Excitação feminina começa na cabeça (e não

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Excitação feminina começa na
cabeça (e não precisa de
estudo)
Relações íntimas mudaram muito, é verdade.
Há algum tempo, sexo deixou de ser tabu e passou a circular,
além das camas quentes e bagunçadas, nas bocas de homens e
mulheres, sem restrições de idade, estado civil ou opção
sexual.
O sexo está na televisão de forma explícita ou não. Novos
tempos aguçaram fantasias sexuais antes consideradas tabus.
Ménage à trois (sexo a três), sonho de consumo de tantos
homens, passou a fazer parte da vida sexual de muitos casais
por escolha das parceiras.
O sexo está muito mais acessível e você não precisa pagar por
ele como nos visitados bordéis de outrora. A moeda agora é
outra.
O tal prazer é figura constante nos programas de
comportamento, nas revistas voltadas para o público feminino,
nas terapias de casais e nas rodas de amigas que lamentam ou
não o desempenho dos seus “homens”.
Particularmente, a mudança mais significativa foi o poder do
não na boca de uma mulher quando seu parceiro a procura com o
pênis enrijecido querendo “dar uma rapidinha”.
Não estou aqui falando daquele sexo casual que você coloca um
lingerie linda, um perfume sedutor, um batom que realça os
lábios e encontra alguém para duas ou mais horas de prazer.
Falo do convívio diário. Da dificuldade que encontramos de não
tornar o sexo obrigação em um relacionamento duradouro.
A maldição dos anos, salvo algumas raras exceções, existe. Ela
chega com um problema em casa, com uma lâmpada queimada que
não foi trocada, com o futebol na televisão – prioridade das
quartas-feiras – e com a pelada com os amigos de todo sagrado
domingo.
Ao mesmo tempo em que nos tornamos menos interessantes para os
nossos homens, nossos homens deixam de ser interessantes para
nós, por incontáveis razões que bloqueiam a nossa ereção.
Ereção? Sim!
Cheguei à conclusão: por mais satisfeitas com o relacionamento
que a gente possa estar, nós mulheres precisamos estar muito
bem mentalmente para conseguirmos ter uma relação sexual
satisfatória para os dois.
Enquanto os homens morrem de medo de brochar com suas
parceiras, as mulheres têm, constantemente, brochadas mentais
que colocam em risco relacionamentos de anos e anos.
Homens, acreditem! A excitação feminina não está em ver um
pênis grande, médio ou pequeno. O prazer feminino não está no
sexo oral bem praticado.
Em tempos de liberdade sexual, a mulher se dá ao luxo de
alegar dor de cabeça, de virar para o canto e dormir, sem a
obrigação de ter que “abrir as pernas”.
Esteja certo que um pequeno deslize pela manhã, que seja uma
reposta atravessada e grosseira, é um bom motivo para não
mostrar seu “equipamento” armado sem um pedido de desculpas
consistente. O não será certo e, para piorar, poderá ser
prolongado por mais alguns dias, constada a sua
insensibilidade.
Uma boa noite de sexo começa pelo bom dia, por uma mensagem
mais picante no café da tarde e por descer o lixo no horário
correto sem termos que implorar.
A mulher se satisfaz dando prazer, mas é preciso ser
compensada nos detalhes. Detalhes que culminam no fracasso ou
no sucesso da relação.
Se
eu
fosse
homem
não
precisaria
buscar
numa
relação
extraconjugal o prazer que deixei de ter em casa, porque na
verdade, sobre a velha lamentação masculina, não foi a sua
mulher que esfriou, foi você que deixou de esquentá-la.
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