Resumo Aula-tema 07: Marketing Internacional Com a globalização dos mercados e a alta concorrência, as empresas deixam de competir apenas com os produtos do mercado nacional e passam a concorrer com produtos de todas as partes do mundo. Através de incentivos e políticas governamentais que favorecem a importação (como estratégia para modernizar a indústria nacional ou diminuir a inflação), as empresas necessitam cada vez mais buscar o mercado internacional para oferecer seus produtos através da exportação, uma vez que o mercado nacional ficou pequeno demais para a grande variedade existente. Contudo, para que a estratégia de internacionalização de uma empresa tenha sucesso, é preciso saber “para quem” e “para onde” exportar, evitando cometer erros que tragam prejuízos à empresa, denegrindo sua imagem no exterior. É aí que entra o marketing internacional, como uma ferramenta estratégica às empresas para que estas consigam compreender quais são as necessidades, os desejos e a demanda pelo seu produto no mercado internacional, considerando a aceitação do produto no mercado externo e as diferentes culturas existentes. Para os empresários que desejam abrir novos mercados, é necessário, antes de iniciar o processo de exportação, definir estratégias de marketing, considerando a compreensão do mercado nacional e do mercado do país de exportação, através da análise de variáveis que influenciarão a aceitação do seu produto no mercado internacional. A análise desses mercados se dá através do estudo de variáveis econômicas, demográficas, tecnológicas, geográficas, socioculturais e político-legais. É preciso um estudo aprofundado dessas variáveis, tanto no país de origem da empresa como no país-alvo, para identificar as oportunidades e ameaças, bem como os pontos fortes e fracos da empresa, e assim definir as estratégias que serão adotadas a fim de obter sucesso na internacionalização (LIMA, 2010). Conforme já visto em aulas anteriores, variáveis econômicas como taxas de câmbio, taxas de juros, inflação, barreiras tarifárias e não-tarifárias, entre outras, interferem diretamente na competitividade das empresas. Por isso, é fundamental © DIREITOS RESERVADOS Proibida a reprodução total ou parcial desta publicação sem o prévio consentimento, por escrito, da Anhanguera Educacional. 1 uma análise dessas variáveis para garantir a seleção dos melhores mercados potenciais. Segundo Lima (2010), não só as variáveis econômicas são fundamentais na seleção de mercados potenciais: é preciso também realizar pesquisas de microambiente de marketing, que se referem à adoção de estratégias para: segmentação de mercado: dividir o mercado-alvo em pequenos grupos de consumidores potenciais; orientação de marketing: definir qual público a empresa deseja atingir, como por exemplo produto de massa ou padronizado, que visa atender a um grande público, ou produto personalizado, visando atender a consumidores mais específicos; envolvimento comercial no mercado-alvo: formas de ingresso no país de exportação; estratégias de posicionamento competitivo (diferenciação do produto com relação à concorrência, como liderança em qualidade superior ou em preços e custos mais baixos). Além dessas análises como estratégia de internacionalização das empresas, o composto de marketing (ou o marketing mix) são grandes fontes de informações para a busca de novos mercados potenciais. Esse composto se baseia nos estudos dos 4 P’s de marketing, realizados pelo norte-americano E. J. McCarthy, que são: produto, preço, promoção e praça. Segundo Barbosa (2011), “para satisfazer as necessidades e desejos dos clientes, uma empresa precisa oferecer um produto de qualidade, propondo em conjunto uma política de descontos atraente, combinados com vasta opção de canais para levar o produto ao público consumidor, tudo isso comunicado sob uma campanha publicitária eficaz”. Em uma internacionalização, o P de Produto deverá abranger estudos sobre as modificações necessárias para sua aceitação no mercado internacional, com base nos desejos e necessidades do consumidor. Assim, estratégias como padronização ou personalização deverão ser consideradas, além das formas de © DIREITOS RESERVADOS Proibida a reprodução total ou parcial desta publicação sem o prévio consentimento, por escrito, da Anhanguera Educacional. 2 apresentação desse produto, como a embalagem. Além disso, a estratégia de segmentação e posicionamento competitivo adotada anteriormente influenciará o produto que será oferecido a esse mercado. O P de Preço deve estar integrado a todas as outras estratégias adotadas pela empresa e também aos outros P’s do marketing mix. Assim, de acordo com: (1) o grupo de consumidores potenciais segmentados, (2) com o posicionamento competitivo adotado e (3) com sua orientação de marketing, a empresa definirá a melhor estratégia de preços que deverá ser adotada, considerando a imagem que ela deseja transmitir ao mercado internacional e o público-alvo que deseja conquistar. O P de Promoção está relacionado com a divulgação do produto e com a comunicação da empresa no mercado internacional. Segundo Barbosa (2011), a promoção ou comunicação se divide em: propaganda, promoção de vendas, relações públicas, venda pessoal, marketing direto e eventos. O P de Praça, relacionado à logística e distribuição do produto no mercado internacional, define como a empresa irá ingressar nesse mercado e como irá operar dentro dele. A definição de uma boa estratégia de operacionalização internacional pode ser fator decisivo do sucesso da empresa nesse mercado. Para isso, existem formas diretas, indiretas e mistas de operacionalizar uma exportação. As formas diretas, ainda segundo Lima (2010), são aquelas em que o exportador entra em contato diretamente com o importador, propiciando maior controle e conhecimento da operação. As formas diretas podem ser através de um vendedor direto, filial de vendas no país-alvo, vendas pelo correio, vendas pela Internet, consórcio de exportação, agente no exterior, consultores de exportação. Nas formas indiretas, ainda segundo Lima, existe um menor controle por parte do exportador. São elas: Buyer agent: pessoa que realiza compras em nome de grandes redes de varejo. Broker: intermediário que atua em setores especializados. Piggy back: produtor que já possui uma rede de distribuição conceituada no mercado. Muito utilizada nos Estados Unidos. Distribuidor: pessoa jurídica que compra o produto em seu nome e o revende no mercado em que atua. © DIREITOS RESERVADOS Proibida a reprodução total ou parcial desta publicação sem o prévio consentimento, por escrito, da Anhanguera Educacional. 3 Trading companies: grandes empresas especializadas em operar no mercado internacional. Empresas comerciais: são tradings de menores dimensões e mais específicas. Nas formas mistas, ações mais complexas são adotadas pelas empresas em virtude da busca por locais mais eficientes de produção (Lima, 2010). Essas ações podem ser: Transferência de tecnologia: acordo entre empresas de países diferentes, em que uma possui know how sobre o produto e a outra possui know how sobre o mercado. Assembly: quando somente a montagem do produto é feita no país exportador. Contrato de manufatura: acordo realizado com empresas no exterior para a fabricação do produto sob determinadas condições. Joint-ventures: associação entre duas empresas com o objetivo de concretização de um negócio. Franchising: franquias. Filial de produção: considerado o último estágio de internacionalização por requerer altos investimentos. Uma filial de produção é quando a empresa instala suas operações fabris no mercado externo. É notável que uma boa estratégia de marketing é fundamental para que uma empresa obtenha eficácia em seus processos de operacionalização no exterior. Para isso, um estudo detalhado sobre o composto de marketing aumentará sua competitividade internacional e suas chances de sucesso no país de exportação. Conceitos Fundamentais Consórcio de exportação – quando várias empresas, geralmente pequenas e médias, se unem a fim de firmar um consórcio para ingressarem no mercado internacional. © DIREITOS RESERVADOS Proibida a reprodução total ou parcial desta publicação sem o prévio consentimento, por escrito, da Anhanguera Educacional. 4 Consultores de exportação – empresas terceirizadas contratadas para avaliar a capacidade exportadora de uma empresa, identificando oportunidades no mercado internacional para seus produtos. 5 Referências BARBOSA, C. A. N. Leitura Fundamental: Marketing Mix: Administrando os 4Ps. Departamento de Extensão e Pós-Graduação. Valinhos, SP: Anhanguera Educacional, 2011. Disponível em: <https://docs.google.com/a/aesapar.com/leaf?id=0Bw8CCvz2usXjNTBhMTcwZmUtY WYyNy00OTVkLWFkYjQtNjM3NjBiMjdjMTQz&hl=pt_BR>. Acesso em: 02 nov. 2011. BARBOSA, C. A. N. Leitura Fundamental: Fundamentos do Marketing. Departamento de Extensão e Pós-Graduação. Valinhos, SP: Anhanguera Educacional, 2011. Disponível em: <https://docs.google.com/a/aesapar.com/leaf?id=0Bw8CCvz2usXjNDRkMTk1YzYtM GVkYy00ODEzLWJjY2EtNTNiZDAzNWIwODky&hl=pt_BR>. Acesso em: 02 nov. 2011. KOTLER, P.; ARMSTRONG, G. Princípios de marekting. 9. ed. São Paulo: Prentice Hall, 2003. MACCARTHY, E. J.; BROGOWICZ, A. A. Marketing. Rio De Janeiro: Campus, 1982. VASCONCELLOS, Marco A. S., LIMA, Miguel, SILBER, Simão. Gestão de negócios internacionais. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2010. © DIREITOS RESERVADOS Proibida a reprodução total ou parcial desta publicação sem o prévio consentimento, por escrito, da Anhanguera Educacional.