Resumo Aula-tema 02: Teorias do Comércio Internacional Após a Revolução Industrial, com as diversas transformações tecnológicas ocasionadas por esse evento, o comércio no mundo tomou outra forma e outra dimensão, haja vista que a produção em larga escala precisava ser escoada para novos clientes do mundo todo. Porém, foi somente após a Segunda Guerra Mundial que a liberalização comercial tomou novos rumos, expandiu significativamente e transformou radicalmente o comércio internacional, pois os países destruídos por ela precisavam reconstruir suas economias por meio da comercialização de seus produtos no mundo todo. Esse fenômeno da internacionalização das economias foi chamado de globalização e promoveu a integração econômica, política e social a todos os envolvidos nesse processo. Ainda, conforme discutido em aula anterior, essa “aldeia global” trouxe consigo consequências tanto positivas como negativas para os países, devido à hiper-concorrência no cenário competitivo, que resultou em grandes instabilidades econômicas. Após estudarmos os aspectos significativos da globalização dos mercados, faz-se necessário entender como os países mantêm sua competitividade no cenário mundial e como podem diferenciar-se dos demais concorrentes internacionais através da teoria do comércio internacional. Segundo o autor do livro-texto para esta disciplina, a teoria do comércio internacional está baseada nos conceitos de custo de oportunidade e vantagem comparativa, e são esses dois termos que explicam o fator competitividade no ambiente global. Sendo assim, é preciso que os países explorem suas vantagens comparativas e saibam quais são os custos de oportunidade que deverão sacrificar para “driblar” a hiper-concorrência. Quanto ao custo de oportunidade, podemos defini-lo como o sacrifício (ou custo) que se tem ao renunciar uma oportunidade. Por exemplo, quando optamos © DIREITOS RESERVADOS Proibida a reprodução total ou parcial desta publicação sem o prévio consentimento, por escrito, da Anhanguera Educacional. por estudar a trabalhar, estamos renunciando várias oportunidades que um emprego poderá proporcionar, como ter dinheiro para sair com amigos, comprar um carro, entre outras; porém, o custo dessa opção nos permitirá uma profissionalização que, consequentemente, propiciar-nos-á um emprego muito melhor no futuro. O mesmo acontece com os países: o custo da oportunidade da produção de um bem será comprometido se esse país decidir produzir uma unidade a mais de outro bem, e essa decisão só será viável se o país renunciar aos bens nos quais ele não é especialista. Essa especialização chama-se vantagem comparativa. Essa teoria, criada por David Ricardo no século XIX, pressupõe que só há comercialização internacional entre os países quando um deles possui vantagem comparativa em relação ao outro. “Um país tem vantagens comparativas na produção de um bem se o seu custo de oportunidade em produzir tal bem (em relação a outro bem) é menor nesse país que no resto do mundo. O princípio das vantagens comparativas prevê que uma nação exportará os produtos com custos de oportunidade relativamente menores e importará os produtos nos quais tenha custos de oportunidade relativamente maiores." (LANZANA [et al], 2010, pág. 5) O Brasil, devido a vários fatores como extensão geográfica, solo, clima, entre outros, possui vantagem comparativa em relação aos demais países do mundo nos produtos agrícolas e semimanufaturados. Por exemplo, o custo de oportunidade do Brasil para se produzir bens e serviços de alta tecnologia ocasiona o sacrifício da área agrícola, na qual somos especialistas, para produzir produtos que ainda não temos tanto conhecimento como têm o Japão ou os EUA. E, quanto mais conhecimento (tecnologia) se tem, mais barato o produto se torna. Nesse caso, não seria melhor vender arroz para o Japão (exportação) e comprar carros dele (importação)? Além disso, existem outros fatores de produção, como capital e mão de obra, que diferenciam as indústrias entre os países. Por exemplo, a China possui uma mão de obra muito barata em relação aos demais países do mundo, o que a faz ter vantagens comparativas na produção de diversos produtos. © DIREITOS RESERVADOS Proibida a reprodução total ou parcial desta publicação sem o prévio consentimento, por escrito, da Anhanguera Educacional. Nesse sentido, para que os países tenham competitividade e consigam concorrer em um ambiente de globalização de mercados e de hiper-concorrência, cuja instabilidade predomina em função da rapidez com que as mudanças acontecem, é fundamental que conheçam suas vantagens comparativas e invistam em tecnologias que possam desenvolvê-las ainda mais. Ainda, é necessário que estas nações analisem os custos de oportunidade envolvidos ao direcionar sua economia para a conquista de novos mercados. Conceitos Fundamentais Exportação – Ato de enviar produtos e/ou serviços para fora das fronteiras de um país. Está diretamente relacionada ao ato da venda. Fatores de produção – Em Economia, fatores de produção são os elementos básicos utilizados na produção de bens e serviços. Hiperconcorrência – Realidade do cenário competitivo do séc. XXI, cuja instabilidade econômica predomina em virtude da rapidez com que as mudanças acontecem. Importação – É a entrada de produtos e/ou serviços em um país trazidos do exterior. Está diretamente relacionada ao ato da compra. Revolução Industrial – Período no qual o mundo sofreu diversas transformações tecnológicas que provocaram grandes impactos nos processos produtivos. Teve início na Inglaterra, no século XVIII, e expandiu-se pelo mundo a partir do século XIX. © DIREITOS RESERVADOS Proibida a reprodução total ou parcial desta publicação sem o prévio consentimento, por escrito, da Anhanguera Educacional. Referências CARVALHO, M. A. SILVA, C. R. L. Economia internacional. 4ª ed. São Paulo: Saraiva, 2007. CAVES, R. E. FRANKEL, J. A. JONES, R. W. Economia internacional. São Paulo: Saraiva, 2001. FERREIRA, A.B.H. Minidicionário da língua portuguesa. 3ª ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1993. LANZANA, Antonio E.T. [et al]; organizadores VASCONCELLOS, Marco A. S., LIMA, Miguel, SILBER, Simão. Gestão de negócios internacionais. 2ª ed. São Paulo: Saraiva, 2010. SARFATI, G. Teoria das relações internacionais. São Paulo: Saraiva, 2005. Dicionário Priberam da Língua Portuguesa. Disponível http://www.priberam.pt/dlpo/. Acesso em: 12 jul. 2011. © DIREITOS RESERVADOS Proibida a reprodução total ou parcial desta publicação sem o prévio consentimento, por escrito, da Anhanguera Educacional. em: