Hospital São Paulo SPDM – Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina Hospital Universitário da UNIFESP Sistema de Gestão da Qualidade PROTOCOLO: Sepse (Adultos) MACROPROCESSO: Assistência PROCESSO GERAL: Atendimento de Enfermagem PROCESSO ESPECÍFICO: Unidades de Internação, Unidades de Terapia Intensiva, Atendimento de Urgência e Emergência, Terapias específicas, Ambulatório, Atendimento Cirúrgico. SUBPROCESSO (último nível): todas as respectivas unidades DESCRITOR / PALAVRAS-CHAVE (5): sepse, sepse grave, choque séptico, cuidados de saúde Página: 1/11 Emissão: set/2012 Validade: Indeterminada Indexação: SUMÁRIO INTRODUÇÃO A sepse é uma das doenças mais comuns e menos reconhecidas em todo o mundo. Estima-se que cerca de 20 a 30 milhões de pacientes sejam acometidos a cada ano. É a principal causa de morte em unidades de terapia intensiva (UTI) não-cardiológicas. Cerca de 18 milhões de óbitos são registrados anualmente em todo o mundo. Do ponto de vista epidemiológico, um estudo projetou a ocorrência de 750.000 casos de sepse grave para o ano de 2001 nos Estados Unidos (com cerca de 210.000 óbitos), com incremento anual de 1,5%. São elevadas as taxas de mortalidade, com relatos na literatura entre 19,6 e 59,0%. Uma nítida diferença de mortalidade entre outros países do mundo e o Brasil surge no recentemente publicado estudo PROGRESS. Nessa casuística global de 12.570 pacientes, a mortalidade média foi de 39,2%, com importantes diferenças entre os países. No Brasil, a mortalidade foi de 56.1%, comparável apenas com a da Malasia (56.8%) e bem distante da mortalidade de outros países (Alemanha – 36,3%, Argentina – 46.6%, Canadá – 30,3%, Índia – 37.4%, Estados Unidos – 33.0% e Austrália 22.0%). No estudo BASES, que procurou avaliar o perfil epidemiológico da sepse em nosso país foi encontrada uma diferença significativa na mortalidade entre pacientes admitidos em hospitais públicos (26,9%) e privados (12,9%). No COSTS, agora em pacientes internados em 21 UTIs brasileiras, confirmou-se essa diferença, mostrando mortalidade de 49.1% e 36.7%, respectivamente. A precocidade da identificação e do diagnóstico da disfunção orgânica e, consequentemente, seu tratamento estão diretamente relacionados com o prognóstico do paciente. Uma vez diagnosticada a sepse grave, condutas que visam à estabilização do paciente são prioritárias e devem ser tomadas imediatamente, dentro das primeiras 24 horas. Paradoxalmente, diversas atitudes que melhoram a sobrevida de pacientes sépticos não são rotineiramente empregadas. Reconhecendo esta situação foi lançada em 2004 a Campanha de Sobrevivência a Sepse (Surviving Sepsis Campaign, SSC), uma iniciativa mundial. Em 2004, foram elaboradas e publicadas diretrizes para tratamento da sepse, sendo as mesmas revistas em 2008 e em 2012. Foram criados os pacotes (bundles) da sepse grave com 11 intervenções diagnósticas e terapêuticas selecionadas das diretrizes que criam Elaborado por: Elaine Maria Ferreira - COREN/SP:105438 Case manager do Projeto HSP contra a Sepse ELABORAÇÃO (desta versão) Revisado por: Leila Blanes - COREN/SP: 68603 Coordenadora Assistencial de Enfermagem do HSP Aprovado por: Profa Dra Maria Isabel S. CarmagnaniCOREN/SP: 16708 Diretora de Enfermagem do HSP Dra Flávia Ribeiro Machado – CRM/SP: 80857 Coordenadora do Projeto HSP contra a Sepse Escritório de Qualidade HSP – Formulário PROTOCOLO-1 Hospital São Paulo SPDM – Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina Hospital Universitário da UNIFESP Sistema de Gestão da Qualidade PROTOCOLO: Sepse (Adultos) MACROPROCESSO: Assistência PROCESSO GERAL: Atendimento de Enfermagem PROCESSO ESPECÍFICO: Unidades de Internação, Unidades de Terapia Intensiva, Atendimento de Urgência e Emergência, Terapias específicas, Ambulatório, Atendimento Cirúrgico. SUBPROCESSO (último nível): todas as respectivas unidades DESCRITOR / PALAVRAS-CHAVE (5): sepse, sepse grave, choque séptico, cuidados de saúde Página: 2/11 Emissão: set/2012 Validade: Indeterminada Indexação: prioridades no tratamento inicial da doença. O primeiro pacote, denominado de “Pacote de Ressuscitação”, deve ser implementado nas primeiras seis horas (coleta de lactato sérico como orientação da ressuscitação hemodinâmica; coleta de hemocultura antes do início da antibioticoterapia; início de antibióticos, de largo espectro, por via endovenosa, na primeira hora do tratamento; reposição volêmica agressiva precoce; uso de vasopressores para manter pressão arterial média acima de 65 mmHg; otimização da pressão venosa central e da saturação venosa de oxigênio em pacientes selecionados). O pacote de manutenção, a ser feito dentro das primeiras 24 horas do diagnóstico (controle da glicemia; uso de baixas doses de corticóides em pacientes selecionados; uso de proteína C ativada em pacientes selecionados; estratégia protetora pulmonar em pacientes sob ventilação mecânica) tem perdido sua relevância, principalmente após a retirada do mercado da proteína C ativada. Dentro da estratégia de implementação de protocolos assistenciais, é possível mensurar a aderência a esses pacotes, gerando indicadores de qualidade reprodutíveis e confiáveis, possibilitando a mensuração do progresso de implantação e direcionar as políticas institucionais de melhoria assistencial. OBJETIVOS Avaliar todos os pacientes a fim de identificar precocemente a existência de sinais e sintomas da sepse, bem como o diagnóstico da disfunção orgânica, e consequentemente iniciar precocemente as medidas de tratamento junto a equipe multidisciplinar a fim de reduzir a mortalidade de pacientes sépticos adultos (> 18 anos) no Hospital São Paulo. AVALIAÇÃO Todos os pacientes devem ser avaliados diariamente pelo enfermeiro quanto aos sinais e sintomas da sepse, desde sua admissão até a alta, com atenção especial a: - temperatura central > 38,3 ºC ou < 35 ºC; - freqüência cardíaca > 90 btm; - freqüência respiratória > 20 rpm - leucócitos totais > 12.000/mm³; ou < 4.000/mm³ ou presença de > 10% de formas jovens. Elaborado por: Elaine Maria Ferreira - COREN/SP:105438 Case manager do Projeto HSP contra a Sepse ELABORAÇÃO (desta versão) Revisado por: Leila Blanes - COREN/SP: 68603 Coordenadora Assistencial de Enfermagem do HSP Aprovado por: Profa Dra Maria Isabel S. CarmagnaniCOREN/SP: 16708 Diretora de Enfermagem do HSP Dra Flávia Ribeiro Machado – CRM/SP: 80857 Coordenadora do Projeto HSP contra a Sepse Escritório de Qualidade HSP – Formulário PROTOCOLO-1 Hospital São Paulo SPDM – Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina Hospital Universitário da UNIFESP Sistema de Gestão da Qualidade PROTOCOLO: Sepse (Adultos) MACROPROCESSO: Assistência PROCESSO GERAL: Atendimento de Enfermagem PROCESSO ESPECÍFICO: Unidades de Internação, Unidades de Terapia Intensiva, Atendimento de Urgência e Emergência, Terapias específicas, Ambulatório, Atendimento Cirúrgico. SUBPROCESSO (último nível): todas as respectivas unidades DESCRITOR / PALAVRAS-CHAVE (5): sepse, sepse grave, choque séptico, cuidados de saúde Página: 3/11 Emissão: set/2012 Validade: Indeterminada Indexação: - hipotensão (PAS < 90mmHg ou PAM < 65mmHg ou Queda de PA > 40 mmHg) - oligúria (≤ 0,5ml/Kg/h) - dispneia ou dessaturação (Sat O2 <90%) - rebaixamento do nível de consciência - contagem de plaquetas < 100.000/mm³ ou redução de 50% no número de plaquetas em relação ao maior valor registrado nos últimos 3 dias - acidose metabólica inexplicável: déficit de bases ≤ 5,0 mEq/L e lactato > 1,5 vezes o valor normal - aumento significativo de bilirrubinas (> 2x o valor de referência) FATORES DE RISCO Histórico de infecção recente; idade > 65 anos; pós-operatório; uso de cateter venoso central, sonda vesical de demora, Porth-Cath, Tenckhoff, endoproteses e drenos; HIV/aids; radioterapia; quimioterapia; doenças hematológicas; câncer; outras situações de imunossupressão; diabetes mellitus; hipertensão arterial; doença pulmonar obstrutiva crônica; insuficiência renal crônica; obesidade; uso de drogas; alcoolismo. DIAGNÓSTICO Sepse grave deve ser suspeitada em todos os pacientes com quadro infeccioso suspeito ou confirmado. A equipe multidisciplinar deve estar atenta a presença dos critérios de resposta inflamatória sistêmica (SIRS), que definem a presença de sepse: - temperatura central > 38,3 ºC ou < 36 ºC; - freqüência cardíaca > 90 btm; - freqüência respiratória > 20 rpm, ou PaCO2 < 32 mmHg - leucócitos totais > 12.000/mm³; ou < 4.000/mm³ ou presença de > 10% de formas jovens. Nos pacientes com critérios de SIRS, a presença de disfunção orgânica define o diagnóstico de sepse grave. As principais disfunções orgânicas são: - hipotensão (PAS < 90 mmHg ou PAM < 65mmHg ou Queda de PA > 40 mmHg) Elaborado por: Elaine Maria Ferreira - COREN/SP:105438 Case manager do Projeto HSP contra a Sepse ELABORAÇÃO (desta versão) Revisado por: Leila Blanes - COREN/SP: 68603 Coordenadora Assistencial de Enfermagem do HSP Aprovado por: Profa Dra Maria Isabel S. CarmagnaniCOREN/SP: 16708 Diretora de Enfermagem do HSP Dra Flávia Ribeiro Machado – CRM/SP: 80857 Coordenadora do Projeto HSP contra a Sepse Escritório de Qualidade HSP – Formulário PROTOCOLO-1 Hospital São Paulo SPDM – Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina Hospital Universitário da UNIFESP Sistema de Gestão da Qualidade PROTOCOLO: Sepse (Adultos) MACROPROCESSO: Assistência PROCESSO GERAL: Atendimento de Enfermagem PROCESSO ESPECÍFICO: Unidades de Internação, Unidades de Terapia Intensiva, Atendimento de Urgência e Emergência, Terapias específicas, Ambulatório, Atendimento Cirúrgico. SUBPROCESSO (último nível): todas as respectivas unidades DESCRITOR / PALAVRAS-CHAVE (5): sepse, sepse grave, choque séptico, cuidados de saúde Página: 4/11 Emissão: set/2012 Validade: Indeterminada Indexação: - oligúria (≤ 0,5ml/Kg/h) - relação PaO2/FiO2 < 300 - contagem de plaquetas < 100.000/mm³ ou redução de 50% no número de plaquetas em relação ao maior valor registrado nos últimos 3 dias - acidose metabólica inexplicável: déficit de bases ≤ 5,0 mEq/L e lactato > 1,5 vezes o valor normal - rebaixamento do nível de consciência - aumento significativo de bilirrubinas (> 2X o valor de referência) Choque séptico é definido pela presença de hipotensão não responsiva á volume. A ausência dos critérios de SIRS não exclui o diagnóstico de sepse grave. Alguns pacientes, principalmente idosos e imunossuprimidos, não apresentam esses sinais. Assim, na presença de uma dessas disfunções, sem outra explicação plausível, a equipe multidisciplinar deve pensar em sepse e iniciar as medidas de tratamento preconizadas. AÇÕES, ACOMPANHAMENTO E MONITORAMENTO DO PACIENTE NA OCORRÊNCIA DE SEPSE Após identificação do paciente como portador de sepse grave ou choque séptico os seguintes passos devem ser cumpridos: - Providencie a notificação do médico de referência. - Providencie um acesso venoso periférico calibroso. Registre o procedimento em prontuário, nas anotações de enfermagem. A partir da confirmação médica do diagnóstico de sepse grave/choque séptico o caso deve ser tratado como URGÊNCIA - Colha exames gerais (hemograma, creatinina, bilirrubina, coagulograma e lactato arterial), conforme solicitação médica. Registre o procedimento em prontuário, nas anotações de enfermagem. - Providencie encaminhamento imediato da amostra de lactato (e SvO2, nos pacientes que já tem acesso central) ao laboratório. O objetivo é ter esse resultado em menos que 30 minutos. Elaborado por: Elaine Maria Ferreira - COREN/SP:105438 Case manager do Projeto HSP contra a Sepse ELABORAÇÃO (desta versão) Revisado por: Leila Blanes - COREN/SP: 68603 Coordenadora Assistencial de Enfermagem do HSP Aprovado por: Profa Dra Maria Isabel S. CarmagnaniCOREN/SP: 16708 Diretora de Enfermagem do HSP Dra Flávia Ribeiro Machado – CRM/SP: 80857 Coordenadora do Projeto HSP contra a Sepse Escritório de Qualidade HSP – Formulário PROTOCOLO-1 Hospital São Paulo SPDM – Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina Hospital Universitário da UNIFESP Sistema de Gestão da Qualidade PROTOCOLO: Sepse (Adultos) MACROPROCESSO: Assistência PROCESSO GERAL: Atendimento de Enfermagem PROCESSO ESPECÍFICO: Unidades de Internação, Unidades de Terapia Intensiva, Atendimento de Urgência e Emergência, Terapias específicas, Ambulatório, Atendimento Cirúrgico. SUBPROCESSO (último nível): todas as respectivas unidades DESCRITOR / PALAVRAS-CHAVE (5): sepse, sepse grave, choque séptico, cuidados de saúde Página: 5/11 Emissão: set/2012 Validade: Indeterminada Indexação: - Colha hemocultura (duas amostras) e/ou culturas de sítios pertinentes, à solicitação médica, e providencie encaminhamento do material biológico ao laboratório. Registre os procedimentos em prontuário, nas anotações de enfermagem, e check a prescrição médica com horário de coleta. Lembre-se: colher hemocultura antes da administração do antibiótico prescrito. IMPORTANTE: Identifique os pedidos de exames laboratoriais como PROTOCOLO SEPSE e encaminhe, junto ao material biológico, ao Laboratório Central. Isso fará com que o fluxo desses exames no laboratório seja priorizado. - Providencie o antibiótico prescrito junto a farmácia responsável pelo atendimento de seu setor. Lembre-se: as Unidades de Terapia Intensiva e algumas unidades de referência no hospital possuem o Kit Sepse, composto pela primeira dose dos antibióticos preconizados no Guia de Antibioticoterapia da Sepse. Nesses casos, utilize a dose do Kit Sepse e, posteriormente, solicite a reposição da medicação junto à farmácia, em nome do paciente. - Administre antibioticoterapia de amplo espectro, conforme prescrição médica. O tempo preconizado é de 60 minutos para administrar a medicação. Cheque a prescrição médica com horário em que a administração foi iniciada. - Providencie e administre soroterapia, conforme prescrição médica, para ressuscitação hemodinâmica caso o paciente apresente lactato duas vezes o valor normal ou hipotensão (PAS abaixo de 90 mmHg, PAM <65 mmHg ou redução da pressão sistólica em 40 mmHg da pressão habitual). O volume total deve ser infundido idealmente em 30 a 60 minutos. Cheque a prescrição médica com horário em que a administração foi iniciada. - Providencie o preparo e a administração de drogas vasoativas, conforme prescrição médica, caso a PAM permaneça abaixo de 65 mmHg (após a infusão de volume inicial). Cheque a prescrição médica com horário em que a administração foi iniciada. - Garanta a monitorização e registro em prontuário de 1/1 hora da frequência cardíaca, pressão arterial e dose de vasopressor infundido. Atente-se às oscilações de níveis pressóricos e auxilie o médico no ajuste de doses adequadas. Não se deve tolerar PAM abaixo de 65 mmHg por períodos superiores a 30-40 minutos, a fim de garantir pressão de perfusão enquanto se continua a reposição volêmica. Assim, o vasopressor pode ser iniciado mesmo em veia periférica, enquanto se providencia o acesso central. Elaborado por: Elaine Maria Ferreira - COREN/SP:105438 Case manager do Projeto HSP contra a Sepse ELABORAÇÃO (desta versão) Revisado por: Leila Blanes - COREN/SP: 68603 Coordenadora Assistencial de Enfermagem do HSP Aprovado por: Profa Dra Maria Isabel S. CarmagnaniCOREN/SP: 16708 Diretora de Enfermagem do HSP Dra Flávia Ribeiro Machado – CRM/SP: 80857 Coordenadora do Projeto HSP contra a Sepse Escritório de Qualidade HSP – Formulário PROTOCOLO-1 Hospital São Paulo SPDM – Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina Hospital Universitário da UNIFESP Sistema de Gestão da Qualidade PROTOCOLO: Sepse (Adultos) MACROPROCESSO: Assistência PROCESSO GERAL: Atendimento de Enfermagem PROCESSO ESPECÍFICO: Unidades de Internação, Unidades de Terapia Intensiva, Atendimento de Urgência e Emergência, Terapias específicas, Ambulatório, Atendimento Cirúrgico. SUBPROCESSO (último nível): todas as respectivas unidades DESCRITOR / PALAVRAS-CHAVE (5): sepse, sepse grave, choque séptico, cuidados de saúde Página: 6/11 Emissão: set/2012 Validade: Indeterminada Indexação: - Providencie o material necessário a punção arterial para monitorização de PAM, se solicitação médica, e auxilie a equipe no procedimento. Registre o procedimento nas anotações de enfermagem. Idealmente, os pacientes com choque séptico (enquanto em uso de vasopressor) devem ser monitorados com pressão arterial invasiva. A aferição por manguito não é fidedigna nessa situação, mas pode ser utilizada nos locais onde a monitorização invasiva não está disponível. - Providencie o material necessário a passagem de CVC e monitorização de PVC, se solicitação médica, e auxilie a equipe no procedimento. Registre o procedimento nas anotações de enfermagem. Determina-se a passagem de CVC apenas nos pacientes com lactato duas vezes o valor normal ou nos hipotensos refratários a volume. A equipe médica deve continuar reposição volêmica, orientado por PVC. O objetivo é atingir PVC: 8 -12 mmHg ou 12-15 mmHg em pacientes em VM, PAM ≥ 65 mmHg, diurese > 0,5 ml/kg/h e SvcO2 ≥ 70%. - Realize a coleta de gasometria venosa central em pacientes com CVC, à solicitação médica. Registre o procedimento nas anotações de enfermagem. Providencie encaminhamento imediato da amostra ao laboratório. A SvO2 deve estar acima de 70 % dentro de seis horas do diagnóstico. - Providencie e administre hemoderivado, conforme prescrição médica. Cheque a prescrição médica. Eventualmente, para se atingir SvcO2 ≥ 70%, pode ser necessária a administração de concentrado de hemácias. Deve ser administrada uma unidade de cada vez com novo controle de SvO2. - Providencie e administre demais medicamentos solicitados pela equipe médica, tais como a hidrocortisona. Cheque a prescrição médica. Esta medicação é utilizada em caso de choque séptico refratário. - Realize mensuração glicêmica e comunique dextros < 80 e > 150 mg/dl, objetivando rigoroso controle glicêmico. Caso o paciente esteja em ventilação mecânica, se possível, comunicar equipe médica se pressão de platô acima de 30 cmH2O Elaborado por: Elaine Maria Ferreira - COREN/SP:105438 Case manager do Projeto HSP contra a Sepse ELABORAÇÃO (desta versão) Revisado por: Leila Blanes - COREN/SP: 68603 Coordenadora Assistencial de Enfermagem do HSP Aprovado por: Profa Dra Maria Isabel S. CarmagnaniCOREN/SP: 16708 Diretora de Enfermagem do HSP Dra Flávia Ribeiro Machado – CRM/SP: 80857 Coordenadora do Projeto HSP contra a Sepse Escritório de Qualidade HSP – Formulário PROTOCOLO-1 Hospital São Paulo SPDM – Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina Hospital Universitário da UNIFESP Sistema de Gestão da Qualidade PROTOCOLO: Sepse (Adultos) MACROPROCESSO: Assistência PROCESSO GERAL: Atendimento de Enfermagem PROCESSO ESPECÍFICO: Unidades de Internação, Unidades de Terapia Intensiva, Atendimento de Urgência e Emergência, Terapias específicas, Ambulatório, Atendimento Cirúrgico. SUBPROCESSO (último nível): todas as respectivas unidades DESCRITOR / PALAVRAS-CHAVE (5): sepse, sepse grave, choque séptico, cuidados de saúde Página: 7/11 Emissão: set/2012 Validade: Indeterminada Indexação: REGISTROS NA OCORRÊNCIA DA SEPSE Os profissionais de enfermagem devem registrar em prontuário as condições clínicas do paciente, com ênfase em sinais e sintomas da sepse, bem como as condutas realizadas para seu tratamento. COMITÊ DE ESPECIALISTAS Grupo de Sepse. Dentre suas atribuições destacam-se o desenvolvimento e revisão periódica do protocolo, monitoramento dos indicadores, acompanhamento dos casos críticos, orientação e capacitação da equipe multidisciplinar. BIP Sepse: 11-99541-5008 REFERÊNCIAS 01. Angus DC, Linde-Zwirble WT, Lidicker J, et al. Epidemiology of severe sepsis in the United States: analysis of incidence, outcome, and associated costs of care. Crit Care Med 2001;29(7):1303-1310. 02. Alberti C, Brun-Buisson C, Burchardi H, et al. 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SUBPROCESSO (último nível): todas as respectivas unidades DESCRITOR / PALAVRAS-CHAVE (5): sepse, sepse grave, choque séptico, cuidados de saúde Página: 8/11 Emissão: set/2012 Validade: Indeterminada Indexação: 09. Dellinger RP, Carlet JM, Masur H, et al. Surviving Sepsis Campaign guidelines for management of severe sepsis and septic shock. Intensive Care Med 2004;30(4):536-555. 10. Dellinger RP, Levy MM, Carlet JM, et al. Surviving Sepsis Campaign: international guidelines for management of severe sepsis and septic shock: 2008. Crit Care Med 2008;36(1):296-327. 11. Surviving Sepsis Campaign - bundles of care. [cited 2011 October 22th ]Available from: http://www.survivingsepsis.org/Bundles/Pages/BundlesforImprovement.aspx 12. Gao F, Melody T, Daniels DF, et al. The impact of compliance with 6-hour and 24-hour sepsis bundles on hospital mortality in patients with severe sepsis: a prospective observational study. Crit Care 2005;9(6):R764-770. 13. Micek ST, Roubinian N, Heuring T, et al. 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CarmagnaniCOREN/SP: 16708 Diretora de Enfermagem do HSP Dra Flávia Ribeiro Machado – CRM/SP: 80857 Coordenadora do Projeto HSP contra a Sepse Escritório de Qualidade HSP – Formulário PROTOCOLO-1 Hospital São Paulo SPDM – Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina Hospital Universitário da UNIFESP Sistema de Gestão da Qualidade PROTOCOLO: Sepse (Adultos) MACROPROCESSO: Assistência PROCESSO GERAL: Atendimento de Enfermagem PROCESSO ESPECÍFICO: Unidades de Internação, Unidades de Terapia Intensiva, Atendimento de Urgência e Emergência, Terapias específicas, Ambulatório, Atendimento Cirúrgico. SUBPROCESSO (último nível): todas as respectivas unidades DESCRITOR / PALAVRAS-CHAVE (5): sepse, sepse grave, choque séptico, cuidados de saúde Página: 9/11 Emissão: set/2012 Validade: Indeterminada Indexação: ANEXO 1 - FLUXOGRAMAS Elaborado por: Elaine Maria Ferreira - COREN/SP:105438 Case manager do Projeto HSP contra a Sepse ELABORAÇÃO (desta versão) Revisado por: Leila Blanes - COREN/SP: 68603 Coordenadora Assistencial de Enfermagem do HSP Aprovado por: Profa Dra Maria Isabel S. CarmagnaniCOREN/SP: 16708 Diretora de Enfermagem do HSP Dra Flávia Ribeiro Machado – CRM/SP: 80857 Coordenadora do Projeto HSP contra a Sepse Escritório de Qualidade HSP – Formulário PROTOCOLO-1 Hospital São Paulo SPDM – Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina Hospital Universitário da UNIFESP Sistema de Gestão da Qualidade PROTOCOLO: Sepse (Adultos) MACROPROCESSO: Assistência PROCESSO GERAL: Atendimento de Enfermagem PROCESSO ESPECÍFICO: Unidades de Internação, Unidades de Terapia Intensiva, Atendimento de Urgência e Emergência, Terapias específicas, Ambulatório, Atendimento Cirúrgico. SUBPROCESSO (último nível): todas as respectivas unidades DESCRITOR / PALAVRAS-CHAVE (5): sepse, sepse grave, choque séptico, cuidados de saúde Elaborado por: Elaine Maria Ferreira - COREN/SP:105438 Case manager do Projeto HSP contra a Sepse ELABORAÇÃO (desta versão) Revisado por: Leila Blanes - COREN/SP: 68603 Coordenadora Assistencial de Enfermagem do HSP Página: 10/11 Emissão: set/2012 Validade: Indeterminada Indexação: Aprovado por: Profa Dra Maria Isabel S. CarmagnaniCOREN/SP: 16708 Diretora de Enfermagem do HSP Dra Flávia Ribeiro Machado – CRM/SP: 80857 Coordenadora do Projeto HSP contra a Sepse Escritório de Qualidade HSP – Formulário PROTOCOLO-1 Hospital São Paulo SPDM – Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina Hospital Universitário da UNIFESP Sistema de Gestão da Qualidade PROTOCOLO: Sepse (Adultos) MACROPROCESSO: Assistência PROCESSO GERAL: Atendimento de Enfermagem PROCESSO ESPECÍFICO: Unidades de Internação, Unidades de Terapia Intensiva, Atendimento de Urgência e Emergência, Terapias específicas, Ambulatório, Atendimento Cirúrgico. SUBPROCESSO (último nível): todas as respectivas unidades DESCRITOR / PALAVRAS-CHAVE (5): sepse, sepse grave, choque séptico, cuidados de saúde Elaborado por: Elaine Maria Ferreira - COREN/SP:105438 Case manager do Projeto HSP contra a Sepse ELABORAÇÃO (desta versão) Revisado por: Leila Blanes - COREN/SP: 68603 Coordenadora Assistencial de Enfermagem do HSP Página: 11/11 Emissão: set/2012 Validade: Indeterminada Indexação: Aprovado por: Profa Dra Maria Isabel S. CarmagnaniCOREN/SP: 16708 Diretora de Enfermagem do HSP Dra Flávia Ribeiro Machado – CRM/SP: 80857 Coordenadora do Projeto HSP contra a Sepse Escritório de Qualidade HSP – Formulário PROTOCOLO-1