Anestésicos Locais Agentes que bloqueiam reversivelmente a geração e a condução de impulsos nervosos através da fibra nervosa. São utilizados para abolir a sensação de dor em regiões restritas do corpo Korolkovas, et. al. 1976. Fonte: http://www.juliocarlospereira.com.br/julio/anestesia.jpg Histórico 1860 1860 – Cocaína: 1º anestésico local: extraído das folhas da Erythroxylon coca por Nieman, na Alemanha; 1868 1868 – Moreno y Maiz: uso potencial da cocaína como anestésico local; 1884 1884 – Koller: anestesia tópica do olho; 1890 1890 – Ritsert: síntese da benzocaína; 1905 1905 – Einhorn e Braun: sintetizaram a procaína; 1943 1943 – Löfgren: sintetizou a lidocaína. Carvalho JAC, et. al. Classificação Química ANESTÉSICOS LOCAIS ÉSTERES AMIDAS Carvalho JAC, et. al. Classificação Química Anestésicos Locais derivados de Ésteres: Ésteres do Ác. Benzóico: Cocaína Ésteres do Ác. P-aminobenzóico: Procaína Goodman, et. al. 2005. Classificação Química Anestésicos Locais derivados de Amidas: Lidocaína Bupivacaína Goodman, et. al. 2005. Propriedades FísicoFísicoQuímicas Farmacocinética:Absorção Farmacocinética: Absorção Local de Administração: Anestesia Infiltrativa Farmacocinética:Absorção Farmacocinética: Absorção Local de Administração: Anestesia por Bloqueio Nervoso Farmacocinética:Absorção Farmacocinética: Absorção Local de Administração: Anestesia Peridural Farmacocinética:Absorção Farmacocinética: Absorção Inviável por via oral; Propagação por difusão; Meia vida plasmática varia de acordo com a estrutura química; A concentração é fator determinante; Associação e depósito em camada lipídica. Farmacocinética Farmacocinética:Distribuição Farmacocinética: Distribuição Quanto maior a perfusão sanguínea, maior a distribuição; Proteínas Plasmáticas: Albumina, alfa-globulina e gamaglobulinas; Administração com vasoconstrictores aumentam a distribuição e potência. Fonte: www.hepcentro.com.br/images/albumina.gif Farmacocinética:Distribuição Farmacocinética: Distribuição Farmacocinética:Metabolismo Farmacocinética: Metabolismo Amidas Metabolismo Hepático- enzimas microssomais: - Conversão da base em ácido aminocarboxílico; - Hidroxilação e N- desalquilação do ácido aminocarboxílico. Farmacocinética:Metabolismo Farmacocinética: Metabolismo Ésteres: -Hidrólise pela colinesterase e pseudocolinesterase(principalmente no plasma); -Produtos Metabólicos: Ácido paraaminobenzóico(PABA); responsável por reações alérgicas. Farmacocinética:Excreção Farmacocinética: Excreção Eliminação - Renal, droga in natura a aproximadamente 5%; - Metabólitos inativos X ativos; - Alguns casos ocorre excreção pulmonar, biliar e em fezes. Características Clínicas POTÊNCIA <-> LIPOSSOLUBILIDADE Quanto lipossolubilidade; potência Quanto potencia; toxicidade. DURAÇÃO <-> LIGAÇÃO PROTEICA Quanto ligação protéica; T. de ação. LATÊNCIA <-> IONIZAÇÃO Mecanismo de Ação Bloqueiam a geração e a condução do impulso nervoso nos axônios, através da diminuição ou impedimento transitório nas membranas excitáveis ao Na+, que é normalmente é provocado por uma leve despolarização na membrana. Goodman, et. al. 2005. Receptor do Canal de Na+ Composição: 4 domínios homólogos; 6 segmentos helicoidais de cada domínio que atravessa a membrana. Mecanismo de Ação Fonte: bp2.blogger.com/.../HUaqlou79iw/s400/celula.jpg Pontos de Interação 1 2 + TC 4 3 - + Procaína Korolkovas, et. al. 1976. 5 VDW 6 - 7 VDW Receptor 1-Ligação Eletrostáticas 2-Transferência de Cargas 3-Ligação Eletrostática 4-Ligação de Hidrogênio 5-Van Der Walls 6-Ligação Eletrostáticas 7-Van Der Walls Relação Estrutura Atividade Grupamento anestesiofórico local: Grupo aromático: propriedades lipofílicas; Cadeia intermediária: separa porção hidrofílica da hidrofóbica; define amida ou éster; Grupo aminoterminal: amina terciária ou quaternária); característica hidrofílica. Relação Estrutura Atividade Possível alteração isostérica em algum grupamento do grupo anestesiofórico; Essencial que haja equilíbrio entre as porções hidrofílica e hidrofóbica; Carbono do éster ou amida adquire carga parcial positiva; Grupo na posição para do anel fenílico aumenta polarização. Efeitos Estruturais Efeitos Favoráveis: Carga Negativa do O Procaína - .. .. .. Carga Positiva do C Efeitos Estruturais Efeitos Desfavoráveis: H2N .. O CH3 N O .. CH3 .. O CH3 N O O N CH3 + HO Carga Negativa do Oxigênio Carga Positiva do Carbono Referencial Bibliográfico Silva, Penildon; Farmacologia, 7ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. Korolkovas, Andrejus & Burckhalter, Joseph H., Química Farmacêutica, 1ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1976. Lazo, John S., Goodman & Gilman, As bases farmacológicas da Terapeutica, 11º Ed. Rio de Janeiro:Mcgral-hill/Tecmedd, 2007. CARVALHO, José Carlos A. Farmacologia dos Anestésicos Locais. Revista Brasileira de Anestesiologia, 44, 1, 75-82, fevereiro de 1994. HAMAJI, Adilson. Anestésicos Locais. Revista Prática Hospitalar, 41,setembro-outubro de 2005.