se que sua realização da pesquisa de percepção está ao encontro da missão da universidade, que é a formação e aperfeiçoamento pessoal e profissional de seus investidores. Além dos fatores acima, os resultados obtidos pela pesquisa influenciarão as decisões que serão tomadas na empresa, tendo em vista a necessidade de manter o cliente satisfeito com seus produtos e serviços oferecidos. 5 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Para se fazer um estudo sobre a percepção dos clientes faz-se necessário conhecer as principais teorias associadas ao tema, conhecer o conceito de marketing e os conceitos intermediários. Assim pode-se unir o conhecimento técnico com as crescentes variáveis que se atualizam a cada dia e obter um resultado sobre o estudo, isso se faz necessário para dar sustentação teórica à pesquisa. 2.1 Marketing Conforme Manzo (1996) a palavra marketing deriva da palavra inglesa market, que quer dizer “mercado”. Para o autor “To market” significa comprar ou vender no mercado. Manzo (1996) ainda diz que a terminação “ing” é designativa em inglês do gerúndio. No caso to market e marketing. O sentido literal de marketing seria, portanto, comprando ou vendendo no mercado. (MANZO, 1996). Segundo Kotabe e Helsen (2000, p.30), marketing é essencialmente uma atividade corporativa criativa, que envolve planejamento e execução da concepção, determinação de preço, promoção e distribuição de idéias, produtos e serviços em uma troca que não apenas satisfaz às necessidades atuais dos consumidores, mas também antecipa e cria suas necessidades futuras com determinado lucro. Observando o conceito anterior nota-se que marketing é uma atividade que serve de ligação entre todos os departamentos da empresa, planejando e executando todos os compostos de marketing, buscando sempre a satisfação do consumidor final. De acordo com Kotler (2000, p.29) “marketing é um processo social por meio dos quais pessoas e grupos de pessoas obtêm aquilo de que necessitam e o que desejam com a criação, oferta e livre negociação de produtos e serviços de valor com outros”. Marketing é a entrega de satisfação para o cliente em forma de benefício (KOTLER e ARMSTRONG, 2002). Marketing são as atividades sistemáticas de uma organização humana voltadas à busca e realização de trocas para com o seu meio ambiente, visando benefícios específicos (RICHERS, 2000). 6 Os profissionais de marketing devem estar constantemente avaliando o mercado, analisando tendências e o desenvolvimento do mundo de negócios. A verificação do ambiente externo deve objetivar a análise de informações e a apuração se na prática, representam oportunidades ou ameaças. O acompanhamento das ações dos concorrentes também é importante, tendo em vista que geram não só a alteração no comportamento do consumidor, como também do mercado como um todo. (LOBRA, 1980). 2.1.1 Composto de marketing O composto de marketing, também chamado de 4 P’s segundo Cobra (1997, p.28) são: “quatro elementos básicos: produto, preço, promoção e ponto, onde todos os elementos do composto foram criados e estabelecidos para atender ao mercado-alvo, ou seja, o consumidor”. Já Kotler (1998, p.97) define composto de marketing como conjunto de ferramentas que a empresa usa para atingir seus objetivos de marketing no mercado-alvo. E finalmente Cobra (1997, p.30) complementa dizendo que o composto de marketing como “a interação da empresa com seu meio ambiente em função da sua missão, dos seus objetivos”. No composto de marketing, como afirma Sandhusen (2003, p.4-5), cada um dos “P´s” é responsável por um elemento estratégico específico, como será visto a seguir: Produto: é definido como qualquer coisa, tangível ou intangível, oferecida para a atenção, aquisição, utilização ou consumo capaz de satisfazer as necessidades dos clientes. E essa definição ou estado de satisfação varia de cliente para cliente, alguns se apegam à qualidade, outros à marca ou à embalagem; Preço: é quanto os clientes pagam por um produto ou serviço, segundo o autor, os preços são baseados em vários fatores como concorrência, grau de necessidade, e como ele é o “único elemento gerador de receita”, o preço também é estipulado tendo como base à “análise de custos”; Ponto: refere-se ao local em que o produto é colocado à disposição do mercado. Estuda-se qual a melhor forma de distribuição, transporte, armazenamento, etc, dos produtos e quais os pontos de venda mais convenientes para a comercialização dos produtos; Promoção: são programas elaborados para persuadir os clientes a comprar o produto. Esse programa possui várias formas diferentes como, por exemplo, a venda pessoal e a 7 publicidade, que são mensagens pagas e não pagas veiculadas na mídia, e a promoção de vendas, onde são utilizadas várias ferramentas de venda como brindes e sorteios para induzir os clientes à compra e também a estimular os vendedores. Com base nesta afirmação, pode-se identificar que o marketing está voltado para a política de produto e seu mercado de atuação, pois só assim a empresa pode definir em qual segmento atuar, com qual mix de produto, qual marca deve usar e que benefícios o seu produto oferece ao consumidor final. Para que seja possível ter um melhor entendimento sobre o composto de marketing, serão abordados nos próximos sub-tópicos cada um dos 4 P’s. 2.1.1.1 Produto e Serviço Para Kotler (1998, p.383) “produto é algo que pode ser oferecido a um mercado para satisfazer a um desejo ou necessidade”. Este mesmo autor (2000, p.416) também conceitua produto como “algo que pode ser oferecido a um mercado para satisfazer uma necessidade ou desejo. Os produtos comercializados incluem bens físicos, serviços, experiências, eventos, pessoas, lugares, propriedades, organizações, informações e idéias”. De acordo com Keegan e Green (2000, p.319) “produto pode ser definido como um conjunto de atributos físicos, psicológicos, de atitude e simbólicos que, no todo, trazem satisfação ou benefícios a seu comprador ou usuário”. Conforme Manzo (1996, p.55): “são de natureza tangível os produtos industriais e os produtos de consumo; e de natureza intangível os serviços ou a prestação de serviços”. O produto pode ser inventado ou descoberto em um laboratório através do complexo trabalho de cientistas e também idealizado pelo homem comum das ruas. Mckenna (1992, p. 16-17) alerta para o fato de que as fronteiras entre produtos e serviços estão desaparecendo rapidamente na atualidade. Ocorre, segundo ele, uma “servilização” dos produtos e a “produtilização” dos serviços. Tal fato é de suma importância para a aplicação de estratégias de marketing, tanto para empresas de produtos quanto para as de serviços. O marketing de serviços assemelha-se ao marketing de produtos ou bens tangíveis, pois tanto um quanto o outro são “produtos” destinados a oferecer valor aos clientes. Ambos buscam satisfazer determinadas necessidades e/ou desejos destes, contudo, a natureza 8 diferente dos serviços exige uma atenção diferenciada por parte dos profissionais de marketing (CHURCHILL Jr e PETER, 2003, p.292). Kotler (1998, p.412) define serviços como: “qualquer ato ou desempenho que uma parte possa oferecer a outra e que seja essencialmente intangível e não resulte na propriedade de nada”. Kotler (1998, p.419) chama a atenção para a dificuldade que o próprio cliente tem de avaliar a qualidade de um serviço, mesmo após tê-lo recebido. Para ele as empresas de serviços enfrentam três grandes desafios: aumentar sua diferenciação competitiva, sua qualidade e produtividade. São estratégias necessárias para criar mais valor ao cliente, criando lealdade do mesmo em relação à empresa. Cobra (2001, p.74) define que “todo e qualquer produto ou serviço é constituído de partes tangíveis e intangíveis, somente por meio de pesquisa motivacional é possível identificar como o publico alvo interno vê o produto/serviço ao cliente e como ele valoriza os aspectos tangíveis ou intangíveis”. Ainda sobre o grau de tangibilidade dos produtos Kotler (2000) diz que estes podem ser classificados em três grupos, de acordo com a durabilidade e a tangibilidade. Bens não-duráveis: são bens tangíveis e consumidos rapidamente e comprados com maior freqüência; Bens duráveis: são bens tangíveis, usados durante um período de tempo; Serviços: são produtos intangíveis, normalmente exigem mais controle de qualidade, credibilidade de fornecedor e adaptabilidade. Com relação aos conceitos pode-se verificar que o produto é entendido como algo que é oferecido para o consumidor com finalidade de satisfazer suas necessidades e desejos, mas com objetivo de venda ou troca, sendo o produto tangível ou intangível. Em relação às características dos produtos Cobra (1997, p.29) diz que um produto deve ter: “qualidade de padronização em termos de características, desempenhos e acabamentos; modelos e tamanhos que atendam às expectativas e necessidades; configurar a apresentação do produto em termos de apresentação física, de embalagem, marca e serviço”. Através destas características Cobra (1997, p.29) destaca que: 9 O produto é a principal ferramenta do profissional de marketing para satisfazer as necessidades dos consumidores, por isso a importância de se ter um produto com boa qualidade, uma boa distribuição onde todos os consumidores possam comprar o produto, com um preço competitivo e se for necessário uma boa promoção junto aos varejistas para uma maior divulgação do produto, a partir do mesmo o profissional de marketing vai trabalhar as outras ferramentas do composto de marketing. “A qualidade deve ser uma das principais características de posicionamento dos produtos, e constitui-se de duas dimensões – nível e consistência. Ao desenvolver um produto, o profissional de marketing deve primeiro escolher o nível de qualidade que irá apoiar a posição desse produto no mercado-alvo”. (KOTLER, 1998). Kotler (1998) define que é possível identificar novas características e decidir quais devem ser acrescentadas ao produto. Para o autor a empresa deve fazer levantamentos periódicos entre os compradores que usam os produtos, fazendo-lhes as seguintes perguntas: Você gostou do produto? Quais características específicas agradaram mais? Quais detalhes poderíamos acrescentar para aprimorar o produto? Quanto você pagaria pelas características? As respostas proporcionam à empresa uma valiosa lista de idéias, e a partir daí, ela poderá avaliar o valor de cada característica para o consumidor em relação aos seus custos devem ser desprezadas, e as mais valorizadas com relação aos seus custos devem ser acrescentadas. Para Churchill Jr e Peter (2003) “o ciclo de vida do produto é um modelo dos estágios do histórico de vendas e lucros de um produto, os quatros estágios do ciclo de vida do produto são: introdução, crescimento, maturidade e declínio”. Para Sandhusen (2003) os produtos que obtiveram, ou que irão obter, sucesso no mercado precisam enfrentar vários desafios durante todos os quatro estágios de seu ciclo de vida, como concorrência, mudanças tecnológicas e nas necessidades dos clientes. Para o autor cada uma dessas fases exige das empresas estratégias e investimentos diferenciados. Segundo Kotler (2003) os lucros obtidos na fase de introdução são em geral negativos ou muito baixos, pois é nessa fase que a empresa mais gasta com promoção e distribuição. Simões (1985, p.167) afirma que os gastos incorridos com promoção geralmente são altos na introdução, pois é preciso “educar o consumidor, induzi-lo a provar o produto, tentando-se alterar os padrões de consumo”. 10 Levitt (1990) afirma que a extensão do ciclo da vida pode prolongar o estágio de crescimento de um produto que se encontre, aparentemente, na fase de maturidade de seu ciclo de vida. Pode-se, por exemplo, descobrir novos usuários ou novas utilidades para o produto. A maturidade é o momento de redução no crescimento das vendas, porque o produto já foi aceito pela maioria dos consumidores potenciais. Este estágio fica evidente quando alguns concorrentes começam a deixar o mercado, a velocidade das vendas é dramaticamente reduzida e o volume de vendas se estabiliza. O lucro estabiliza-se até entrar em declínio graças ao aumento das despesas de marketing em defendê-lo da concorrência. Nesta fase, os consumidores fiéis repetem suas compras (LEITE, 2003). Segundo Kotler (2003) a fase de declínio é marcada por uma grande queda na venda e demanda pelo produto, além da conseqüente grande queda nos lucros da empresa. Os fatores que levam um produto a entrar em declínio são vários como “progressos tecnológicos, mudanças nos gostos do consumidor e grande concorrência nacional e estrangeira”. O número de concorrentes na fase de declínio também é bem reduzido, restando apenas poucos a brigar por um mercado já não mais lucrativo. A seguir a figura 1 mostra: o ciclo de vida dos produtos. Figura 1: Vendas e lucros nas fases do ciclo de vida do produto. Fonte: Sandhusen, 2003, p.289. Visto que todos os produtos, inevitavelmente, um dia passaram por todas as quatro etapas que compõem o ciclo de vida do produto, e também que um dia esses mesmos produtos precisaram ser substituídos ou reformulados, é de vital importância que a empresa conheça 11 como funciona e saiba qual a melhor maneira de construir sua linha de produtos (KOTLER, 2003). Segundo Kotler (2003), Sandhusen (2003) e Limeira (2003), é necessário classificar o produto de acordo com os seus hábitos de compra, dessa maneira são divididos em: bens de conveniência; compra comparada; especialidade e não procurados. · Conveniência: são produtos comprados freqüentemente e cuja decisão de compra é quase sempre tomada no ponto de venda, exemplos: sabonete, chocolate e guarda-chuva. Os bens de conveniência se dividem em regulares, sempre o mesmo produto baseado na preferência do cliente, impulso, compra feita sem planejamento, e emergência, comprados mediante a uma necessidade repentina. Para esses produtos a empresa precisa investir na marca e no seu atrativo visual e na embalagem, a fim de induzir o cliente à compra. O preço deve ser diferenciado, sendo mais baixo para produtos regulares e de impulso, e mais altos para os de emergência. A empresa deve distribuir esse produto na maior quantidade de pontos possíveis, e expô-los nas partes mais visíveis. Para divulgar o produto a empresa deve utilizar a propaganda. · Compra comparada: são produtos comprados com pouca freqüência, onde o cliente compara qualidade, preço, ou qualquer outro atributo a ele pertinente, como exemplo eletrodoméstico, colchão e roupa. Os produtos de compra comparada devem ser produzidos com varias especificações como modelos, tamanhos, tipos e cores diferentes, a fim de satisfazer ao gosto individual de cada cliente. Esses produtos de compra comparada são divididos em homogêneos e heterogêneos. Os bens homogêneos são basicamente iguais, tendo seu diferencial apenas no preço. Os bens heterogêneos apresentam produtos com característica diferentes, que superam as barreiras e diferenças de preço. Esses bens trabalham com margens de preço mais elevadas se comparado aos bens de conveniência. O produto deve estar localizado estrategicamente no ponto de venda. A promoção para o bem homogêneo abrange qualidade e bom atendimento, para o bem heterogêneo a empresa deve trabalhar com venda pessoal, onde se tenha uma equipe de vendas treinada que de todo o suporte que o cliente necessitar. · Especialidade: são produtos os quais o cliente está disposto a investir tempo, esforço e dinheiro para adquiri-lo. Um produto de especialidade dispensa comparações e que possui características bem diferenciadas dos demais, exemplo carros da marca Mercedes, tênis Nike e cirurgias plásticas. Esses produtos precisam ter sua marca logo identificada, possuírem 12 funções e embalagens eficientes. Preços elevados são largamente, ou totalmente, utilizados. A localização do ponto de venda e mais importante que sua quantidade. A propaganda associa o produto à imagem do perfil de cliente que quer atingir. A partir dessas definições descritas por Kotler (2003), Sandhusen (2003) e Limeira (2003), pode-se verificar que esses elementos são muito importantes para que possa atender as necessidades do consumidor. 2.1.1.2 Preço Sandhusen (2003) diz que a empresa precisa estudar e levar em consideração vários aspectos ao planejar e adotar seus preços, como clientes, custos, concorrentes, etc. Em relação a preço, Kotler (2000, p.476) diz que este “é o elemento do mix de marketing que produz receita; os demais produzem custos. Ele também é um dos elementos mais flexíveis: pode ser alterado com rapidez”. Sob esta perspectiva, Kotler (1998, p.98) define preço como “uma ferramenta crítica do composto de marketing é o preço, a quantidade de dinheiro que os consumidores pagam pelo produto. Seu preço deve ser compatível com o valor percebido da oferta ou os compradores procurarão produtos concorrentes”. O cliente também optará por uma oferta em detrimento de outra se o nível de satisfação proposto, ou prometido, for maior, então, “o comprador [...] de modo geral, somente comprará algum produto ou serviço se o preço justificar o nível de satisfação que poderá derivar de sua compra” (LAS CASAS, 2001, p.192). Estabelecer preço é de suma importância na era do valor. Conforme Tucker (1999) o preço dificilmente é o único fator na decisão de compra. Este autor afirma que o fator-chave em qualquer decisão de compra é o valor percebido a ser obtido pelo comprador. Esse valor é a razão pela qual as empresas com produtos e serviços com os mais altos preços, em muitos setores, freqüentemente têm a maior participação de mercado. Segundo Tucker (1999), a única maneira de obter um preço mais alto será agregar um valor mais tangível por meio de serviços especiais, de qualidade consideravelmente maior ou uma percepção de excelência de serviço. Mas o autor oferece também outra opção, dizendo que, às vezes, não é necessário baixar os preços, mas, sim, educar os clientes sobre o que eles estão obtendo, pelo que estão pagando e por que os preços são justificados. Cobra (1997, p.244) define preço como: “um valor arbitrado para um bem ou serviço, qualquer transação de negócio envolve um valor monetário que é o preço”. Preço pode ter 13 objetivo de marketing, como conquistar o mercado à base de preços atrativos em relação ao valor do produto ou aos preços praticados pela concorrência.. Kotler (2000, p.485) cita três métodos de determinação de preço. “custos determinam o piso para o preço. Os preços dos concorrentes e o preço de substitutos oferecem um ponto de orientação, a avaliação de características singulares do produto estabelece um teto para o preço”. O autor cita ainda seis métodos de determinação de preço utilizados pelas empresas: Preço de markup: é adicionar um markup-padrão ao custo do produto; Preço de retorno-alvo: a empresa determina o preço que renderia sua taxa alvo de ROI; Preço de valor percebido: a empresa baseia seus preços no valor percebido pelo cliente; Preço de valor: é através da qual cobram um preço relativamente baixo para uma oferta de alta qualidade; Preço de mercado: a empresa estabelece seus preços orientando-se em grande parte pelos preços dos concorrentes; Preço de licitação: as empresas apresentam propostas lacradas em licitação. Las Casas (2000, p.116 e 117) apresenta os passos para determinação de preços: Determinação dos objetivos de preços; Análise dos segmentos; Determinação da demanda e custos; Análise do preço da concorrência; Determinação da política de preços; Seleção do método de determinar preço; Seleção do preço final com base nas análises anteriores, estabelecendo os níveis de descontos. Para Cobra (1997) a importância da política de preços faz-se sentir com maior intensidade nas seguintes situações: Quando a empresa vai estabelecer o preço pela primeira vez; 14 Quando a concorrência ameaça os negócios da empresa com uma política agressiva de preços; Quando a demanda dos produtos da empresa se relaciona com os preços praticados; Quando os objetivos da empresa se ligam ao retorno sobre os investimentos e sobre o retorno sobre vendas; Quando os objetivos de lucratividade e de participação de mercado exigem uma política flexível de preços. De acordo com Boone e Kurtz (1998, p.495): As políticas de preços são um ingrediente importante na imagem global de uma empresa, fornecendo a estrutura global e a consistência necessária às decisões de preço. Uma política de preços é uma linha de ação global baseada nos objetivo de preço, estabelecida para utilização em decisões de preços específicos. De acordo com a citação acima, constata-se que a política de preço influencia diretamente na imagem da empresa, pois o consumidor liga o produto ao preço praticado pela empresa e desta forma, quando o consumidor compra o produto já sabe o preço que deve pagar. Após todos estes conceitos pode-se falar um pouco de preço promocional que é uma técnica utilizada por todos os varejistas como preço atrativo para trazer os consumidores para dentro de suas lojas. Kotler (2000, p.493) define preço promocional como “uma técnica de determinação de preços para estimular compras antecipadas”. O autor define ainda: Preço-isca: reduzem o preço de marcas conhecidas para estimular um movimento maior nas lojas; Preço de ocasião: as empresas estabelecem preços especiais em determinadas épocas; Abatimento em dinheiro: as empresas de produtos de consumo oferecem abatimentos em dinheiro para estimular a compra dos produtos dos fabricantes dentro de um período específico; baixos; Financiamento a juros baixos: a empresa oferece aos clientes um financiamento a juros 15 Prazos de pagamentos mais longos: as empresas fazem empréstimos com prazos mais longos, reduzindo assim às parcelas mensais; Garantias e contratos de serviço: as empresas podem promover vendas oferecendo uma garantia ou contrato de serviços gratuito ou a baixo custo; Descontos psicológicos: esta estratégia envolve o estabelecimento de um preço artificialmente alto e, então, o produto é oferecido com um desconto substancial. Observando o exposto sobre preço percebe-se que este elemento dentro do composto mercadológico de marketing é um fator chave para definir se as indústrias estão tomando as decisões corretas em relação ao mercado em que atuam, também influenciando diretamente dentro das estratégias de marketing da empresa. Depois de definida as estratégias de preços que serão praticadas pela empresa, pode-se falar a partir de agora sobre promoção, outro tópico que faz parte do composto do marketing. 2.1.1.3 Promoção Segundo Las Casas (2000, p.177) promoção é: “uma das ferramentas mercadológica mais importantes à disposição dos varejistas”. Promoção em sentido amplo significa a comunicação do lojista com seu mercado e ocorre por meio de várias técnicas, como a promoção de mercadorias, programas educacionais, prêmios e concursos, promoções institucionais, entre outras. A atividade objetiva freqüentemente gerar tráfego. Para Keegan e Green (2000, p.424) “a finalidade de uma promoção de vendas pode ser estimular não-usuários a experimentar um produto ou aumentar a demanda total dos consumidores”. Kotler (1998, p.324) estabelece que toda comunicação no marketing está contida no que se denomina composto promocional. O composto promocional compreende, as atividades de propaganda, promoção, venda pessoal e relações públicas, conforme segue: Propaganda: atinge grandes quantidades de compradores geograficamente dispersos a um baixo custo por exposição, permitindo que o vendedor repita a mensagem muitas vezes e que o comprador receba e compare a mensagem de vários concorrentes. Venda pessoal: é a ferramenta mais eficiente entre certos estágios do processo de compra, particularmente na criação de preferências, convicções e ações do comprador. 16 Promoção de vendas: inclui um amplo sortimento de ferramentas: cupons, descontos, concursos, prêmios e outros. Atraem a atenção do consumidor e proporcionam informações que podem levar a compra, oferecendo vários incentivos à compra. Relações públicas: atinge muitos compradores potenciais que evitam vendedores e propagandas, a mensagem chega até eles como uma notícia, e não como uma comunicação direcionada para vendas. Sandhusen (2003) e Kotler (2003) concordam quanto aos quatro componentes que perfazem a ferramenta do composto promocional: a) Propaganda Sandhusen (2003) afirma que os objetivos almejados pela propaganda são informar, persuadir e lembrar. O autor conceitua cada objetivo a seguir: · Informar: a empresa pode optar por uma propaganda para informar aos clientes sobre novas formas de utilização do produto ou mesmo como funciona o produto, novos pontos de venda e novos modelos, assim como informar sobre o lançamento de um novo produto, novos preços, etc; · Persuadir: a propaganda de persuasão é utilizada para induzir o cliente a comprar, assim como ela também é largamente utilizada na guerra entre empresas concorrentes, onde o objetivo é persuadir o cliente a experimentar e trocar de marca; · Lembrar: o objetivo deste tipo de propaganda é o de lembrar ao cliente sobre a existência do produto e onde o produto pode ser comprado. Simões (1985) afirma que o valor gasto com propaganda deve ser considerado investimento e não despesa, pois a propaganda possui a função de incrementar as vendas, visto isso, o dinheiro gasto retornará para a empresa junto com o volume de vendas que ela propiciará. Segundo Sandhusen (2003) a mídia se divide: em mídia impressa e eletrônica. O autor explica que a mídia impressa compreende jornais e revistas, e mídia eletrônica a televisão e rádio. Um diferente meio de propaganda, conforme o autor, também vem sendo utilizado pelas empresas, é o marketing direto, uma ferramenta que permite a empresa customizar ao máximo sua oferta ao gosto e exigências de cada cliente potencial. Nesse meio de comunicação, a empresa possui um banco de dados com os nomes, preferências, idade, e outras várias informações a cerca de seus clientes, e através desse banco de dados é enviado a 17 cada cliente, ou a cada segmento de clientes, uma mala-direta, que seriam, por exemplo, cartas, amostras, ou catálogos constando os produtos que mais possam interessar a esse cliente ou a esse segmento, maximizando assim as chances de uma possível aquisição do produto ou serviço oferecido (SANDHUSEN, 2003). b) Promoção de vendas A promoção de vendas, conforme Kotler (2003), é uma estratégia promocional que através de estímulos e incentivos, em sua maioria de curto prazo, oferecidos pela empresa possui o objetivo de aumentar as vendas, também em sua maioria em curto prazo. Simões (1985) destaca algumas das metas desejáveis ao se optar pela estratégia de promoção de vendas: Aumento das vendas; Frear a concorrência; Divulgação de um novo produto; Ativar a venda de um produto em declínio; Incentivar a compra dos revendedores. c) Venda pessoal A venda pessoal, segundo Miguel (2003), é a única parte do composto promocional em que a empresa entra em contato direto com o cliente, ou seja, venda pessoal consiste na interação direta e pessoal da empresa, através de um vendedor, com o cliente. O autor também diz que nesse tipo de comunicação direta, a empresa adquire maior flexibilidade ao negociar, adaptando e customizando ao máximo a oferta e os serviços oferecidos às necessidades, desejos, ou valores de cada cliente. Segundo Westwood (1997), “a necessidade do cliente por um produto ou serviço possui dois lados, um lado composto por uma parte objetiva, e outro por uma parte subjetiva”. O autor argumenta que à parte que compõe as questões objetivas dizem respeito a necessidades básicas, como comer, se vestir, ir de um ponto a outro, etc, já a parte subjetiva é de fundo emocional, como vaidade, preferências, segurança, etc. Conforme o autor supracitado, quando os produtos se igualam em qualidade, preço, ou em qualquer outra questão objetiva, cabe ao vendedor da empresa influenciar e induzir o comprador a adquirir o produto baseado nos benefícios subjetivos do próprio, o mesmo aconteceria se as questões 18 subjetivas se igualassem e o diferencial fossem questões objetivas. Então se pode concluir, conforme o autor, que a peça chave de muitas empresas para conquistar o cliente é a influência e o poder de venda do vendedor. d) Relações públicas Para Kotler e Armstrong (2002), relação pública é um processo de informação, de conhecimento e de educação com fim social e utilizando-se, para tanto, de técnicas para conseguir a boa vontade e a cooperação de pessoas com as quais uma entidade trata ou das quais depende. As empresas, em geral, têm de se envolver com públicos diferentes, com objetivos vários e com diversas formas de comunicação, uma vez que uma única técnica de comunicação nem sempre é adequada para todas as mensagens. Em matéria de relações públicas, uma mensagem parcial ou truncada deixa de ser uma informação objetiva, honesta e permanente. E as relações públicas são um processo de informação, de conhecimento e de educação, com um fim social, utilizando-se para tanto de técnicas, para conseguir a boa vontade e a cooperação das pessoas com as quais uma entidade trata ou depende. As atividades das relações públicas devem ser exercidas em função de seus objetivos: Aumentar vendas? Gerar simpatia na comunidade? Obter recursos financeiros para capitalizar a empresa? Obter apoio do governo? Desfazer imagens inadequadas? Modificar atitudes? Os objetivos das relações públicas concentram-se em geral em duas categorias: construir imagem e induzir à ação. A imagem de uma empresa pode estar abalada por algum acontecimento e importa melhorar essa imagem junto ao seu público-alvo, induzindo-o a ações favoráveis. Após definir quais as estratégias de promoção que a companhia irá utilizar, pode-se então falar do próximo elemento do composto de marketing que em é o ponto, fundamental 19 para os objetivos das empresas, que é levar seus produtos acabados ao consumidor final, através de uma boa distribuição física. 2.1.1.4 Ponto Segundo Churchill Jr e Peter (2003), ponto consiste nos canais os quais a empresa produtora utiliza para fazer com que seu produto ou serviço chegue até o seu cliente, isso tudo de forma eficiente e eficaz, a fim de poder criar uma relação de valor entre empresa e cliente. Richers (2000) diz que a tomada de decisão quanto a melhor forma de distribuição é uma atividade cara e muito delicada para o produtor, e uma vez tomada à decisão voltar atrás é algo também muito difícil e oneroso. Para Boone e Kurtz (1998, p.320): “canais de distribuição agrupam varias instituições de marketing e seus inter-relacionamentos em um sistema organizado, a fim de promover o fluxo físico e nominal dos bens e serviços desde o produtor até o consumidor ou usuário empresarial”. A citação acima mostra que é fundamental para os produtores utilizar os canais de distribuição para escoar o volume físico de suas mercadorias até o consumidor final. Conforme Sandhusen (2003, p.433), os processos mais utilizados pelo produtor para comercializar bens de consumo podem ser: Figura 2: Canais de comercialização com o cliente. Fonte: Sandhusen, (2003, p.433). A figura 2 mostra os canais de distribuição que o produtor pode utilizar para fazer seus produtos chegarem até o consumidor final. No primeiro canal o produto vai direto ao consumidor final sem atravessadores. No segundo canal o produto passa pelo varejista até 20 chegar ao consumidor, chamado de canal indireto, já no canal três o produtor pode utilizar o atacadista como forma de distribuir seus produtos para os varejistas que por final repassam ao consumidor final. O quarto e último canal mostra que entre o produtor e o consumidor existem o atacadista, o varejista e um intermediário que faz a transação entre o atacadista e o varejista. Miguel (in Dias, 2003) afirma que ao planejar e criar seu plano de distribuição, o produtor possui como objetivos obter, entre vários outros aspectos, maior escoamento de seus produtos e conseqüente maior lucro, e deixar o produto, também entre outros, o mais acessível às necessidades e desejos do cliente, para que esse possa encontrá-lo e adquiri-lo de forma rápida de cômoda, sem atrasos, ou qualquer outro tipo de dificuldade. No canal de venda direta, segundo Sandhusen (2003), quando o produtor dispensa o uso de intermediários para fazer com que seu produto chegue até o cliente, ele – produtor também assume todos os deveres inerentes a essa atividade, como entrar em contato com cada cliente, realizar promoções dos produtos junto a esses clientes, custear a armazenagem do estoque, enviar o pedido e também fazer toda parte de financiamento e cobrança. Simões (1985) afirma que o canal direto é mais bem empregado quando o produto, por exemplo, possui um custo muito alto, detém certo grau de periculosidade, possui especificações que variam entre um pedido e outro, ou então quando os mercados são mais concentrados em determinadas regiões ou lugares. Segundo Kotler (2003) há situações em que um produtor deve fazer uso de canais indiretos de vendas: Grande parte dos produtores não possui infra-estrutura ou recursos para comercializarem seus produtos diretamente como os clientes; Alguns produtos teriam sua comercialização inviabilizada sem a utilização de canais diretos de venda como refrigerantes, balas, revistas, etc; Quando a porcentagem de lucro obtido sobre o produto que é fabricado for maior do que aquele conseguido com a venda a varejo. Pode-se então afirmar através do que foi estudado sobre o tema “praça”, que se o produtor não escolher a melhor forma de distribuição de seus produtos, de nada adianta ter um excelente produto, com um preço competitivo, utilizar as ferramentas certas se a distribuição não for de forma correta. 21 2.3 Varejo Desde os princípios da humanidade os varejistas desempenham papel importante na distribuição de mercadorias. E a necessidade de troca de objetos surgiu a partir do momento em que o homem saiu da caverna em busca de alimentos. O fenômeno da organização empresarial do comercio varejista é, todavia, relativamente recente, e a adoção de técnicas administrativas modernas datam de algumas décadas para cá, nos Estados Unidos e Europa. A partir do século XIX, é que surge, no Brasil, acentuada influência européia nos usos, nos costumes e nos métodos comercializados. E, a partir de 1930, há o aparecimento de métodos de comercialização influenciado por loja de padrão americano, como as Lojas Americanas, Mappin, e de padrão europeu como a Mesbla (empresa francesa fundada em 1912). (COBRA, 1997). Segundo Las Casas (2000), varejo é a atividade comercial responsável por providenciar mercadorias e serviços desejados pelos consumidores. Kotler (1998) define varejo como: todas as atividades envolvidas na venda de bens e serviços diretamente aos consumidores finais para uso pessoal. Um varejo ou loja de varejo é qualquer empresa cujo volume de vendas decorre, principalmente, do fornecimento por unidade ou pequenos lotes. De acordo com Etzel; Walker; Stanton (2001) o varejo (ou comercio varejista) consiste na venda e em todas as atividades diretamente relacionadas com a vontade de produtos e serviços ao consumidor final, para uso pessoal, não comercial. Segundo Cobra (1997) o varejista é definido como uma unidade de negócio que compra mercadorias de fabricantes, atacadistas e outros distribuidores e vende diretamente a consumidores finais e, eventualmente, a outros consumidores. Este autor acrescenta a importância do varejo, como canal de distribuição que desempenha papel muito importante no marketing. As decisões estratégicas de produto, comunicação e preço dependem, em ultima instância, do varejo. Boone e Kurtz (1998) definem varejo como todas as atividades envolvidas na venda de mercadorias e serviços ao consumidor final. Embora a maioria das vendas no varejo ocorra em lojas, a definição de varejo inclui também várias formas de comércio praticado fora das lojas, envolvendo atividades nas quais os pedidos são colocados via computadores domésticos ou telefone, venda através do correio, de máquinas de vendas e vendas diretas. 22 Keegan e Green (2000, p.388) definem o varejo como global, pois é qualquer atividade que atravesse fronteiras nacionais. Kotabe e Helsen (2000, p.462) complementam que o varejo global tem-se transformado em algumas das maiores empresas mundiais, igualando ou superando os fabricantes, em termos de cobertura global. 2.3.1 Franquia Franc é uma palavra proveniente do francês antigo, que significa a transferência de um direito, outorga de um privilégio ou concessão exclusiva. Tecnicamente falando, franchising não é um negócio ou uma indústria, mas sim um método de condução de negócios. Franchising é um sistema de distribuição no qual um fornecedor concede à outra parte interessada o direito de comercializar seus produtos ou serviços, conforme termos e condições pré-estabelecidos em comum acordo, durante um certo período de tempo, e numa área ou região específica. Podemos defini-lo ainda como um sistema estratégico para distribuição de bens e serviços pelo qual uma empresa (franqueadora) cede o direito de uso de seu nome, seu logotipo, know-how e tecnologia, mediante ao pagamento de taxas a um terceiro, que se torna um franqueado com determinados direitos e obrigações para com o detentor da marca. Franquia é definida como uma espécie ou modalidade de negócio mercantil e comercial, que envolve a revenda ou distribuição de produtos ou serviços de uma determinada empresa, mediante acerto contratual pré-estabelecido, entre a empresa e o futuro franqueado. O sistema de franquia é um excelente negócio para expansão de uma empresa e minimiza o risco de toda atividade empresarial. Apesar de todas as taxas que envolvem uma franquia, ela é mais segura e rentável, por se tratar de algo de qualidade e testado no mercado. Segundo Mendez (1991), uma franquia é composta pelos seguintes componentes: Franchising: sistema de comercialização, que pode envolver produtos, serviços ou tecnologias, mas que, quase sempre é uma combinação de todos estes elementos; Franqueado: é a pessoa física ou jurídica que adquire a franquia, cuja finalidade está na distribuição do objeto da franquia. As obrigações do franqueado estão discriminadas no contrato e no Manual de Franquia; Franqueador: é a pessoa física ou jurídica que concede e vende a franquia. É aquele que detém a marca e o know-how (experiência, técnica) de comercialização de um bem ou 23 serviço e que cede através de um contrato os direitos de uso e/ou de revenda, fornecendo assistência técnica-operacional e administrativa na organização e gerenciamento do negócio para o franqueado; Franquia: unidade franqueada, ou seja, a prestadora de serviços ou produtos que é aberta por um terceiro e não pelo dono da marca. Franquia também pode ser o sistema ou contrato de franchising. As franquias envolvem a concessão e transferência de marca, tecnologia, consultoria operacional e produtos ou serviços. As franquias, de um modo geral, oferecem ao franqueado, vantagens e, em alguns casos, certos riscos. Recomenda-se, antes da assinatura do contrato definitivo, alguns cuidados básicos, considerando os diversos tipos e modalidades de franquias, buscando maior segurança e sucesso entre as partes. 2.4 Cliente e o Comportamento do Consumidor Constata-se que os especialistas em marketing geralmente procuram associar a definição de cliente à venda de um produto ou serviço, ou manutenção de relacionamentos. Os clientes ativos, novos e potenciais (ou prováveis) são, geralmente, os mais intensamente focalizados pelas pesquisas nesta área. São chamados clientes ativos os que estão em processo de compra, novos os que já compraram o produto e potenciais ou prováveis os que ainda não compraram. Por outro lado, os especialistas em qualidade, como Juran (1992), define cliente como qualquer pessoa que seja impactada pelo produto ou processo. Os clientes externos são impactados pelo produto, mas não são membros da empresa que faz o produto, enquanto que os clientes internos são impactados pelo produto e são também membros da empresa que o produz. Saliente-se que na definição de cliente deve-se incluir todos aqueles cujas decisões determinam se a organização irá prosperar. Neste caso, de acordo com Whiteley (1992), existem três tipos de clientes. Os clientes internos representam as pessoas da organização para quem o trabalho concluído é repassado para que estes desempenhem a próxima função. Os clientes intermediários são, normalmente, distribuidores ou revendedores que tornam os produtos ou serviços disponíveis para o cliente final. Os clientes finais ou externos são as 24 pessoas que irão usar o produto ou serviço no dia a dia e também são conhecidos como usuários finais. A análise do valor do cliente utiliza as informações provenientes dos clientes a partir da forma como estes tomam decisões no mercado. A análise simplificada consiste em criar um perfil de valor do cliente, que compara o desempenho da empresa com o das concorrentes e, uma vez criado este perfil, desenha um mapa do valor do cliente. De acordo com GALE (1996), o perfil normalmente possui dois elementos: o perfil da qualidade percebida pelo mercado e o perfil do preço percebido pelo mercado. É comum o jargão de que "o cliente é rei". Importante que seja, mas não só como retórica para atraí-los; é essencial uma estrutura de produção de serviços compatível com as necessidades identificadas, pois a cortesia não sustentará por muito tempo serviços sem qualidade. O cliente é a pessoa que recebe os produtos resultantes de um processo no intuito de satisfazer suas necessidades e de cuja aceitação depende a sobrevivência de quem os fornece.( LOBOS, 1993). Partindo do princípio que consumidores são pessoas que compram bens e serviços para si mesmas ou para outros, não com o objetivo de revender ou usar como insumos, Churchill Jr e Peter (2003) afirmam que, para criar valor para os consumidores e lucros para as empresas, os profissionais de marketing precisam entender porque os consumidores compram certos produtos e não outros. E para obter esse entendimento estuda-se o comportamento do consumidor, ou seja “os pensamentos, sentimentos e ações dos consumidores e as influências sobre eles que determinam mudanças”. Em outras palavras, Kotler (2000) define o comportamento do consumidor, como o campo que “estuda como pessoas, grupos e organizações selecionam, compram, usam e descartam artigos, serviços, idéias ou experiências para satisfazer suas necessidades e desejos”. Conforme o autor, é interessante analisar o cliente, pois isso é o estudo que fornece dados, informações, direções e decisões para o desenvolvimento de novos produtos, características de produtos, preços, canais de distribuição, mensagens e outros elementos do mix de marketing. Por outro lado, no parecer de Sheth (2001), o estudo do comportamento do consumidor deve ir além. Conforme suas explicações, o termo ‘consumidor’ convencionalmente é usado para se referir apenas aos mercados de bens de consumo e o termo usado para mercado industrial tem sido ‘cliente’. Afirma também que o termo 25 consumidor é mais utilizado didaticamente, mas nos negócios utiliza-se o termo cliente, exceto em alguns casos que são chamados de ‘pacientes’, ‘alunos’, ‘doadores’. Assim, em sua obra o autor citado, considera ser necessário superar essa divergência e adota o termo cliente abrangendo todas as situações. Conseqüentemente elabora suas definições com base em comportamentos do cliente ao invés de comportamento do consumidor. Desta forma, para ele, o comportamento do cliente é definido como “as atividades físicas e mentais realizadas por clientes de bens de consumo e industriais que resultam em decisões e ações, como comprar e utilizar produtos e serviços, bem como pagar por eles”. Muitos autores consideram que o processo de conhecer e consumir um produto ou serviço, passa pela necessidade de informações sobre o que se vai consumir. Para isso os profissionais de marketing procuram determinar antecipadamente como a informação chegará ao consumidor. Essa informação passa pelo marketing dos produtos, mas passa também e principalmente pelo atendimento a esse consumidor. 2.5 Satisfação do cliente Com a globalização do mercado, as organizações têm que ter atenção redobrada com os clientes que estão cada vez mais exigentes, pois, a cada dia aparecem novas tecnologias e novos tipos de produtos e serviços. Em função disso, conhecer estratégias que garantem a manutenção e a lealdade dos clientes se faz cada vez mais necessária. Satisfação de clientes é a diferença entre as expectativas do cliente e a percepção do atendimento a essas expectativas. Diferentemente do que se pode pensar, satisfação de clientes não é necessariamente o melhor produto, o preço mais baixo, o melhor discurso. Não é aquilo que você acha que é importante para o cliente, mas sim, aquilo que o seu cliente enxerga em você e espera de sua empresa. Na definição de Oliver (1997, p.13-14), “a satisfação do consumidor é uma resposta de realização, que julga quão bem as características de uma oferta (bem e/ou serviço) proporcionou ou está proporcionando um nível prazeroso de realização relacionada ao consumo”. Para Crosby (2000, p.40) “para saber o que seu cliente entende por satisfação, você deve perguntar a ele. No entanto, existem sete imperativos que certamente fazem a diferença no relacionamento com seus clientes e que devem ser sempre considerados”. Assim, atender às suas expectativas permitirá que você construa uma maior satisfação do cliente. 26 Para atingir a satisfação do cliente é necessário conhecer, avaliar os valores que contam mais para o seu cliente em relação ao produto que você oferece. “Satisfação é a relação entre o que o cliente viu (percebeu) e o que ele esperava ver (expectativa). A satisfação do cliente é relativa. Quem julga o nível de satisfação com o atendimento ou serviço é o próprio cliente” (ALMEIDA, 2005, P.42). Os valores mais importantes para seu cliente, são aqueles que lhe proporcionam maior satisfação, serão elementos orientadores da sua estratégia de marketing, tanto para ambiente externo como interno. Estas avaliações entre cliente e fornecedor são chamadas de "momentos de verdade". São momentos que transmitirão a imagem do seu produto e/ou serviço. Assim fazer certo da primeira vez, em todos os requisitos necessários para o cliente, é a maneira mais fácil de moldar a imagem positiva, satisfazê-lo e conservá-lo (CROSBY, 2000, p.40). O fato é que a maioria dos produtos e serviços está associada mais às necessidades psicológicas do que propriamente essenciais ou básicas. Se fosse apenas pela necessidade de usar roupas para proteger o corpo, não haveria a moda, essa poderosa indústria. Há vários exemplos e são bastante simples, mas podem levar você a explorar o rico potencial da psicologia e da imaginação humana diante do consumo de bens e serviços. 2.5.1 Qualidade A definição de qualidade tem sido expressa de muitas maneiras por diversos autores. Para Oakland (1994, p.15) “qualidade é simplesmente o atendimento das exigências do cliente”. O autor também comenta dizendo que a “qualidade é adequação à finalidade ou uso”. A partir da determinação do cliente a qualidade é constituída, considerando seus conhecimentos do produto ou serviço, e avaliada através das exigências percebidas, sendo de forma técnica operacional ou subjetiva, enfocando a flexibilidade e a evolução dentro do mercado competitivo. A qualidade é um processo sistêmico que deve ser extensivo a toda organização, sendo inclusos também consumidores e fornecedores (FEIGENBAUM, 1997). Deming (apud OAKLAND, 1994, p.15) diz que a “qualidade deve ter como objetivo as necessidades do usuário, presentes e futuras”. 27 Embora seja definida como um atributo intrínseco de coisas ou pessoas, é importante observar que a qualidade não pode ser identificável e mensurável diretamente, sendo identificada, a partir de características que confiram qualidades às coisas (ABREU, 1997). Sendo assim, resultante de interpretações subjetiva, o que torna o entendimento do conceito “qualidade” diferente dependendo da formação e dos interesses de que utiliza o conceito. O conceito de qualidade como atendimento aos requisitos estabelecidos pelas normas da organização, traz resultados quanto à redução de desperdícios e aumento da produtividade. Dizendo que a qualidade é a conformidade com os requisitos estabelecidos, conseqüentemente uma não conformidade representa a ausência da qualidade. Então se um serviço é realizado dentro dos padrões na primeira vez, significa um produto de qualidade. E não ocorrendo desperdícios o custo conseqüentemente é menor (CROSBY, 2000). O conceito básico de qualidade referia-se à adequação ao uso e à ausência de defeitos. As organizações precisavam gerar produtos e serviços em condições de satisfazer as demandas dos usuários finais – consumidores sob todos os aspectos. A tendência dos negócios é a geração de produtos finais em condições de maximizar a satisfação do consumidor para assegurar a repetição e a expansão dos negócios e, em muitos casos, a liderança de preferência. Era um deságio no mercado competitivo. A maximização da qualidade foi por muito tempo associada à maximização dos custos e preços. O que se persegue é maximizar a qualidade ao mesmo tempo em que se minimizam os custos. Produtos e serviços com desempenho crescente e custos declinentes têm sido a forma de maximizar a satisfação dos consumidores, tanto quanto da empresa, acionistas, fornecedores e funcionários, para assegurar a sobrevivência e o crescimento, além de investimentos no processo de melhoria (MIRANDA, 1995). 2.5.2 Marketing de relacionamento e Pós-venda As mudanças na forma de se relacionar vem se alterando na mesma cadência que a teoria de Marketing. No começo do século XX, o marketing era basicamente orientado para a produção. As empresas daquela época sabiam que os produtos produzidos seriam vendidos independente dos seus atributos ou das necessidades dos consumidores. Infelizmente, até os dias de hoje ainda existem várias empresas que exploram técnicas de vendas e denominam isto como marketing. O estereotipo do vendedor “empurrando” produtos aos consumidores é comum de se encontrar nestas empresas. Muitas delas perpetuam esta ênfase nas vendas 28 compensando e premiando executivos com base na quantidade de coisas que eles vendem, ao invés de avaliar, por exemplo, qual o grau de lealdade do consumidor. Com o amadurecimento do conceito de marketing, gestores e acadêmicos começaram a dar importância ao marketing de relacionamento. Por que o marketing de relacionamento começa a estar no topo da agenda de ações de gestores e pesquisadores? Existe sem dúvida uma série de fatores que levou este tema ao centro das atenções. Segundo Kotler (2000) as empresas estão enfrentando cada vez mais uma concorrência acirrada e os clientes estão mais exigentes devido aos constantes acessos às informações rapidamente e com maior precisão. Assim as empresas se sentem na obrigação de se adaptarem ao mercado e determinar um relacionamento a longo prazo. O marketing de relacionamento tem como princípio que clientes importantes precisam de atenção contínua e concentrada. Os vendedores que trabalham com clientes-chaves devem fazer mais do que lhes telefonar, necessitam visitá-los em outras ocasiões, convidá-los para jantar e fazer sugestões úteis, monitorar, conhecer os problemas e estar prontos para servi-los de diferentes maneiras (KOTLER, 2000). Para Bretzke (2000), a fidelização de clientes é uma forma de alcançar maior competitividade das empresas e maior satisfação e valorização dos clientes, portanto o marketing de relacionamento torna-se a atração, a manutenção e o aprimoramento de relacionamento com clientes. A figura a seguir de Churchill e Peter (2003, p.18) ressalta a ligação direta entre a satisfação e valor. Os autores mostram também que como conseqüência de uma boa relação obtida com o cliente através da utilização do marketing de relacionamento, a empresa garante clientes com grande grau de fidelização, ou seja, clientes fidelizados são aqueles que compram sempre da empresa, tendo então uma relação longa e lucrativa com a empresa. Figura 3 – As conseqüências de um valor superior para os clientes. Fonte: Churchill e Peter (2003, p.18). Como pôde ser visto, relacionamentos são modos sofisticados de interagir com os clientes que permitem as empresas satisfazer as necessidades dos clientes agregando e 29 comunicando valor dos produtos e serviços. Empresas, que passam a entender os clientes como um ativo de longo prazo, tem mais chance de obter sucesso. É necessário investir nos relacionamentos e administrá-los para garantir negócios freqüentes com os clientes. Conseguindo fazer com que o cliente volte ou procure a sua empresa de novo, é sem duvida um grande desafio. E esse desafio, também pode ser conquistado, através de uma estratégia empresarial como serviço de pós-vendas. Esse serviço quando bem planejado, consegue aumentar a lealdade dos clientes e sua retenção de longo prazo – é um benefício significativo, já que o custo de conquistar um novo cliente é estimado em cinco vezes o custo de manter o cliente (Kotler, 2000), também oferece as empresas, a oportunidade de estancar a fuga dos clientes e promover a extensão e memorização da marca. As empresas líderes se estruturam internamente em torno das expectativas e satisfação dos seus clientes, desenvolvem parâmetros de negócios com base em relacionamentos e lucratividade de longo prazo, em vez de focalizar transações isoladas. Nunca como agora o serviço de pós-venda teve tanta importância na conquista e, principalmente, na fidelização de clientes. Isso porque o consumidor brasileiro está mais experiente, mas consciente e já sabe que depois de fechada a compra, a empresa irá mostrar suas verdadeiras intenções de relacionamento. Uma das maneiras mais recomendadas de pós-venda é através do telemarketing. A empresa deve selecionar uma amostra dos clientes atendidos durante um período (uma semana, ou um mês) e entrar em contato por telefone para verificar a qualidade dos produtos e serviços adquiridos. Segundo (Honorato, 2004) é fundamental a redação de um roteiro de perguntas, que consiga ser curto e ao mesmo tempo abranger as principais questões que envolvem o processo de compra e consumo do produto. Após a realização do atendimento pós-venda, é necessário que o empresário reflita e atue sobre os pontos fracos identificados. Dessa forma, os clientes esperam que o serviço pós-venda seja um atributo do produto tanto quanto a qualidade, o design, seu rendimento e o preço. A satisfação que um produto proporciona não é relacionada apenas ao produto em si, mas também ao pacote de serviços que o acompanha. A função do pós-venda é garantir esta satisfação, ajudando a fidelizar o cliente e divulgar a boa reputação da empresa também para outros possíveis compradores. 30 O acompanhamento ativo pós-venda que identifica 100% de possíveis insatisfações. Antecipa a reclamação do cliente, ajudando a corrigir falhas e evitando a perda de fidelidade. Em um mercado altamente competitivo, este é um diferencial indispensável para o sucesso dos negócios (INGLIS, 2002). No futuro a entrega, o serviço, a confiabilidade e a qualidade das interações serão muito mais importantes do que o produto e a tecnologia empregada em sua fabricação (LEVITT, 1990). Os serviços prestados aos clientes, podem ser a parte mais lucrativa de sua operação, trazendo resultados impressionantes, melhora significativa na retenção de clientes de longo prazo, avanço no posicionamento competitivo das linhas dos negócios, principal e crescimento substancial e de longo prazo nas receitas de vendas e na lucratividade proporcionada pelos clientes. 2.6 Percepção Segundo Schiffman (1997), percepção pode ser descrita da seguinte forma: “a maneira como vemos o mundo à nossa volta”. Dois indivíduos podem estar sujeitos aos mesmos estímulos sob as mesmas condições aparentes, mas a maneira como cada pessoa os reconhece, seleciona, organiza e interpreta é um processo altamente individual baseado nas necessidades, valores e expectativas de cada pessoa. O sucesso ou fracasso de uma empresa pode ser associado ao fator percepção e o desempenho é a resposta que confirma ou rejeita a idéia inicial que as pessoas tinham do serviço. A percepção é um fator-chave para avaliar as expectativas em relação a um serviço ou produto (COBRA, 2001). Para a empresa, as percepções dos consumidores são muito mais importantes do que o conhecimento que ela tem da realidade objetiva. Porque se pensar sobre isto, vê-se que não é o que realmente é, mas o que os consumidores percebem que é, que afeta as suas ações, seus hábitos de compras, de lazer e assim por diante. E uma vez que os indivíduos tomam decisões e implementam ações com base no que eles percebem ser a realidade, é importante que as empresas entendam a noção completa da percepção e seus conceitos relacionados, de modo que elas possam mais prontamente determinar quais os fatores que influenciam os consumidores para a compra. Por isso, Karsaklian (2004), define “... percepção como um 31 processo dinâmico pelo qual aquele que percebe, atribui um significado a matérias brutas oriundas do meio ambiente”. A percepção também pode ser descrita da seguinte forma: “a maneira como vemos o mundo à nossa volta”. Dois indivíduos podem estar sujeitos aos mesmos estímulos sob as mesmas condições aparentes, mas a maneira como cada pessoa os reconhece, seleciona, organiza e interpreta é um processo altamente individual baseado nas necessidades, valores e expectativas de cada pessoa (LAS CASAS, 2000). Os consumidores freqüentemente julgam a qualidade de um produto com base em uma expectativa (sinais) que associam ao produto ou serviço. Alguns desses sinais são intrínsecos ao produto ou serviço, outros são extrínsecos. Separadamente ou em conjunto, estes sinais oferecem a base para percepções da qualidade do produto ou serviço à imagem de uma organização. E a imagem da marca é extremamente importante para as empresas, pois significam que os consumidores a têm como importante no processo de compra e para sua satisfação. 32 3 DESCRIÇÃO DO MÉTODO Este capítulo tem por objetivo apresentar a caracterização, devidamente fundamentada, da pesquisa que foi realizada com os clientes da empresa Colchões Ortobom Farol Shopping – Tubarão, descrevendo o tipo e natureza da pesquisa, bem como os métodos e ferramentas que foram utilizados para a sua realização. O propósito desta pesquisa foi a identificação da importância e da percepção dos clientes ativos da empresa Colchões Ortobom Farol Shopping – Tubarão. Na pesquisa para identificar a importância e a percepção dos clientes em relação aos produtos e serviços da loja, foi utilizada a técnica quantitativa de pesquisa, considerada descritiva, pois de acordo com Mattar (2001), exige-se de quem utiliza esse tipo de pesquisa conhecimento do assunto pesquisado, bem como quais as variáveis que se deseja medir. A metodologia consistiu de consulta bibliográfica e de utilização de pesquisas descritivas conclusivas, nas quais o autor atuou como pesquisador participante. 3.1 Caracterização da pesquisa A base principal de obtenção dos dados está na pesquisa da importância e da percepção realizada junto aos clientes da empresa Colchões Ortobom Farol Shopping Tubarão. Foram utilizados para a formulação das perguntas do questionário, dados colhidos em manuais de treinamentos especializados sobre técnicas de vendas, ministradas aos funcionários pela matriz da cadeia. Esta pesquisa caracterizou-se por ser de natureza predominantemente quantitativa conclusiva descritiva. Sua intenção foi descobrir qual a importância e a percepção dos clientes em relação aos produtos e serviços oferecidos pela empresa Colchões Ortobom Farol Shopping - Tubarão, a fim de descrever o que realmente possui relevância para o cliente, para tal foi utilizado um questionário com questões fechadas que relacionou características úteis para a pesquisa. Os dados coletados podem ajudar o pesquisador a definir procedimentos que o levem a sugerir melhorias futuras, que acredita ser fundamentais para o bom andamento dos processos ou até mesmo possíveis alterações destes. O questionário foi sub-dividido em sete dimensões com as seguintes questões cada: 33 Atendimento: atendimento com cordialidade e educação, atendimento com competência e segurança; Flexibilidade: negociação realizada em tempo satisfatório, velocidade de espera, atendimento telefônico; Preço: preço pago pelos produtos (relação custo x benefício), prazos e forma de pagamentos; Produto: características e variedade de produtos, qualidade do produto, nossos produtos versus do concorrente; Acesso: facilidade de acesso à loja e localização; Entrega: cordialidade do entregador, limpeza do produto e montagem; Pós-venda: telemarketing (clareza e objetividade na comunicação com os clientes). Este questionário foi constituído a partir da teoria estudada pelo acadêmico, a partir da experiência do mesmo na área de pesquisa de mercado e em conformidade com as normas técnicas de treinamentos de vendas (TVV) elaboradas e oferecidas pela franqueadora Colchões Ortobom a suas franquias, além de outras observações verificadas na própria loja que o acadêmico trabalha. Após a coleta, os dados foram tabulados e a partir deles foram gerados gráficos no software Microsot Excel para a verificação da importância e da percepção e expectativa de cada grupo de respostas. A respeito disso, Mattar (2001, p.187) afirma que: “a tabulação pode ser simples, quando envolve a contagem de número de casos que ocorreram em cada uma das variáveis de estudo”. 3.1.1 Delimitação do Estudo Delimitar a pesquisa é estabelecer limites para a investigação. De acordo com Marconi e Lakatos (1996, p.27), a pesquisa pode ser limitada em relação: a) ao assunto (selecionando um tópico, a fim de impedir que se torne ou muito extenso ou muito complexo); b) à extensão (porque nem sempre se pode abranger todo o âmbito no qual o fato se desenrola); 34 c) a uma série de fatores (meios humanos, econômicos e de exigüidade de prazo) que podem restringir o seu campo de ação. Para delimitação do universo da pesquisa, realizou-se um levantamento da quantidade de atendimentos com vendas apenas de colchões e box na loja Colchões Ortobom Farol Shopping - Tubarão, entre o período de abril a agosto de 2007, justificado pelos seguintes motivos: durante os meses de janeiro a março de 2007, os funcionários da empresa encontravam-se em treinamento prático e teórico devido a inicialização das atividades comercias da unidade de Tubarão no início de 2007 e por isso não empregavam as técnicas de venda da forma adequada. A razão para o acadêmico escolher somente os clientes que compraram conjunto box se baseia na informação fornecida pela empresa que 93,12% do seu faturamento são destes clientes. Os produtos de menor valor, como travesseiros e roupas de cama são vendidos sem uma técnica especializada, devido aos seus baixos volumes de venda e de pouco retorno lucrativo para a mesma; os clientes são moradores da própria cidade e de municípios vizinhos, diminuindo assim o custo da pesquisa com viagens e transportes. 3.1.2 População e Amostra Segundo Barbetta (1998, p.58) “chamamos de população ao conjunto de elementos que formam o universo de nosso estudo e que são passíveis de serem observados. Uma parte destes elementos é dita uma amostra”, e conforme Mattar (2001) amostragem é o processo de colher amostras de uma população. Conforme Vergara (2000, p.47), “trata-se de definir toda a população e a população amostral, que é um conjunto de elementos (empresas, produtos, pessoas, por exemplo) que possuem as características que serão objetivos de estudos”. O autor diz também que “população amostral ou amostra é uma parte do universo escolhida seguindo algum critério de representabilidade”. Comenta Barbeta (1998), que quando utilizamos amostragem, os elementos que serão analisados, devem conter uma metodologia adequada, para que os resultados da amostra se tornem informativos, caracterizando assim toda a população. A razão para se utilizar uma amostra não probabilística intencional pode ser explicada por meio do enfoque de Mattar (2001), afirmando que com um bom julgamento e uma 35 estratégia adequada, podem ser escolhidos os casos a serem incluídos e, assim, chegar a amostras que sejam satisfatórias para as necessidades da pesquisa. A amostra utilizada foi, portanto, a amostra por conveniência, definida como aquela em que o pesquisador seleciona membros da população mais acessíveis e mais fáceis de se obter informações (SCHIFFMAN, 1997). A amostra por conveniência é empregada quando se deseja obter informações de maneira rápida e barata. Segundo Mattar (2001), uma vez que esse procedimento consiste em simplesmente contatar unidades convenientes da amostragem, é possível recrutar os respondentes com facilidade, através de simples abordagem. O autor comenta que este método também pode ser empregado em pré-testes de questionários e ilustra os usos de pesquisa com amostras por conveniência nos casos abaixo: Solicitar às pessoas que já utilizaram ou testaram um produto e que em seguida respondam a uma entrevista; Abordar pessoas em locais específicos, como residência e supermercado e colher suas opiniões e sugestões; Coletar informações através de contatos telefônicos para que durante a entrevista os pesquisados possam dar suas opiniões. Devido à limitação de tempo para a realização da pesquisa de campo e às ausências de alguns clientes quando o entrevistador foi realizar a pesquisa, obteve-se um retorno de 54 questionários respondidos. Desta forma, o critério para a seleção da amostra foi a acessibilidade, tipo de amostragem não probabilística por conveniência, isto é, clientes que se mostraram disponíveis para a realização da pesquisa sendo totalizado como pesquisado. Amostras por conveniência podem ser facilmente justificadas em um estágio exploratório da pesquisa, como uma base para geração de hipóteses, e para estudos conclusivos onde o gerente aceita os riscos da imprecisão dos resultados do estudo (CHURCHILL JR. e PETER, 2003). 3.1.3 Trabalho de Campo Segundo Vergara (2000, p.47), pesquisa de campo “... é a investigação empírica realizada no local onde ocorre ou ocorreu um fenômeno ou que dispõe elementos para 36 explicá-los. Pode incluir entrevistas, aplicação de questionários, testes e observação participante ou não”. A técnica utilizada para a coleta de dados foi a aplicação de um questionário com 13 perguntas com uma amostragem populacional de cinqüenta e quatro clientes em um universo de pessoas (apêndice 1). O período de pesquisa foi entre os dias 02 e 20 de outubro deste ano. Os dados dos clientes foram levantados pelo acadêmico, a partir de uma amostra obtida no cadastro do banco de dados disponível, concentrando-se nos municípios próximos a localização da loja. Segundo Mattar (2001, p.23), “as pesquisas conclusivas são caracterizadas por possuírem objetivos bem definidos, procedimentos formais, serem bem estruturadas e dirigidas para a solução de problemas ou avaliação de alternativas de cursos de ação”. Os métodos da pesquisa descritiva compreendem: entrevistas pessoais e entrevistas por telefone quando as pessoais não forem possíveis, todas realizadas com questionários específicos. Para isso, a relação dos clientes foi realizada pelo levantamento de dados que a empresa já possui em seu sistema. Cada entrevista demorou em média 20 minutos (mínimo de 15 e máximo de 30 minutos) dependendo do visitante e sua vontade de conversar sobre o tema. O questionário foi enviado por correio a 08 cientes e recolhidos dias depois em suas próprias residências, estes questionários foram explicados sobre sua intenção e funcionamento através de uma carta anexa. Um total de 37 clientes foram entrevistados pessoalmente por uma pessoa anotando as respostas. Outros 09 questionários foram respondidos por telefone, estes dois métodos possibilitaram esclarecer dúvidas aos clientes e realizar anotações sobre os comentários e sugestões colhidas pelo pesquisador durante as entrevistas. Houve boa receptividade por parte dos clientes no preenchimento do questionário, inclusive vários comentaram que era a primeira vez que uma empresa (de qualquer ramo) realizava este tipo de pesquisa. No momento da entrevista, o acadêmico solicitava que os pesquisados fossem o mais sinceros possíveis, pois assim a pesquisa teria mais credibilidade. A amostra resultante dos questionários recebidos e respondidos totalizou 54 clientes, sendo processadas todas as informações respondidas dentro do prazo fixado, que foi entre os dias 02 e 20 de outubro de 2007. 37 Embora não se possa afirmar que a amostra resultante represente rigorosamente o universo ideal, não resta dúvida que as informações dos cinqüenta e quatro participantes da pesquisa permitem que se trace um quadro confiável do comportamento e da percepção do consumidor no que se refere à qualidade dos produtos e serviços. Na pesquisa de caráter quantitativo, normalmente os dados coletados são submetidos à análise estatística com ajuda de instrumentos como planilhas e gráficos para a codificação dos dados. Tipicamente, as medidas para cada respondente são calculadas e em seguida, manipuladas de várias maneiras através de análises (ROESCH, 1999). 38 4 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DE DADOS Neste capítulo são apresentados os dados obtidos durante a fase de coleta de dados. A análise desenvolvida segue a estrutura do próprio questionário, sendo dividida nas seguintes dimensões: atendimento; flexibilidade; preços; produto; localização e acesso; entrega e pósvenda. O trabalho é iniciado com um resumo dos principais resultados e finalizado com uma seção contendo um conjunto de indicadores quantitativos de desempenho produtivo levantados na pesquisa. Em cada item são apresentados e analisados os dados segundo a tabulação gráfica, complementados com informações obtidas dos embasamentos estudados. As sugestões e críticas que foram realizadas pelos pesquisados/entrevistados obtidas durante a pesquisa de campo também serão analisadas logo após os gráficos de cada dimensão. 4.1 Caracterização da empresa analisada Fundada há 40 anos em São Paulo, a Ortobom iniciou suas atividades no ramo metalúrgico, fabricando camas, mesas para televisão, etc. Com o passar dos anos a empresa começou a comprar blocos de espuma para a confecção de colchões, que harmoniosamente se casavam com essas camas visando aumentar seu ramo de atividades. Em 1975 foi inaugurada no Rio de Janeiro uma fábrica especializada na fabricação de colchões e desativada a produção de camas, especializando-se exclusivamente na fabricação de colchões. Naquela época os colchões eram confeccionados com algodão desfiado entre outros materiais e vendidos no atacado, pois não existia ainda o sistema de Lojas. A marca Ortobom surgiu da junção da palavra ortopedia (ramo da medicina que cuida da anatomia humana) e da palavra bom; dando a idéia de um colchão que oferece além de conforto, cuidados com a saúde. Devido ao grande esforço despendido em planejamentos estratégicos em longo prazo, a Ortobom soube perfeitamente aproveitar a fase próspera de seu negócio e deixou de ser uma indústria de transformação para ser uma indústria de base; fabricando a própria matéria-prima para confecção de seus produtos. Esta unidade foi fundada em 23/12/2006, pelo franqueado Celso Ricardo Scavarelli e pelo seu filho e sócio, Guilherme dos Santos Scavarelli, incentivados pela fábrica que fornece 39 os produtos e dita as normas e regras do uso da marca da franquia Colchões Ortobom. A loja está localizada dentro do Farol Shopping em Tubarão ( inaugurado em 23/10/2006 ). Hoje a empresa é formada por um gerente de vendas, três vendedores, um entregador e pelo proprietário, que toma as decisões gerenciais estratégicas. A empresa ainda possui uma assessoria contábil realizada por outra empresa especializada neste serviço. Ela é a responsável por toda a contabilidade da empresa, assim como pela declaração do imposto de renda dos sócios dela. Por ser uma empresa no início de suas atividades comerciais, a necessidade de uma pesquisa de satisfação pode ser de fundamental importância para seu sucesso e diferenciação perante a concorrência. O instrumento básico de coleta de dados da pesquisa é um questionário desenvolvido a partir das técnicas de vendas no varejo (TVV) utilizadas e repassadas pela matriz da empresa a seus franqueados para o treinamento de seus vendedores 4.2 Resultados da pesquisa A seguir serão apresentados os resultados da pesquisa efetuada junto aos clientes. A apresentação foi dividida em dois sub-tópicos (importância e percepção), pois o instrumento de coleta de dados também foi distribuído desta forma. Os critérios utilizados no instrumento de coleta de dados foram baseados nos autores descritos no capítulo da fundamentação teórica deste trabalho. 4.2.1 Importância e percepção dos clientes Neste tópico são apresentadas as respostas dos quesitos investigados no instrumento de coleta de dados, e forma de gráficos, fazendo uma comparação entre a importância e a percepção dos clientes em relação aos produtos e serviços prestados pela empresa. 4.2.1.1 Sexo e idade Na composição dos pesquisados, onde se perguntava o sexo e a idade, demonstram-se os resultados, conforme gráfico abaixo: 40 Idade mais de 40 anos 26% até 20 anos 2% entre 21 e 30 anos 16% Sexo mulher 41% homem 59% entre 31 e 40 anos 56% Gráfico 1 – Faixa etária e sexo dos clientes. Fonte: Dados primários (2007) Com relação ao gráfico 01, tem-se que 56% dos clientes estão entre 31 e 40 anos, 26 com mais de 40 anos, 16% entre 21 e 30 anos e 02% até 20 anos de idade. Observa-se que a maioria da amostra tem entre 31 e 40 anos, caracterizando pessoas mais experientes, casadas e que buscam a troca de cama por conjunto box devido a sua maior durabilidade e comodidade. Ainda no gráfico 01, referente ao sexo dos clientes, tem-se a seguinte constatação: 59% dos cadastros dos clientes são de homens e 41% são de mulheres. Mas, pôde-se observar, durante a pesquisa de campo, que as mulheres predominam na escolha dos produtos, são elas que decidem as compras, mas os cadastros e pagamentos são realizados em nome dos homens. 4.2.1.2 Dimensão: atendimento Esta dimensão competitiva analisa a satisfação dos clientes no que se refere ao atendimento personalizado e a atenção prestada pelo vendedor na hora da compra e engloba informações referentes à cordialidade, educação, competência, segurança e conhecimento dos produtos. Importância IM 27% Percepção PI SI 6% 1% Regular Ruim 4% 18% MI 66% Bom 41% Gráfico 2 – Atendimento com cordialidade e educação Fonte: Dados primários (2007) Ótimo 37% 41 O gráfico 02, em importância, demonstra que 66% dos entrevistados consideram muito importante o atendimento cordial e educado prestado pela empresa na compra de seus produtos, 27% consideram importante, 06% pouco importante e 01% sem importância. Quanto à percepção, 41% dos entrevistados consideram bom, 37% consideram ótimo, destaca-se que 18% consideram esse serviço regular e 04% ruim, fator preocupante, recomenda-se à empresa analisar com profundidade quais as verdadeiras necessidades e opiniões dos clientes sobre esse tema. No segundo item, onde foi perguntado sobre o atendimento com competência e segurança, observa-se o seguinte: Importância Percepção PI SI 8% 4% IM 28% Regular 21% MI 60% Ruim 5% Ótimo 34% Bom 40% Gráfico 3 – Atendimento com competência e segurança Fonte: Dados primários (2007) O gráfico 03 demonstra que 60% dos pesquisados consideram muito importante o atendimento prestado com competência e segurança pela empresa, 28% consideram importante, 08% pouco importante e 04% sem importância. Quanto à percepção, 40% dos entrevistados consideram bom, 34% consideram ótimo, 21% regular e 05% ruim. Devido ao alto grau de importância dado pelos clientes pesquisados em relação as duas perguntas sobre atendimento e através dos resultados colhidos pela pesquisa de campo, notase que a grande maioria concorda plenamente que o atendimento atende as suas necessidades. Mas, cerca de 1/4 dos pesquisados demonstrou estar entre regular e ruim, um índice preocupante e que necessita ser melhorado. Comparando-se com o que foi fundamentado por Sandhusen (2003) e Limeira (2003), a empresa deverá continuar capacitando e incentivando seu pessoal de vendas ao melhor atendimento, para que se tenha uma equipe treinada e que dê todo o suporte que o cliente necessitar. 42 O atendimento tem forte influência na satisfação dos clientes, de acordo com Kotler (2000), ouvir o que os clientes têm a dizer sobre o serviço e o atendimento é o caminho que possibilitará as empresas estabelecer perante seus concorrentes o diferencial. 4.2.1.3 Dimensão: flexibilidade Este item analisa a opinião dos clientes no que se refere à flexibilidade. Essa ação está muito ligada à comunicação entre a equipe de vendas e os clientes. Importância SI 15% Percepção Ruim 15% MI 31% PI 19% Ótimo 28% Regular 20% Bom 37% IM 35% Gráfico 4 – Negociação realizada em tempo satisfatório Fonte: Dados primários (2007) Através do gráfico 04 onde 35% consideram importante, 31% consideram muito importante, 19% pouco importante e 15% sem importância, apresenta que o tempo para a realização da negociação não é tão importante para os clientes, eles informam e preferem que o tempo seja utilizado de forma adequada e que suas dúvidas em relação à compra sejam sanadas e assim, adquirirem um produto com mais confiança, pois é um investimento a longo prazo. Quanto à percepção referente ao tempo investido na compra, 37% consideram bom, 28% ótimo, 20% regular e 15% ruim. Importância PI SI 5%2% Percepção MI 43% Ruim Regular 9% 16% IM 50% Bom 46% Gráfico 5 – Velocidade de espera Fonte: Dados primários (2007) Ótimo 29% 43 A velocidade de espera está ligada diretamente à satisfação, muitas vezes os clientes acabam desistindo da compra devido ao tempo de ser atendido ou pela demora do produto. No gráfico 05, observa-se que a empresa conseguiu estabelecer bons índices de satisfação, onde 46% consideram bom, 29% ótimo, 16% regular e 09% ruim, e os clientes consideram importante e muito importante para a compra, a empresa poderia explorar mais esse critério e estabelecer vantagem perante seus concorrentes, agregando valor à marca e estabelecendo atendimento personalizado. Importância PI SI 6% 2% Percepção MI 40% Ruim Regular 12% Ótimo 23% 20% IM 52% Bom 45% Gráfico 6 – Atendimento telefônico Fonte: Dados primários (2007) O gráfico 06 demonstra que a comunicação telefônica com a empresa é fundamental para a boa negociação, 52% consideram esse item importante e 40% muito importante, 06% pouco importante e 02% sem importância. Foi surpreendente o número de clientes insatisfeitos com o atendimento telefônico, onde 12% consideram ruim e 20% apenas regular. Mesmo tendo 45% considerando bom e 23% ótimo, a necessidade de melhoria nesse quesito tem que ser considerada como primordial, pois Miguel (2003), diz que em todo tipo de comunicação direta, a empresa adquire maior flexibilidade ao negociar, adaptando e customizando ao máximo a oferta e os serviços oferecidos às necessidades, desejos, ou valores de cada cliente. Aponta-se que esses itens devem ser melhorados, afinal os clientes não estão completamente satisfeitos e isso pode gerar prejuízos significativos para a empresa. 4.2.1.4 Dimensão: produto Essa dimensão competitiva é um fator muito importante para a empresa, pois, de modo geral avalia o produto, sua qualidade, variedade e como suas características são apresentadas ao cliente. 44 Importância IM 11% Percepção PI SI 0% RegularRuim 9% 9% Ótimo 38% Bom 44% MI 89% Gráfico 7 – Apresentação da variedade de produtos Fonte: Dados primários (2007) O gráfico 07 apresentado mostra que todos os clientes pesquisados consideram muito importante (89%) e importante (11%) a apresentação das características do produto e suas variedades, pois o que se percebeu na pesquisa de campo é a falta de conhecimento por parte deles em relação aos benefícios e adequação de cada tipo de colchão ao seu biótipo. Quanto à percepção desse serviço, 44% consideram bom, 38% consideram ótimo, 09% consideram ruim ou regular. Importância IM 35% Percepção PI SI 5%0% Ruim 16% MI 60% Ótimo 30% Regular 18% Bom 36% Gráfico 8 – Qualidade do produto Fonte: Dados primários (2007) O gráfico 08 mostra que 60% dos clientes pesquisados consideram muito importante a qualidade do produto, 40% consideram importante, não houve respostas para o restante das opções. A percepção quanto à qualidade do produto apontaram que 36% consideram bom, 30% ótimo, 18% regular e 16% consideram a qualidade dos produtos ruim. 45 Importância Percepção PI SI 7% 2% IM 36% MI 55% Regular 22% Ruim 12% Ótimo 31% Bom 35% Gráfico 9 – Produto da loja versus produto do concorrente Fonte: Dados primários (2007) No gráfico 09, a importância da marca Ortobom para os clientes ficou evidenciada no resultado da coleta de dados, onde 55% consideram muito importante terem os produtos em suas residências comparando-se com os produtos dos concorrentes, 36% consideram importante, 07% pouco importante e 02% sem importância. Quanto aos os produtos, 35% dos clientes pesquisados consideram de boa qualidade, 31% de ótima qualidade, 22% regular e 12% consideram os produtos ruins. Como afirma Sandhusen (2003), o produto é definido como algo, tangível ou intangível, oferecido para a atenção, aquisição, utilização ou consumo capaz de satisfazer as necessidades dos clientes. E essa definição ou estado de satisfação pode variar de cliente para cliente, sendo que alguns se apegam à qualidade, outros à marca ou à embalagem. Na pesquisa de campo, ficou evidenciado que os clientes estão satisfeitos com algumas características dos produtos comercializados pela empresa, como: marca, qualidade, garantia, confiança e estrutura. Porém existem clientes insatisfeitos com alguns detalhes do produto, como diversificação de cores, de altura e variedade de tamanhos. Essas características são próprias da marca Ortobom e a loja pesquisada não tem como realizar alterações nesses itens, por ser padrão da fábrica, obrigando o cliente a optar pelos modelos existentes. A franqueadora necessita estar atenta à confiabilidade de seus produtos, afirma Bretzke (2000) que a satisfação do consumidor pode ser entendida como o ponto em que o desempenho de um produto corresponde às expectativas do comprador. A franqueadora deverá investir mais em sua marca, a fim de garantir uma maior segurança de seu público através de pesquisas de satisfação, objetivando atender a essas condições demonstradas pelos clientes pesquisados, inibindo esse tipo de vantagem a seus concorrentes. 46 4.2.1.5 Dimensão: preço Esta dimensão extremamente competitiva avalia a importância e a percepção que os clientes têm dos produtos e serviços através do preço de venda ao público, considerando custo e beneficio. Importância Percepção PI 0% IM 34% Ruim 15% MI 66% Regular 25% Ótimo 21% Bom 39% Gráfico 10 – Preço Fonte: Dados primários (2007) O gráfico 10 confirma que os entrevistados consideram de extrema importância o valor custo/benefício de um produto ou serviço. Em relação à percepção dos entrevistados, os preços estão um pouco acima da média praticada pelos concorrentes. Quanto aos preços praticados, 39% consideram bom o custo/benefício do investimento, 21% consideram ótimo, 25% regular e 15% ruim. Importância SI PI 12% 15% Percepção MI 34% Ruim 13% Regular 23% Ótimo 20% Bom 44% IM 39% Gráfico 11 – Prazo e forma de pagamento Fonte: Dados primários (2007) O gráfico 11 apresenta a importância dos prazos de pagamento praticados pela empresa para os entrevistados, onde 39% consideram o prazo de pagamento importante, 34% muito importante, 15% pouco importante e 12% sem importância. Em relação à percepção, verifica-se através do resultado da pesquisa de campo, que 44% consideram bom e 20% consideram ótimo o prazo e as condições de pagamento em dez vezes sem juros no cartão ou 47 cheque, 23% consideram regular e 13% ruim, informando que necessitam de um prazo maior, se possível em até 24 vezes, mas essa condição é impossibilitada, pois só pode ser realizada através de financeiras e para isso seria necessário acrescentar juros, o que tornaria o produto mais caro e menos competitivo. A franquia também fica presa aos preços e condições estipuladas pela franqueadora, impossibilitando quaisquer ações de vendas que possam trabalhar com preço mais acessíveis aos consumidores. Recomenda-se à franqueadora o investimento em estratégias para divulgação de propaganda e promoções de preços em nível regional, pois segundo Levitt (1990), o preço tem sido fator determinante nas ações dos consumidores, por isso muitas empresas utilizam da promoção para o aumento de demanda ou simplesmente com o intuito de atrair novos clientes. 4.2.1.6 Dimensão: acesso e localização Esta dimensão tem como objetivo avaliar as condições de acesso à empresa pelos clientes para realização das suas compras e sua localização. Importância SI 16% Percepção Ruim 11% MI 28% Ótimo 25% Regular 28% PI 21% IM 35% Bom 36% Gráfico 12 – Acesso e localização Fonte: Dados primários (2007) O gráfico 12 demonstra a importância por parte dos entrevistados em relação à localização da empresa, onde 35% consideram importante apenas pelo fato de ser em um shopping center, 28% consideram muito importante, pois oferece segurança tanto para clientes como para veículos, 21% acreditam que seja pouco importante sua localização e 16% sem importância, considerando outros fatores como primordiais. Quanto à percepção, 36% consideram boa e 25% ótima a localização da loja, que é bem localizada e visível por todos que ali circulam e, além disso, facilita a aquisição de outros produtos e serviços oferecidos por outros estabelecimentos. Para 28% dos entrevistados que 48 responderam como regular e 11% como ruim, o fator principal de insatisfação foi referente á distância entre o shopping center e o centro da cidade. Outro gerador de insatisfação foi o preço cobrado pelo shopping center pelo estacionamento (R$ 3,00), considerado um valor alto para o padrão da cidade. Indica-se para a empresa verificar a possibilidade de viabilizar o estacionamento gratuito e informar seus consumidores quanto às condições para que o mesmo seja fornecido gratuitamente pelo shopping center quando efetuada a compra. Levitt (1990), indica que o principal objetivo da concorrência é criar a diferenciação, proporcionando algo diferente e fazendo melhor. 4.2.1.7 Dimensão: entrega Nesta dimensão será avaliada a cordialidade do entregador, limpeza do produto e sua montagem. Importância PI SI 6% 1% Percepção MI 38% IM 55% Ruim 11% Regular 29% Ótimo 21% Bom 39% Gráfico 13 – Entrega Fonte: Dados primários (2007) O gráfico 13 apresenta a importância que os entrevistados dão ao sistema de entrega da empresa, onde 55% consideram importante e 38% muito importante, esses índices são reforçados também pelo prazo de entrega que tem que ser reforçado entre empresa e cliente no momento da compra. Houve os que não se importaram muito com essa dimensão, 06% que consideram pouco importante e o 01% sem importância, pelo fato de retirarem os produtos na própria loja ou então agendarem a entrega para uma ocasião especial, como presente, casamento, reforma da casa, etc. Quanto à percepção, observa-se que a empresa necessita focar esforços no sentido de reverter esses dados, onde 29% consideram regular e 11% ruim. Segundo Levitt (1990), a entrega será tão importante quanto o produto e a tecnologia empregada em sua fabricação. Os entrevistados que ficaram satisfeitos com 39% deles considerando bom e 21% ótimo, 49 explicaram que estavam satisfeitos com essa dimensão e que aprovam o método de trabalho do nosso entregador devido à sua simpatia, educação e eficiência na montagem dos produtos. 4.2.1.8 Dimensão: pós-venda Nesta dimensão, será avaliado nosso sistema de pós-venda que ainda está em fase de implantação e treinamento do pessoal do telemarketing. Importância PI SI 0% IM 57% Percepção MI 43% Ruim 23% Ótimo 14% Bom 22% Regular 41% Gráfico 14 – Telemarketing Fonte: Dados primários (2007) O gráfico 14 aponta como importante, com 57% de respostas afirmativas e 43% como muito importante o sistema de pós-venda em uma empresa. Por esse canal, pode-se avaliar a real satisfação do cliente, desde a sua entrada na loja até a entrega e montagem do produto. Como 57% dos pesquisados consideram este item importante, a empresa necessita investir urgentemente em treinamento e qualificar melhor seu pessoal envolvido no pósvenda. Quando esse sistema estiver estruturado, uma nova pesquisa de campo deverá ser realizada, para que a empresa tenha subsídios para melhorar o índice de satisfação de seus clientes. Para isso o cadastro de clientes deverá ser atualizado para auxiliar no serviço do pósvenda buscando a fidelização, pois segundo Kotler (2000), esse serviço quando bem planejado, consegue aumentar a lealdade dos clientes e sua retenção de longo prazo – é um benefício significativo, já que o custo de conquistar um novo cliente é estimado em cinco vezes o custo de manter o cliente, conseguindo fazer com que o cliente volte ou procure a sua empresa de novo. Percebeu-se que os clientes consideram muito importante o contato pós-venda e que a empresa se faz presente na questão de acompanhamento da montagem e utilização do produto adquirido. 50 Análise dos pontos fortes e fracos da organização Após realizar a análise dos resultados obtidos na pesquisa de campo efetuada com os clientes entrevistados da empresa Ortobom Farol Shopping – Tubarão e a importância para os clientes de cada um deles, o acadêmico pôde apontar alguns pontos fortes e fracos da organização, para que com esses dados ela consiga melhorar seus pontos fracos e realizar a manutenção e melhoramento dos seus pontos fortes. Abaixo o desempenho geral da empresa quanto à percepção de seus produtos e serviços. Percepção geral da empresa Regular 22% Ruim 11% Ótimo 28% Bom 39% Gráfico 15 – Percepção geral Fonte: Dados primários (2007) O gráfico 15 aponta como ficou o desempenho geral da empresa, onde 39% consideram bom e 28% ótimo o desempenho da mesma, vale ressaltar que a marca Ortobom, as técnicas de vendas ministradas a seus vendedores – priorizando o atendimento ao cliente e o conhecimento dos produtos - e a qualidade dos produtos foram os grandes responsáveis por esses índices de satisfação. Apesar de todos os esforços, existem pontos de melhorias a serem trabalhados, como indica os resultados obtidos com 22% dos entrevistados considerando regular e os preocupantes 11% considerando o desempenho geral da empresa como ruim. Vale ressaltar que os itens responsáveis por essa insatisfação, foram preço do produto (onde a franquia não tem poder de alteração), serviço de entrega e pós-venda. Para atender o objetivo geral do trabalho foi realizada uma pesquisa para se avaliar a importância e a percepção dos clientes da empresa Colchões Ortobom Farol Shopping – Tubarão. Após a análise das questões, obteve-se informações necessárias a fim de cumprir os objetivos específicos definidos como causadores de satisfação e insatisfação dos clientes da empresa e propor soluções de melhoria. O quadro 01 a seguir demonstra de maneira resumida os itens causadores de satisfação plena e insatisfação demonstrada pelos clientes. 51 Pontos Fortes Atendimento com cordialidade e educação. Atendimento com competência e segurança. Negociação realizada em tempo satisfatório. Velocidade de espera. Atendimento telefônico. Características e variedade de produtos. Qualidade do produto. Nossos produtos versus do concorrente. Facilidade de acesso à loja e localização. Pontos Fracos Preço pago pelos produtos (relação custo x benefício). Prazos e forma de pagamentos. Cordialidade do entregador, limpeza do produto e montagem. Telemarketing (comunicação com os clientes). Quadro 1 – Análise dos pontos fortes e fracos. Fonte: Resultado da coleta de dados. Nota-se no gráfico 15 que 67% dos entrevistados estão entre bom e ótimo, o que pode ser considerado satisfatório pelo pouco tempo de existência da empresa, mas demonstra que muitas melhorias ainda devem ser feitas, priorizando sempre aquelas com alto grau de importância. Como outros 33% dos pesquisados responderam estar entre regular e ruim, observa-se que existem muitos pontos de oportunidades a serem analisados e trabalhados com o decorrer do tempo e as dimensões com um índice baixo de satisfação e com alto grau de importância devem ser consideradas como prioritárias no início dessa busca constante da satisfação de clientes. Na seqüência, apresentam-se as sugestões de melhorias para os itens que ficaram abaixo do desempenho esperado e de manutenção para os itens considerados como satisfação dos entrevistados, priorizando o grau de importância dada pelos clientes a cada dimensão. Os dois primeiros pontos fracos identificados na pesquisa, conforme demonstra o quadro 01, preço pago pelos produtos e prazo de pagamento, a empresa pesquisada não pode estar oferecendo outras opções e melhores prazos. Isso ocorre porque a franqueadora é quem estipula esses valores e condições. Então, é preciso realizar pesquisa de preços em lojas concorrentes e repassar as informações à franqueadora, para que ela possa avaliar e enviar novas tabelas e outras condições de pagamento. Outra ação interessante seria repassar esse 52 trabalho para a fábrica, no intuito de estudarem formas de conceder mais descontos e novos prazos de pagamentos mais estendidos, para satisfazer as necessidades dos clientes. Quanto aos outros dois itens geradores de insatisfação do cliente, apontados no quadro 01, serviço de entrega e pós-venda, a empresa pesquisada tem total condição de reverter essa condição. Para isso, será necessário identificar quais as ações realizadas causaram tal insatisfação, depois investir em treinamento e capacitação dos funcionários envolvidos nesses serviços. Muitos pontos fortes foram identificados na empresa, alguns deles são referentes ao atendimento, onde todos os itens pesquisados foram respondidos como ponto forte. Isso se deve a política de treinamento adotada na empresa e subsidiada pela franqueadora, que nunca deixa de investir na capacitação e recapacitação de seus funcionários. Também pode ser mencionada como ponte forte a cordialidade dos vendedores, com alto grau de satisfação e importância, segundo os clientes. Uma atitude que contribui para esse ponto forte é nunca prometer algo que a empresa não pode cumprir e sempre deixar claro para os clientes os reais benefícios que os produtos da empresa oferecem aos seus clientes. Ações que aumenta em muito a credibilidade dos clientes junto aos nossos serviços. Outra dimensão que apontou plena satisfação dos clientes foi em relação ao tempo que nossos clientes investem em suas compras, tendo uma duração de trinta a quarenta e cinco minutos para um produto que tem duração média de cinco anos. Para isso, o conhecimento do produto também é um ponto forte nos vendedores. Além de treinamentos que a franqueadora oferece, os vendedores são orientados a fazerem o estudo de manuais, catálogos, folhetos, vídeos e outros tipos de materiais que trazem informações dos produtos. Em relação aos produtos - que obteve um índice baixo, mas muito preocupante de insatisfação – e onde a franquia não tem muita participação, a franqueadora deverá investir mais em sua marca, a fim de garantir uma maior segurança dos seus clientes. Deverá estar constantemente desenvolvendo novos produtos e implementando novas funcionalidades aos mesmos. Há, também, pouca necessidade de troca de produtos, com certeza pela qualidade dos mesmos e eficaz atuação do sistema de assistência e garantia, conforme apontado pelos clientes. O atendimento telefônico também foi considerado como item causador de satisfação. Qualquer tipo de contato, reclamação, sugestão é imediatamente verificado e tenta-se 53 solucioná-lo no momento em que o cliente informa, deixando para depois somente algo que for difícil de se resolver no momento. Em relação à localização, o fato da loja estar localizada em um shopping center contribui muito para a satisfação dos consumidores, pois podem realizar outros tipos de compra em um mesmo local, evitando assim o desconforto da locomoção, calor, chuva, frio, etc. Foi sugerido pelos clientes que o estacionamento fosse gratuito para quem efetua compras ou que fosse estipulado um valor mínimo de compra para o não pagamento da cobrança. A empresa estuda uma forma de arcar com essa despesa para quem realiza compra acima de um valor mínimo. Enfim, verificou-se a importância de conhecer através dos gráficos, a percepção dos clientes em avaliar pontos fortes e fracos nos produtos e serviços da empresa, que até então, por ser nova, não havia a noção de que alguns clientes estavam insatisfeitos. Nota-se que existe uma grande força de vontade dos funcionários da empresa em manter os itens que apontam satisfação e melhorar os itens que apontam insatisfação. Os mesmos estão dispostos a receberem treinamento e a reverter tal situação. 54 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS Em um mercado altamente competitivo, são muitos os obstáculos que uma empresa necessita enfrentar para poder alcançar seus objetivos e superar as expectativas dos seus clientes. Desta forma, as empresas necessitam estabelecer diferenciais. É necessário estar atento ao mercado visualizando as ameaças e as oportunidades, identificando os desejos e as necessidades, pois seguindo Levitt (1990), o principal objetivo da concorrência é estabelecer metas e criar diferenciação, visando algo diferente e fazendo sempre melhor de que seus concorrentes, pois em um ambiente de grande competitividade vê-se a necessidade de manter o cliente satisfeito. É considerado estratégico realizar uma análise do mercado onde se esta inserido, como o cliente avalia a empresa e seus concorrentes. Este foi o objetivo deste estudo, conhecer melhor a visão, satisfação e opinião que os clientes têm da empresa, bem como a de seus concorrentes. E para que uma empresa possa corresponder a essa satisfação, deve administrar com eficiência seus recursos, direcionando-os em busca de seus objetivos de mercado. Mas deve também estar atenta a cada oportunidade que se apresente e a par das atuais e futuras necessidades dos consumidores. A preocupação com os clientes já fazia parte do centro de atenção da empresa, podendo ser verificada em várias etapas da pesquisa, que de uma maneira geral mostra que os clientes estão satisfeitos com os produtos e serviços oferecidos pela mesma. Fica, entretanto, a preocupação e o interesse da empresa em melhorar e agradar cada vez mais os clientes, pois muitos itens pesquisados ficaram abaixo da expectativa de satisfação, devendo, a empresa, corrigir pequenas falhas geradoras de insatisfação o quanto antes. Esse estudo mostrou que é muito difícil alcançar a perfeição, mas é sempre preciso estar atrás da mesma. Ouvir seus clientes, saber suas necessidades e seus objetivos seria a maneira mais correta de identificar problemas referentes aos produtos e serviços e uma maneira de se manter competitiva no mercado. Criar vínculos com os clientes seria outra forma de gerar satisfação e para que o objetivo seja alcançado, torna-se necessário uma pesquisa freqüente de satisfação de seus 55 clientes, bem como mostrar a eles, os resultados e as melhorias conseguidas, para que eles não se sintam usados para algo que não tem continuidade e credibilidade (feedback). Em um contexto geral, como pode-se observar logo abaixo a analise de cada dimensão, a pesquisa teve uma resposta positiva para a empresa, foi constatado que o objetivo geral desta pesquisa foi cumprido, assim como os objetivos específicos. Sendo este objetivo, além de avaliar a área de vendas quanto à qualidade no atendimento, serviços prestados, produtos, preços, prazos de entrega, comunicação e pós-venda da empresa, foi de conhecer pessoalmente alguns clientes e também o nível de satisfação dos mesmos, além de proporem melhorias para a continuação de seu desenvolvimento no mercado em que atua. As sugestões e comentários apreciados pelos clientes quando da pesquisa de campo passarão por filtros (analises a serem feitas pela gerência da empresa e seus colaboradores) e alguns deles deverão ser implantados a medida do possível, sempre em conformidade com as normas e regras ditadas pela franqueadora. O fato de a empresa pesquisada ser uma franquia da Colchões Ortobom, que obriga a mesma a manter padrões definidos, não impede que o acadêmico repasse esse trabalho à fábrica, no intuito de reverem alguns critérios, podendo fazer algumas sugestões para transformar os pontos fracos em fortes e conseguir assim, a tão almejada satisfação e fidelização de seus clientes. Tanto a franquia como a franqueadora não possuem um departamento de marketing específico e não aplicam nenhuma estratégia nessa área. O investimento em um plano de marketing iria possibilitar, tanto para a franquia quanto para a franqueadora, divulgar seus produtos e serviços, sua grande variedade de opções, sua qualidade no atendimento e nos produtos e a eficácia frente aos concorrentes. Sugere-se que, no âmbito da parceria entre a Univali e a Colchões Ortobom, que no futuro seja proporcionada uma nova oportunidade para a realização de um novo trabalho acadêmico sobre algum tema que venha a contribuir com o constante crescimento da nossa empresa. 56 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ABREU, F.S. QFD - Desdobramento da função qualidade - estruturando a função qualidade. Revista de Administração de Empresas, v.37, n.02, 1997, p.47-55. ALMEIDA, Sérgio. O melhor sobre clientes: 455 citações, textos e comentários. Salvador: Casa da Qualidade, 2005, 184 p. BARBETTA, Pedro Alberto. Estatística aplicada às ciências sociais. Florianópolis: UFSC, 1998. BOONE, Louis E.; KURTZ, David L. Marketing Contemporâneo. 8ª ed. Rio de Janeiro: LTC, 1998. BRETZKE, M. Marketing de relacionamento e competição em tempo real. São Paulo: Atlas, 2000. CHURCHILL Jr, Gilbert A.; PETER, J. Paul. Marketing, Criando valor para os clientes. 2ª ed. São Paulo: Saraiva, 2003. COBRA, Marcos. 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Nome do cliente: ______________________________________________________ Idade: ( ) até 20 anos ( ) entre 21 e 30anos ( ) entre 31 e 40 anos ( ) mais de 40 anos Sexo: ( ) Masculino ( ) Feminino Como conheceu a nossa loja: ( )-rádio ( )-jornal ( )-visita ao shopping ( )-panfleto ( )-indicação Com relação aos serviços prestados pela equipe da Colchões Ortobom Farol Shopping Tubarão, qual a importância e sua percepção quanto a: Classifique conforme parâmetros abaixo: MI IM PI SI Muito importante Importante Pouco importante Sem importância Importância para você Atendimento Negociação realizada em tempo satisfatório. IM PI Sua percepção da nossa loja SI Ótimo Bom Regular Ruim Atendimento com competência e segurança. Velocidade de espera. Atendimento telefônico. Preço pago pelos produtos (relação custo x benefício). Prazos e forma de pagamentos. Características e variedade de produtos. Qualidade do produto. Acesso Facilidade de acesso à loja e localização. Entrega Nossos produtos versus do concorrente. Cordialidade do entregador, limpeza do produto e montagem. Pós-venda Produto Preços Atendimento com cordialidade e educação. Flexibilidade MI Ótimo Bom Regular Ruim Telemarketing (clareza e objetividade na comunicação com os clientes). Sugestões e comentários: ........................................................................................................................... ....................................................................................................................................................................