Estruturas de financiamentos internacionais mais eficientes

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Estruturas de financiamentos internacionais mais eficientes
Mario T. Liao, tesoureiro da Gol Linhas Aéreas.
Novembro de 2016
O tema relacionado à captação de financiamentos externos foi abordado na 10ª conferência anual sobre
Gerenciamento Internacional de Tesouraria, Caixa e Riscos para Empresas no Brasil pelo Em sua palestra
“Encontre as estruturas de financiamentos internacionais mais eficientes”, o executivo compartilhou a experiência
da companhia aérea na captação de financiamentos externos e com as operações de financiamento externo via
agências de fomento, as chamadas ECA’S. “Mesmo em períodos de crise as ECA’S sempre sustentaram esse
financiamento externo e sempre foram uma fonte importante para as companhias aéreas”, enfatiza Mário.
Segundo Mário, é necessário tomar alguns cuidados antes de partir para as operações de financiamento de
ativos. “É importante avaliar, sempre antes de acessar qualquer tipo de operação, que existem volumes
específicos e necessários para vocês acessar esses instrumentos”. Mário conta que a primeira modalidade de
financiamento, por exemplo, é pouco utilizada no Brasil, pois não é possível levantar uma operação com o volume
mínimo de US$ 300 milhões. “Existem grandes opções de captação, mas são restritas por causa do volume”,
explica Liao.
O tesoureiro conta que é importante que a empresa que vai fazer o financiamento externo tenha uma política
muito definida de estrutura de capital. Antes de buscar o financiamento externo, é importante saber o que a
empresa deseja gerar naquele ano, seja de recursos ou não.
Além disso, Mário T. Liao enfatiza que a agência de fomento não deixa de ser um banco, logo sempre é preciso
ter uma garantia para oferecer, “Como é um relacionamento de longo prazo, o importante nessa relação é o
próprio valor investimento estar bem claro”, explica.
Segundo o tesoureiro da Gol, as ECA’S são agencias governamentais que proporcionam a geração de empregos
no país de atuação, a promoção do desenvolvimento na base manufatureira na indústria daquele país. “A missão
delas é preencher uma lacuna e facilitar os importadores a terem acesso às matérias primas produzidas naqueles
países por meio de financiamento externo”, afirma Liao e de acordo com o ele, na maioria das vezes essa
agencias trabalham com bancos.
Para quem deseja fazer um financiamento via ECA’S, no entanto, é importante cumprir alguns requisitos básicos
de rentabilidade e ter, no mínimo, um histórico de três anos de demonstrações financeiras com saldo positivo.
Mário T. Liao deixa algumas recomendações para quem deseja optar por esse tipo de operação. “A ECA é um
casamento de longo prazo, pois mesmo passando por momentos de crise a ECA nos deu sustentação. É
importante que ao acessar o processo de compra, o próprio fornecedor ofereça um alternativa de já atrelar ao
ECA”. Para quem vai fazer o investimento via mercado de capitais, o especialista explica que é uma oportunidade
de ter diferenciação na base de investidores. “Observe os custos envolvidos e encontre um banco comercial que
saiba operar com ECA’S”, finaliza Mário.
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