Kibon - GlobalBrands

Propaganda
Kibon serve de parâmetro
19 de janeiro - Qual é a mais valiosa marca brasileira? A compra da Kibon pela Unilever
estabeleceu um bom parâmetro para empresas privadas, mas nenhum especialista se atreve a
dizer que o limite foi atingido. Pagou-se mais de US$ 700 milhões por um apetitoso acervo de
marcas e 60% do mercado brasileiro de sorvetes. Algumas marcas nacionais podem valer US$ 1
bilhão. Outras até mais. Certamente serão poucas. Nada no Brasil, porém, chega perto dos
grandes nomes multinacionais como Coca-Cola ou Marlboro, cujos valores giram em torno de US$
40 bilhões.
Na lista das grandes marcas nacionais certamente entrariam Hollywood, Omo, Gradiente e Mappin,
nomes que podem carregar centenas de milhões de dólares de faturamento anual. A própria
Kolynos, atualmente fora do mercado, é uma marca campeã. Sadia? Bombril? 'Estamos
certamente entre as cinco marcas mais valiosas do Brasil', afirma Álvaro Novaes, diretor de
marketing da Bombril-Cirio. 'Temos a propaganda mais antiga do mundo com um mesmo
personagem e somos a primeira marca nacional em lembrança espontânea.'
Novaes lembra que em um estudo feito pela revista Advertising Age no início dos anos 90 sobre os
nomes mais populares em diversos lugares do mundo o Brasil foi o único país em que a Coca-Cola
acabou sobrepujada. A dianteira coube à marca popularizada nas palhas de aço. A Bombril-Cirio
pretende investir R$ 43 milhões em 1998 na promoção e publicidade da sua linha de produtos de
limpeza.
Para César Cruz Hamse, gerente de marketing da Gradiente, existe uma tendência, recente, de
revalorização do produto e da marca nacional. 'Temos uma marca forte, que atrai a atenção de
investidores internacionais', diz. 'Mas só em uma negociação teríamos idéia de seu máximo valor.'
Para Hamse, um comprador que quisesse tornar o nome Gradiente internacional pagaria mais do
que um outro que tives.
O consultor JOSÉ ROBERTO MARTINS, da GlobalBrands, diz que a venda da marca Kibon
mostra o potencial de alguns nomes fortes no mercado nacional. 'Uma marca é mais valiosa na
medida em que dá mais garantias de geração futura de fluxo de caixa e lucros', diz. 'Comprar uma
marca forte como Kibon, fabricante de sorvetes em um país tropical e líder de mercado, é um
investimento muito seguro.' (Gazeta Mercantil/Página C1) (Vicente Vilardaga)
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