Dr. Carlos Augusto Cruz de Araujo Pinto

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Dr. Carlos Augusto Cruz de Araujo Pinto
CREMESP 54.779
Rua Visconde de Taunay, 910 - Santo Amaro – 04726-011 - SP - Capital
Tel : (011) 5642-1717 www.institutopaulista.com.br
Novembro / 2012
Instituto Paulista
Índice
1. QUEM SOMOS
2. EREÇÃO
2.1. Sintomas da Disfunção Erétil (D.E)
2.2. Prevalência da Disfunção Erétil
2.3. Grau de Disfunção Erétil e Efeito Negativo da Disfunção Erétil
2.4. Disfunção Erétil e Fatores de Risco Cardiovasculares
2.5. Diabetes e Disfunção Erétil
2.6. Lesão Medular e Disfunção Erétil
2.7. Fisiologia da Ereção
2.8. Causas da D.E. e da Dificuldade em Atingir / Manter a Ereção
2.9. Como Contribuir para uma Vida Saudável
2.10.
Métodos de Diagnóstico
2.11.
Andropausa
2.12.
Próstata
2.13.
Prostatectomia e Impotência
3. DISTÚRBIOS DE EREÇÃO E DE EJACULAÇÃO
3.1. Perda da Ereção e Dificuldade para Iniciar a Ereção
3.2. Ejaculação Precoce
3.3. Ejaculação Retardada
3.4. Ejaculação Retrógrada
3.5. Ausência de Orgasmo - Anorgasmia
3.6. Ausência do Ejaculado
3.7. Hemospermia (Hematospermia)
3.8. Fuga Venosa
3.9. Falta de Desejo (Libido)
4. ALTERAÇÕES FÍSICAS DO PÊNIS
4.1. Tamanho do Pênis e Atrofia do Pênis (Tamanho e Diâmetro)
4.2. Risco dos Métodos para Aumento do Pênis
4.3. Doença de Peyronie
4.4. Pênis Torto Congênito
4.5. Criptorquidia
4.6. Fimose, Postectomia e Circuncisão
4.7. Glândulas de Tyson ou Glândulas Prepuciais
4.8. Bioplastia – O que é e possíveis riscos
5. DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS
5.1 Sífilis (Cancro Duro)
5.2 Gonorreia
5.3 HPV - Condiloma (Crista de Galo)
5.4 AIDS (SIDA)
5.5 Herpes Genital
5,6 Uretrite Chlamidiana
5,7 Candidíase peniana
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6. ESTERILIDADE
6.1. Vasectomia e Reversão de Vasectomia
6.2. Varicocele
6.3. Azoospermia (Ausência de Esperma no Ejaculado)
6.4. Hidrocele
7. TRATAMENTOS CLÍNICOS E CIRÚRGICOS
7.1. Tratamentos Clínicos
7.1.1. Medicamentos Via Oral
7.1.2. Medicamentos Injetáveis
7.1.3. Bomba de Vácuo
7.2. Tratamentos Cirúrgicos
7.2.1. Próteses Penianas ou Implantes Penianos
7.2.2. Prótese Testicular
7.2.3. Revascularização (Cirurgia Arterial)
7.2.4. Fuga Venosa
8. ASPECTOS PSICOLÓGICOS
8.1. Dificuldade em Aceitar a Disfunção Erétil
8.2. Papel da Companheira
8.3. Disfunção Erétil Psicogênica
9. CURRICULUM DO RESPONSÁVEL
10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
11. QUESTIONÁRIO INTERNACIONAL DE ÍNDICE DE IMPOTÊNCIA (IIEF)
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1. QUEM SOMOS
O Instituto Paulista para Tratamento da
Disfunção Eretil Masculina foi criado em
1988 pelo Dr. Carlos Augusto Cruz de
Araujo Pinto, CREMESP 54.779, com a
finalidade de tratar tanto as Disfunções
Eréteis (DE) como os outros Distúrbios
Ejaculatórios. Na área de Disfunção Erétil
(impotência sexual), que é definida como a
“incapacidade persistente para obter ou
manter uma ereção peniana suficiente
para uma atividade sexual”, serão tratados os problemas relacionados com o
fenômeno erétil propriamente dito e na parte dos Distúrbios Ejaculatórios
serão tratados problemas como ejaculação precoce, ejaculação retardada,
ausência de orgasmo etc. Ao longo desses mais de 20 anos de experiência,
Dr. Araujo pode verificar a grande evolução que felizmente houve nessa área.
Até a década de 80, a maioria das disfunções era tida como de origem
psicogênica. Com o aparecimento de drogas intracavernosas vasoativas
pode-se estudar melhor a fisiologia da ereção, bem como tratar muitos
homens com elas.
Todo esse estudo gerou uma grande evolução nos
tratamentos com melhoria das drogas intracavernosas bem como dos
procedimentos cirúrgicos. Não podemos deixar também de levar em
consideração a grande importância do desenvolvimento de tratamentos via
oral pelas indústrias farmacêuticas desde então.
O objetivo do Instituto Paulista é tratar o paciente da forma mais completa
possível, levando em consideração tanto o problema físico como o lado
psicológico, e para isso tem uma equipe multidisciplinar, composta inclusive
de Terapeutas Sexuais.
O local do Instituto Paulista é de fácil acesso, tanto para quem vem de carro
como para quem vem de ônibus e, além disso, é bastante discreto. Se
houver necessidade de cirurgia, a mesma poderá ser feita em finais de
semana evitando-se assim que o paciente tenha que faltar ao trabalho.
Para facilitar e agilizar o tratamento, procurou-se disponibilizar no próprio
Instituto Paulista alguns exames que possam ser necessários ao fechamento
de um perfeito diagnóstico.
Os atendentes da Clínica possuem bastante conhecimento de hotéis
próximos onde o paciente de outras cidades poderá se hospedar durante o
período de consulta e/ou tratamento bem como indicar motoristas que
possam auxiliá-lo durante a estadia em São Paulo.
Instituto Paulista para Tratamento da Disfunção Erétil Masculina
Rua Visconde de Taunay, 910 – CEP 04726-011 – São Paulo – SP
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Telefone (11) 5642-1717
e-mail – [email protected]
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2. EREÇÃO
Embora os problemas de ereção e/ou ejaculação sejam muito comuns,
infelizmente grande parte dos homens acaba por não se consultar e procurar
um tratamento. Alguns dos motivos são:
Vergonha de conversar com o médico a achar que o mesmo não irá
compreendê-lo ou dar valor ao seu problema
Desconhecimento da função sexual e da existência de tratamentos
Considerar como um problema apenas psicológico ou pensar que é
natural com a idade o homem ter que aceitar a diminuição da vida
sexual
Desinteresse sexual
Ausência de uma companheira que o incentive a buscar um
tratamento
2.1. SINTOMAS DA DISFUNÇÃO ERÉTIL
A disfunção erétil pode ter como alguns indicadores as ocorrências a seguir:
Problemas para conseguir ou manter a ereção, ocorrendo pelo menos
uma entre quatro vezes em que se tenta manter relações sexuais.
Ereções mais difíceis e menos freqüentes pelas manhãs.
Persistência do problema por mais de 30 dias.
Aumento do tempo normal para ter uma ereção.
Perda de ereção em certas posições ou ao se colocar preservativo.
Alcançar o orgasmo ou ejacular muito rapidamente.
Alcançar o orgasmo ou ejacular com o pênis não totalmente ereto.
2.2. PREVALÊNCIA DA DISFUNÇÃO ERÉTIL
Dados de Feldman et al. – Estudo feito nos Estados Unidos – Massachusetts
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2.3. GRAU DE DISFUNÇÃO ERÉTIL E EFEITO NEGATIVO DA
DISFUNÇÃO ERÉTIL
GRAU DE DISFUNÇÃO ERÉTIL
Dados de Feldman et. al. – Estudo feito nos Estados Unidos – Massachusetts
EFEITO NEGATIVO DA DISFUNÇÃO ERÉTIL
Efeito Negativo da Disfunção Erétil
Porcentagem de Homens
Atlas of Erectile Dysfunction - Roger S Kirby
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
65%
62%
56%
46%
24%
Ansiedade
Perda da
auto
confiança
Sentimentos
negativo
Depressão Não se sente
atraente
Dados de Feldman et. al. – Estudo feito nos Estados Unidos – Massachusetts
2.4. DISFUNÇÃO
ERÉTIL
CARDIOVASCULARES
E
FATORES
DE
RISCO
Disfunção Erétil é bastante comum em homens que têm problemas
coronarianos. Cardiologistas precisam estar atentos dessa conexão e
perguntar aos pacientes com problemas coronarianos e fatores de risco para
doenças arteriais da coronária sobre sua saúde sexual. Identificar e tratar os
riscos coronarianos nos pacientes que apresentam DE não vai somente
ajudar na parte sexual como pode também vir a salvar a vida do paciente. (7Erectile Dysfunction and Cardiovascular Risk Factors – Robert A Kloner, MD
PhD)
Observou-se que, diversos homens que tiveram problemas cardiovasculares,
ao serem questionados a respeito da parte de ereção, informaram que
realmente sentiram algum tempo antes alteração na parte sexual. A parte
sexual é bastante sensível e, em muitos casos é afetada antes da parte
cardíaca, ou seja, podemos e devemos observá-la como um “aviso” de que
algum outro problema, no caso o cardiológico pode estar ocorrendo.
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2.5. DIABETES E A DISFUNÇÃO ERÉTIL
O Diabetes é uma das condições crônicas que mais freqüentemente causa a
disfunção erétil (Akerman et al 1993, Shiavi et al 1993, Close e Ryder 1995,
Bancroft e Gutierrez 1996, Dunsmuir e Holmes 1996, Hakim e Goldstein
1996, Klein et al 1996).. Estudos nos EUA mostram que 30 milhões de
homens podem ter algum tipo de problema de ereção. Quando se estudam
esses homens, observa-se que os mesmos podem ter também problemas
vasculares, diabetes ou depressão o que mostra um complicado
interrelacionamento entre estas patologias.
O diabetes é uma doença que provoca um
processo inflamatório nas artérias e arteríolas
do corpo e que tem que ser controlada pelo
paciente. É freqüente termos pacientes
diabéticos com problemas de circulação, não
só no pênis como em outras artérias de maior
porte de membros inferiores, rins, etc. As
artérias do pênis por serem minúsculas,
geralmente são as mais acometidas.
A etiologia da DE na população diabética é
multifatorial e acaba por envolver problemas
endócrinos, cardiovasculares, urológicos e até
psiquiátricos. Estima-se que 35 a 75 % dos
homens com diabetes possam ter disfunção se comparado com outros
grupos de estudo. Homens com diabetes desenvolvem o problema de 5 a 10
anos antes. O desenvolvimento desse problema com o passar dos anos no
grupo de diabéticos também se dá de forma mais progressiva. Estudiosos
como Feldman et al avaliam que o risco da disfunção erétil é de três vezes
maior nos diabéticos que nos não diabéticos. O efeito prejudicial do diabetes
mellitus na função erétil é demonstrado por estudos de tumescência peniana
noturna anormal observada em diabéticos com função erétil normal
(Nofringer et al 1992).
Medicamentos inibidores da PDE-5 são menos eficazes nos diabéticos do
que em populações de homens sem essa patologia. Pacientes diabéticos
estão associados com um acelerado nível de aterosclerose, problemas microvasculares, neuropatias, dislipidemia, hipertensão e disfunção do endotélio.
Esses problemas acima relacionados contribuem muito para a DE e a sua
combinação potencializa os efeitos. Em resumo, a idade do paciente, o
tempo de duração do diabetes, o controle inadequado da glicemia bem como
as complicações derivadas do diabetes aumentam o risco de DE em
pacientes diabéticos.
2.6. Impotência por Lesão Medular
O homem cadeirante (com lesão medular) pode ter ereção e ejaculação.
Nesses casos o homem pode ter uma ereção ao ver uma foto ou algo erótico
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e que permita até uma penetração porém geralmente acaba não durando
muito tempo.
Há um grande número de lesados medulares com faixa etária entre 15 e 45
anos para os quais sexo e fertilidade são itens extremamente importantes.
Em alguns casos a quantidade e qualidade do esperma ejaculado pode estar
comprometida o que ocorre em parte às vezes pelas infecções urinarias que
são bastante comuns em quem tem esse tipo de lesão. O problema com o
esperma ejaculado pode ser um fator complicador para o paciente ter filhos.
A sensibilidade em outras parte do corpo (ex: mamilo, pescoço etc...) pode
facilitar o orgasmo.
A ereção que é a entrada de sangue nos corpos cavernosos ocorre quando
provocada de forma reflexa, ou psicogênica ou ambas.
A ereção reflexa se dá por estímulo nos órgãos genitais ou regiões próximas
e leva à ereção como um arco reflexo independente de estímulos do cérebro.
A ereção psicogênica é aquela em que os estímulos partem do cérebro,
descem a medula e através dos nervos chegarão até os órgãos genitais.
Esse tipo de estímulo ocorre frequentemente quando o homem se depara
com situações que causem a excitação ou desejo sexual como por exemplo
estímulo visual, tátil, cheiros, sons ou pensamentos.
Cada um desses estímulos é comandado por um centro medular e é por isso
que o local da lesão altera a parte de ereção de forma diferente e poderá
definir o tratamento a ser seguido.
É preciso avaliar o paciente para ver se seu problema de ereção pode ser
resolvido com medicamentos via oral ou injetável. Caso não seja possível
uma boa ereção com os tratamentos clínicos aí será necessário pensar em
implante peniano que dará uma boa rigidez ao pênis do paciente. O tipo de
implante a ser utilizado será definido com base no quadro clinico do paciente,
na destreza em lidar com o implante e mesmo condição financeira do
mesmo. O uso de implantes infláveis são altamente recomendados em
pacientes que necessitam se auto sondar.
Tão importante quanto tentar melhorar a parte física do paciente para
conseguir uma boa relação sexual é fundamental muito diálogo e sintonia
entre o casal para superar as dificuldades das limitações e fornecer uma
qualidade de vida sexual bastante satisfatória.
Algumas opções de comportamento ou de tratamento podem auxiliar o ato
sexual e devem ser testados pelo paciente:
- Mudança no posicionamento do corpo
- Uso de medicamentos para ereção (medicamentos via oral ou injetáveis)
- Implante de próteses penianas
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2.7. FISIOLOGIA DA EREÇÃO
Há três câmaras separadas no pênis
normal:
duas
câmaras
eréteis
interconectadas,
chamadas
corpo
cavernoso, que ocupam o volume do
pênis, e a uretra, um tubo que pode
conduzir tanto a urina como o sêmen. As
câmaras eréteis ficam anexadas ao osso
púbico e se estendem da parte
abdominal para a porção visível do pênis.
Essa âncora ajuda a manter o pênis
rígido quando as câmaras ficam cheias
de sangue. Cada câmara erétil é formada por um tecido parecido com uma
esponja que se enche de sangue durante a fase de excitamento. O sangue
fica preso no pênis, aumentando e endurecendo-o para a penetração.
A ereção pode se iniciar por:
Estímulo psicológico (imaginação de situação erótica)
Estímulo físico (toque da genitália masculina de maneira
sensual)
O sistema nervoso atua no cérebro com pensamentos
eróticos, enquanto outro centro, na coluna vertebral
reage ao toque. Ambos atuam em conjunto para
produzir a ereção como um auto reflexo que é auxiliado pelo hormônio
masculino, a testosterona.
Dessa pequena descrição da fisiologia da ereção, pode-se ver que qualquer
problema que afete o cérebro, a espinha, as terminações nervosas do pênis,
as artérias penianas, os corpos esponjosos, as veias do pênis ou a produção
da testosterona podem atrapalhar uma ereção normal.
2.8. CAUSAS DA DISFUNÇÃO ERÉTIL E DA DIFICULDADE EM
ATINGIR / MANTER A EREÇÃO
A Disfunção Erétil pode ter sua origem em causas psicológicas, físicas ou
mistas.
Causas psicológicas:
• Ansiedade
• Depressão
• Fadiga
• Culpa
• Stress
• Problemas maritais
• Problemas financeiros
• Ansiedade por desempenho
• Excessivo uso de álcool
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• Conflitos de identidade sexual, preferência e orientação sexual.
Quando isso ocorre, muitas vezes, a simples solução do problema que está
preocupando o homem permite que o seu desempenho sexual volte a ser
normal. Caso isto não ocorra, pode ser necessário procurar ajuda junto a um
psicólogo. Quando se trata de um problema físico, entretanto, é necessário e
indispensável o auxílio de um médico.
Causas físicas: Podem ser de origem arterial (diminuição do aporte
sangüíneo aos corpos cavernosos), neurogênicas (algum problema que afete
a medula ou a inervação periférica do pênis) ou mesmo efeito colateral de
medicamentos que podem promover além de disfunções eréteis, distúrbios
da libido ou disfunções ejaculatórias como são apresentadas no item
Distúrbios da Ereção.
Álcool - Em pequenas doses pode servir de estimulante do desejo
sexual mas, em alta quantidade começa a apresentar efeitos danosos à
ereção pois os músculos entram em processo interno de relaxamento.
Fumo – O tabagismo é fator de risco para desenvolvimento de
arteriosclerose nas artérias pudentas e penianas comuns em pacientes
jovens com DE (Rosen net al 1991) As artérias (vasos) que irrigam o pênis
são de seis a oito vezes mais finas que as artérias coronárias, e, se o cigarro
ou qualquer outro tipo de fumo "entope" as coronárias, o que dizer de uma
artéria de seis a oito vezes mais fina? O fumo acelera danos arteriais devido
à aceleração da arteriosclerose direta na íntima pela diminuição dos níveis do
colesterol HDL (Fried et al 1986), além de provocar uma vasconstrição sobre
as artérias.
Colesterol - O aumento de colesterol, decorrente de altas doses de
gordura na alimentação também causa a obstrução da circulação do pênis
levando à impotência
Efeito colateral de Cirurgias e Traumas - A cirurgia de próstata pode
ter como conseqüência o problema da Impotência Sexual. Não ocorre em
todos os casos de cirurgia, mas em grande parte deles. O que se faz é tratar
do problema de Impotência usando um dos inúmeros recursos hoje
disponíveis, estando inclusive alguns apresentados neste site. Não há,
portanto o que se temer.
Drogas - As drogas, tais como Maconha, Crack, Cocaína, etc.,
acarretam de forma sensível a parte sexual do indivíduo. Há uma enorme
redução da parte circulatória da região peniana, levando o indivíduo a ter
problemas sérios de ereção.
Impotência como efeito colateral de medicamentos para Pressão,
Depressão, Diuréticos etc. - Grande parte dos medicamentos utilizados
nestes tratamentos pode acarretar problemas de ereção. Uma vez que os
medicamentos não podem ser suspensos, há necessidade de se tratar os
efeitos colaterais dos mesmos. Isso felizmente é tranqüilo devido à grande
evolução dos tratamentos para Impotência. Também drogas para problemas
cardiovasculares, Parkinson, psicotrópicos, anfetaminas e alguns hormônios
podem causar esse efeito colateral
(*) Nunca mude sua medicação ou dosagem sem antes consultar seu
médico.
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Efeito da idade – Estatisticamente, o número de homens que
experimentam a Disfunção Erétil aumenta de acordo com a idade. A idade
em si não causa a disfunção, mas é fato que, homens mais velhos têm mais
probabilidade de ter doenças ou ter sofrido tratamentos (ex: cirurgia de
próstata) que podem causar a disfunção.
Impotência Resultante de Traumas - Um trauma em qualquer porção
da região pélvica ou da coluna pode resultar em impotência, pois, no
diafragma urogenital encontramos diversos nervos frágeis e artérias que
suprem o pênis.Um trauma direto no pênis pode resultar em uma fratura ou
ruptura dos compartimentos eréteis. Com esse trauma, o paciente pode vir a
sentir dor e inchaço no pênis, sendo às vezes inviável a atividade sexual,
tornando-se necessária uma correção cirúrgica.
Traumas na coluna também podem causar impotência, pois, caso haja
ferimentos na medula espinhal pode haver perda do centro nervoso que
controla as ereções. Uma medula espinhal danificada muda dramaticamente
o tipo de vida do paciente. Ficar confinado a uma cadeira de rodas restringe o
vigor da pessoa e de sua vida ativa. Se as relações sexuais puderem
continuar, o bem-estar emocional do paciente e de sua parceira pode ser
mantido. Se houver perda de habilidade em conseguir a ereção, pode-se
utilizar pequenas doses de remédios injetáveis no pênis, ou implante de
prótese.
Hoje em dia é muito freqüente termos pacientes com queixa de trauma direto
na coluna ou mesmo ferimentos por projéteis de arma de fogo. O tratamento
para esses pacientes necessitará de exames específicos para estudarmos a
circulação e a inervação do pênis, bem como o grau de sensibilidade
peniana.
Cirurgia e trauma no cérebro, medula espinhal e região pélvica, estão
associados com o aumento do risco de distúrbios de ereção.
Podemos citar
• Traumatismos crânio-encefálico
• Cirurgias no cérebro
• Laminectomia lombar
• Lesão medular
• Linfadenectomia retroperitoneal sem preservação de nervos
• Aneurismectomia da aorta abdominal
• Cirurgias radicais para câncer do intestino e geniturinárias
O índice de violência atual, com inúmero disparo de balas perdidas tem
contribuído para o aumento do número de pacientes com algumas das lesões
anteriormente descritas.
Problemas Hormonais – Algumas doenças, como problemas nos rins
ou no fígado podem causar uma alteração hormonal, o qual controla as
ereções. Baixos índices de testosterona também podem ser um fator
agravante.
Priapismo – Priapismo é uma ereção que dura mais tempo que o
normal e é causada por outras razões que não seja desejo sexual. Priapismo
envolve o corpo cavernoso e é resultado ou de uma entrada anormal de fluxo
no pênis ou no caso mais comum diminuição ou perda de saída desse fluxo.
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Se uma ereção dura mais que quatro horas, há o risco de comprometimento
do tecido, o que pode resultar em Disfunção Sexual. Tanto uso inadequado
de medicamentos (aplicações intracavernosas, anti-hipertensivos, drogas tipo
cocaína) como patologias que levam a alterações hematológicas como
anemia falciforme ou leucemia podem levar à ocorrência do Priapismo. HÁ A
NECESSIDADE URGENTE DE SE PROCURAR UM SERVIÇO DE
EMERGÊNCIA PARA SEREM UTILIZADAS CONDUTAS A FIM DE SE
INTERROMPER A EREÇÃO.
Problemas neurológicos – Lesões na coluna, defeitos congênitos
tais como medula espinal bífida, tumores ou aumento da pressão no crânio e
doenças musculares tais como esclerose múltipla podem levar à Disfunção
Erétil.
Obesidade - A obesidade pode ser um fator de risco de disfunção
sexual em ambos os sexos e existe forte associação entre obesidade e
disfunção erétil e esse risco aumenta conforme aumenta o IMC (índice de
massa corpórea). A prevalência de obesidade ou sobrepeso nas pessoas
que procuram tratamento de DE pode chegar a 79%. Também se observa
que de um modo geral a obesidade traz repercussões psicológicas de autoestima e depressão, que podem ser devido à avaliação global da autoimagem e, mais especificamente, dos genitais, como no caso do tamanho do
pênis no chamado "pênis oculto" ou "pênis embutido".
2.9. COMO CONTRIBUIR PARA UMA VIDA SAUDÁVEL
Evitar o fumo e o excesso de álcool
Controle alimentar, evitando gorduras e colesterol na dieta
Exercício físico regular evitando-se o sedentarismo
Combater a obesidade
Controle rigoroso de diabetes
Observar a possibilidade de a disfunção ser efeito colateral de algum
medicamento que o paciente tenha que tomar, e se for, verificar com
seu médico se há a possibilidade de substituir esse medicamento por
outro sem tal efeito
Combate à depressão
2.10.
MÉTODOS DE DIAGNÓSTICO
Para um perfeito diagnóstico da causa do problema de impotência, temos os
seguintes exames à disposição. São exames muito simples, mas
fundamentais para a avaliação do caso. Após conversa detalhada com o
paciente e uma boa anamnese, o médico deverá proceder ao exame físico, e,
havendo necessidade, utilizar-se dos exames laboratoriais onde poderá
avaliar diversos fatores tais como glicemia, taxas hormonais etc.
Após essa etapa poderá utilizar-se de diversos exames entre os quais
citamos alguns abaixo:
Doppler e Color Doppler Peniano
Fornece informações sobre a hemodinâmica do pênis, após relaxamento da
musculatura lisa induzida com agente vasoativo. O objetivo é distinguir
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insuficiência arterial com outras causas do distúrbio de ereção. A velocidade
do sangue na artéria cavernosa pode ser medida e aí se distingue a
impotência física da psicogênica.
Acima imagem de color doppler de uma artéria peniana normal e abaixo um
color Doppler de uma artéria mostrando fluxo reduzido.
Teste de Ereção Fármaco-Induzida (TEFI) Testes com Prostaglandina
Esse teste tem como objetivo a promoção da ereção através da injeção
intracavernosa de drogas vasoativas que promovam o relaxamento da
musculatura lisa das artérias e dos corpos cavernosos.
A sua realização é indicada em portadores de disfunção erétil (DE) com
exceção dos indivíduos nitidamente psicogênicos caracterizados por:
seletividade de parceiras, ereções normais em determinadas situações etc...
Nesses casos o TEFI poderá ser realizado quando houver necessidade de
comprovação objetiva da capacidade erétil para o próprio paciente. O TEFI
também está indicado para a avaliação de curvaturas penianas.
Um resultado positivo não afasta a possibilidade de haver algum problema de
ordem vascular e/ou cavernosa, mas mostra que quando estimulado
consegue-se obter uma ereção. Esse resultado pode abrir mais uma opção
para tratamento que é a aplicação de injeções intracavernosas
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Ultra-sonografia Peniana
É um exame totalmente não invasivo que permite verificar a morfologia do
pênis e se o paciente apresenta Peyronie, ou Placa de Peyronie.
Teste de Tumescência Peniana Noturna (NPT)
A presença da ereção noturna, que é usada para diferenciar a impotência
psicogênica da orgânica, pode ser detectada usando dispositivos colocados
ao redor do pênis, durante o sono. O aparelho é projetado para gravar a
ocorrência da ereção noturna. A determinação dessa presença ou ausência
de ereção pode ajudar na conduta de tratamento a ser utilizada.
2.11.
ANDROPAUSA
(DISTÚRBIO
ENVELHECIMENTO MASCULINO)
ANDROGÊNICO
DO
A andropausa também é conhecida como menopausa masculina. Ocorre
geralmente entre as idades de 40 a 55 anos, quando os homens podem
percebem sintomas semelhantes à menopausa embora não apresentem um
ponto tão característico como a interrupção da menstruação para definir essa
etapa. Ocorre nessa fase uma queda no nível da testosterona (hormônio) e
com isso as mudanças ocorrem muito gradualmente nos homens. O homem
experimenta um declínio gradual de suas funções gonadais, caracterizada
pela diminuição da taxa de testosterona e da produção de espermatozóides.
Possíveis sintomas:
Diminuição da qualidade das ereções.
Ejaculação precoce
Perda de memória
Nervosismo
Insônia
Queda da libido (apetite sexual)
Perda de cabelo
Diminuição da massa muscular
Alterações no humor
Doenças cardiovasculares
Osteoporose
Aumento da gordura abdominal
Não há maneira de prever quem vai ter sintomas de andropausa que tornem
necessários procurar ajuda médica, nem a idade exata em que os sintomas
irão ocorrer. Alguns exames auxiliam a verificação da andropausa tais como
exame de sangue para verificar o índice de testosterona, espermograma para
verificar a produção dos espermatozóides, exame de toque, densitometria
óssea e ecografia da próstata e abdômen.
A reposição hormonal somente deve ser feita com um acompanhamento
médico e pode ser feita através de comprimidos via oral, adesivos para pele
gel ou injeção intramuscular. Com isso o homem terá um retardo na
osteoporose, um melhor desempenho sexual, melhora dos distúrbios
neurológicos e conseqüentemente melhora na sua qualidade de vida como
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um todo. A reposição é contra indicada para pacientes portadores ou com
suspeita de carcinoma na próstata, câncer de mama, hiperplasia benigna da
próstata e problemas hepáticos.
Para ajudar, o homem deve principalmente nessa fase restringir na sua dieta
o colesterol e o açúcar e comer alimentos com maior teor de sais e vitaminas
como legumes, verduras e frutas.
Em fevereiro de 2006 a Sociedade Brasileira de Urologia publicou um
consenso estabelecendo parâmetros para o diagnóstico e tratamento da
deficiência hormonal masculina, que foi denominada, então Distúrbio
Androgênico do Envelhecimento Masculino (DAEM). O texto do documento
admite que a reposição hormonal masculina ainda está sujeita a
controvérsias. Questiona-se desde a real existência do problema até a
necessidade concreta da reposição hormonal.
Sentindo os sintomas que podem ser indicativos da Andropausa o paciente
deve sem dúvida alguma buscar ajuda médica para ver se o quadro que ele
apresenta é mesmo devido à andropausa. Alguns outros problemas tais
como a depressão por exemplo podem ter efeitos que se assemelhem em
parte à DAEM e é por isso que o médico deve ser bastante criterioso ao
avaliar o paciente bem como definir a necessidade ou não da reposição
hormonal.
2.12.
PRÓSTATA
A próstata é um órgão interno presente somente nos homens e tem o
tamanho aproximado de uma ameixa Fica logo abaixo da bexiga, envolvendo
a uretra, que é o canal por onde passa a urina durante a micção. É uma
glândula que faz parte do sistema reprodutor masculino, produzindo um
líquido que se junta à secreção da vesícula seminal para formar o sêmen.
Dentro da próstata ocorre a transformação do principal hormônio masculino testosterona - em diidrotestosterona que por sua vez é responsável pelo
controle do crescimento dessa glândula. Já está provado que seu
crescimento está relacionado com o avanço da idade.
Quando a próstata aumenta muito de volume pode se transformar em uma
verdadeira ameaça para o bem-estar do homem, pois começa a comprimir a
uretra e a dificultar a passagem da urina. Os principais sintomas ocasionados
pela obstrução urinária decorrente do crescimento prostático são o jato
urinário fraco e sem pressão e às vezes interrompido, sensação de urgência
em urinar e dificuldade ou demora em iniciar a micção, acordar diversas
vezes à noite para urinar e sensação de esvaziamento incompleto da bexiga.
Em casos de obstrução mais grave há necessidade da colocação de uma
sonda na bexiga para permitir a drenagem da urina.
Existem 3 tipos de doenças que podem afetar a próstata: a Hiperplasia
Prostática Benigna (HPB ), a prostatite (inflamação ou infecção da glândula)
e o câncer da próstata.
15
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Alguns sintomas que podem indicar algum tipo de problema com a próstata:
Atraso para iniciar a micção e/ou esforço para finalizar a micção
Prolongamento do tempo para micção
Jato miccional entrecortado dividindo a micção em 2 ou mais tempos
Dificuldade em urinar com a bexiga cheia
Aumento do número de vezes que urina (Polaciúria)
Urgência em urinar
Sangue ou ardor ao urinar
Aumento da freqüência com que vai ao banheiro à noite (Nictúria)
Globo vesical palpável (devido à retenção da urina)
Gotejamento ao final da micção
Embora HPB e Câncer de Próstata sejam diferentes, em alguns casos os
sintomas podem ser semelhantes. Para diagnosticar com certeza o tipo de
problema que o paciente apresenta, o médico precisa reunir informações
sobre as queixas urinárias e realizar um exame de toque retal, em que
através do contato do seu dedo com a superfície da próstata pode avaliar
diversos aspectos da glândula. Outro
exame importante para o médico é o
PSA (antígeno prostático específico),
um exame de sangue que traz
informações
sobre
a
possível
malignidade da próstata.
O ideal é
sempre fazer-se o exame de toque e o
de PSA visando atingir níveis mais
confiáveis no diagnostico dos casos de
tumores malignos da próstata. Tanto o
toque como o PSA têm seu índice de
falha e por isso é importante fazer-se
os dois associados. Também podem
ser utilizados exames de ultrasonografia de próstata, endoscopia
urinária e urodinâmica para diagnóstico.
O câncer da próstata representa hoje grande parcela no índice de câncer no
homem e pode permanecer confinado à glândula, mas também pode se
expandir, afetando as regiões vizinhas, os gânglios e os ossos.
O tratamento do câncer da próstata é quase sempre cirúrgico quando
diagnosticado na fase inicial. Outros tratamentos são a radioterapia, a
hormonioterapia e em alguns casos a braquiterapia. porém a perspectiva de
cura é muito maior quando o diagnóstico é feito no início da doença.
Os homens devem iniciar os exames de rotina da próstata a partir dos 40
anos, evitando desta forma as graves conseqüências desta doença. Homens
com antecedentes familiares de câncer da próstata têm maior chance de
desenvolver a doença e por isso, nos casos de histórico hereditário de câncer
de próstata deve-se iniciar os exames a partir dos 35.
16
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2.13.
PROSTATECTOMIA E IMPOTÊNCIA
O câncer de próstata tem um grande impacto na saúde do homem bem como
na sua qualidade de vida. Milhares de casos são diagnosticados anualmente
e infelizmente muitos homens ainda morrem devido a esse problema.
Diversos tratamentos são disponíveis sendo geralmente a prostatectomia
radical a mais indicada para casos de câncer localizado. Os pacientes que
serão submetidos à prostatectomia radical devem sempre orientados quanto
aos riscos de disfunção erétil ou de incontinência urinária.
A prostatectomia radical é um grande fator de risco para a disfunção erétil,
problemas de ejaculação e alterações na parte de orgasmo. Alguns fatores
podem interferir nesse ponto, tal como a idade do paciente, como estava a
função erétil antes da cirurgia, estagio de avanço do tumor e a técnica
cirúrgica utilizada. A taxa de manutenção da função erétil é maior em homens
abaixo de 65 anos.
Também fatores como diabetes, hipertensão,
arterosclerose, taxas altas de colesterol, fumo e problemas cardíacos
acabam interferindo na disfunção erétil pós-cirúrgica. (*17) Pacientes que já
tinham algum tipo de disfunção erétil antes da cirurgia têm tendência a ter
esse quadro agravado.
Estudos (*14) mostram
que a incidência da
disfunção erétil após a
prostatectomia
radical
pode chegar a 60%
independente
de
o
cirurgião considerar que a
operação tenha ou não
conseguido preservar os
feixes
vasculares
e
nervosos.
É importante
frisar que a localização
exata
desses
feixes
nervosos durante a cirurgia
é em alguns casos bastante complexa e difícil.
Também nos casos de tratamento cirúrgico da hiperplasia benigna da
próstata (ressecção transuretral ou transvesical) não se observou diferença
nos resultados dependendo do tipo de procedimento e que, quanto mais
idoso o paciente, maior a chance de DE. (*15) O risco de DE após ressecção
transuretral de próstata é extremamente baixo em indivíduos potentes, porém
é alto naqueles que já apresentam alguma disfunção prévia.
O tempo para retorno das funções eréteis é bastante variável e normalmente
o homem não consegue o retorno da mesma tão rapidamente quanto
consegue o retorno do controle da micção. Alguns estudos mostram que o
homem chega a levar 18 meses após a cirurgia para voltar a ter suas funções
eréteis. É observado que uma estimulação o mais rapidamente possível da
17
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parte de ereção e de aumento do fluxo sanguíneo no pênis facilita o retorno
da ereção natural. Embora ainda não haja um protocolo definitivo de quando
se deve começar a estimular a ereção, há esse consenso de que não há
necessidade de se esperar a ereção natural.
O tratamento para DE após prostatectomia segue os mesmos princípios de
disfunção erétil por qualquer outra causa. A primeira opção de tratamento
será com o tratamento clínico com uso de medicamentos via oral se não
houver nenhuma contraindicação para uso dos mesmos. Caso não seja
possível ou suficiente, deve-se optar pela segunda linha de tratamentos que
incluem as autoaplicações. Somente após essas tentativas e não se obtendo
os resultados esperados é que se deve optar pelo implante peniano. O que
se observa é que embora a incidência de disfunção erétil após
prostatectomia, muitos homens permanecem sem tratamento após esse
procedimento.
A função erétil pode voltar lentamente em um período de 12 a 18 meses após
a cirurgia. Iniciar um tratamento o quanto antes ajudar e melhora as chances
de recuperação da função erétil.
Nos casos em que o paciente permanece com problemas de incontinência
urinária e disfunção erétil, existem tratamentos clínicos para os 2 problemas,
e caso não se obtenha sucesso também existe tratamento cirúrgico para a
incontinência urinária.
O mais importante é tratar do câncer e preservar a vida da melhor forma
possível e depois, havendo alguma possível seqüela, tratar da mesma com
tranqüilidade lembrando-se que a medicina encontra-se muito avançada
nessa área.
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3. DISTÚRBIOS DE EREÇÃO E DE EJACULAÇÃO
3.1. PERDA DA EREÇÃO E
DIFICULDADE
PARA
INICIAR A EREÇÃO
É muito freqüente termos pacientes
que ficam com uma ereção normal,
mas que, na hora da penetração
ficam muito ansiosos e acabam
perdendo sua ereção. Muitos
pacientes
não
têm
patologia
nenhuma, simplesmente acabam
ficando nervosos e liberando
adrenalina e com isso perdem a ereção.
Outros pacientes têm um distúrbio veno-oclusivo (fuga-venosa) e acabam
perdendo a ereção pelo escape de sangue do pênis.
Em todos os casos é necessária uma avaliação prévia para verificarmos se o
caso é psicológico e ou físico. Feito isso, aí sim se pode orientar um
tratamento.
3.2. EJACULAÇÃO PRECOCE
A ejaculação precoce é um distúrbio de fundo psicológico muito freqüente
nos homens e provavelmente o distúrbio de fundo psicológico mais comum. A
definição desse distúrbio feita pela Organização Mundial de Saúde não
quantifica o tempo como critério deixando o conceito de “precoce” um tanto
quanto subjetivo. A duração da fase de excitação leva em consideração
fatores como idade, freqüência da atividade sexual recente, ansiedade com
nova parceira ou situação sexual diferente do comum.
A ejaculação precoce ocorre de forma persistente com uma mínima
estimulação sexual e antes, durante ou logo após haver ocorrido a
penetração. É comprovado que as mulheres demoram um pouco mais a
atingir o orgasmo e, se o homem chegar ao orgasmo muito antes da parceira,
naturalmente ele perderá a ereção e não conseguirá fazer a companheira
chegar ao clímax. A ocorrência da ejaculação precoce é mais comum na
penetração vaginal do que no sexo oral ou anal e raramente observada
durante a masturbação.
Há vários tipos de medicamentos para o controle da hipersensibilidade
peniana. Para isso é necessário saber se a mesma é de origem primária
(desde os primeiros relacionamentos sexuais) ou secundária (iniciada após
um bom período de atividade sexual) o que altera completamente o
tratamento.
19
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O tratamento pode ser feito com terapêutica medicamentosa, drogas que
auxiliem a ereção (somente nos casos em que se associam distúrbios de
ereção), terapia sexual ou terapia psicológica.
Quando esse distúrbio ocorre desde os primeiros relacionamentos sexuais,
chama-se de causa primária, e, quando ocorre somente após algum tempo
da vida sexual, secundária.
Os tratamentos cirúrgicos, como a neurotripsia, auto-aplicações com
medicamentos para dar ereção e o implante de próteses penianas são
atualmente contraindicados como tratamentos de ejaculação precoce (I
Consenso Brasileiro de Disfunção Erétil, 1998).
O uso de medicamentos via oral para disfunção erétil ou drogas vasoativas
intracavernosas não é recomendado em pacientes com ejaculação precoce
exclusiva. No nosso site www.tudosobreejaculacaoprecoce.com.br esse
tema é abordado mais amplamente.
3.3. EJACULAÇÃO RETARDADA
Ejaculação retardada é menos comum no homem que a Ejaculação Precoce.
A prevalência de se adquirir a ejaculação retardada em homens abaixo de 65
anos é de 3 a 4 %. A ejaculação retardada pode ocorrer durante toda a vida
do homem ou aparecer em determinada época. Pode ocorrer durante todas
relações sexuais com varias parceiras ou pode ser intermitente em ocasiões
especiais Boa parte dos homens com ejaculação retardada (aprox. 75%)
pode se masturbar para ter o orgasmo mas muitos não conseguem orgasmo
nem dessa forma. Como todos os casos de disfunção sexual, homens com
ejaculação retardada podem reportar altos níveis de stress pessoal,
desinteresse sexual e ansiedade na performance sexual. Muitos homens
com ejaculação retardada entretanto, têm a característica de não ter
dificuldade em manter suas ereções normalmente porém mesmo assim
informam insatisfação com a vida sexual..
São conhecidas algumas causas que levam à ejaculação retardada:
Psicogênicas ou congênitas
Causas anatômicas: ex: a capacidade de ejacular é muito diminuída
em pacientes com lesão raquimedular e depende do nível e grau da
lesão.
Causas neurogênicas
Infecções
Problemas endócrinos
Efeitos colaterais de medicamentos
Questões culturais e/ou religiosas
Para o tratamento, procura-se identificar causas biológicas para essa
disfunção, como medicamentos, diabete melito ou cirurgia pélvica recente e
com isso otimizar o tratamento. Um indicador desse problema é o fato do
homem não conseguir uma ejaculação após 20 ou 30 minutos de relação ou
chega a parar por cansaço e irritação. Depois de estudadas todas possíveis
20
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causas orgânicas, pode ser necessário um apoio de terapia sexual para
solução do problema.
3.4. EJACULAÇÃO RETRÓGRADA
A Ejaculação Retrógrada ocorre quando o homem atinge o orgasmo e ejacula
para dentro da bexiga como conseqüência da falha do colo vesical em fechar
durante a ejaculação e pode ter diversas origens:
Causas Anatômicas – Fatores congênitos ou adquiridos ex: ressecção
endoscópica da próstata.
Fatores Neurológicos – lesões de medula, esclerose múltipla,
neuropatias conseqüentes de diabetes etc.
Causas Farmacológicas – Efeito colateral de alguns medicamentos
Esse tipo de distúrbio de ereção pode ser confirmado pelo histórico de algum
procedimento cirúrgico bem como por comprovação de esperma em simples
exame de urina feito após a ejaculação. Conforme a origem do problema
pode ser indicado um tratamento farmoterápico, ou cirúrgico. Ref: Standard
Practice in Sexual Medicine – Hartmut Porst and Jacques Buvat O tratamento
medicamentoso visa a produzir contração do colo vesical durante a
ejaculação.
3.5. AUSÊNCIA DE ORGASMO – ANORGASMIA
A anorgasmia é relativamente rara. Caso seja primária, quase que
certamente é psicogênica, mas anorgasmia secundária pode ocorrer em
pacientes com lesão da medula espinhal ou outras doenças neurológicas.
3.6. AUSÊNCIA DO EJACULADO
Falta de ejaculação pode ocorrer devido a anormalidades na produção ou
estocagem do esperma, ou a condições que afetem o processo de expulsão.
Causas psicológicas são comuns, mas, se um homem nunca ejaculou, devese suspeitar de uma causa orgânica. Anomalias congênitas como ausência
de vesículas seminais ou glândula prostática, podem ser responsáveis,
apesar disto ser muito raro. Há casos em que essa ausência provém de
efeitos colaterais de cirurgias (tais como cirurgia para câncer) com dano ao
tronco simpático. Prostatectomia radical quase sempre resulta em perda da
ejaculação, apesar das secreções das glândulas para-uretrais poderem
provocar pequenas emissões. As sensações orgásmicas são normais, porém
não há expulsão do sêmen. Pacientes com neuropatia distais, especialmente
diabéticos e portadores de outras doenças neuromusculares como esclerose
múltipla, podem apresentar aspermia por falta de contração de epidídimos,
deferentes, vesículas seminais e próstata. A ausência do ejaculado também
pode ser devida à não formação de material necessário para ejaculação.
Nos casos de ausência de ejaculado ou diminuição do mesmo deve-se
avaliar a hipótese de ejaculação retrógrada.
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TRATAMENTO DOS DISTÚRBIOS DE EJACULAÇÃO
Ejaculação Retardada – Ejaculação Retrógrada – Anorgasmia
FALHA NA EMISSÃO
- Causa neurogênica
- Problema metabólico
- Efeito colateral de
medicamentos
NUNCA
ORGASMO INIBIDO
- Terapia Sexual
TEM
ORGASMO?
ORGASMO INIBIDO
tem emissão noturna ou na
masturbação
Terapia Sexual
EFEITO RELACIONADO À
IDADE
ÀS VEZES
SEMPRE
TEM EJACULAÇÃO?
SIM
NÃO
A URINA APÓS ORGASMO
TEM ESPERMAS?
NÃO
ASPERMIA
- Obstrução
dos dutos
ejaculatórios
22
SIM
EJACULAÇÃO
RETRÓGRADA
- Reeducação
- Medicamentos
- Cirúrgico
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3.7. HEMOSPERMIA (HEMATOSPERMIA)
A presença de sangue no ejaculado costuma trazer muita preocupação ao
paciente, porém normalmente é de caráter benigno. Nos homens jovens,
com menos de 40 anos, pode ser devido a uma infecção do trato genital e aí
deve ser tratada de acordo. Nos homens mais idosos, pode estar associado
a cistos, cálculos de vias seminais, pólipos de dutos ejaculadores e vesículas
seminais. Felizmente a incidência de adenorcarcinoma de próstata detectada
com hemospermia é de apenas 1 a 3%. (*) Disfunção Sexual - Diagnóstico e
tratamento - Prof. Dr. Miguel Srougi e Prof. Dr. Mario Paranhos.
3.8. FUGA VENOSA
É uma falha na retenção do sangue dentro dos corpos cavernosos. Quando o
pênis enche, a pressão dentro dele aumenta, e as vênulas se abrem,
permitindo o escape do sangue. Isso é chamado na medicina de
incompetência venoclusiva dos corpos cavernosos, ou seja, fuga venosa,
levando a uma perda de tonicidade e impossibilidade do ato sexual.
A cirurgia para correção de fuga venosa foi muito adotada até algum tempo
atrás. Hoje em dia sabe-se que a cirurgia de fuga-venosa pode ter recidiva,
portanto, com os modernos medicamentos que dispomos a indicação e o
tratamento cirúrgico para a fuga-venosa caiu muito e acabou sendo
abandonada no Brasil conforme I Consenso Brasileiro de Disfunção Sexual –
SBU 1998.
3.9. FALTA DE DESEJO (LIBIDO)
A falta de libido é mais comum nas mulheres do que no homem porém ocorre
com uma certa frequencia também e é queixa comum tanto do próprio
homem como da companheira que se sente deixada de lado e não desejada
Esse tipo de problema também é bem menos comum que a disfunção erétil
em si o que se pode observar como homens com o desejo normal mas que
não conseguem uma boa ereção.
Algumas causas fisicas podem ser citadas: alcoolismo, drogas, obesidade,
hiperprolactina, efeito colateral de medicamentos, baixo índice de
testosterona e doenças como diabetes.
No lado psicológico podemos relatar casos associados a depressão, estress,
traumas de infância, homossexualidade latente mesmo problemas de
relacionamento.
Não há até hoje um medicamento específico para melhora da libido a não ser
quando há queda comprovada da testosterona. É importante lembrar que
medicações para Disfunção Erétil não melhoram a lbidio, interferindo apenas
na parte de ereção.
.
Na visão da Terapia Sexual, libido é uma energia provinda do instinto de vida,
que promove o interesse, a preservação, a condução para o
23
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desenvolvimento, ou seja, o que proporciona a busca do prazer de realização
da construção sadia e positiva para o desenvolvimento do ser humano.
Libido é uma energia vital, presente no homem nas suas diferentes fases do
desenvolvimento. Na atualidade é a mola principal que desencadeia o
interesse, o desejo, a busca do prazer de preservação da espécie. Fatores
orgânicos e medicamentos podem afetar a libido.
A exemplo, as frustrações vividas pelas dificuldades na realização da vida
sexual podem desencadear uma baixa no desejo, agravando cada vez mais o
quadro psicossexual do indivíduo. Drogas, medicações específicas também
afetam a libido, trazendo conseqüências graves no desempenho sexual.
Compete sempre a um especialista definir o motivo da causa de perda de
libido.
4. ALTERAÇÕES FÍSICAS DO PÊNIS
4.1. TAMANHO DO PÊNIS E ATROFIA DO PÊNIS (TAMANHO E
DIÂMETRO)
O que se observa na prática diária dos consultórios médicos é que a grande
maioria dos pacientes com queixas de pênis pequeno apresenta-se com o
órgão dentro das medidas tidas como normais para o homem adulto. É muito
comum o homem desejar ter um pênis ainda maior do que tem.
As médias registradas para o homem adulto são de 8,5 a 9,4 cm em flacidez
e de 12,9 a 14,1 cm em ereção. As variações assinaladas decorrem das
técnicas de medição utilizadas. Da flacidez para a ereção, o pênis aumenta
em média 4,5 cm em seu comprimento. (Da Ross C. Teloken C et al
Caucasian pênis: what is normal size? J Urol, 1994: 151 part 2:323A,
abstract 381). Em alguns casos, a obesidade cobre parcialmente o pênis ou,
em pessoas altas, o pênis "parece" pequeno. O micro pênis adulto
normalmente não atinge mais de 4 cm em flacidez ou 7,5 cm em ereção. Aí
sim poderia haver uma necessidade de correção cirúrgica. A correção
cirúrgica também pode ser indicada nos casos onde houver grande
encurtamento devido à Síndrome de Peyronie, amputação parcial, defeitos
traumáticos etc. (I Consenso Brasileiro de Disfunção Erétil).
Alguns pacientes que se
submeteram à postectomia,
com retirada excessiva do
prepúcio e da pele peniana,
também poder apresentar seu
órgão genital com aspecto
inadequado.
Cirurgias para o alongamento
e engrossamento de pênis
considerados
dentro
da
normalidade
estão
descartadas mundialmente até
o momento. Somente poderão ser indicadas cirurgias em situações
24
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extremamente especiais tais como casos comprovados de micro pênis,
retrações excessivas devido à doença de Peyronie, amputação parcial ou
retração peniana, em pacientes com lesão medular, com a finalidade de
facilitar a implantação de próteses e coletores urinários penianos (II
Consenso Brasileiro de D.E).
4.2. RISCO DOS MÉTODOS PARA AUMENTO DO PÊNIS
A tentativa de aumento do pênis ou de engrossamento do pênis é uma área
bastante conturbada devido ao alto nível de complicações que os métodos
apresentam.
Não há até o presente momento trabalhos que comprovem cientificamente o
funcionamento ou benefício obtido com uso dos aparelhos de tração.
Também não foram devidamente estudados se, o alongamento prometido
ocorrerá ou se será comprometido por um encurtamento cicatricial como
conseqüência da tração sobre os corpos esponjosos cavernosos. Há
também o risco de uma deformação definitiva como Doença de Peyronie.
O pênis não é um membro de musculatura estriada, funcionando apenas de
forma passiva quando se enche de sangue por estímulo sexual, ou seja, não
existem exercícios para desenvolvimento da “musculatura peniana”. Quem
participa da ereção é a musculatura perineal (entre bolsa escrotal e ânus)
bombeando sangue para os corpos cavernosos e consequentemente
enchendo a glande.
As cirurgias que muitas vezes são anunciadas para aumento peniano têm
inúmeras e freqüentes complicações, e alteram apenas a aparência,
causando uma falsa impressão de alongamento. Para isso são utilizados
lipoaspiração púbica, secção do ligamento suspensor do pênis ou retalho
cutâneo V-Y. As técnicas para “engrossamento” são feitas geralmente por
lipoescultura que geralmente fracassam, pois o tecido gorduroso injetado é
absorvido em grande parte em um ano. Outra conseqüência desse tipo de
procedimento é que pode causar assimétrica, nódulos ou curvaturas
causadas pela cirurgia. Em alguns casos pode-se observar cicatrizes
retraveis e deformidades do pênis, além da escrotalização do pênis, alteração
da angulação quando em ereção, surgimento de nódulos de gordura
residuais irregulares, bem como possível alteração da sensibilidade.
Somente em casos bastante específicos podemos dizer que há indicação da
cirurgia para aumento do pênis:
Casos severos de epispádia e hipospadia
Seqüelas de Peyronie
Defeitos traumáticos
Neoplasia de pênis: Casos em que foi feita uma retirada de uma parte
do pênis ou seja, amputação parcial do pênis
Retração peniana em pacientes lesados medulares
Micropênis – Pênis menores que 7 cm em ereção que impossibilitam a
relação sexual
25
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As técnicas cirúrgicas para aumento do pênis ainda estão em
desenvolvimento tendo até o momento eficácia duvidosa, visto que o grau de
satisfação com o resultado é mais subjetivo ( o paciente acha que aumentou)
do que objetivo (resultado da medida do pênis). Os riscos associados que
são infecções, impotência, perda de sensibilidade, secção de nervos
penianos, encurtamento (quando há fibrose extensa) e perda de angulação,
ainda não estão bem esclarecidos e, portanto esses procedimentos não
devem ser utilizados rotineiramente conforme preconizado até o momento
pela SBU – Sociedade Brasileira de Urologia. - (II Consenso Brasileiro de
Disfunção Erétil – SBU).
Embora os métodos de alongamente e engrossamento sejam até agora muito
sujeitos a complicações, é sempre imporrtante lembrar que poder haver
causas físicas que dificultem o desenvolvimento do pênis e que alguns casos
essas causas sim podem ser tratadadas portanto sempre é recomendado
passar por uma avaliação médica evitando deixar de tratar algo que pode em
alguns casos ter tratamento ou tentar por conta própria utilizar medicamentos
ou exercícios e aparelhos que podem vir a comprometer a saude do homem.
4.3. DOENÇA DE PEYRONIE
Doença de Peyronie (DP) é uma patologia comum entre os homens de 40 a
65 anos, e que provoca uma tortuosidade no pênis, dificultando e às vezes
até mesmo inviabilizando a relação sexual. Embora a prevalência ser maior
nos pacientes acima de 40 anos, cada vez mais se realiza o diagnóstico em
pacientes mais jovens. É verificado que a Doença de Peyronie causa grande
impacto na qualidade de vida, com grandes efeitos psicológicos. A DP
corresponde à presença de placas fibrosas na túnica albugínea dos corpos
cavernosos. Essas placas têm tamanhos e posicionamentos variados, desde
mínimas e, portanto, de difícil percepção, até grandes e múltiplas que
comprometem quase toda túnica albugínea.
Em alguns casos, o início é agudo, com dor
durante a ereção ou com a percepção de
placas
palpáveis
acompanhado
de
deformidade peniana.
Para outros
pacientes, o início é mais lento e a
deformidade vai se acentuando aos poucos,
conforme a fibrose do corpo cavernoso que
pode evoluir para a calcificação. Há uma
predominância da Doença de Peyronie em
pacientes diabéticos.
A origem dessa calcificação não é definida
ao certo, mas pode ser atribuída em parte a
pequenos e repetidos traumas ocorridos
durante a relação sexual, micro traumas
durante as ereções noturnas ou trauma
direto em indivíduos que apresentem
alguma pré-disposição. Um sintoma comum
26
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é o aparecimento de um caroço que pode ser sentido embaixo da pele do
pênis causando uma ereção bastante dolorosa e deixando às vezes a cabeça
do pênis frouxa. Como esta patologia é progressiva, torna-se necessário
efetuar-se um tratamento o mais rapidamente possível. Na fase aguda,
caracteriza-se por dor, ereções dolorosas, curvatura peniana durante a
ereção e placa palpável durante o exame físico.
A Doença de Peyronie (DP) pode ser tratada em primeira opção com
tratamentos clínicos. Em certos casos pode ser necessário, indicar-se a
cirurgia quando a DP leva a uma curvatura do pênis que impede ou
compromete a penetração vaginal e que a doença já esteja estável há 6 – 12
meses.
Somente se pensará em cirurgia quando os tratamentos clínicos não tiverem
sucesso e o paciente continuar com dificuldade para ter relação e após haver
estabilização da deformidade do pênis (curvatura, constrição ou indentação e
afinamento) e da(s) placa(s) juntamente com o desaparecimento de dor
quando o pênis fica ereto há pelo menos 6 meses.
A
curvatura
é
sempre
relacionada com a diferença
de tamanho do pênis de um
lado e do outro. Para corrigir
essa diferença existem 2
alternativas : ou encurtar o
lado mais longo ou alongar o
lado mais curto o que exige o
uso de enxertos. A técnica
que encurta o lado mais curto
chama-se
plicatura
ou
procedimento do tipo Nesbit e
deve
ser
utilizada
em
pacientes que tenham o
pênis com tamanho peniano adequado. A diminuição do tamanho do pênis
esperada depende da direção do grau de curvatura que o paciente
apresente. Após a cirurgia o paciente deverá retornar à atividade sexual
segundo orientações médicas de forma a não lesar novamente o pênis, ou
seja, será uma volta gradual. Esse tipo de cirurgia não costuma causar
disfunção erétil por ser a menos invasiva de todas.
A técnica para alongamento do lado curto deve ser utilizada em pacientes
que têm preocupação quanto ao tamanho do pênis ou que a curvatura seja
excessivamente acentuada.
A parte onde foram feitas as incisões e
removidas as placas têm que ser cobertas com tecidos. Esse tipo de cirurgia
é mais reservado a pacientes que tenham grandes deformidades no pênis,
porém que tenham boa qualidade de ereção apesar da deformidade uma vez
que apresenta maiores riscos causar disfunção erétil do que a técnica da
plicatura. Essa técnica de alongamento também resulta na abertura da
túnica albugínea que cobre os cilindros responsáveis pela ereção portanto é
uma técnica que somente deve ser feita por especialistas muito experientes.
27
Instituto Paulista
O implante de prótese peniana em indivíduos com Disfunção Erétil completa
e DP oferece resultados cosméticos e funcionais semelhantes aos demais
pacientes com disfunção erétil em que requer implante de prótese.
Segundo o Consenso da SBU de 2005, a terapia com ondas de choque não é
recomendada pois “Como ainda não existem trabalhos demonstrando
resultados positivos, a terapia de ondas de choque não deve ser indicada ou
utilizada, até que surjam evidências positivas em relação ao seu resultado”.
Estudos mostram uma prevalência e significante associação entre a
Disfunção Erétil e a Doença de Peyronie. Alguns homens com Peyronie
perdem a capacidade de manter o sangue no pênis e com isso não
conseguem uma boa ereção. O fato de o homem não ter uma ereção
suficientemente rígida permite infelizmente que o pênis se dobre durante o
ato sexual aumentando as chances de micro-traumas.
Há sempre
necessidade de se tratar juntamente com o Peyronie o problema de DE se
houver, evitando essas lesões.
4.4. PÊNIS TORTO CONGÊNITO
Normalmente o pênis torto congênito apresenta uma curvatura maior que 30
graus, para o lado direito ou esquerdo e essa curvatura ocorre no meio do
membro atrapalhando a relação sexual. É um tipo de anomalia embora o
homem já nasça com ela, passa a ser mais observada quando se iniciam
ereções encurvadas embora o paciente já tenha nascido com essa anomalia.
Recomendamos um exame físico para uma avaliação adequada.
Uma possível causa desse encurvamento peniano no jovem pode ser a
assimetria dos corpos cavernosos. Os corpos cavernosos deveriam ser
iguais, porém em alguns casos um deles é mais longo que o outro,
encurvando o membro para o lado do corpo cavernoso mais curto, não
havendo um lado mais freqüente.
O tratamento pode ser cirúrgico nos encurvamentos acentuados que não
permitam a penetração para a prática sexual, bem como nos casos que se
observe a existência de fimose.
4.5. CRIPTORQUIDIA
Diz-se que existe Criptorquidia sempre que não é possível palpar um
testículo na bolsa escrotal. Quando não é possível encontrar um ou os dois
testículos nas bolsas escrotais deve-se estudar o motivo. Essa ausência
pode-se originar de problemas congênitos ou adquiridos.
Testículos verdadeiramente não descidos;
Testículos fora do local (ectópicos);
Testículos retráteis ou em “ascensor”;
Testículos ausentes.
Nos dois primeiros casos, o reposicionamento costuma exigir uma cirurgia. O
tratamento de um testículo não descido unilateral ou bilateral deve ser
28
Instituto Paulista
realizado no início do 2º ano de vida. Há casos.em que o testículo aparece
extremamente atrofiado sendo indicado sua remoção.
O melhor método para diagnosticar testículos não palpáveis é a
Laparoscopia. Normalmente a descida só se dá dentro do primeiro ano de
vida. Mesmo com a possibilidade de tratamento hormonal, há casos em que
mesmo assim há necessidade de tratamento cirúrgico da criptorquidia. No
caso do tratamento cirúrgico também pode ser corrigida uma hérnia inguinal
em muitos dos casos. A importância de identificar precocemente os casos de
testículos não descidos deve-se ao fato de que podem surgir complicações
quando não são corrigidos no tempo devido, principalmente infertilidade na
idade adulta, desenvolvimento de tumor (muitas vezes maior), ocorrência de
hérnia associada ou torção do testículo não descido.
É ainda bastante considerável o efeito psicológico negativo provocado pela
existência de um saco escrotal vazio. O homem fica inibido e inseguro,
assim como uma mulher que retira sua mama.
A fim de se amenizar esse efeito psicológico, há casos em que há a
possibilidade de implante de uma prótese testicular que irá disfarçar com
grande perfeição a ausência do testículo dentro da bolsa escrotal. Essa
prótese, embora não tenho função orgânica alguma, melhora, e muito a
autoconfiança do homem.
4.6. FIMOSE, POSTECTOMIA E CIRCUNCISÃO
É natural que haja uma pele na extremidade do pênis (glande) porém deve
permitir que ao ser puxada para trás permita a exposição da glande,
facilitando a higiene. Fimose é a ausência de exposição da glande pela
tração da pele que cobre a própria glande. Crianças recém-nascidas até
próximo há 3 anos de idade normalmente não têm o prepucio retratil o que
geralmente ocorre após essa idade. Normalmente ocorre nas crianças entre
3 a 4 anos de idade e normalmente se desfaz espontaneamente. O
tratamento pode ser iniciado com pomadas e na falta de resultado, com
cirurgia.
A postectomia (cirurgia para
correção da fimose) é indicada
quando o prepúcio não consegue
se retrair para expor a glande,
provocando dor quando o pênis
está em ereção e facilitando o
acúmulo de secreções que
podem levar ao surgimento de um
processo inflamatório da glande e
prepúcio
(balanopostites)
ou
mesmo infecções urinárias. Há
evidências que essa falta de
higiene
está
associada
ao
surgimento de tumores penianos.
29
Instituto Paulista
É uma cirurgia onde se faz a retirada da pele do prepúcio (dobra de pele) que
encobre a glande do pênis, normalmente sob anestesia local nos adultos e
geral nas crianças. Embora sejam dados pontos para fechamento da pele,
geralmente a cirurgia não deixa cicatriz. Não há diferença no resultado
estético se a cirurgia é feita na infância ou na idade adulta. Deve-se, sempre
que possível, nas cirurgias sobre o prepúcio preservar a maior área possível
para proteger o máximo da glande.
Antigamente tinha indicação pela higiene e perdeu adeptos nos últimos anos,
sendo atualmente quase que exclusiva dos portadores de fimose
Casos específicos como infecções urinárias na infância, acúmulo de
esmegma, infecções locais repetidas, etc., devem ser avaliadas por um
especialista.
A fimose não é uma exclusividade apenas dos meninos. Não raro nos
deparamos no consultório com homens de idades variadas que apresentam
tal alteração. Pode ser de origem inflamatória, por trauma ou má higiene e
ainda, congênito. Na maioria das vezes o tratamento é cirúrgico. Podemos
citar o Diabetes como uma causa muito comum de fimose no adulto.
Não há correlação no adulto de alteração na ereção e nem na fertilidade com
a fimose. Muitos adultos confundem fimose com o freio do pênis curto que
pode apresentar lesões durante a ereção ou ato sexual. Neste caso, o
tratamento é apenas a liberação do freio.
4.7. GLÂNDULAS DE TYSON OU GLÂNDULAS PREPUCIAIS
As Glândulas de Tyson são estruturas que secretam substâncias que
protegem o pênis, podendo facilitar a penetração e estão presentes em todos
os homens. sendo responsáveis pela produção do esmegma. O acúmulo
excessivo do esmegma (secreção branca que fica na glande) deve ser
evitado com uma boa higiene visto que essa secreção pode prejudicar a
saúde do homem.
Essas glândulas possuem o aspecto
de uma fileira de bolinhas brancas,
ao redor da cabeça do pênis
semelhante a uma coroa. Em muitos
homens
são
praticamente
imperceptíveis porém em outros
podem estar mais evidentes,. A
ocorrência das glândulas em maior
tamanho é completamente natural e
não são prejudiciais para a saúde do
homem nem se caracteriza como
doença sexualmente transmissível.
Alguns homens se sentem incomodados com essas glândulas que ficam às
vezes com aspecto semelhante a "espinhas" e solicitam a retirada das
30
Instituto Paulista
mesmas, o que normalmente não é necessário nem aconselhável. Também
é importante lembrar que, aparecendo esse tipo de formação não se deve
nunca espremer Observando algum tipo de alteração na glande é importante
passar por uma avaliação médica para ter certeza de que se trata de
Glândulas de Tyson e não de algum tipo de DST que pode causar lesões
semelhantes às glândulas.
4.8. BIOPLASTIA PENIANA – OQUE É E POSSÍVEIS RISCOS
O engrossamento peniano é um desejo de muitos homens que acabam
recorrendo à bioplastia com o objetivo de engrossá-lo que é uma técnica para
obter um aumento peniano em circunferência. Embora haja muita divulgação
de ser um procedimento “não cirúrgico”, feito com anestesia local e com
resultado imediato é uma técnica de resultados bastante duvidosos. O
PMMA é um produto sintético que não será absorvido pelo organismo e por
esse motivo não necessitará de novas aplicações porém também não será
eliminado de forma natural se for preciso. Quando há necessidade de sua
retirada a mesma é sempre feita de forma cirúrgica.
O PMMA é uma substância autorizada para a Anvisa em casos de
preenchimento com sucesso porém na área de urologia tem apresentado
infelizmente diversos problemas.
O homem busca
com a aplicação
do PMMA um
pênis
mais
grosso
porém
que
mantenha
uma aparência
estética natural e
com as mesmas
funções.
Antes do procedimento é fundamental verificar a necessidade ou não de se
fazer uma postectomia antes (cirurgia de fimose) e também um teste de
alergia à substância que será injetada mas, mesmo com todos esses
cuidados é muito comum o resultado não ser o que se espera pois pode
haver diversos tipos de sequelas como observo com grande frequência no
consultório:
Disfunção Erétil
Rejeição da Pele
Formação de Nódulos
Resultados Não Estéticos
Infecção
Existe também um parecer do CREMESP sobre o uso do Polimetilmetacrilato
(PMMA) que confirma reações adversas relatadas em artigos científicos
sobre a matéria bem como comunicação de diversos médicos que causariam
31
Instituto Paulista
danos ao organismo dos pacientes, alguns até irreparáveis, com perdas de
funções vitais.
Tem havido recentemente um aumento muito grande de pacientes que
fizeram a Bioplastia e que procuram agora o Instituto Paulista para efetuar a
retirada do mesmo. Essa retirada nem sempre é tão fácil de ser feita uma
vez que o PMMA acaba se incorporando ao organismo o que dificulta sua
retirada porém ajuda muito a amenizar o problema causado pela substância.
As principais causas da retirada são por problemas inflamatórios ou de
aspecto bastante não estético do pênis após a bioplastia. Nota-se hoje em
dia um grande número de clinicas especializadas nesse processo porém
muito poucas informam os riscos do procedimento ou mesmo têm estrutura
médica para realizar a retirada quando preciso.
5. DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS
O aumento do número de casos de DST encontra-se ligado ao
comportamento sexual. Como fatores determinantes temos promiscuidade e
certas práticas sexuais. Infelizmente a grande maioria não tem vacinas para
evitar.
5.1. Sífilis (Cancro Duro)
É um tipo de doença infecto-contagiosa
ocasionada pelo Treponema pallidum que pode
atingir diversos órgãos (ex: pele, olhos, ossos,
sistema cardiovascular, sistema nervoso)
Geralmente a manifestação inicial sempre se faz
no local da penetração da bactéria, ou seja, no
genital, representada por uma ferida de bordas
endurecidas e sem dor (por isso também
chamada de “cancro duro”), associada ao
aumento de tamanho de gânglios na região das
virilhas.
A transmissão ocorre através de
32
Instituto Paulista
sangue contaminado ou relação sexual. O período de incubação varia de 1
semana a 3 meses e necessita um tratamento medicamentoso para sua cura.
Os tratamentos costumam dar alto índice de cura quando feitos de forma
adequada.
5.2. Gonorreia
É uma doença infecto-contagiosa causada por uma bacteria conhecida como
gonococo que causa muita secreção purulenta na uretra do homem e na
vagina e/ou uretra da mulher. Normalmente no início percebe-se uma
coceira na região genital ou ardor ao
urinar.
É uma doença altamente
contagiosa e deve-se tomar muito
cuidado pois na grande maioria das
mulheres contaminadas não chega a
apresentar sintomas. O perído de
incubaçãoé de 2 a 10 dias e exige
antibioticoterapia para seu tratamento.
Se não diagnosticada e tratada
adequadamente poderá evoluir para
complicações importantes, desde
inflamações crônicas da próstata até
infertilidade.
5.3. HPV - Condiloma (Crista de Galo)
É um tipo de infecção causado por um grupo de vírus (HPV) que causam
lesões papilares dando um aspecto de couve-flor e é a doença sexualmente
transmissível com maior incidência nos adultos com vida sexual ativa.
Existem cerca de 40 milhoes de
pessoas infectadas pelo HPV,
segundo estatísticas americans,
ou seja, quase 1/5 da população
daquele país. Estima-se que no
Brasil as estatísticas sejam
semelhantes. Essa lesão pode
atingir diversos locais do genital
masculino (glande, prepúcio e
uretra) bem como no genital
feminino (vulva, períneo, vagina e
colo do útero) e também no anus e
no reto. Nem sempre é visível a
olho nu. O diagnóstico é baseado na história clínica do paciente e de exame
físico minucioso. Como exame complementar pode-se utilizar a peniscopia e
a colposcopia com biópsias, citologia e exame de DNA. A transmissão se dá
através de contato sexual íntimo não sendo necessária penetração para isso.
O condiloma pode ficar incubado por apenas algumas semanas ou mesmo
anos. O tratamento feito no local pode ser cáustico, quimioterápico ou
mesmo cauterização dependendo do caso. Estimuladores de imunidade
muitas vezes são também utilizados. Infelizmente observa-se grande índice
de retorno do problema mesmo fazendo-se um tratamento adequado. O
33
Instituto Paulista
preservativo é o único dispositivo que pode gerar algum tipo de proteção,
embora não seja 100 % seguro. Certamente existe uma forte relação entre o
contágio pelo HPV e o desenvolvimento de neoplasias (câncer),
principalmente do colo do útero.
5.4. AIDS (SIDA)
É causado por um vírus que compromete a parte imunológica dos homens e
mulheres dificultando ou mesmo impedindo a proteção contra bactérias,
vírus, parasitas e mesmo células cancerígenas. AIDS, também conhecida
como SIDA (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida) é muito conhecida
também por HIV positivo. O paciente portador de AIDS está mais sujeito a
pneumonias, tumores, linfomas, distúrbios neurológicos e Sarcoma de
Kaposi. A transmissão pode ocorrer por contato com sangue contaminado,
sêmen, secreção vaginal e até mesmo pelo leite materno. É uma síndrome
que pode levar de 3 a 10 anos para mostrar seus sintomas desde a
contaminação. O tratamento, embora já tenha evoluído bastante ainda não é
capaz de curar a AIDS mas ajuda bastante a controlar as doenças
oportunistas que costuma ocorrer, prolongando as chances de vida do
paciente bem como melhorando sua qualidade de vida. Para prevenção
recomenda-se todos os cuidados durante a relação sexual bem como
cuidados em transfusões de sangue, manipulação de sangue e uso de
seringas potencialmente contaminados.
5.5 Herpes Genital
É um tipo de infecção causada
por um grupo de vírus que
causa infecções na região
genital e que apresentam um
quadro típico: As bolhas
(bastante
doloridas
e
avermelhadas) duram de 4 a 5
dias, formam uma ferida e
acabam
por
cicatrizar
expontaneamente.
Herpes
Genital é transmitido por
relação sexual e tem um
período
de
incubação
indeterminado. O tratamento
existente até hoje não oferece
uma cura do problema porém
visa aumentar o intervalo entre
as crises e diminui os sintomas
quando ocorre.
5.6 Uretrite Chlamidiana
É uma infecção causada por uma bactéria chamada Chlamydia tracomatis.
Apresenta uma secreção esbranquiçada, inodora e um tanto fluida, quase
sempre sem sintomas ou ardência.
34
Instituto Paulista
5.7 Candidíase Peniana
Esse tipo de inflamação geralmente aparece na glande e na pele que a
recobre como pequenos pontos avermelhados que coçam bastante devido à
presença de fungos, sendo o mais comum o "candida albicans". É um tipo de
problema bastante comum em diabéticos. Embora esteja colocada como uma
DST, a sua transmissão não ocorre somente por contato sexual.
6. ESTERILIDADE
6.1. VASECTOMIA E REVERSÃO DE VASECTOMIA
A Vasectomia é um método seguro e
eficaz no processo de esterilização do
homem que não deseja mais ter filhos.
Consiste em uma cirurgia tecnicamente
simples e de rápida recuperação desde
que realizada por especialistas e em
condições
favoráveis.
Os
ductos
deferentes, que são pequenos canais
que conduzem os espermatozóides ao
sêmen, são ligados; ou seja amarrados
dentro da bolsa escrotal. Cerca de 13%
dos casais americanos utilizam este
método como forma contraceptiva de gravidez.
A cirurgia somente é permitida em homens com capacidade civil plena e
maiores de 25 anos de idade ou, pelo menos, com dois filhos vivos, desde
que observado o prazo de sessenta dias entre a manifestação da vontade e o
ato cirúrgico.
Um dos primeiros relatos de
reversão de vasectomia ocorreu
em 1915, e, de lá para cá as
técnicas cirúrgicas evoluíram
muito. Em torno de 2 a 6% dos
pacientes acabam optando pela
sua reversão, principalmente
com o grande número de casais
que se separaram e que
pretendem constituir uma nova
família fato bastante comum nos
dias de hoje. Apesar disso não
se pode em hipótese alguma
fazer a cirurgia como método
anticoncepcional temporário, ou seja temos que tratar a cirurgia como
“definitiva” para evitar-se frustrações posteriores.
O tempo de Vasectomia é um fator crítico para os resultados, pois, quanto
menor maior a chance de sucesso. A idade da parceira e sua condição de
35
Instituto Paulista
fertilidade também são essenciais. Nas reversões até três anos após a
vasectomia a chance de se obter espermatozóides no ejaculado é de 97%, e
de gravidez 76%. Entre três e oito anos, as chances de gravidez caem para
53% e entre nove e catorze anos é de 44%. Em aproximadamente 70% das
vasectomias com mais de quinze anos, a chance para gravidez é de 31%.
6.2. VARICOCELE
Varicocele é presente em 15% da população masculina e em
aproximadamente 40% dos homens que apresentam problema de fertilidade,
pois acaba afetando a parte de espermatogênese. (CONSENSO AUA).
Varicocele são veias que se dilatam em volta do cordão espermático.
Formam-se geralmente com o decorrer da idade e podem causar esterilidade
pois aumentam a temperatura da bolsa escrotal e diminuem a drenagem de
sangue da bolsa escrotal.
Varicocele é encontrada em 15% da população masculina em geral, 35% dos
homens com infertilidade primária e 80% dos homens com infertilidade
secundária.
* Jarrow.JP : Effects of Varicocele on Male Fertility. Hum Reprod. Update 2001;7:59
A cirurgia é feita em hospital,
com uma pequena anestesia
peridural ou raqui e o
paciente necessitará ficar
internado por 1 dia. Quanto
mais rápido o diagnóstico,
melhor o prognóstico.
A
cirurgia visa evitar o refluxo
de sangue para a bolsa
escrotal.
6.3. AZOOSPERMIA (AUSÊNCIA DE ESPERMA NO EJACULADO)
A azoospermia é definida como a ausência de esperma na ejaculação e é
presente em aproximadamente 15 % dos casais que não conseguem
engravidar após 1 ano de relações sem nenhum tipo de método
anticoncepcional. (Consenso AUA). Azoospermia pode ter 3 causas
principais : a) Estimulação hormonal inadequada dos testículos. b) Falha
genética na formação dos testículos. c) Obstrução ou anormalidades no
ducto que leva o esperma para uretra. Azoospermia é diferente de aspermia
que é a ausência de qualquer líquido seminal na ejaculação.
6.4. HIDROCELE
Hidrocele é a presença de líquido em quantidades anormais dentro do
escroto e envolvendo o testículo. Pode ser unilateral ou bilateral. As
hidroceles podem ser congênitas ou adquiridas e causam um aumento nem
sempre doloroso, mas muitas vezes desconfortável do escroto.
36
Instituto Paulista
No
homem
adulto,
as
hidroceles são produto do
desequilíbrio existente entre a
formação e a absorção do
líquido naturalmente existente
ao redor do testículo. Isso
pode
ocorrer
devido
a
processos
inflamatórios
(epididimite, retráteis, tumores)
ou traumatismos. Cerca de 5 a
10% dos tumores de testículo
apresentam-se acompanhados
de hidrocele.
Muitos casos regridem em crianças até os 12 primeiros meses de vida, mas
em casos onde não resolva nesse período, ou se houver uma hérnia, há
necessidade de cirurgia.
7. TRATAMENTOS CLÍNICOS E CIRÚRGICOS
7.1. TRATAMENTOS CLÍNICOS
7.1.1.
MEDICAMENTOS VIA ORAL
SILDENAFIL (Viagra ™)
Sildenafil é um remédio via oral, que foi aprovado pelo FDA (Food and Drug
Adminstration – AUA) em 1998 e que foi um grande avanço no tratamento da
Disfunção Erétil. É apresentado em dosagens que variam de 25, 50 e 100
mg. Somente o médico saberá indicar qual a mais adequada para cada caso.
Funcionará bem em pacientes jovens sem patologias graves, pois é um
vasodilatador seletivo das artérias dos corpos cavernosos, agindo como
inibidor seletivo nas PDE5, favorecendo assim, uma ereção dos corpos
cavernosos. Em pacientes com patologias mais graves ou mais idosos sua
utilização não será tão indicada, pois o Alprostadil será mais eficiente, ou
mesmo o uso de próteses penianas infláveis ou maleáveis.
Para alguns pacientes a droga não oferece muitos efeitos colaterais, no
entanto é contraindicado para pessoas com problemas cardíacos ou que
fazem uso de nitrato.. Os efeitos colaterais mais comuns são taquicardia, dor
de cabeça, hipotensão, gastrite, diarréia, distúrbios visuais, e em pacientes
cardíacos ou hipertensos que nitratos, o risco de problemas cardíacos é alto.
Toda pessoa que queira utilizar o Sildenafil deve procurar um especialista
para uma análise clínica antes. Esse medicamento é contra indicado em
pacientes que façam uso concomitante com nitratos e na rara doença visual
retinite pigmentosa e só deve ser utilizado com orientação e prescrição
médica. Nunca se automedique.
TALADAFIL (Cialis™)
37
Instituto Paulista
O efeito desse medicamento é bastante prolongado, chegando a 48 horas.
Também apresenta alguns dos efeitos colaterais tais como dor de cabeça,
rinite. Foi licenciado em doses de 10 e 20 mg. O medicamento deve ser
tomado algum tempo antes da hora prevista para a atividade sexual.
Obs. Pacientes que usam nitrato não podem fazer seu uso e só deve ser
utilizado com orientação e prescrição médica. Nunca se automedique.
CLORIDRATO DE VARDENAFIL (Levitra ™)
Esse medicamento é indicado para o tratamento da disfunção erétil, e a fim
de que seja eficaz, convém e é necessário um estimulo sexual (visual, táctil
e/ou psicogênico). A sua absorção é feita rapidamente, aproximadamente 15
minutos e continua agindo por pelo menos quatro ou cinco horas. Com duas
apresentações disponíveis (10 ou 20 mg), e SEMPRE SOB ORIENTAÇÃO E
PRESCRIÇÃO MÉDICA pode-se ajustar a dose para atender às
necessidades individuais de cada paciente. Normalmente age rapidamente,
na maioria dos pacientes, já na primeira dose, e apresenta eficácia mantida
com o passar do tempo.
Como esse medicamento tem propriedades vasodilatadoras discretas,
resultando em reduções leves e transitórias da pressão arterial, a
administração concomitante de nitratos com Levitra ™ é contraindicada. O
Cloridrato de Vardenafil não está aprovado para indivíduos com menos de 18
anos. As reações adversas comuns (>1%<10%) incluem dispepsia, náusea,
vertigem e coriza..
CARBONATO DE LODENAFILA (Helleva ™)
É um medicamento que inicia sua ação aproximadamente após uns 40
minutos e dura de 4 a 5 horas. Como boa parte dos medicamentos já
apresentados também pode ter como efeito colateral cefaléia, dispepsia,
congestão nasal, rubor facial ou dor lombar. É contra indicado para
pacientes que façam uso de nitratos e portadores de retinite pigmentosa.
IOIMBINA
A Ioimbina foi por mais de um século tida como elemento afrodisíaco. Em um
estudo com homens que apresentavam distúrbios de ereção de fundo
psicogênico, a Ioimbina apresentou resposta positiva de 31% dos pacientes,
contra 5% do placebo. Entretanto, em pacientes com distúrbios de ereção de
origem física, a Ioimbina não apresentou resultados melhores que o placebo.
O seu uso foi bastante reduzido após o aparecimento de drogas orais mais
efetivas.
TRATAMENTOS HORMONAIS
Uma deficiência do hormônio sexual masculino, a testosterona, pode
acarretar distúrbios de ereção. Nessas situações, o tratamento de reposição
hormonal apresenta bons resultados. Apenas aproximadamente de 3 a 4%
da população masculina apresenta esse tipo de problema e pode se
beneficiar com o tratamento. Efeitos colaterais de uma reposição hormonal
podem ser sérios em pacientes com história de problemas cardíacos, de rins,
fígado e, especialmente câncer de próstata. Sempre necessita avaliação e
prescrição médica.
38
Instituto Paulista
7.1.2.
MEDICAMENTOS INJETÁVEIS
PROSTAGLANDINA E ALPROSTADIL
A terapia de injeção intracavernosa é o tratamento não cirúrgico mais eficaz
para DE e sugerido quando medicamentos via oral
não são eficientes. O maior problema desse tipo de
tratamento é ser invasivo e tem potencial para
causar
priapismo
(ereção
excessivamente
prolongada).
As injeções intracavernosas são
indicadas em casos de alterações arteriogênicas,
neurogênicas, impotência psicogência refratária a
outros tratamentos, impotência provenientes de
algumas drogas e impotência mista. Existe uma
contraindicação do uso desse tipo de tratamento em casos de problemas de
coagulação, distúrbios psiquiátricos severos, priapismos de repetição e
doenças cardiovasculares instáveis (*13). As drogas mais utilizadas para uso
intracavernoso são a prostaglandina, fentolamina e papaverina utilizadas em
diversas formualações e proporções.
A prostaglandina é uma substância existente no corpo humano e que é
metabolizada nos pulmões, fígado. Essa substância permite a dilatação das
artérias e conseqüentemente o enchimento dos corpos cavernosos,
possibilitando o intumescimento do pênis.
A prostaglandina é antagonizada (ou seja, tem seu efeito diminuído) por
outras drogas como a adrenalina e a noradrenalina. Esse é o motivo pelo
qual o homem com stress acentuado às vezes não consegue uma boa
relação sexual, simplesmente por ter uma liberação acentuada de adrenalina
endógena e que limita a sua ereção.
Uma técnica popular de tratamento envolve a injeção de uma pequena
quantidade de medicação diretamente dentro do tecido erétil do pênis. A
ereção geralmente ocorre dentro de 10 minutos e dura de 30 a 90 minutos. A
utilização de um aplicador próprio torna este processo fácil e indolor.
A auto-aplicação de medicamentos (sempre após orientação médica), já é
muito utilizada nos EUA e no Brasil. O uso Preparação:
destes medicamentos é muito freqüente em *Injetar o líquido diluente no vidro
*Diluir o pó homogeneamente
pacientes com indicação de prótese peniana *Absorver o líquido de volta na seringa
ou com isquemia do pênis. Através destes Antes da aplicação:
*Eliminar as bolhas de ar: com a agulha
medicamentos é possível prolongar-se uma apontada para cima bater na lateral para
ereção naturalmente por até duas horas. soltar as bolhas e apertar até esguichar
um pouco do líquido para fora
Normalmente são utilizados derivados da Aplicação:
prostaglandina, geralmente o Alprostadil, em *Limpar o local da injeção com álcool ou
sabão
várias fórmulas comerciais. Já existem em *Inserir a agulha na lateral do pênis e
farmácias comuns algumas formulações de aplicar o líquido
autoaplicações porém em casos específicos
torna-se necessário adaptar a formulação ao paciente exigindo a
manipulação da mesma a fim de se obter o melhor resultado. É necessário
sempre fazer um teste de ereção para verificar para cada paciente qual seria
39
Instituto Paulista
a formulação mais adequada bem como a dosagem a ser utilizada. Cada
paciente reage de uma forma diferente ao medicamento.
É um tipo de
tratamento muito eficaz e que exige sempre uma orientação e
acompanhamento médico.
O paciente em nosso Instituto terá sempre um acompanhamento médico, 24
horas por dia, com telefone e BIP de emergência para o paciente fazer uso,
se necessário for.
7.1.3.
BOMBA DE VÁCUO
O tratamento utiliza uma bomba e um cilindro para criar
vácuo ao redor do pênis para que ele se intumesça, pois
facilita que o sangue volte para o mesmo. Quando o
pênis atinge a ereção desejada é colocado um anel de
constrição para a manutenção do estado ereto. O cilindro
deve ser adaptado para fazer pressão apenas no corpo
cavernoso e não na uretra. A bomba a vácuo é muito
utilizada em homens que tiveram que remover a prótese
peniana por algum motivo. Apesar de ser uma técnica
não invasiva e com baixa taxa de complicações, exige
boa destreza manual por parte do paciente para sua
utilização, bem como pode levar a contusões no pênis e interferir na
ejaculação.
Algumas companheiras se queixam da ligeira queda de temperatura do
membro, da necessidade de se utilizar gel na relação e da perda de
espontaneidade com a utilização do dispositivo.
7.2. TRATAMENTOS CIRÚRGICOS
Logo que os tratamentos para disfunção erétil via oral começaram, houve
uma grande diminuição do número de implantes pois os pacientes desejavam
tentar alguma outra solução que parecia menos agressiva que os implantes
penianos. Passada essa etapa inicial, o número de implantes penianos
voltou a crescer e superaram inclusive o número que era praticado antes da
introdução dos tratamentos via oral. Os tratamentos via oral mostraram aos
homens com disfunção erétil que esse problema era em boa parte dos casos
de origem física e que tinha tratamento. Estudos recentes revelam que entre
40 e 46% dos brasileiros apresentam algum grau de disfunção erétil (*1,2) e
que esse problema se torna ainda maior em decorrência da idade (*3,4)
7.2.1. PRÓTESES PENIANAS OU IMPLANTES PENIANOS
Preferimos atualmente chamar as próteses penianas de implantes penianos
pois, o termo prótese seria a substituição de uma parte do corpo, e não é o
que acontece com os implantes que são colocados por dentro do pênis,
ficando completamente internos e sendo altamente estéticos. Os implantes
são uma excelente opção de tratamento para pacientes com disfunção erétil
devido a causas orgânicas, e que não obtiveram sucesso com os tratamentos
40
Instituto Paulista
clínicos (medicamentos tópicos via oral, bomba de vácuo e auto-aplicação).
A prótese devolve ao homem um “esqueleto” novo para o pênis, fazendo com
que ele volte a ter relações sexuais com ejaculação e orgasmos normais. A
avaliação psicológica do paciente deve ser cuidadosa, evitando-se criar
falsas expectativas quanto ao resultado final. Pacientes com alto nível de
ansiedade, deprimidos ou com baixa autoestima podem não ter o implante
recomendado. O ideal é que a companheira participe e colabore com a
cirurgia, mas isso exige a anuência do próprio paciente.
O implante peniano implica na substituição do mecanismo de ereção natural
do corpo por um sistema de ereção artificial. Houve uma grande evolução
nessa área nos últimos anos e hoje há diversos tipos de próteses disponíveis
no mercado. Há próteses que são formadas por um tubo de silicone
semiflexível e uma haste interna de platina ou prata e que mantém
determinada tensão no pênis, há implantes articuláveis e também implantes
que são formados por um sistema inflável em que o pênis fica ereto ou perde
a ereção controlado por um dispositivo hidráulico de transmissão de pressão.
Estudos comparativos mostram que os implantes tem índices de satisfação
acima dos outros tratamentos (*)
93 % dos pacientes com implantes estão moderada ou totalmente
satisfeitos
51 % dos pacientes que utilizam tratamentos via oral estão moderada
ou totalmente satisfeitos
40 % dos pacientes com auto-aplicações estão moderada ou
totalmente satisfeitos.
(*) A Rajpurkar, C Dhabuwala, Comparison of Satisfaction Rates and Erectile Function J.Urol 2003 July 170:
159-163
Benefícios do implante:
Permite o retorno a uma vida sexual;
Oferece uma solução em longo prazo;
Permite ter ereção e relação quando desejar;
Oferece uma ereção duradoura;
Elimina os gastos com medicamentos via oral ou injetável;
Não interfere na ejaculação ou no orgasmo.
Tipos de próteses
a) Maleável, tipo semi-rígido – Esse tipo de implante tem sido usado por
médicos há mais de vinte anos. Durante essas duas décadas, foram
desenvolvidos muitos modelos
diferentes. Esse tipo de
implante cria uma semi-ereção
permanente e é tecnicamente
fácil de implantar, e menos
dispendioso além de ter um
índice de complicação muito
baixo.
41
Instituto Paulista
O uso não exige nenhuma habilidade especial por parte do paciente ou da
companheira.
b) Articulável – Esse tipo de prótese é mais um tipo à
disposição do homem que busca uma solução para a
disfunção erétil, mas deseja um tipo de prótese mais
simples que as infláveis. É bastante indicada para
homens que tenham alguma dificuldade em lidar com as
próteses infláveis, mas que ao mesmo tempo queiram
uma boa rigidez. O corpo segmentado permite colocar a
prótese em qualquer posição enquanto mantém uma ereção suficiente para a
relação sexual.
c) Inflável de dois volumes –
Essa prótese combina os
cilindros padrão da prótese de
um
volume
com
uma
minúscula bomba escrotal que
torna mais fácil inflar a prótese
do que bombear as pontas dos
cilindros da inflável de um
volume. O esvaziamento é
conseguido flexionado-se a prótese por 10 a 15 segundos. Apesar de exigir
uma certa habilidade por parte do homem para manuseá-la, é bastante
simples e, quando desinflada fica mais natural que a maleável.
d) Inflável de três volumes – Este implante inflável de vários volumes
consegue uma ótima ereção: uma ereção verdadeiramente rígida, grossa e
natural. É imperceptível aos olhos quando mole, e geralmente não pode ser
notada ao se tocar o pênis. Encontra-se também disponível este mesmo
implante só que com revestimento de antibiótico o que pode ser bastante
recomendado em alguns casos específicos, visando evitar-se infecções
O implante peniano é sempre feito em hospitais e é fundamental esclarecer
antes ao paciente todos os detalhes básicos do procedimento tais como a
irreversibilidade da cirurgia devido a destruição dos tecidos cavernosos, a
42
Instituto Paulista
disponibilidade dos diversos tipos de prótese (vantagem e desvantagens de
cada uma) bem como todos os cuidados a serem tomados antes e após o ato
cirúrgico. O paciente deve sempre assinar um termo de Consentimento
Informado antes do procedimento, mostrando que tem total conhecimento do
tipo de cirurgia que irá fazer bem como consciência de que há riscos como
qualquer outra cirurgia. Um ponto que sempre tem que ser lembrado é que a
finalidade do implante é de dar rigidez ao pênis e não de aumentar a
dimensão do pênis como algumas pessoas pensam.
Dentre as opções de implante também surgiu um implante da empresa AMS
chamado LGX (Length Girth Xpansion) que permite com uma expansão
controlada atingir um aumento do diâmetro e do comprimento do pênis e é o
implante que oferece uma ereção o mais próximo do fisiológico.
A escolha do tipo de prótese a ser
utilizada depende das condições
médicas do paciente, condições
financeiras, estilo de vida e
preferência pessoal. Nem sempre o
implante mais caro será o melhor.
Alguns pacientes, mesmo tendo
condições, acabam por optar pela
maleável por ser mais fácil de
manusear.
Já outros realmente
optam pelas infláveis apesar do
custo por serem mais discretas
quando flácidas, oferecerem uma
rigidez maior em casos de problemas
venoclusivos mais sérios no pênis,
permitem um enchimento maior.
Em alguns casos o homem com o passar do tempo apresenta alguns
problemas orgânicos e com isso verifica uma diminuição no enchimento
sanguíneo dos corpos cavernosos do pênis causando uma diminuição no
diâmetro do mesmo o que pode ser corrigido substituindo-se esse implante
maleável por um inflável que dá maior rigidez além de ajudar no diâmetro.
7.2.2. PRÓTESE TESTICULAR
É implantada em pacientes que tiveram que
retirar o testículo devido a infecções (como
conseqüência de parotidite) ou traumas ou
mesmo
naqueles
pacientes em que os
testículos não desceram
para a bolsa escrotal
como deveria.
Sua
função
é
meramente
estética, mas sem dúvida alguma é uma excelente solução para substituir um
43
Instituto Paulista
ou os dois testículos e devolver ao homem uma segurança importante para
sua felicidade.
7.2.3. REVASCULARIZAÇÃO (Cirurgia Arterial)
Até 1990 foi utilizada, mas com relativamente poucos resultados satisfatórios.
Está atualmente sendo reavaliada com novas técnicas cirúrgicas
principalmente, como foi apresentado no Congresso da AUA - American
Urological Association em Atlanta - USA (2000) e do 9º Congresso da ISSIR
(International Society for Impotence Research) na Austrália.
Conforme apresentado também no II Consenso de Disfunção Erétil, devido à
falta de consistência dos resultados, a cirurgia arterial deve permanecer em
nível investigacional, sendo indicada principalmente em casos de doença
aorto-ilíaca e obstrução segmentar da artéria pudenda ou peniana póstrauma.
No eixo aorto-ilíaco-pudendo, técnicas endovasculares poderão melhorar o
fluxo sanguíneo para as artérias cavernosas, surgindo como uma alternativa
promissora a ser introduzida no futuro.
7.2.4. FUGA VENOSA
É uma falha na retenção do sangue dentro dos corpos cavernosos. Quando o
pênis enche, a pressão dentro dele aumenta, e as vênulas se abrem,
permitindo o escape do sangue. Isso é chamado na medicina de
incompetência venoclusiva dos corpos cavernosos, ou seja, fuga venosa,
levando a uma perda de tonicidade e impossibilidade do ato sexual.
A cirurgia para correção de fuga venosa foi muito adotada até algum tempo
atrás. Hoje em dia sabe-se que a cirurgia de fuga-venosa pode ter recidiva,
portanto, com os modernos medicamentos existentes, a indicação e o
tratamento cirúrgico para a fuga-venosa caiu muito e, somente em alguns
casos específicos deverá ser adotado a nível investigacional conforme I
Consenso Brasileiro de Disfunção Sexual – SBU 1998 .
É aconselhável nesses casos procurar um especialista (Andrologista) para
orientá-lo a respeito.
8. ASPECTOS PSICOLÓGICOS
8.1. DIFICULDADE EM ACEITAR A DISFUNÇÃO ERÉTIL
A Disfunção Erétil (DE) pode gerar um profundo efeito na sua qualidade de
vida. O Paciente com DE perde a autoestima e passa a lidar com diversos
sentimentos negativos tais como frustração, ansiedade, tristeza e
nervosismo.
Todo esse problema acarreta grandes transtornos no relacionamento íntimo
levando a brigas e discussões, e em alguns casos no desespero o homem
chega mesmo “tentar outro relacionamento” para ver se há alguma melhora o
que leva em alguns casos à separação.
44
Instituto Paulista
8.2. PAPEL DA COMPANHEIRA
A disfunção erétil é um assunto bastante difícil de lidar. A companheira deve
tentar encorajar o homem a procurar um tratamento. Algumas formas que
facilitam a procura são:
• Conversar a respeito de como a DE afeta os dois, e não só o homem.
• Dar apoio enquanto ele procura resolver como se tratar e mostrar-lhe que
isso é mais comum do que se pensa e afeta milhares de homens.
• Mostrar que em grande parte dos casos há um problema físico e não
somente psicológico.
• Lembrar que esse problema é tratável, encorajando-o a procurar um
especialista, mostrando-se disposta a acompanhá-lo e a ajudar a escolher o
melhor tratamento. O acompanhamento facilita o entendimento “técnico” e
“psicológico” do que está acontecendo.
• Ajudar a mostrar ao homem que a Disfunção Erétil não é de forma alguma
incomum, porém, embora afetando milhões de homens, muito poucos se
abrem e discutem o assunto francamente.
• Citar que a existência de tantos recursos disponíveis hoje em dia abre a
esperança para um sucesso no tratamento e com certeza encoraja o homem.
8.3. DISFUNÇÃO ERÉTIL PSICOGÊNICA
Quando não se identifica nenhum problema orgânico que possa ser a causa
da Disfunção Erétil (DE), classifica-se então como DE Psicogênica. Alguns
fatores já foram apresentados no item “Causas da Disfunção Erétil”
O médico avaliará entre outros pontos, a natureza, duração e qualidade da
ereção tanto atualmente como ao longo da vida, as circunstâncias em que o
problema apareceu e se manteve, relacionamento com a companheira e
possíveis fatores de risco. Com base nessas informações será possível
verificar-se tanto em se a Disfunção é primária, ou secundária e em que fase
do ciclo da resposta sexual acontece (desejo, excitação, orgasmo ou
resolução).
De posse de todo o histórico do paciente, torna-se possível orientar o
tratamento, utilizando-se ou de medicamentos (antidepressivos, ansiolíticos e
neurolépticos) e/ou psicoterapia focada na sexualidade ou terapia de casal.
Na maior parte das vezes, torna-se necessário tratar a DE psicogênica de
forma multidisciplinar.
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Instituto Paulista
9. CURRICULUM DO RESPONSÁVEL
Dr. Carlos Augusto Cruz de Araujo Pinto - CREMESP
54.779
Cirurgião Geral e Vascular especializado na área de
Andrologia
Diretor Presidente do Instituto Paulista para Tratamento
da Disfunção Erétil Masculina
Formação
1980 - 1985 Curso de Medicina na Faculdade de Medicina da Universidade
Estadual Paulista “Julio de Mesquita Filho” - UNESP - Botucatu - SP
1987 - 1989 Curso de Especialista em Angiologia e Cirurgia Vascular
ministrado pelo Professor Dr. Mario Degni - SP
1987 - 1989 Curso de Especialista em Cirurgia Vascular Periférica - Hospital
São Camilo - SP
Certificados recebidos
Certificate of Recognition in Impotence & Prosthetic Urology - Ministrado pelo
Dr. Steven K Wilson - Arkansas - USA - 1996
Certificate of Recognition in Impotence & Prosthetic Urology - Ministrado pelo
Dr. Steven K Wilson - Arkansas - USA - 1997
Participação em Congressos Mundiais
III Congresso Brasileiro e III Congresso Latino Americano de Impotência
Sexual promovido pela Associação Brasileira para o Estudo da Impotência. 18 e 19 de agosto de 1995
VII World Meeting on Impotence - ISSIR - Internacional Society for Impotence
Research - São Francisco - USA - 03 a 07/11/1996
93rd Annual Meeting - AUA - American Urological Association - San Diego –
EUA 30/05 a 04/06/1998
8th World Meeting on Impotence Research e 11th Symposium on Corpus
Cavernosum Revascularization - ISIR - Amsterdam - Holanda - 24-28 de
Agosto de 1998
95th Annual Meeting - AUA - American Urological Association - Atlanta - EUA
29/04 a 04/05/2000
9th World Meeting on Impotence Research e 12th Symposium on Corpus
Cavernosum Revascularization - ISIR - Perth - Australia -26 a 30 de
Novembro de 2000
AUA Meeting - Anaheim - Estados Unidos - 2 a 7 de Junho de 2001
AUA Meeting - Orlando - Flórida - Estados Unidos - Centennial Celebration 25-30 de Maio de 2002
10th World Congress of the International Society for Sexual and Impotence
Research - ISSIR - Montreal - Canadá - 22 a 26 de Setembro de 2002
AUA Meeting - Chicago - IL - Estados Unidos - 26 de Abril a 1 de Maio de
2003
AUA Meeting - San Francisco - CA - Estados Unidos - 8 a 13 de Maio de
2004
11th World Congress of the International Society for Sexual and Impotence
Research - ISSIR - Buenos Aires - Argentina - 17 a 21 de Outubro de 2004
AUA Meeting - San Antonio - TX - Estados Unidos – 21 a 26 de Maio de 2005
46
Instituto Paulista
AUA Meeting – Atlanta – GA – Estados Unidos – 20 a 25 de Maio de 2006
AUA Meeting – Anaheim – CA – Estados Unidos – 19 a 24 de Maio de 2007
AUA Meeting – Orlando – FL – Estados Unidos – 17 a 22 de Maio de 2008
AUA Meeting – Chicago – IL – Estados Unidos – 25 a 30 de Abril de 2009
Sexual Medicine Society of North America (SMSNA) - San Diego - CA – 20 a
22 de Novembro de 2009
AUA Meeting – San Francisco – CA – Estados Unidos – 29 de maio a 03 de
Junho de 2010
Sexual Medicine Society of North America (SMSNA) – Miami Beach - FL – 11
a 14 de Novembro de 2010
AUA Meeting – Washington – DC – Estados Unidos – 14 a 19 de Maio de
2011
Sexual Medicine Society of North America (SMSNA) – Las Vegas - NV – 10 a
13 de Novembro de 2011
AUA Meeting – Atlanta – GA – Estados Unidos – 19 a 23 de Maio de 2012
Sexual Medicine Society of North America (SMSNA) – Chicago - IL – 26 a 30
de Agosto de 2012
Sociedades das quais participa:
Membro da SLAI - Sociedade Latino Americana para o Estudo da Impotência
Membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular
Membro da ISSIR - International Society of Importence Research que
Atualmente é Chamada de ISSM - International Society for Sexual Medicine
Membro da AUA - American Urological Association
Membro da Sexual Medicine Society of North América (SMSNA)
Membro da Society of Urologic Prostetic Surgeon (SUPS)
Congressista
IV Encontro São Paulo de Cirurgia Vascular
24 e 25 de março de 2006
Fecomercio – São Paulo – SP
XI Congresso Paulista de Urologia
5 a 8 de setembro de 2012
Sheraton SP – São Paulo - SP
10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1)
I Consenso Brasileiro de Disfunção Erétil - Sociedade Brasileira de
Urologia, São Paulo: Damião R, Glina S, Teloken C, EDS - BF Cultural, 1998.
2)
Reunião de Diretrizes Básicas em Disfunção Erétil e Sexualidade da
Sociedade Brasileira de Urologia & II Consenso Brasileiro de Disfunção Erétil
3)
I Consenso Latino-americano de Disfunção Erétil - BG Cultural
4)
Disfunção Sexual Masculina: Conceitos Básicos: diagnóstico e
tratamento - Sidney Glina, Pedro Puech-Leão
5)
Erectile Dysfunction - Current Investigation and Management - Ian
Eardley, Krishna Sethia - Second Edition – Mosby, 2003
6)
Male Erectile Dysfunction – Simon Holmes, Roger Kirby e Culley
Carson
47
Instituto Paulista
7)
The Couple’s Disease – Lawrence S Hakim, MD – 2002
8)
Erectile Dysfunction – Culley C Carson – vol 32 – number 4 –
November 2005
9)
Reuniões de Consensos e Diretrizes – 2005 – SBU
10)
Scientific American Brasil – Ciência e Saúde – As Promessas da
Reposição Hormonal
11)
Instituto H Ellis – Disfunção Sexual Masculina
12)
Standard Practice in Sexual Medicine – Porst, Buvat
13)
Disfunção Sexual – Diagnóstico e Tratamento – Mario Paranhos,
Miguel Srougi – 2007.
14)
Virag R, Bouilly P, Frydman D. Is impotence an arterial disorder? A
study of arterial risk factor in 400 impotent men. Lancet 1985:1:181-184
15)
Lindner A, Colomb J, Korzcak D, Keller T, Siegel Y. Effects of
prostatectomy on sexual function. Urology 1991;38:26-8
16)
T.Lue, F.Giuliano, S.Klhoury, R. Rosen - Clinical Manual of Sexual
Medicine
17)
John J. Mulcahy, MD, Phd – Male Sexual Function – 139-140
18)
Miniatlas de Anatomia - SBU
48
Instituto Paulista
11. QUESTIONÁRIO INTERNACIONAL DE ÍNDICE DE IMPOTÊNCIA (IIEF)
NOS ÚLTIMOS 6 MESES:
A) Como está sua segurança em
atingir e conseguir uma ereção?
B) Quando tem uma ereção com
estímulo sexual, quantas vezes a
ereção é firme o suficiente para a
penetração?
C) Durante a relação sexual com
que freqüência consegue manter a
ereção após penetrar a parceira?
D) Durante a relação sexual quanto
foi difícil manter a ereção para
completar o ato sexual
E) Quando tentou relação sexual,
com que freqüência a mesma foi
satisfatória
Muito baixa (1)
Baixa (2)
Sem
atividade Quase nunca ou Algumas vezes
sexual (0)
nunca (1)
(menos
da
metade
das
vezes) (2)
Não
consegue Quase nunca ou Algumas vezes
atividade sexual nunca (1)
(menos
da
(0)
metade
das
vezes) (2)
Não
consegue Extremamente
Muito difícil (2)
atividade sexual difícil (1)
(0)
Sem
atividade Quase nunca ou Algumas vezes
sexual (0)
nunca (1)
(menos
da
metade
das
vezes) (2)
Moderada (3)
Algumas
(3)
Algumas
(3)
Difícil (3)
Algumas
(3)
Alta (4)
vezes A maioria das
vezes (mais da
metade
das
vezes) (4)
vezes A maioria das
vezes (mais da
metade
das
vezes) (4)
Um pouco difícil
(4)
Muito alta (5)
Quase
sempre
ou sempre (5)
Quase
sempre
ou sempre (5)
Não foi difícil (5)
vezes A maioria das Quase
sempre
vezes (mais da ou sempre (5)
metade
das
vezes) (4)
Some os pontos entre parênteses de suas respostas. Caso a sua pontuação seja 21 ou menos você mostra sinais de disfunção erétil e vale a pena
consultar um especialista a este respeito.
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