Aula Introdutoria

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9/9/2008
CONSIDERAÇÕES GERAIS
Concentração plasmática
Princípios de Farmacologia:
Farmacocinética
Farmacodinâmica
Toxicidade
Faixa terapêutica
Concentrações sub-terapêuticas
Tempo
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS
• Via retal
•Via oral (p
(p..o.)
- Não sofre efeito de primeira passagem
- Intestino delgado principal local de absorção
- Absorção irregular e incompleta
- Bases ou ácidos fortes mal absorvidos pela via oral (ionizados)
- Efeito de primeira passagem (1ª biotransformação hepática)
- Irritação da mucosa retal
• Via intravenosa (i
(i..v.)
- Ruminantes compartimento diluidor retêção medicamentos básicos
- Obtenção rápida dos efeitos
- Carnívoros e onívoros rápido esvaziamento gástrico
- Administração de grandes volumes
- Substâncias irritantes, devidamente diluídas
- Embolias, infecções, substâncias oleosas ou insolúveis
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VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS
OUTRAS VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS
• Via intramuscular (i
(i..m.)
• Via intradérmica
- Volumes moderados
- Veículos aquosos, oleosos, suspensões e preparações de depósito
• Via intraperitoneal
- Absorção relativamente rápida
• Via intracardíaca
- Dor, lesões musculares
• Via intratecal
• Via epidural
•Via subcutânea (s.
(s.c.)
• Via intraintra-articular
- Medicamentos para serem absorvidos lenta e continuamente
• Via tópica
- Absorção por difusão
• Via inalatória
- Pode produzir sensibilizações, dor e necrose
FARMACOCINÉTICA
Intravenosa
- Farmacocinética: estuda o movimento dos fármacos no interior do organismo
Subcutânea - oral
- Necessidade de atravessar barreiras celulares efeito farmacológico
Concentração plasmática
Intramuscular
ABSORÇÃO
- Propriedades físico-químicas das moléculas e das membranas celulares
- pH do meio
- pK do medicamento
MEMBRANAS CELULARES
- Dupla camada de lipídeos anfipáticos (parte hidrofílica e outra hidrofóbica)
Tempo
- Impermeável à maioria das moléculas polares e aos íons
- Permeável às moléculas não-polares
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Considerações sobre a farmacocinética
PROCESSOS PASSIVOS
- Poros (filtração) ou dissolvendo-se (difusão simples)
- Baixo peso molecular
- Coeficiente de partição óleo-água
INFLUÊNCIA DO pH NA POLARIDADE DOS MEDICAMENTOS
TRANSPORTE MEDIADO POR CARREADOR
- Difusão facilitada medicamento move-se a favor do gradiente de
concentração, sem gasto de energia. e.g. glicose (saturável).
- Transporte ativo movido contra o gradiente de concentração, com gasto
de energia (específico/ocorre inibição).
- Constante de dissociação e pH do meio
- Proporção entre a forma ionizada e não ionizada
- Influência do pKa
PINOCITOSE (líquidos) – FAGOCITOSE (sólidos)
Considerações sobre a farmacocinética
TIPOS DE BARREIRAS TECIDUAIS CORPORAIS
• Mucosa gastrintestinal
• Barreiras epiteliais de pele, córnea e bexiga
• Barreiras capilares
- Barreira hematoencefálica
- Barreira hemotesticular
• Barreira placentária
Ocorre a passagem de medicamentos de baixo peso molecular e
lipossolúveis, por simples difusão e podem também fazer uso de
difusão facilitada, transporte ativo ou pinocitose.
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Considerações sobre a farmacocinética
Considerações sobre a farmacocinética
DISTRIBUIÇÃO DE MEDICAMENTOS
BIODISPONIBILIDADE DE MEDICAMENTOS
• Forma livre, ligado às proteínas plasmáticas ou sequestrado
- Quantidade de medicamento inalterado que atinge a circulação
geral e o local de ação
• Somente a fração livre é distribuída aos tecidos
• A distribuição depende do grau de vascularização do tecido
Ligação de medicamentos a proteínas plasmáticas
- Relaciona a quantidade absorvida de um medicamento, a
velocidade de absorção, a permanência nos líquidos do organismo
e sua correlação com as respostas farmacológicas
• Atentar para hipoproteinemias
• Administração de agentes com alta taxa de ligação plasmática
• Medicamentos ácidos albumina
• Medicamentos básicos beta globulina e glicoproteínas ácidas
Considerações sobre a farmacocinética
Considerações sobre a farmacocinética
BIOTRANSFORMAÇÃO DE MEDICAMENTOS
• Transformação química de substâncias, medicamentos ou agentes tóxicos,
dentro do organismo vivo, visando favorecer sua eliminação
Acúmulo e estoque nos diversos compartimentos orgânicos
• Anestésicos voláteis alta solubilidade acúmulo nos tecidos gordurosos
• Formação de metabólitos mais polares e menos lipossolúveis
DUAS ETAPAS DE BIOTRANSFORMAÇÃO
Meia-- vida
Meia
REAÇÃO DE FASE I
• Tempo necessário para que a concentração sangüínea de determinado
• Conversão em metabólito mais polar oxidação, redução ou hidrólise
medicamento, se reduza à metade
• Sistema microssomal hepático (REL) hidroxilação via citocromo P450 +
NADPH + NADH e oxigênio molecular
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Considerações sobre a farmacocinética
Considerações sobre a farmacocinética
BIOTRANSFORMAÇÃO DE MEDICAMENTOS
EXCREÇÃO DE MEDICAMENTOS
• Após biotransformação ou na forma inalterada
REAÇÃO DE FASE II
• Rins medicamentos hidrossolúveis, bile e pulmões
• Pequenas quantidade saliva ou suor
• Sintética ou de conjugação acoplamento a substrato endógeno, como
ácido glicurônico, radicais sulfatos ou aminoácidos (hidrossolubilização)
• Ácido uridino-difosfoglicurônco (UDPGA) + bases, ácidos fracos, fenois ou
álcoois formação de glicuronídeos
EXCREÇÃO RENAL
• Principal processo de eliminação de medicamentos polares ou pouco
solúveis em pH fisiológico
• Glutationa proteção hepática produto ácidos mercaptúricos
• Medicamentos com característica de ácidos orgânicos fracos com pK
aproximadamente de 3,0 e.g. salicilatos, quando em pH ácido reabsorvidos na porção distal do nefron.
Suínos deficientes na conjugação com sulfato
• Portanto intoxicações ácidas: alcalinizar o pH da urina
nas básicas: deve-se acidificá-la
Felinos deficientes na conjugação com ácido glicurônico
Caninos deficientes na conjugação com acetato
Considerações sobre a farmacocinética
Considerações sobre a farmacocinética
EXCREÇÃO RENAL
• Carnívoros como cães e gatos pH urinário ácido
• Herbívoros pH urinário básico
EXCREÇÃO PELO LEITE
• pH do leite (6,4-6,8) levemente inferior ao do sangue (7,4) facilita a
EXCREÇÃO BILIAR
excreção de medicamentos de caráter básico pelo leite
• Medicamentos com alto peso molecular, isto é, acima de 300 Dáltons
• Glândula mamária epitélio lipídico. [ ] plasmática ⇔ leite
• Substâncias orgânicas polares não absorvidas pelo intestino (cátions e
ânions orgânicos)
• Cães e ratos boa
• gato e ovino moderada
• cobaias, coelhos e primatas ruim
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Considerações sobre a farmacodinâmica
FARMACODINÂMICA
Receptores final séc. XIX Langley (secreção salivar) e Ehrlich
(antiparasitários)
- Mecanismos de ação do medicamento
- Entendimento dos efeitos farmacológicos e adversos
ALVO PARA AÇÃO DOS MEDICAMENTOS
Macromoléculas protéicas Enzimas, moléculas transportadoras, canais
MECANISMOS DE AÇÃO
iônicos, receptores de neurotransmissores
ESPECÍFICOS
INESPECÍFICOS
e ácidos nucléicos
LIGAÇÃO DOS MEDICAMENTOS
- Iônicas polares, ponte de hidrogênio, hidrofóbicas, van der Waals e
Alterações nas propriedades
físico--químicas
físico
Estrutura química
covalentes (organofosforados)
ENZIMAS (COX)
Desinfetantes
Opióides
MOLÉCULAS TRANSPORTADORAS (neurotransmissores)
Considerações sobre a farmacodinâmica
RECEPTORES CELULARES
Receptores ligados à proteina G
-proteína G mensageiros entre os receptores e as enzimas responsáveis
pela mudança no interior da célula
Gs estimulante
Go relacionada com canais iônicos
Gi inibidora
Gq ativadora da fosfolipase C
adenilato ciclase /3’, 5’5’- monofosfato de adenosina cíclico (AMPc)
fosfolipase C / fosfato de inositol
Regulação dos canais iônicos
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Considerações sobre a farmacodinâmica
Considerações sobre a farmacodinâmica
RELAÇÃO DOSE
DOSE--RESPOSTA
EFEITOS ANORMAIS AOS MEDICAMENTOS
• medicamento ⇔ efeito biológico
• curva dose-resposta
- HIPER
HIPER--REATIVO respostas a doses baixas
• ⇑ resposta farmacológica ⇑ nº receptores ocupados efeito máximo
- HIPORREATIVO respostas a doses altas
- TOLERÂNCIA ↓ resposta farmacológica (dias ou semanas)
POTÊNCIA
• quando a dose necessária para desencadear um determinado efeito
- TAQUIFILAXIA hiporreatividade no decorrer de minutos
• Sofre influência da farmacocinética e dinâmica
- IDIOSSINCRASIA aparecimento de efeito não esperado
• Não é de fundamental importância na escolha do agente
- HIPERSENSIBILIDADE reações alérgicas, com liberação de histamina
• Maior potência clinicamente superior = FALSO
Considerações sobre a farmacodinâmica
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
Considerações sobre a farmacodinâmica
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
SINERGISMO
ADIÇÃO
A + B = AB
ANTAGONISMO
POTENCIAÇÃO
A+B= C
FARMACOLÓGICO
COMPETITIVO
REVERSÍVEL OU
IRREVERSÍVEL
FARMACOLÓGICO
NÃO COMPETITIVO
BLOQUEIA A
CADEIA DE EVENTOS
FISIOLÓGICO OU
FUNCIONAL
NORADRENALINA
E HISTAMINA
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