UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ SAMUEL JOSIAS VICENTE Trabalho de Conclusão de Curso ESTUDO DO COMPORTAMENTO DE COMPRA DOS CLIENTES DA EMPRESA MARIA AMÉLIA VIEIRA VICENTE E FILHOS LTDA. Trabalho de Estágio desenvolvido para o Curso de Administração do Centro de Ciências Sociais Aplicadas da Universidade do Vale do Itajaí. Prof. Orientador: Caio César Ferrari Santângelo, MSc Itajaí - SC, 2011 2 Epígrafe A mente que se abre a uma nova ideia jamais voltará ao seu tamanho original. (Albert Einstein) 3 Agradecimentos Agradeço a Deus o dom da vida, aos meus pais pelo amor dedicado e o incentivo ao estudo.Ao Professor Caio César Ferrari Santângelo, meu orientador, por sua dedicação e disponibilidade durante a elaboração deste trabalho. Enfim, a todos que contribuíram para que esse trabalho se concretizasse. 4 EQUIPE TÉCNICA a) Nome do estagiário Samuel Josias Vicente b) Área de estágio Administração Geral c) Supervisor de campo Edmilson Izaias Vicente d) Orientador de estágio Prof. Caio César Ferrari Santângelo, MSc f) Professor responsável pelo estágio Prof. Eduardo Krieger da Silva, MSc 5 DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA a) Razão social Maria Amélia Vieira Vicente e Filhos Ltda. b) Endereço Avenida Itaipava, n 2817 Itaipava – Itajaí - SC c) Setor de desenvolvimento do estágio Setor Administrativo d) Duração do estágio 240 horas e) Nome e cargo do orientador de campo Edmilson Izaias Vicente f) Carimbo e visto da empresa 6 Autorização ITAJAÍ,03 de NOVEMBRO DE 2011. A empresa Maria Amélia Vieira Vicente e Filhos Ltda; pelo presente instrumento, autoriza a Universidade do Vale do Itajaí - UNIVALI, a publicar, em sua biblioteca, o Trabalho de Conclusão de Estágio executado durante o Estágio Supervisionado, pelo acadêmicoSamuel Josias Vicente. 7 LISTA DE QUADROS Quadro 01: Objetivos específicos...........................................................................20 Quadro 02: Conceitos de marketing.......................................................................25 Quadro 03: Classificação do porte da empresa por numero de empregados........59 Quadro 04: Classificação do porte da empresa por faturamento...........................60 8 LISTA DE FIGURAS Figura 01: Demonstração da formula para calculo da amostra...........................18 Figura 02: Método de gestão da qualidade em serviços......................................52 Figura 03: Organograma......................................................................................65 Figura 04: Gênero................................................................................................68 Figura 05: Faixa etária.........................................................................................69 Figura 06: Estado civil..........................................................................................70 Figura 07: Renda familiar.....................................................................................70 Figura 08: Escolaridade........................................................................................72 Figura 09: Situação econômica............................................................................73 Figura 10: Cartão fidelidade.................................................................................73 9 LISTA DE TABELAS Tabela 01: Atendimento..........................................................................................74 Tabela 02: Produtos................................................................................................76 Tabela 03: Entrega.................................................................................................77 Tabela 04: Comercial..............................................................................................79 Tabela 05: Agilidade em resolver problemas..........................................................80 Tabela 06: Honestidade e compromisso................................................................81 Tabela 07: Facilidade em obter informações..........................................................81 Tabela 08: Conhecimento dos funcionários............................................................82 Tabela 09: Postura dos atendentes........................................................................82 Tabela 10: Comunicação........................................................................................83 Tabela 11: Administrativo.......................................................................................84 Tabela 12: Horário..................................................................................................84 Tabela 13: Cortesia.................................................................................................85 Tabela 14: Produtos entregue conforme pedido.....................................................86 Tabela 15: Facilidade em resolver problemas........................................................87 Tabela 16: Importância da climatização.................................................................87 Tabela 17: Estrutura ..............................................................................................88 10 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO....................................................................................................12 1.1 Objetivo geral..................................................................................................13 1.2 Objetivos específicos.....................................................................................13 1.3 Justificativa.....................................................................................................14 1.4 Aspectos metodológico.................................................................................16 1.4.1 Caracterização do trabalho de estágio........................................................17 1.4.2 Contexto dos participantes...........................................................................18 1.4.3 Instrumentos e procedimentos de coleta de dados.....................................19 1.4.4 Tratamento e análise de dados ...................................................................19 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA............................................................................21 2.1 Administração.................................................................................................21 2.1.1 Breve histórico.............................................................................................22 2.2 Administração mercadológica.......................................................................23 2.2.1 Ferramentas de marketing...........................................................................26 2.2.2 A orientação da empresa para o mercado...................................................29 2.2.3 Composto de marketing...............................................................................30 2.2.4 Coleta de informações e análise do ambiente de marketing.......................34 2.2.5 Satisfação, valor e fidelidade do cliente………………………………………36 2.2.6 Análise dos mercados consumidores …………………………………………40 2.2.7 Identificação de segmentos de mercados e seleção de mercados-alvo…..42 2.2.8 Como lidar com a concorrência...................................................................43 2.2.9 A busca pelo posicionamento da marca......................................................45 2.2.10 Fidelização do cliente……………………………………………………………46 2.3 Prestação de serviços....................................................................................47 2.3.1 Qualidade dos serviços................................................................................50 2.3.2 Estratégias me marketing para empresas prestadoras de serviços............53 11 2.4 Comportamento do consumidor...................................................................54 2.5 Empresa familiar.............................................................................................57 2.6 Pequenas empresas.......................................................................................58 3 DESENVOLVIMENTO DA PESQUISA DE CAMPO........................................62 3.1 Caracterização da empresa...........................................................................62 3.1.1 Histórico.......................................................................................................62 3.1.2 Visão, missão e valores...............................................................................63 3.1.3 Estrutura organizacional..............................................................................63 3.1.4 Produtos e serviços comercializados...........................................................66 3.1.5 Principais clientes........................................................................................66 3.1.6 Principais fornecedores................................................................................67 3.1.7 Principais concorrentes................................................................................67 3.2 Resultado da pesquisa...................................................................................68 3.3 Sugestões........................................................................................................89 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS.............................................................................89 4.1 Conclusão........................................................................................................90 4.2 Limitações da pesquisa.................................................................................91 12 1 INTRODUÇÃO Santa Catarina hoje no ramo de supermercados tem mais de vinte e quatro mil colaboradores cadastrados, e Itajaí encontra-se com um grande número de lojas concentrado em sua região, fazendo o mercado ficar muito competitivo no ramo, Itajaí encontra-se em quinto colocado de todo o estado, com uma participação no quadro de colaboradores de 15,40%, segundo a ACATS (ASSOCIAÇÃO CATARINENSE DE SUPERMERCADOS 2010). Na maioria das vezes dominados por grandes redes como Angeloni, Koch, Mini Preço entre outros que trabalham com um poder de barganha muito grande sobre seus fornecedores, e por conta disto conseguem preços melhores e consequentemente uma margem de lucro maior do que o pequeno empresário. Diante de um era de competição, percebe-se que a concorrência aumenta a cada dia ejá não se pode confiar apenas na participação no mercado. Vê-se a necessidade de competirusando novas forças, e diante disso, percebeu-se que ao observar melhor o comportamentodos clientes, a empresa conseguirá obter um feedback das informações sobre esses clientes eassim poder oferecer-lhes melhores produtos e serviços. Todas as mudanças que se fazem em uma empresa têm por objetivo a melhoria no funcionamento geral em um e/ou todos seus setores. Portanto, o aprimoramento empresarial concretiza resultados positivos nas transações comerciais. A empresa escolhida para a realização deste trabalho é a Maria Amélia Vieira Vicente e Filhos Ltda. que encontra-se situada na cidade de Itajaí. Atua no ramo de supermercados à 25 anos. Com a realização do trabalho pretende-se fidelizar os seus clientes tornando um diferencialcompetitivo no mercado em relação a seus concorrentes do mesmo porte. O Mercado Vicente atende uma clientela muito exigente e rigorosa em questão da qualidade nos produtos oferecidos pela empresa. Têm por isso o compromisso de manter a imagem da empresa sempre positiva. 13 A empresa enfrenta o problema da grande saturação de mercado devido a grande quantidade de mercearias e mini-mercados já existentes e que abrem a cada, dia tornando o mercado cada vez mais competitivo. O trabalho tem o propósito de fidelizar os clientes da empresa; oferecendo diferenciais que a tornem mais competitiva. 1.1 Objetivo geral Como o objetivo geral deste trabalho o acadêmico pretendeufazer um estudo do comportamento de compra dos clientes da empresa Maria Amélia Vieira Vicente LTDA. Objetivo geral para Richardson (2007) é o que se busca com a pesquisa, é o principal motivo para a realização do projeto. 1.2 Objetivosespecíficos Para que seja possível a realização do objetivo geral, o acadêmico precisa desenvolver um estudo para a elaboração dos objetivos específicos a serem realizados. Segundo Richardson (2007, p.64) O objetivo deve referir-se apenas às pesquisas que se pretende realizar. Não são objetivos de uma pesquisa, propriamente, discussões reflexões ou debates em torno a resultados do trabalho. Essas ações são uma exigência de todo trabalho cientifico : a revisão dos modelos utilizados. Ou seja, pretende-se sempre comparar os resultados obtidos com os modelos aplicados anteriormente, para se obter informações precisas sobre a evolução pós-aplicação. 14 Para concretizar o objetivo geral, sugerem-se os seguintes objetivos específicos: 1- Identificar seus concorrentes, 2- Verificar o comportamento de compra do consumidor, 3 - Pesquisar o perfil socioeconômico dos clientes. 1.3 Justificativa Nesse tópico é exposto o problema e justificativa sobre o tema escolhido para a empresa. Fidelização foi o tema escolhido pelo proprietário junto com o acadêmico, com o intuito de ter um diferencial de mercado, para ser aplicado na organização com o objetivo de conquistar e fidelizar novos clientes. Para sobreviver diante de tanta concorrência, buscam-se técnicas para melhoria na qualidade, redução de custo e eficiência no trabalho. Técnicas que segundo Luciano (1997, p.1) “possibilitam a melhoria da performance empresarial para que se obtenha o desejado sucesso nos negócios” .Ou seja, se a empresa optar por uma técnica que reduz seu custo, ela poderá trabalhar com uma margem de lucro maior ou um preço mais baixo do que seu concorrente tornando-se mais competitivo diante o mercado e tendo uma maior atratividade para seus clientes. Para a empresa em estudo, espera-se com a pesquisa estar contribuindo e propondomelhorias em seus processos, apresentando-lhe propostas que possam lhe auxiliar na fidelizaçãode seus clientes, bem como às empresas buscam na fidelização de seus clientes um diferencialpara se manterem em um mercado que torna-se cada dia mas competitivo. A pesquisa ainda justifica-se na concepção de Kotler (1998, p.97), que diz que o “composto de marketing é o conjunto de ferramentas que a empresa usa para atingir seusobjetivos de marketing no mercado-alvo”. 15 Diante do afirmado acima, observa-se que pelo fato de estar buscando estratégias demarketing que possa estar auxiliando quanto à fidelização de clientes da empresa, vê-se que ocomposto de marketing é direcionado para o cliente, para sua satisfação e assim um grandealiado as estratégias para o alcance dos objetivos da empresa. A sociedade a qual faz parte o público-alvo da empresa, poderá usufruir dos benefícios apresentados, visto que toda estratégia é traçada em prol de uma maior satisfaçãodesse público o qual a empresa busca satisfazer cada vez mais, oferecendo melhores produtos eserviços para assim estar conquistando sua confiança e consequentemente fidelizando os. A retenção é o relacionamento contínuo e ativo com um cliente, que acarreta um fluxo de receita a partir da venda do produto ou serviço inicial. Esse fluxo de receita vai se tornando cada vez mais rentável, à medida que fica mais fácil atender os clientes existentes, com a menos necessidade de dedicar-lhes esforços de marketing com vistas à “familiarização”.(HESKETT, SASSER, SCHLESINGER, 2004, p.67) A importância deste trabalho para a UNIVALI é para o desenvolvimento dos acadêmicos e a aproximação da universidade das empresas, com o intuito de promover pesquisas e trabalhos científicos. A importância para o acadêmico, é poder estar propondo soluções para as dificuldades enfrentadas pela empresa no momento em que estará sendo realizado o estudo. O tempo de implantação do projeto foi de 18 meses, que será o tempo que o estagiário permanecerá na empresa para implantação do mesmo. Quanto a originalidade, o autor Richardson (2007, p.60) ressalta que “não se deve investir em problemas já conhecidos e estudados, salvo se forem incluídos novos enfoques ou pontos de vista”. O custo inicial para a implantação do sistema de fidelização não é relativamente baixo, mais em relação aos benefícios que será proporcionado para a empresa por conta do trabalho, se torna baixo. De início a empresa terá de 16 investir em software para o cadastramento de todos seus clientes, lançamento de um cartão próprio e um sistema de pontuação, com o intuito de conhecer mais o perfil do seu cliente. O custo principal será com o treinamento dos funcionários para aprenderem a lidar com o software e para melhorar o atendimento. 1.4 Aspectos Metodológicos Neste tópico é exposta a metodologia que foi adotada neste trabalho. Descrevendo a finalidade, os métodos e procedimentos que definiam a pesquisa realizada. A metodologia consiste em informar os procedimentos e métodos utilizados na realização deste trabalho. Para Roesch (1996, p. 117) “a metodologia descreve como o projeto será realizado, partindo dos objetivos do projeto para definir que tipo de projeto é mais apropriado”. A partir deste trabalho pretende-se descobrir e solucionar problemas detectados na organização. Para tal, contará com pesquisa de caráter qualitativo e quantitativo. Para Godoi (2007, p. 91) “pesquisa qualitativa é um conceito guarda-chuva, que abrange várias formas de pesquisa e nos ajuda a compreender e explicar o fenômeno social com o menor afastamento possível do ambiente natural”. A pesquisa quantitativa para Richardson (2007, p. 70) “caracteriza-se pelo emprego da quantificação tanto nas modalidades de coleta de informações, quanto no tratamento delas por meio de técnicas estatísticas”. Ambas possuem o objetivo de solucionar os problemas diagnosticados. Segundo Oliveira (2002, p. 116) a pesquisa qualitativa difere-se de uma pesquisa quantitativa “[...] pelo fato de não empregar dados estatísticos como centro do processo de análise de um problema”. A coleta de dados foi aplicada na organização e de fontes primárias, já que a mesma não possui nem um relato de outros dados coletados para possíveis análises. Para Mattar (1997, p. 161), “dados primários são aqueles que não foram 17 coletados, estando em posse dos pesquisadores, e que são coletados com propósito de atender as necessidades específicas da pesquisa em andamento”. Ou seja, por meio de um levantamento de dados realizados pioneiramente na organização, pode-se analisar, e dar continuidade aos objetivos propostos. 1.4.1 Caracterização do trabalho de estágio A partir deste trabalho pretende-se descobrir e solucionar problemas detectados na organização. Para tal contará com pesquisa de caráter qualitativo e quantitativo. Ambas possuem o objetivo de solucionar os problemas diagnosticados. Segundo Oliveira (2002, p.116), a pesquisa qualitativa difere-se de uma pesquisa quantitativa “[...] pelo fato de não empregar dados estatísticos como centro do processo de analise de um problema”. Para Godói (2007, p.91), “pesquisa qualitativa é um conceito guarda-chuva, que abrange varias formas de pesquisa e nos ajuda a compreender e explicar o fenômeno social com o menor afastamento possível do ambiente natural”. Ou seja, a pesquisa qualitativa é basicamente aquela que busca atender um fenômeno especifico em profundidade. A diferença esta no fato de que o método qualitativo não tem pretensão de numerar ou medir unidades ou categorias homogêneas. No entanto a pesquisa qualitativa tem como objetivo apenas avaliar as respostas sem agregar valores a ela. Ao invés de estatística, regras e outras generalizações, a qualitativa trabalha com descrições, comparações e interpretações. A pesquisa quantitativa para Richardson (2007, p. 70), “caracteriza-se pelo emprego da qualificação tanto nas modalidades de coleta de informações, quanto no tratamento delas por meio de técnicas estatísticas”. Esse método será eficiente na análise dos questionários aplicados, já que o mesmo necessita de resultado por meio de valores, para que possa ser feito as comparações de resultados. 18 A pesquisa foi caracterizada como estudo de caso. O estudo de caso como uma estratégia de pesquisa pode ser utilizada de modo exploratório (visando levantar questões e hipóteses para futuros estudos por meio de dados qualitativos), descritivo (buscando associações entre variáveis, normalmente com evidencia de caráter qualitativo), e, mesmo, exploratório. (ROESH, 1996 p. 156) No estudo de caso procura-se verificar um determinado assunto e nele examinar o que é verdadeiro, além de colocar sua opinião própria, explicar de forma simplificada. 1.4.2 Contexto e participantes A população desse estudo consiste nos clientes do Mercado Vicente, tanto os assíduos, quanto os esporádicos. Salienta-se que, pela dificuldade em totalizar esse número, foram considerados para cálculo da amostra 400 clientes. Figura 01: Demonstração da formula para cálculo da amostra Fonte: Elaborado pelo acadêmico segundo Barbetta (1999 p. 58) 19 A técnica de amostragem empregada foi a não-probabilística, por convivência dada a disponibilidade dos clientes em responder aos questionários quando fazem visita a loja. Segundo Marconi e Lakatos (2003 p. 224), essa técnica “não faz uso de uma forma aleatória de seleção, mais pode ser objeto de certos tipos de tratamento estatístico, o que diminui a possibilidade de inferir para todo os resultados obtidos para a amostra”. 1.4.3 Instrumentos e procedimento de coleta de dados Os procedimentos e os instrumentos que fizeram parte da coleta de dados são relatados e explicados neste tópico, permitindo, assim, uma definição mais clara de como se dará a coleta de dados. A coleta de dados que foi aplicada na organização, foi obtida atravésde fontes primárias, já que a mesma não possui nem um relato de outros. Na visão de Mattar (2001), os dados primários são aqueles coletados com um único objetivo de satisfazer as necessidades da pesquisa. Ou seja, através de um levantamento de dados realizados pioneiramente na organização, pode-se analisar, e dar continuidade aos objetivos propostos. 1.4.4 Tratamento e análise de dados A análise dos dados foi tratada de forma qualitativa, onde foi diagnosticado os problemas que foram ressaltados pelos participantes. Segundo Roesch (1996, p.168), “na pesquisa de caráter qualitativo, o pesquisador, ao encerrar sua coleta de dados, se depara com uma quantidade imensa de notas de pesquisa ou depoimentos, que se materializam na forma de texto, que terá de organizar e interpretar”. 20 Posteriormente, foi elaborado pelo acadêmico uma planilha com a tabulação dos resultados obtidos, para que possa realizar uma análise quantitativo, para expor ao proprietário as notas obtidas nos questionários e a média feita com base no diagnóstico feito pelo acadêmico. No entanto, após coletar os dados necessários para a realização do projeto, cabe ao pesquisador, classificar as respostas e interpretá-las. Objetivos 1e2 3 4e5 6e7 Fonte Amostra c/ 134 clientes (5 % de erro) Fonte primaria 3 gestores da empresa Amostra com c/ 134 clientes (5% de erro) Fonte primaria 3 gestores empresa da Instrumentos Questionário c/ perguntas fechadas Entrevista em grupo (reunião) Observação e questionário c/ perguntas fechadas Procedimentos Aplicado na empresa em seus clientes (auto-aplicadas) Relato escrito Analise Estatística Descritiva Relato escrito e questionários aplicados na empresa (autoaplicadas) Relato escrito Qualitativo estatística descritiva Entrevista em grupo (reunião) Quadro 1 Fonte: elaborado pelo autor Qualitativo Qualitativo e 21 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA Este capítulo tem por finalidade fazer um viés dos conceitos que serão baseda pesquisa, para então estar entendendo melhor e assim buscando no marketing formas de seestar fidelizando os clientes de uma empresa, dessa forma, segue os conceitos a seguir como: conceito de marketing, ferramentas de marketing, prestação de serviço, qualidade dos serviços e comportamento do consumidor. Demonstrará um breve resumo sobre empresa de pequeno porte, empresa familiar . 2.1 Administração É importante comentar um pouco sobre a ciência de administração. Área na qual será realizado o trabalho de estágio. O ato de administrar é realizado desde a pré-história, quando simples grupos de caçadores se reuniam e possuíam um líder do grupo, que era responsável pela tomada de decisões e pelo bem-estar do grupo. Com a globalização e a evolução das sociedades a necessidade de administradores tornou-se mais necessária. O processo de administrar é fundamental em qualquer lugar. Seja em empresas, como pessoas membro de família, pois a todo momento estamos tomando decisões e as vezes nem percebemos que essa decisão é de conteúdo administrativo. A administração tem como objetivo nos auxiliar a compreender os processos fundamentais das organizações e do colaboradores que nelas estão inseridos. Para Maximiano (2000, p.25), “Administração significa, em primeiro lugar, ação. A administração é um processo de tomar decisões e realizar ações que compreendem quatro processos principais interligados: planejamento, organização, execução e controle”.Esses processos podem ser chamados de funções administrativas, onde outros processos ou funções, como coordenação, 22 direção, comunicação e participação, contribuem para a realização dos quatro principais processos citados anteriormente. A tarefa básica da administração é a de fazer as coisas por meio das pessoas. Seja nas indústrias, no comércio, nas organizações de serviços públicos, nos hospitais, nas universidades, instituições militares ou em qualquer outra forma de empreendimento humano, a eficácia com que as pessoas trabalham em conjunto para conseguir objetivos comuns depende principalmente da capacidade daqueles que exercem função administrativa. (CHIAVENATO, 1987, P.5) 2.1.1 Breve histórico A administração surgiu com independência de conhecimentos na Europa do século XVII, durante a Revolução Industrial, onde as primeiras fábricas modernas iniciaram a prática de diversos conceitos que no século seguinte se tornariam universais, (MAXIMIANO, 2000). Para que as fábricas dessem continuidade as suas atividades e sobreviver a uma revolução, medidas e conceitos foram adotados. Posteriormente, surge administração científica no início do século XX nos Estados Unidos. Procurando satisfazer a necessidade de aumentar a produtividade, ocasionada pela falta de mão-de-obra especializada. Problema vivenciado até hoje em alguns setores. Segundo Chiavenato (1987, p.64), “o nome Administração Científica é devido à tentativa de aplicação dos métodos da ciência aos problemas de administração, a fim de alcançar elevada eficiência industrial”. Ou seja, aplicar teorias relatadas e testadas pela ciência. No entanto percebe-se que a administração já é utilizada, de forma legal pelo menos durante três séculos. 23 2.2Administração Mercadológica (Marketing) Vários autores têm suas definições de marketing como pode ser visto a seguir, esabe-se ainda que o marketing é uma filosofia que as empresas têm usado para alcançar seus objetivos, mesmo que muitas não usem essa ciência de forma coerente, o marketing existe no dia a dia das empresas e das pessoas. Na visão de Kotler e Armstrong (2006, p.26), “Marketing é um processo social por meio do qual pessoas e grupos de pessoas obtêm aquilo de que necessitam e o que desejam com a criação, oferta e livre negociação de produtos e serviços de valor com outros”. É percebido ainda que o marketing é uma ferramenta que muitas empresas usam para fazer o diferencial frente a seus concorrentes, como ressaltado a seguir que: O Marketing funciona como um radar e sua função é captar permanentemente as necessidades e os desejos dos clientes. É uma função de vital importância para a empresa tendo em vistas as constantes mudanças no comportamento do consumidor. A empresa que não tiver esta sintonia terá uma vida muito efêmera. Para entender o comportamento do consumidor as empresas precisam ter um sistema de marketing bem equipado, com pessoas bem treinadas e preparadas para que possam extrair do mercado as informações que realmente interessam para as empresas, sem que o sistema fique lotado de informações sem valor algum, pois “o excesso de informações pode ser tão prejudicial quanto a escassez” (KOTLER; ARMSTRONG, 2003, p. 8) Com relação ao marketing para alcançar os objetivos da empresa, Etzel, Walker,Stanton (2001, p.11) diz que “o marketing enfatiza a orientação ao cliente e a coordenaçãodas atividades de marketing para se alcançar os objetivos de desempenho da organização”. Em outras palavras, McDonald ( 2004, p.02), “marketing é um processo para definir mercados, quantificar as necessidades dos grupos de clientes (segmentos) dentro desses mercados, determinar as proposições de valor para 24 atender a essas necessidades, comunicar essas proposições de valor a todas as pessoas da organização responsáveis por entregá-las e conseguir que comprem a idéia e assumam seu papel adequado na entrega dessas proposições de valor (usualmente apenas comunicações) e monitorar o valor entregue”. Las Casas (1991, p.13), diz que: Marketing é a área do conhecimento que engloba todas as atividades concernentes àsrelações de troca, orientadas para a satisfação dos desejos e necessidades dos consumidores, visando alcançar determinados objetivos da organização ou indivíduo e considerando sempre o meio ambiente de atuação e impacto que estas relações causam ao bem estar da sociedade. Para Cobra (1992, p.34), “marketing é o processo de planejamento e execução desde a concepção, apressamento, promoção e distribuição de ideais, mercadorias e serviços para criar trocas que satisfaçam os objetivos individuais e organizacionais”. Sabe-se que as empresas necessitam planejar suas ações para estarem alcançandoseus objetivos, e nesse sentido, Churchill; Peter (2003, p.04) definem marketing como “oprocesso de planejar e executar a concepção e, estabelecimento de preços, promoção edistribuição de ideias, bens e serviços, a fim de criar trocas que satisfaçam metas individuais eorganizacionais”. Marketing pode ser entendido como várias ações das empresas, e neste contexto, McCarthy e Perreault (1997, p.19) ressalta que “se a maioria das pessoas forem forçadas a definir marketing, inclusive alguns gerentes de empresas, eles afirmarão que marketing significa “venda” ou “propaganda”. É verdade que são partes de marketing, mas marketing é muito mais do que venda e propaganda”. No ponto de visa de McKenna (1997, p.126), “marketing significa comunicar apersonalidade de uma empresa, a fim de criar uma presença única e torná-la visível”. Ressaltando, McKenna (1998, p.8) afirma que: O marketing será ou já está sendo absorvido por outras funções na empresa emtempo real. A qualidade não é mais uma função em si; 25 ela realmente funcionamelhor quando todos estão envolvidos no processo de qualidade. O marketing é umtipo de atividade muito semelhante: várias funções devem se envolver com ele,como projeto de produtos, fabricação, distribuição e canais de serviços. Sabe-se que o marketing é voltado para a satisfação das necessidades, comoressaltado por Kotler e Armstrong (1998, p.37) que “a chance para atingir as metas organizacionais consiste em ser mais eficaz do que os concorrentes para integrar as atividades de marketing, satisfazendo assim, as necessidades e desejos dos mercados – alvos”. É percebido que durante anos, os conceitos de marketing mudaram, evoluíram, comopode ser observado no quadro a seguir, na observação feita por Cequimel (2005 apudCHAVES, 2006, p. 24) AUTOR / ANO American Marketing Association – 1960 Drucker / 1970 McCarthy e Perreault1971 Zaltman / 1987 Kotler / 1998 Kotler - 1999 Cobra / 2000 CONCEITO O desempenho das atividades de negócios que dirigem o fluxo de bens e serviços do produtor ao consumidor ou utilizador. O marketing deve ser encarado como uma forma para tornar o ato de vender supérfulo. Marketing é a execução de atividades que buscam realizar os objetivos de uma organização, prevendo as necessidades do freguês ou cliente, e dirigindo o fluxo de bens e serviços para a satisfação dessas necessidades, a partir do produtor para o freguês ou cliente. Marketing é ligar a organização com o meio ambiente e com os valores, as normas e a cultura geral da sociedade. Marketing é um processo social gerencial pelo qual indivíduos e grupos obtêm o que necessitam e desejam através de criação, oferta e troca de produtos de valor com outros. Marketing é a arte de descobrir necessidades, explorá-las e lucrar com elas, e ressalta ainda que marketing é a ciência e a arte de conquistar e manter clientes e desenvolver relacionamentos lucrativos com eles. Marketing é a ação de descobrir necessidades e desejos dos consumidores, visando desenvolver produtos e serviços que o encantem. Giuiliani / 2003 Conjunto de esforços criativos e táticos que devem ser utilizados para adaptarmos o produto ou serviço ao mercado, as mudanças ocorridas no macro ambiente com o foco de conservar e tornar leal o cliente. BASTA et al, 2005 Marketing é um processo pelo qual se planeja e efetua a concepção, a fixação do preço, a distribuição de ideias, a promoção e bens e serviços que estimulam trocas que satisfazem aos objetivos individuais e organizacionais. Quadro 2: Conceitos de marketing Fonte: Chaves (2006, p. 24), adaptado de Cequimel (2005). 26 Para Kotler e Armstrong (1998, p. 397), “a melhor maneira de manter clientes éoferecer-lhes altos níveis de satisfação e valor, que resultam em forte lealdade”. Diante dos conceitos expostos, é percebido que o marketing está em cada ação dasempresas, em cada estratégia desenvolvida para atingir os objetivos, nas ações para atrair ereter clientes, levar a imagem da empresa para o mercado bem como tornar a empresa mascompetitiva. 2.2.1 Ferramentas de marketing a) Banco de dados de clientes A empresa para estar fidelizando seus clientes é preciso buscar conhecer melhor seucomportamento, seus gostos e desejos. Através de um banco de dados, a empresa poderá estarobtendo informações mais precisas sobre esses clientes e assim estar identificando-os deforma a estar estabelecendo critérios personalizados de acordo suas preferências enecessidades. O banco de dados de clientes na concepção de Kotler (2006, p.160), “é um conjunto de dados abrangentes sobre clientes atuais ou potenciais atualizados, acessível, prático e organizado para fins de marketing, tais como gerações de indicações, de venda de um produto ou serviço ou manutenção do relacionamento com os clientes”. Para Vavra (1993, p. 76), “hoje, cada vez é maior o número de empresas que estãodescobrindo o potencial dos bancos de dados para ajudá-las a construir um relacionamentomais forte com seus clientes”. 27 Com base nos conceitos acima, pôde-se perceber que o banco de dados é um fortealiado na conquista e satisfação mantendo assim um bom relacionamento com os clientes,pois diante de sua utilidade, diz-se que é uma ferramenta indispensável para estarestabelecendo um contato mais aberto com os clientes. b) Venda Pessoal Entende-se por venda pessoal um método e gerenciamento de clientes, onde sãoconsiderados a personalidade e perfil de cada cliente. Quanto à venda pessoal como uma ferramenta do marketing, Cobra (1994, p.29), dizque: Ninguém melhor que o vendedor para sentir o mercado e suas necessidades, poissabendo pesquisar o mercado, ele pode sugerir ações estratégicas ou táticas quevalorizem os negócios da empresa, devendo agir em seu território com um autenticogerente de vendas que conhece o potencial de mercado e que globalmente para obtero melhor desempenho possível de seu território. Cobra (1994, p. 28), ainda acrescenta que” no mundo de marketing, a venda pessoalé, dentre outros compostos, a mais importante forma de comunicação de uma empresa com oseu mercado”. Portanto, pode-se dizer que a venda pessoa, é desenvolvida através dedesenvolvimento de uma prospecção das necessidades dos clientes para assim estasestabelecendo uma comunicação mais direta com seus clientes. c) Mala direta 28 Por meio da mala direta, o cliente pode estar recebendo correspondência em suaresidência, podendo ser essas correspondências jornais, revistas entre outros, sendo osmesmos entregues pelos Correios. Para Cobra (1992, p.634), mala direta “é qualquer propaganda direta enviada pelocorreio”. Já Kotler (1998, p.629) ressalta que “é um meio popular porque permite altaseletividade do mercado-alvo, poder ser personalizada, é flexível e permite teste e mensuraçãoda resposta”. Enfim, a mala direta se bem planejada pode auxiliar as empresas a produzir clientespotenciais, no entanto, se não for bem planejada, poderá estar causando insatisfação quanto ademora ou conteúdo. Assim percebe-se que a mala direta pode ser um fator facilitador docontato da empresa com seus clientes e divulgador de seus produtos e/ou serviços. d) Telemarketing O telemarketing pode ser uma das ferramentas com um feedback mais ágil no sentidode a empresa estar sentindo a reação imediata de satisfação ou não do cliente quanto aos seusserviços. Quanto a comunicação da empresa com seus clientes com o uso do Telemarketing,observa-se na sustentação de Vavra (1993, p.137), que: O telefone é o principal meio para a empresa comunicar-se com seus clientes.Primeiro a comunicação é melhor e mais completa e a emoção pode ser facilmentecontroladas ou enfatizada em uma conversação telefônica. A ansiedade, satisfação, frustração ou indiferença do cliente podem ser sentidas pelo receptor, que dará uma resposta adequada para ajudar a criar satisfação por parte do cliente. 29 Portanto, para a empresa que utiliza o telemarketing de forma coerente, pode-se dizerque tem a chance de muitas vezes está reconquistando um cliente que por motivos x possa nãoter ficado satisfeito com determinado fator durante a aquisição de um produto e/ou serviço.Como muitas vezes esse cliente não retornaria a empresa para estar expressando suassatisfação, pelo telemarketing, é possível está contornando essa situação. e) Marketing on-line As empresas têm utilizado cada dia mais a propaganda on-line para estar oferecendoseus produtos e-/ou serviços, sendo essa uma ferramenta que a empresa pode utilizar para estáatingindo e comunicando com clientes potenciais e atuais. Quanto a essa forma da empresa está mantendo contato com seus clientes, Gomes(2001, p.189) sustenta que “a confiança do internauta de ser conquistada homeopaticamente ecom cautela, lembre-se de que esse mercado é aberto e que a facilidade com que se ganha umcliente, se perde também”. No entanto, ressalta-se que para que haja uma política de fidelização onde tantoganha o cliente quanto a empresa, é preciso haver um bom relacionamento construído nooferecimento de bons serviços. 2.2.2 A orientação da empresa para o mercado A grande abertura da economia mundial, em decorrência da qual as fronteiras geográficas não representam mais proteção contra os ataques dos concorrentes externos, propiciou uma concorrência global, forçando as empresas a desenvolverem produtos e serviços competitivos em termos globais. Desta forma, uma das funções da empresa que tem maior representatividade estratégica 30 passa a ser o marketing, que possui a função de fazer a adaptação dos produtos, preços, praça e promoção às necessidades dos clientes, melhorando a condição de competitividade em relação aos concorrentes. Estudiosos de marketing consideram que a orientação para o mercado, também chamada de orientação para marketing, consistiria na essência da filosofia empresarial que leva ao sucesso na luta pelos mercados, uma vez que a descoberta dos desejos e necessidades do consumidor bem como o movimento das tendências ambientais, principalmente focando a concorrência, pode contribuir para criar uma diferenciação competitiva. Heiens (1989), salienta que uma organização orientada para o mercado é aquela na qual os três pilares do conceito de marketing (foco no consumidor, marketing coordenado e lucratividade) se manifesta operacionalmente. A função de Marketing em uma organização não deve ser uma preocupação exclusiva da área de marketing da empresa, pois uma variedade de departamentos participa da geração de inteligência de mercado, de sua disseminação e da execução de ações em resposta a ela. Em segundo lugar, é uma expressão politicamente menos cobrada pois não exagera a importância da função de marketing na organização, removendo o constructo da província do departamento de marketing e torna-o uma responsabilidade de todos os departamentos na organização. 2.2.3 Composto de marketing Percebe-se que a concepção do mercado, em geral, é dinâmica, conseqüentemente, as necessidades dos consumidores em relação aos produtos e serviços sofrem mutações freqüentemente. Para as empresas acompanharem a evolução das necessidades do seu público-alvo, é de suma importância analisar e trabalhar os componentes que irão revelar a situação do mercado de interesse das organizações. O termo composto mercadológico também denominado composto de 31 marketing refere-se à combinação única de estratégias de produto, preço, praça (ou distribuição) e promoção (os quatro “Ps"), planejadas para produzir trocas mutuamente satisfatórias com o mercado-alvo. Os administradores de marketing podem controlar cada ferramenta do composto de marketing, mas as estratégias para todos os quatro componentes devem ser combinadas para a obtenção deresultados que satisfaçam os interesses individuais. (LAMB, HAIR, MCDANIEL, 2004; DOYLE, 2005; CHURCHIL e PETER, 2003; SHIMOYAMA e ZELA, 2002). Os quatro fatores do composto mercadológico (também chamado de mix de marketing) estão inter-relacionados, ou seja, decisões em uma área afetam ações em outra. Cada elemento do mix de marketing contém infinitas alternativas, das quais, a administração deve selecionar uma combinação de fatores que vão satisfazer os mercados-alvo e atingir os objetivos de marketing e da organização. O gerenciamento do mix de marketing, tarefa fundamental do profissional de marketing, consiste em decisões as quais devem ser tomadas para que se exerça influência sobre os canais comerciais, bem como sobre os consumidores finais. (KOTLER, 2000; DOYLE, 2005) O melhor a ser feito quando uma organização quer realmente atingir seu público-alvo é elaborar com muito cuidado cada um dos pontos envolvidos no composto, por isso a área de Marketing faz uso de muitos estudos de mercado, realiza prospecção de consumidores para novos produtos e cria estratégias que devem conter o uso adequado de cada um dos “Ps”. (LAMB, HAIR, MCDANIEL, 2004; KOTLER, 2000) Para evoluir a idéia de composto mercadológico apresentada até aqui faz-se necessária a abordagem individual dos seus quatro componentes. a) Preço O preço é a expressão monetária de um determinado bem ou serviço, é um dos elementos do mix de marketing que determina a percepção que os clientes criam sobre a oferta. Assim, preço pode ser definido como sendo certa quantidade 32 de dinheiro ou algo mais de valor que a empresa pede em troca de um produto ou de um serviço prestado ou uma idéia. Dos elementos e características dos produtos e serviços percebidos e comparados pelos consumidores entre eles qualidade, quantidade, assistência técnica, serviços, certamente o preço é, o mais observado pelo consumidor no momento da compra, mesmo porque a qualidade, outra variável importante, só vai ser percebida após o momento da compra. Por isso da importância de as empresas determinarem o preço do produto ou serviço com exatidão. (NICKELS e WOOD, 1999; ASSEF, 1997; FASTI, 2003) A formação do preço de venda de produtos e serviços é um elemento essencial da gestão econômico-financeira e mercadológica das empresas e envolve vários fatores em sua composição. Uma abordagem mais comum para fixar preços consiste em apurar o custo e acrescentar uma margem de lucro, entretanto, vale salientar que o custo de um produto ou um serviço nada tem a ver com a perspectiva do cliente quanto ao valor. O custo, neste caso, serve como base, apenas ajudando a decidir se vale a pena fabricar o produto ou prestar o serviço. (KOTLER, 2003; BERTÓ e BEULKE, 2005) Desta forma, é importante conhecer o valor percebido pelo cliente e usar esse conhecimento como uma ferramenta estratégica, com o objetivo de tornar a empresa mais competitiva. Vale ressaltar que a informação é elemento essencial para a atribuição de preços. Manter-se bem informado sobre os preços, as ações e estratégias da concorrência, as características, necessidades e percepções dos clientes, é o caminho ideal para uma eficiente gestão desses preços e, como conseqüência, o sucesso da empresa. (GOLDSTEIN e TOLEDO, 2001; LEONI FILHO, 2002; CHURCHIL e PETER, 2003). b) Praça Após um produto ser produzido, com o seu preço estabelecido, ele precisa ser distribuído no mercado até os pontos de vendas. Para tanto, é necessário que se desenvolvam estratégias de distribuição para assegurar que os produtos 33 estejam disponíveis nas quantidades apropriadas nos lugares e nos momentos certos. É necessário criar e utilizar os canais de distribuição que definem o caminho que o produto irá percorrer até o seu destino final. Em se tratando de serviços a distribuição dos mesmos requer a sua disponibilidade no momento em que o consumidor necessita. A distribuição de serviços é uma atividade que depende de vários fatores exigindo custos e planejamento fazendo com que se torne essencial construir uma estrutura adequada para atender a demanda. (LAMB, HAIR, MCDANIEL, 2004; KOTLER; ZEITHAML e BITNER, 2003; OLIVEIRA, 2002) A praça ou distribuição de um produto no mercado tem um importantíssimo papel no mix de marketing, pois é a partir dela que as organizações executam as funções necessárias para ligar os produtores ou prestadores de serviços aos clientes, criando, para tanto, um conjunto de atividades estratégicas e planejamento a fim de tornar um produto ou serviço disponível no mercado. (CHURCHILL e PETER; COSTA e CRESCITELLI, 2003) c) Produto As organizações utilizam-se deste elemento do composto de marketing, o produto, oferecendo uma série de serviços e produtos visando atender a praticamente todas as necessidades do mercado. Produto significa a oferta de uma empresa que satisfaz a uma necessidade ou desejos do mercado-alvo. (LAMB, HAIR, MCDANIEL, 2004; KOTLER, 2000) O produto, no sentido genérico, pode ser tangível (físico, ou seja, aquele que pode ser tocado) e intangível (refere-se aos serviços, não podem ser tocados, porém podem ser percebidos), para as organizações e para os consumidores. Em suma, temos que produtos e serviços têm a mesma finalidade, qual seja a de satisfazer um desejo ou uma necessidade dos consumidores, proporcionando satisfação e valor. As empresas podem além da estratégia de produto, tomar a decisão de comercializar seus produtos com uma marca própria, utilizando sinais, 34 símbolos, nomes, que identifiquem e diferencie seus bens e serviços dos concorrentes. (CHURCHILL e PETER, 2003; KOTLER, 2000; ZEITHAML e BITNER, 2003) d) Promoção A promoção é a ferramenta do mix de marketing que proporciona a comunicação das informações entre quem vende algo e quem compra algo. É através da promoção que o consumidor toma conhecimento das características, benefícios e qualidades do produto ou do serviço o que acarretará na aquisição do mesmo. Por intermédio da promoção o vendedor e o consumidor alvo interagem entre si compartilhando informações que serão utilizadas para levar a mensagem ao consumidor final. (KOTLER, 2003; LAMB, HAIR, MCDANIEL, 2004, SHIMP, 2002). Nickels e Wood e Kotler e Armstrong (1999) salientam que a promoção não se limita em simplesmente informar o mercado sobre um determinado produto ouserviço, o objetivo principal, além de expor o produto ao mercado, é desenvolver uma comunicação a fim de levar o consumidor à realmente adquirir o produto ou a prestação de serviço, despertando naquele a vontade de consumo, satisfazendo, assim, suas necessidades, e aumentando a lucratividade da empresa. Para Shimoyama e Zela (2002) as ferramentas de promoção de vendas são formadas por três características: a comunicação, utilizada para atrair a atenção dos consumidores-alvo; incentivo, que proporciona estímulo concedendo vantagens ao consumidor e convite, abordagem direta atraindo o consumidor. 2.2.4 Coleta de informações e análise do ambiente de marketing 35 Para a inteligência de Marketing a coleta de informações é fundamental e para isso é muito utilizado o sistema de informações de Marketing (SIM), porém na prática, a maioria desses dados coletados apresenta respostas de âmbito impessoal, concentrando-se mais em registros de informações. Um Sistema de Informações de Marketing (SIM) é constituído de pessoas, equipamentos e procedimentos para a coleta, classificação, análise, avaliação e distribuição de informações necessárias de maneira precisa e oportuna para os que tomam decisões de marketing.” (KOTLER, 2000, p.122). O objetivo desse trabalho é demonstrar na prática, a importância da coleta de dados pessoais, através da aplicação de questionários na empresa Maria Amélia Vieira Vicente e Filhos Ltda. e possivelmente encontrar dados individuais de grande relevância e, além disso, verificar se existe um senso entre suas experiências e transformá-las em diferencial competitivo para o Marketing da empresa. KOTLER (2000) diz que o marketing está se tornando mais uma batalha baseada em informações do que uma batalha baseada no poder de vendas. A análise externa, ou ambiental, é o estudo do ambiente, selecionando e aliando oportunidades e ameaças. Ela é fundamental para determinar um parâmero de avaliação da posição competitiva da organização frente às demais concorrentes. Por servir de base para avaliação de competitividade, deve-se realiza-la antes da análise interna. Os profissionais de marketing examinam o ambiente externo para reconhecer e responder às oportunidades e ameaças que uma organização enfrenta. Ameaças são as situações do ambiente que colocam a organização em risco. Oportunidades são as situações do ambiente que a organização pode aumentar sua competitividade. “O macroambiente consiste em forças demográficas, econômicas, físicas, tecnológicas, político-legais e socioculturais que afetam suas vendas e seus lucros. Uma parte importante da coleta de informações ambientais inclui a avaliação do potencial de mercado e a previsão da demanda futura.” (KOTLER, 2000, p.108) 36 2.2.5 Satisfação, valor e fidelidade do cliente a) satisfação É que as pessoas não comercializam mercadorias e serviços por si, elas compram a antecipação do prazer a ser obtido daquele item ou serviço. A satisfação e o prazer do consumidor são derivados da percepção de que os benefícios são superiores ao custo.A satisfação nada mais é do que uma comparação das expectativas do cliente com a performance percebida. Clientes satisfeitos é a alma de qualquer negócio bem-sucedido; clientes fieis são essenciais para a sustentação da liderança no mercado. Kotler (2000, p.364) diz que: O número de pessoas que compram pela primeira vez aumenta inicialmente e depois diminui, uma vez que sobram menos compradores (admitindo-se uma população fixa). A repetição de compras acontece logo em seguida, dede que o produto satisfaça a alguns compradores. A curva de vendas eventualmente cai para um patamar que representa um nível de volume constante de compras repetidas; nesse momento, o produto já deixou de ser um produto novo.” (KOTLER, 2000, p.364) A decisão de um cliente de permanecer fiel à empresa ou romper com ela a relação é a soma de muitos pequenos contatos com ela. Para que todos esses pequenos contatos resultem em fidelidade do cliente, as empresas têm de criar experiência de marca para ele, ou seja, tem que ser inovador, criar ambientes inspiradores e comodidades peculiares. A empresa deve medir a satisfação com freqüência porque a chave para reter clientes está em satisfazê-los. Em geral, um cliente altamente satisfeito 37 permanece fiel por mais tempo. Custa bem menos manter um cliente que já é fiel, do que conquistar um novo. KOTLER (2000, p.204) ainda complementa: Após comprar o produto, o consumidor experimenta algum nível de satisfação ou insatisfação. O trabalho do profissional de marketing não termina quando o produto é comprado. Ele deve monitorar a satisfação, as ações e a utilização em relação ao produto depois de efetuada a compra. Para empresas centradas no cliente, a satisfação de seus clientes é ao mesmo tempo uma meta e uma ferramenta de marketing. Hoje, as empresas precisam estar especialmente preocupadas com o nível de satisfação do cliente, porque a internet proporciona uma ferramenta para que os consumidores espalhem reclamações – assim como elogios para o resto do mundo. A satisfação também depende da qualidade dos produtos e serviços. Qualidade significa adequada para uso; conforme as exigências; uniforme e assim por diante. Podemos dizer que a empresa fornece qualidade sempre que seu produto ou serviço atende as expectativas do cliente ou as excede. Qualidade total é o segredo para criar valor e satisfazer o cliente. E assim como o marketing, ela é obrigação de todos. Marketing é a arte de atrair e reter clientes. A qualidade é a maior certeza de fidelidades dos clientes. Lucratividade do cliente: A lucratividade do cliente pode ser avaliada individualmente, por segmento de mercado ou por canal. Embora muitas empresas avaliem a satisfação dos clientes, a maioria deixa de avaliar a lucratividade individual deles. Uma empresa inteligente cria um alto nível de satisfação de funcionários, que leva a um esforço maior, que leva a produtos e atendimento de melhor qualidade, que criam maior satisfação de clientes, que leva a negócios mais regulares, que levam a maiores taxas de crescimento e lucro, que levam a um alto nível de satisfação de acionistas, que leva a mais investimentos e assim por diante. Esse é o círculo virtuoso que significa lucros e crescimento. (KOTLER, 2000, p.63) 38 b) valor É valor total presente de todos os clientes da empresa ao longo do tempo, sendo que, quanto mais fiéis ele forem, maior será o valor do cliente. Rust, Zeithaml e Lemon distinguem três elementos condutores do valor do cliente: 1.) Dimensão do valor é a avaliação objetiva feita pelo cliente da utilidade de uma oferta com base em sua percepção de custo-benefício. Os componentes da dimensão do valor são qualidade, preço e conveniência. O cliente que faz uma viagem ao nordeste, ele mesmo pode escolher um hotel que lhe ofereça um quarto grande, melhor e mais confortável a um preço mais acessível que a concorrência poderia lhe oferecer. E, isso se da principalmente nos mercados empresariais. 2.) Brand equity é a avaliação subjetiva e intangível que o cliente faz da marca, acima e além do valor percebido objetivamente. Os componentes do brand equity são conscientização da marca, postura do cliente com relação à marca e percepção do cliente quanto à ética da marca. As empresas usam as propagandas, as relações públicas entre outras ferramentas para melhorar estes componentes. 3.) Relationship equityé a tendência que o cliente tem de se prender à marca, acima e além das avaliações objetivas e subjetivas sobre o valor. Os componentes do relationship equity incluem programas de fidelidade, programas de reconhecimento e tratamentos especiais. As relações pessoais são fundamentais. E os clientes tendem a continuar com os mesmos fornecedores por hábito ou inércia. Esse somatório de elementos integra a gestão de valor, a gestão de marca e a gestão de relacionamento dentro de um foco centrado do cliente. As empresas podem decidir quais destes elementos devem reforçar para obter o melhor resultado. As empresas também devem estar atentas para a melhor estratégia e ações a ser tomada e estar de olho no melhor retorno financeiro sobre os investimentos de marketing. 39 c) fidelidade do cliente Segundo Philip Kotler 1999, conquistar novos clientes custa entre 5 a 7 vezes mais do que manter os já existentes. Então, o esforço na retenção de clientes é, antes de tudo, um investimento que irá garantir aumento das vendas e redução das despesas. Clientes fiéis são muito mais propensos a comprar através de mais de um canal (telefone, loja, internet, etc) e tendem a consumir mais. E quanto mais fiéis, maior a vida útil da carteira de clientes da empresa, menor o custo de recuperação de clientes e maior valor financeiro agregado à marca. Clientes fiéis reclamam quando têm uma experiência ruim, porque querem ver seu problema resolvido, acreditam na marca/empresa e querem melhorá-la. Já os clientes infiéis vão embora sem o menor remorso e pior - ainda falam mal da empresa. Segundo Kotler 2000, 95% dos clientes insatisfeitos não reclamam, apenas deixam de comprar. E de acordo com Vavra 1993, consultor americano, afirma que um cliente insatisfeito costuma contaminar outros 13, enquanto que um satisfeito influencia apenas 5. Quanto uma empresa pode estar deixando de ganhar? Além da perda do cliente insatisfeito, há a perda de outros que são influenciados negativamente e o custo de recuperar esses clientes perdidos, se a empresa decidir investir nessa recuperação. Todo cliente espera sair satisfeito de uma transação comercial e também espera que a empresa esteja empenhada em satisfazê-lo. Mas ter um cliente satisfeito não garante sua fidelidade. “O que parece ser fidelidade à marca pode ser, na verdade, hábito, indiferença, preço baixo, alto custo de mudança ou indisponibilidade de outras marcas. Portanto, uma empresa deve interpretar com cuidado o que está por trás dos modelos de compra observados.” (KOTLER, 2000, p.291) O que influencia na satisfação dos clientes? Produtos e serviços de qualidade, preço percebido como justo, condições de pagamento satisfatórias, cumprimento de prazos e compromissos assumidos pela empresa, disponibilidade 40 dos produtos/serviços, entrega adequada, escuta atenciosa, diálogo de compromisso, descontos e ofertas especiais e facilidade da compra. 2.2.6 Análise dos mercados consumidores O comportamento de compra do consumidor é influenciado por fatores culturais, sociais, pessoais e psicológicos. Os fatores culturais exercem a maior e mais profunda influência. Cultura, subcultura e comportamento classe de social compra. são A fatores cultura particularmente é o principal importantes no determinante do comportamento e dos desejos de uma pessoa. À medida que cresce, a criança absorve certos valores, percepções, preferencias e comportamentos de sua família e de outras instituições. Uma criança criada nos Estados Unidos, por exemplo, é exposta aos seguintes valores: realização e sucesso, eficiência e praticidade, progresso, conforto material, individualismo, liberdade, humanitarismo e juventude. Cada cultura compõe-se de subculturas que fornecem identificação e socialização mais específicas para seus membros. Entre as subculturas estão as necionalidades, as regiões geográficas. Quando essas subculturas crescem e se tornam influentes o bastante, as empresas geralmente elaboram programas de marketing especiais para atendê-las. O marketing multicultural surgiu a partir de uma cuidadosa pesquisa de marketing, que revelou que diferentes nichos étnicos e demográficos nem sempre reagem favoravelmente à publicidade voltada ao mesmo mercado de massa. Á medida que as pessoas perdem sua orientação religiosa, passam a procurar a auto-satisfação e gratificação imediatas. [...] Outras características interessante para profissionais de marketing são: a persistência dos valores culturais centrais, e existências de subculturas e mudanças dos valores ao longo do tempo. (KOTLER, 2000, p.176) 41 Além dos fatores culturas, o comportamento do consumidor é influenciado por fatores sociais, como grupos de referência, família, papéis sociais e status. Os grupos de referência são aqueles que exercem alguma influência direta (face a face) ou indireta sobre as atitudes ou o comportamento de uma pessoa. Os grupos que exercem influência direta são chamados grupos de afinidade. Alguns grupos de afinidade são primários, como família, amigos, vizinhos e colegas de trabalho, com os quais se interage contínua e informalmente. As pessoas também pertencem a grupos secundários, como grupos religiosos e profissionais ou associações de classe, que normalmente são formais e exigem menor interação contínua. A família é a mais importante organização de compra de produtos de consumo na sociedade, e seus membros constituem o grupo de referencia primário mais influente. Podemos distinguir duas famílias na vida do comprador. Primeiro, a família de orientação, que consiste nos pais e irmãos. Dos pais, a pessoa adquire determinada orientação em relação a religião, política e econômica, além de certa noção de ambição pessoal, auto-estima e amor. Ainda que o comprador não interaja mais com tanta frequência com seus pais, a influência deles sobre seu comportamento pode continuar significativa. Uma influência mais direta no comportamento de compra diário é a chamada família de procriação – o cônjugue e os filhos. Cada um de nós participa de muitos grupos – família, clubes e organizações. A posição da pessoa em cada grupo pode ser definida em termos de papéis e status. Um diretor de marketing possui mais status que um gerente de vendas, e um gerente de vendas possui mais status que um auxiliar de escritório. As pessoas escolhem produtos que comunicam seu papel e seus status, real ou desejado, na sociedade. Os presidentes de empresas, por exemplo, geralmente dirigem Mercedes, usam ternos caros e bebem vinhos finos. Por isso, os profissionais de marketing precisam ter consciência dos `símbolos de status` potenciais de cada produto ou marca. Para que existam mercados é preciso que haja pessoas e poder de compra. O poder de compra em uma economia depende da renda, dos preços, da poupança, do endividamento e da disponibilidade de crédito Os profissionais de 42 marketing devem estar atentos às principais tendências na renda e nos padrões de consumo.” (KOTLER, 2000, p.167) E ainda completa: “As decisões do comprador também são influenciadas por características pessoais, como idade e estágio do ciclo de vida, ocupação, circunstâncias econômicas, estilo de vida, personalidade e auto-imagem.” (KOTLER, 2000, p.189) 2.2.7 Identificação de segmentos de mercados e seleção de mercados-alvo Um segmento de mercado consiste em um grande grupo de consumidores que possuem as mesmas preferências . Portanto, podemos distinguir entre compradores de automóveis que desejam basicamente um meio de transporte e aqueles que desejam alto desempenho, luxo ou segurança. Devemos tomar cuidado para não confundir um segmento com um setor. Uma empresa automobilística pode dizer que focará compradores jovens de classe média. O problema é que esses compradores diferem em suas preferências sobre carros. Alguns querem um modelo barato, outros, modelos caros. Compradores jovens de classe média são m setor, não um segmento. Os profissionais de marketing não criam os segmentos ; sua tarefa é identificá-los e decidir em quais vão se concentrar. O marketing de segmento oferece benefícios importantes em relação ao marketing de massa. A empresa pode planejar, definir preços, divulgar e fornecer o produto ou serviço para melhor satisfazer o mercado-alvo. Também é possível ajustar o programa e as atividades de marketing para refletir melhor o marketing da concorrência. “As empresas devem tentar atuar em supersegmentos, em vez de em segmentos isolados. Um supersegmento é um conjunto de segmentos com algumas similaridades que podem ser exploradas.” (KOTLER, 2000, p.299) Escolhendo segmentos-alvo, os profissionais de marketing precisam considerar a escolha ética dos mercados-alvo, inter-relacionamentos do segmento 43 e dos supersegmentos e planos potenciais de invasão do segmento. Complementa, ainda, a análise de status do usuário,, pois os mercados podem ser segmentados em não-usuários, não ex-usuários, usuários, usuários potenciais, potencia usuários iniciantes e regulares de um produto e o índice de utilização utiliz que, conforme Kotler (2000), ), os mercados podem ser segmentados por light users, medium users e heavy users. users Os heay users representam uma pequena porcentagem do mercado, mas são res responsáveis ponsáveis pela alta porcentagem no total de consumo. Os profissionais de marketing preferem concentrar seus esforços para atrair um heavy users ao invés de vários light users, users que variam emconformidade conformidade com o cliente. Os consumidores apresentam graus de fidelidade fidelidade variados em relação a marcas específicas, lojas e outras organizações. Os compradores dividem-se dividem em quatro grupos: Os fiéis convictos (compram sempre a mesma marca), fiéis divididos (são fiéis a duas ou três marcas), fiéis inconstantes (consumidores (consumidore que mudam constantemente de uma marca para a outra) e infiéis (aqueles consumidores que não são fiéis a nenhuma marca). Kotler (2000, p.. 675) ainda complementa Os profissionais de marketing direto precisam identificar as características dos clientes atuais uais e potenciais que estão mais dispostos e podem comprar. Bob Stone recomenda aplicar a fórmula R-F-M M (recentidade, freqüência, montante) para classificar e selecionar os clientes: os melhores clientes--alvo são aqueles que compram com mais freqüência e gastam astam mais. Estabelecem-se Estabelecem pontos para níveis R-F-M M e a cada clientes é atribuída uma pontuação. Quanto mais alta a pontuação, ção, mais atraente é o cliente. 2.2.8 Como lidar com a concorrência Cada empresa que disponibiliza seus produtos no mercado sabe da existência de concorrentes, também deve conhecer os pontos em que seus adversários não podem superá-la superá e o que o mercado deseja. 44 É interessante perceber que algumas pessoas da empresa não conseguem conhecer nem mesmo o que sua empresa produz, sejam produtos ou serviços, há somente o conhecimento de uma parte do que é ofertado ao consumidor, mas hoje não há mais espaço para este tipo de empresa no mercado, deve-se ter em mente quais são os pontos em que pode-se melhorar e quais podem não ser tão bons. Os concorrentes podem ser classificados de acordo com a percepção da empresa, do mercado ou da combinação de ambos, tornando assim mais fácil o reconhecimento dos pontos em que se deve atacar para superar a concorrência. Para algumas empresas um concorrente é apenas quem faz um produto similar, praticamente igual e que tem os mesmos propósitos, outras enxergam seus concorrentes de acordo com o ramo (setor) em que atuam, por outro lado ainda existem aquelas organizações que classificam os concorrentes por produtos ou serviços de mesma categoria e existem aquelas que defendem o argumento de que qualquer empresa no mercado é concorrente, pois está disputando o mesmo dinheiro do consumidor, mesmo que sejam Segmentos diferentes. Segundo Kotler (2004) a concorrência é dividida em: • Concorrência de Marcas: uma empresa vê suas concorrentes como outras empresas que oferecem produtos e serviços semelhantes aos mesmos clientes por preços similares, como exemplo pode-se citar uma empresa que produz carros para a população em geral, mas esta empresa não pode concorrer com empresas de carros de luxo; • Concorrência setorial: uma empresa vê todas as empresas que fabricam o mesmo tipo de produto ou classe de produto como suas concorrentes, um exemplo é uma empresa de automóveis que não distingue o nível de qualificação dos produtos concorrentes; • Concorrência de forma: uma empresa vê todas as empresas fabricantes de produtos que oferecem o mesmo serviço como suas concorrentes, como exemplo a empresa de automóveis passa a considerar concorrentes os fabricantes de motocicletas, bicicletas e caminhões; 45 • Concorrência genérica: uma empresa vê como suas concorrentes todas as empresas que competem pelo dinheiro dos mesmos consumidores, assim a empresa de automóveis enxerga a concorrência como empresas que possam vender viagens ao exterior e residências. 2.2.9 A busca pelo posicionamento da marca O valor que as marcas atingiram nas negociações de fusões e aquisições entre grandes companhias são na realidade aquisições de posicionamentos nas mentes de clientes potenciais, com seus conjuntos de associações, qualidades e diferenças. Kotler 2000 diz que: Os posicionamentos número um incluem ‘melhor qualidade’’melhor atendimento’’preço mais baixo’’maior valor’’maior segurança’’maior rapidez’’mais customizado’’mais prático’ e ‘tecnologia mais avançada’. Se uma empresa trabalhar com afinco em um desses posicionamentos e conseguir entrgá-lo ao cliente, ela provavelmente sera mais conhecida e mais lembrada por esse ponto forte. (KOTLER, 2000, p.322) Em muitos setores empresariais, os dias de crescimento rápido são definitivamente coisa do passado. A chave para o sucesso está na implementação eficaz do conceito de marketing através de estratégias de posicionamento. Tratase de agrupar clientes e concorrentes e isto é, portanto, um problema, que atinge também percepções, crenças e atitudes em relação aos clientes, relacionadas ao entendimento de como as pessoas percebem os mercados Blankson (2001, p.1) atesta que um exame da literatura indica claramente que o conceito de posicionamento é importante tanto para os mercados de consumo quanto corporativo e é considerado tanto por acadêmicos quanto praticantes de marketing como um dos elementos-chave da gerência de marketing moderna 46 Complementa Kotler (2000, p. 435) “Normalmente, as empresas escolhem nomes de marca por meio de uma lista de possíveis nomes, discutindo seus méritos, eliminando os que não parecem bons, testando-os com consumidoresalvos e fazendo a escolha final.” 2.2.10 Fidelização do cliente É correto dizer que seus clientes são fiéis? Que são leais à sua marca? Que não falharão e seguramente continuarão fazendo negócios com sua empresa? Na maior parte das vezes, a resposta é não. O objetivo da fidelização é reter os clientes, evitando que migrem para a concorrência, e aumentar o valor dos negócios que eles proporcionam. As empresas desejam clientes fiéis para obter vantagens financeiras. Já nos relacionamentos pessoais, a fidelidade está diretamente ligada a vantagens emocionais. Vemos a administração de marketing como a arte e a ciência da escolha de mercados-alvo e da captação,manutenção e fidelização de clientes por meio da criação, da entrega e da comunicação de um valor superior para o cliente. (KOTLER, 2000, p.30) Se somos leais a nossos amigos e companheiros porque construímos relacionamentos baseados em emoções, por que não agir da mesma forma no relacionamento com nossos clientes, dos quais esperamos lealdade? Como nos relacionamentos pessoais, fidelidade não se compra; se conquista a longo prazo através de atitudes que transmitam confiança, respeito, cuidado, atenção e carinho com o outro. E fidelização é um processo contínuo de conquista da lealdade, porque nenhum cliente é fiel de vez em quando - nem para sempre. O que influencia na satisfação dos clientes? Produtos e serviços de qualidade, preço percebido como justo, condições de pagamento satisfatórias, cumprimento de prazos e compromissos assumidos pela empresa, disponibilidade 47 dos produtos/serviços, entrega adequada, escuta atenciosa, diálogo de compromisso, descontos e ofertas especiais e facilidade da compra. A satisfação se mede através da relação entre o que o cliente recebeu ou percebeu e o que esperava ter ou ver (percepção x expectativa). Se a percepção é maior do que a expectativa, o cliente fica muito mais satisfeito do que esperava. Mas se for menor, frustra-se e não registra positivamente a experiência. Como as expectativas dos clientes aumentam com o tempo, eles tendem a não mais se satisfazer se a empresa não conseguir acompanhar as mudanças de suas necessidades e desejos, o que demanda tempo e investimento. A satisfação pode ser obtida em uma única transação, mas a fidelidade só se conquista a longo prazo. Nada garante que um cliente satisfeito recusará as ofertas da concorrência. Já um cliente fiel pensará duas vezes antes de trair. Uma empresa pode aprender bastante analisando os graus de fidelidade à marca. Por isso, ela deve estudar seus fiéis convictos, para identificar os pontos fortes dos seus produtos, e seus fiéis divididos, para identificar quais as marcas que são tão competitivas quanto a sua. Ela deve ainda observar os clientes que estão deixando a marca, para identificar seus pontos fracos de marketing e corrigi-los. (KOTLER, 2000, p.291) E ainda complementa: [...] depende do desempenho do produto percebido com relação ao valor relativo às expectativas do comprador. Se o desempenho faz jus às expectativas, o comprador fica satisfeito. Se excede as expectativas, ele fica encantado. As companhias voltadas para marketing desviam-se do seu caminho para manter seus clientes satisfeitos. Clientes satisfeitos repetem suas compras e falam aos outros sobre suas boas experiências com o produto. A chave é equilibrar as expectativas do cliente com o desempenho da empresa. As empresas inteligentes têm como meta encantar os clientes, prometendo somente o que podem oferecer e depois oferecendo mais do que prometeram (KOTLER; ARMSTRONG, 1999, p. 6) 2.3 Prestação de Serviços 48 Uma empresa pode diferenciar sua prestação de serviços contratando funcionários mais hábeis do que os concorrentes para tratar com os consumidores (Home Depot, Nordstrom). Pode desenvolver um ambiente físico mais atraente onde o serviço é prestado (Borders Book & Music Stores, salas de cinema Cineplex Odeon). Finalmente, pode programar um processo superior de prestação de serviço”. (KOTLER, ARMSTRONG,1998, p. 420). Cobra (1992, p.391) explica que: A importância do serviço como fator diferenciador de marketing cresce à medida que se observa que produtos de excelente tecnologia, se abandonado a sua própria sorte, podem apresentar desempenho insatisfatórios. Portanto, ter um bom produto não basta, é preciso oferecer aos clientes e consumidores serviços de qualidade. É necessário que se elabore estratégias de marketing para as empresas de serviço,pois só assim as organizações poderão estar atendendo de forma satisfatória seus cliente,como afirma Kotler e Armstrong (1998, p.419) que “Á medida que os consumidores vêem aprestação de um serviço como relativamente homogênea, estão mas preocupados com o preçodo que com o fornecedor. A alternativa à concorrência do preço e desenvolver uma oferta,entrega e/ou imagem diferenciada”. Segundo a observação de Senac.DN (1997, p.12), “serviço é qualquer atividadefornecida no mercado de consumo, mediante renumeração, inclusive as de natureza bancária,financeira, de crédito e securitária, salvo as decorrentes das relações de caráter trabalhista”. Na visão de Cobra (1992, p.391), “a importância do serviço chega a tal relevância emalguns setores que ele passa a fazer parte da missão corporativa da empresa: prestar serviçoscom excelência de qualidade”. Para Las Casas (2002, p.17), os “serviços constituem uma transação realizada poruma empresa ou por um indivíduo, cujo objetivo não está associado à transferência de umbem”. 49 No entanto, as empresa de prestação de serviço, podem estar diferenciando seusserviços, de forma a torná-los distintos de seus concorrentes e assim estarem conquistandouma fatia a mais no mercado em que atuam, conforme ressaltado a seguir: Uma empresa pode diferenciar sua prestação de serviços contratando funcionáriosmais hábeis do que os concorrentes para tratar com os consumidores (Home Depot,Nordstrom). Pode desenvolver um ambiente físico mais atraente onde o serviço éprestado Borders Book & Music Stores, salas de cinema Cineplex Odeon).Finalmente, pode programar um processo superior de prestação de serviço”.(KOTLER, 1998, p. 420). No entanto, pode-se perceber ainda que “a oferta pode incluir característicasinovadoras para distingui-la das ofertas concorrentes. O que os consumidores esperam é ochamado pacote primário de serviços, ao qual se acrescentam características secundárias”(KOTLER E ARMSTRONG, 1998, p.419). É possível perceber a importância dos serviços diante a abordagem feita por Cobra(1992, p.374), onde diz que: O serviço ao cliente é a execução de todos os meios possíveis de dar satisfação ao consumidor por algo que ele adquiriu: tantas facilidades quantas possíveis para adquirirem o bem ofertado; tantas satisfações quantas possíveis na função do bem adquirido, sem limitação antecipada da duração dessa função (quer seja o fim em vista interessado, quer seja desinteressado, quer os meios sejam executados a título gracioso, que oneroso, quer sejam, quer não sejam previstos no contrato de venda). A imagem da empresa pode ser uma estratégia para estar atraindo e fidelizandoclientes, como pode ser ressaltado que “a imagem da empresa quando bem estruturada, bemplanejada, pode associar uma imagem que fica na cabeça das pessoas, podendo ser usadas nosimpressos e propagandas como ressaltado por Kotler e Armstrong (1998, p. 420) onde diz que“a empresa de serviços pode também trabalhar na diferenciação de sua imagem,frequentemente através de símbolos e marcas”. 50 Na opinião de Etzel, Walker, Stanton (2001, p.523), serviço são “atividades intangíveis, identificáveis que são o objeto principal de uma transação, designados paraprover a satisfação de um desejo do cliente”. É necessário que as empresas estejam tentando atender ou superar as expectativas deseus clientes e só assim será distintas de seus concorrentes. Pois as expectativas dos clientes,“são formadas por experiências passadas, divulgações boca a boca e propaganda da empresade serviço. Os consumidores escolhem prestadores de serviços nesta base e, após serematendidos, comparam o serviço recebido com o serviço esperado”. (KOTLER EARMSTRONG, 1998, p. 421). Os clientes esperam que as empresas ofereçam serviços que satisfaçam suasnecessidades, mais se a empresa supera essa expectativa, para o cliente será uma forma dediferenciação estar recebendo além do esperado, ou seja, a empresa estará prestando serviçoao cliente, como sustenta Vavra (1993, p.299), que “geralmente, serviços ao cliente é umaatenção e assistência pós-compra não esperada pelos clientes/consumidores que os ajuda aobter maior satisfação de um produto ou serviço”. Nesse sentido, Kotler e Armstrong (1998, p.421), ainda acrescenta que “se o serviçopercebido ficar abaixo da expectativa, os consumidores perdem o interesse pelo fornecedor.Se o serviço atender ou exceder às expectativas, os consumidores procurarão o fornecedornovamente”. 2.3.1 Qualidade dos Serviços A qualidade dos serviços de uma empresa pode ser considerado como um fatordeterminante na decisão dos consumidores, pois com as exigências do mercado, pode-se dizerque os clientes buscam preço, atendimento, mais também priorizam a qualidade dos produtose/ou serviços que procuram, estando assim dispostos a pagar mais para ter serviços com aqualidade que esperam e necessitam. 51 Nesse sentido, Senac.DN (1997, p.18), ressalta que “quando falamos de um serviçode qualidade estamos nos referindo à plena satisfação do cliente, e o segredo para isso éconcentrar-se profundamente nas necessidades e nos desejos do cliente, criando um serviçoque atenda ou exceda as suas expectativas”. Sabe-se ainda que, dificilmente, uma empresa agradará todos os clientes em suatotalidade, dessa forma, Martins e Laugeni (2002, p. 416) afirmam que “uma das estratégias éa segmentação dos clientes, pois é difícil estruturar um serviço e oferecê-lo a todosindistintamente com as mesmas características”. Sobre a importância da qualidade dos serviços prestados pela empresa, Senac.DN(1997, p.16) diz que “a qualidade de um serviço é, sem dúvida, essencial ao perfeitofuncionamento de qualquer empresa prestadora de serviço”. Na opinião de Churchill e Peter (2003, p.300), “como os serviços são intangíveis eindividualizados, geralmente é difícil desenvolver padrões para medir sua qualidade. Um bomcomeço é considerar o que os consumidores procuram ao decidir qual serviço irão comprar”. O mercado torna-se cada dia mais exigente, e as empresas sentem a necessidade de estarem inovando para assim continuar no mercado, como pode ser visto na afirmação de Churchill e Peter (2003, p.301), onde dizem que para a melhoria “a inovação pode ser a chave para o sucesso de uma empresa em detrimento de outra” Em relação aos fatores da qualidade dos serviços prestados, Lemes (2002) abordaque as empresas tendem a priorizar apenas o fator desempenho, que é o serviço propriamentedito, sendo que é importante que abordem a questão do atendimento, custo e todo gastoefetuado para a satisfação das expectativas que o cliente criou sobre o serviço. Diante do exposto sobre fatores importantes além do desempenho, percebe-se aimportância de todos os detalhes que podem favorecer uma satisfação completa e não“satisfazer as expectativas dos clientes pela metade; afinal, o desempenho não representa maisdo que isso, 50% na noção global de qualidade do cliente” (LOBOS, 1993, apud LEMES,2002, p. 32). Dessa forma, mostra-se na figura 1, a seguir que Lobos (1993, p. 71 apud LEMES, 2002, p.32), definiu como os métodos de gestão da qualidade em 52 serviços. Figura 02. Método de gestão da qualidade em serviços Fonte: Lobos (1993, p. 71 apud LEMES, 2002, p.32) Pode-se perceber ainda no ponto de vista de Lobos (1993), que com os métodos queinduzem ao avanço da qualidade dos serviços essas dimensões antecipam as necessidadesexcedendo as expectativas do cliente. O autor ainda acrescenta que deve-se identificar juntoao cliente características relevantes ao serviço esperado, desenvolver medidas de averiguaçãode como estar sendo a prestação do serviço, estabelecer padrão de prestação de serviço e porúltimo, checar a consistência do serviço, isto é, comprovar ou não se o serviço está ocorrendoconforme o imaginado pelo fornecedor. Na visão de Las Casas (2002, p.89), “qualidade em serviços está ligada à satisfação.Um cliente satisfeito com o prestador de serviços estará percebendo um serviço como dequalidade”. Portanto, quando se trata de qualidade de serviços, é ressaltado que, para gerarsatisfação e tornar uma prestação de serviços de qualidade, é deve-se tomar certas precauçõescomo administrar as expectativas do cliente, pois cada cliente 53 forma suas expectativas deacordo o que lhe é passado sobre o serviço, sobre experiências passadas com a empresa oucomentários de outras pessoas. (LAS CASAS, 2002). Em outras palavras, Senac.DN (1997, p.20), conclui que: A qualidade na prestação de um serviço se faz por intermédio das pessoas, já que depende exclusivamente do desempenho de cada trabalhador, consciente do papel que tem a cumprir, comprometido com o sucesso dos negócios em questão. São as pessoas, portanto, que fazem com que os serviços sejam diferenciados pelo atendimento prestado ao cliente. Em outras palavras Lobos (1991, p.16, apud LEMES, 2002, p. 31), diz que“qualidade é tudo o que alguém faz ao longo de um processo para garantir que um cliente,fora ou dentro da organização, obtenha exatamente aquilo que deseja em termos decaracterísticas intrínsecas, custo e atendimento”. Acrescentando Senac.DN (1997, p.15), ainda ressalta que qualidade “é a totalidadede características de alguém, ou de alguma coisa, que lhe confere a capacidade de atender anecessidade explicitas ou implícitas”. No entanto, diante da exposição de vários autores sobre a qualidade dos serviços,pode-se dizer que a busca pela qualidade de um produto ou serviço, é destinada a satisfaçãodo consumidor final, e, no entanto, pode-se afirmar que a qualidade é o carro chefe do sucessode toda organização. 2.3.2 Estratégias me marketing para empresas prestadoras de serviços Sob uma perspectiva mais ampla e complexa, conforme explicita Kotler (1998), o marketing de serviços envolve, além do marketing externo (4P’s), profundo envolvimento com outras subdivisões do marketing, e da administração em geral, dentre as quais podem ser apontadas: a) Marketing interno: funcionários selecionados, informados, treinados e 54 motivados como uma equipe para proporcionar satisfação ao cliente; b) Marketing interativo: os empregados envolvidos no processo possuírem habilidade técnica e capacidade de inspirar confiança e demonstrar interesse pelo cliente; c) Marketing de relacionamento: conhecimento dos benefícios procurados pelos diferentes segmentos de clientes, desenvolvendo relações que os tornam fiéis e satisfeitos; d) Administração de diferenciação: inclusão de características inovadoras e secundárias ao pacote primário de serviços. Os serviços podem ser diferenciados por: funcionários, ambiente físico, processos e imagem; e) Administração da qualidade: comparação entre a qualidade esperada e a qualidade percebida pelo cliente e análise das causas de insatisfação; f) Administração da produtividade: é a interação de vários serviços em busca de um objetivo comum, a saber: funcionários, atendimento ao cliente, custos, equipamentos adequados, padronização de processos. Assim sendo, as organizações que se referem ao marketing de serviços devem abranger todos estes fatores em sua análise e em seu plano de marketing. Portanto, alguns aspectos relevantes percebidos pelos clientes de empresas de serviços são: o acesso à comunicação, a competência, a cortesia, a credibilidade, a confiabilidade, a rapidez de resposta, a segurança, os indicadores visíveis e a compreensãodo cliente. A seguir, realizar-se-á uma análise do marketing para instituições educacionais, que trabalham essencialmente oferecendo serviços para os seus clientes. 2.4 Comportamento do consumidor Para uma consumidores, empresa estar énecessário que atendendo a mesma as necessidades entenda de seus primeiramente o comportamento de seus clientes sabendoque este comportamento pode ser influenciado por vários fatores, nesse contexto é estudadoalguns conceitos para 55 que se possa ter um melhor entendimento e assim estar melhorando aqualidade da pesquisa. Kotler (1999, p.25), coloca que: As famílias terão muito mais facilidade para escolher produtos e encomendar bense serviços. Poderão pesquisar descrições de produtos em sites Web ou monitorarcomentários manter conversações em salas de bate-papo. Visitarão os sites deprovedores intermediário de informação em busca de dados e comparações deprodutos. Seguindo a linha de pensamento de Gomes (2001), percebe-se que para seestabelecer um relacionamento duradouro com os clientes, é preciso oferecerlhes confiança eum atendimento personalizado, atendendo ás suas necessidades particulares, transformando osvisitantes em clientes e em freqüentes consumidores. Reafirmando o raciocínio do autor citado acima, Giglio (2002, p.249), diz que: Propõe-se que o gerente de marketing, além de conhecer o seu consumidor comtodos os detalhes, deve também construir uma visão de futuro sobre o destino finaldos usos, ou conseqüências do consumo de seus produtos e serviços. Mais do quevender, ele deve ter sua parcela de educador e orientar sua empresa para aconjunção dos interesses pessoais e coletivos. O comportamento do consumidor é um fator que tem feito as empresas mudaremsuas formas de agir, ou seja, é necessário que as organizações criem estratégias voltadas aosrecursos, deterioração ambiental, dificuldades econômicas, perda de valores morais e outrosíndices de degradação da qualidade de vida, é inevitável a adequação da orientação dasempresas em satisfazer seus consumidores (GIGLIO, 2002). Dessa forma, os conceitos acima, mostram que o comportamento do consumidor, édefinido por suas necessidades, suas reações, suas preferências, passando assim a serem oalvo de todas as estratégias das empresas em busca de um melhor atendimento ao seu público–alvo. 56 Em relação os fatores que influenciam o comportamento do consumidor, Kotler eArmstrong (1998, p.162), abordam que: Os fatores que influenciam os consumidores no processo de compra são: fatoresculturais (cultura, subcultura, classe social); fatores sociais (grupo de referência,família, papéis e posições sociais); fatores pessoais (idade e estágio de ciclo de vida,ocupação, condições, estilo de vida, personalidade e auto conceito); fatorespsicológicos (motivação, percepção, aprendizagem, crenças e atitudes). Segundo Lemes (2002, p.22), “o comportamento do consumidor costuma dependerdo mercado no qual ele está inserido. Assim, entende-se que, para mercados diferentes, ascaracterísticas do consumidor tendem a ser diferentes”. Stevens et al. (2004, p.90), afirma que: Comportamento é o que pode-se observar ou inferir no mercado. É de interesse doestrategista não só o comportamento inicial, mas também o comportamentorepetido de compras. O primeiro envolve a passagem do consumidor de um estágiode simples reconhecimento de um produto para a verdadeira prova do produto pormeio da compra. O segundo envolve o estabelecimento de padrões de compra. Umpadrão de compra, repetição do mesmo tipo de comportamento ao longo do tempo,indica uma atitude diferente por parte do consumidor diante de um produto ou umafonte, do que a da compra inicial apenas. Na opinião de Gianesi e Corrêa (1996, p. 68), “os consumidores procuram e confiammais em informações de fontes pessoais do que impessoais, quando avaliam serviços antes dacompra, evidenciando a importância da comunicação boca a boca na formação dasexpectativas dos consumidores de serviços”. Os fatores pessoais dizem respeito às características pessoais do indivíduo consumidor. Essas características podem ser de natureza demográfica ou de naturezapsicográfica, que se refere à personalidade e ao estilo de vida. Sua importância está no ato deque, conhecendo tais características, o fornecedor pode conhecer melhor as necessidades queos clientes almejam satisfazer. 57 É observado na colocação de Gianesi e Corrêa (1996, apud LEMES, 2002, p.24),que: Os fatores psicológicos, por fim, são um conjunto de quatro subfatores que,relacionados, interferem na decisão do consumidor por uma compra. Os subfatoressão: motivação, que induz o consumidor a almejar determinado produto ou serviço;percepção o consumidor percebe e vê o serviço prestado; aprendizado, que serefere às experiências anteriores e convicções e atitudes, as noções preconcebidasque os consumidores têm sobre certas coisas. Segundo Gianesi e Corrêa (1996), existem quatro fatores que influenciam o processo de compra dos consumidores. Sendo os fatores culturais, sociais, pessoais e psicológicos. Os fatores culturais sendo os relacionados à cultura nacional, religião, cultura regional ecomportamentos étnicos. Os fatores comportamentais de apoio e rejeição, baseados emcaracterísticas dos indivíduos desde a infância e sua convivência em determinado gruposocial. E os fatores sociais sendo os relacionados aos grupos como família e amigos nos quaisestá inserido o consumidor. 2.5Empresa Familiar A empresa familiar caracteriza-se por uma origem. Possui em sua raiz a história de uma vinculação entre família e empresa, que na maioria das vezes, possui em sua administração membros da mesma família. Para termos uma noção mais especifica cabe avaliar alguns fatores importantes. Segundo Bernhoeft (1987, p. 29) “uma das características mais relevantes refere-se a importância que desempenha a confiança mútua entre os membros da empresa”. Como base nesse dado, percebeu-se que a visão que se tem de uma empresa familiar, precisa ser revista, pois indiferente se ela é administrada por um membro da família, é possível que haja uma confiança mútua. 58 Existem muitas organizações tidas como profissionais (não familiares), onde a confiança tem uma grande importância, tanto nas relações entre pessoas como com ênfase de obtenção de resultados, seleção de pessoas, promoção, etc. Para caracterizar uma empresa familiar como aquela que possui membros e uma família é pouco para configurá-la. Segundo Bernhoeft (1987, p. 30), classificaram-se como empresa familiar, os seguintes aspectos: Uma companhia é considerada empresa familiar, quando está perfeitamente identificada como família há pelo menos duas gerações, e quando essa ligação resulta numa influencia recíproca na política gerencial da firma e dos interesses e objetivos da família. Portanto, uma empresa que é fundada sem herdeiros ou aquela empresa que a família põe dinheiro somente para investir, não se enquadra no perfil de empresa familiar para Bernhoeft. Lodi (1987, p.6) diz que a empresa familiar pode ser conceituada da seguinte forma: A empresa familiar é aquela que a consideração da sucessão da diretoria esta ligada ao fato hereditário e onde os valores institucionais da firma identificam-se com um sobrenome da família de um fundador. Sendo assim, no caso de uma possível sucessão do cargo de direção de uma empresa familiar cabe ao próximo individuo que possua algum vinculo com o anterior assumir, exemplo: filho, esposa e etc. 2.6 Pequenas Empresas 59 Para uma empresa ser considerada de pequeno porte, são utilizados diversas maneiras para definir seu tamanho. Utiliza-se padrões diferentes para cada propósito. Uma empresa pode ser considerada pequena comparada a uma empresa maior, ou vice-versa. Para definir melhor essa questão são utilizados alguns critérios, que variam de acordo com o ramo da empresa. Uns podem ser utilizados em toda área industrial e outros apenas para certos tipos de negócio. Porem os critérios mais usados são: número de empregados, volume de vendas, valor dos ativos, seguro da força do trabalho e volume de deposito. O primeiro critério citado é o mais usado, pode variar de acordo com os interesses de usuário. (LONGENECKER, MOORE, PETTY, 1997) O critério números de empregados, que é um dos métodos utilizados para classificação do porte da empresa, utiliza-se dos dados do quadro 01 a seguir: Porte da Empresa Indústria Comércio e Serviços Micro Até 19 empregados Até 9 empregados Pequena De 20 a 99 empregados De 10 a 49 empregados Média De 100 a 499 empregados De 50 a 99 empregados Grande Mais de 500 empregados Mais de 100 empregados Quadro 03 – Classificação do porte da empresa por números de empregados Fonte : Sebrae (2004) O Quadro 01 demonstra o número de colaboradores que definem o porte de uma organização, sendo ela uma industria ou comércio e serviços. As empresas de pequeno porte correspondem a uma fatia significante do mercado nacional. Portanto, contribuem para a economia da nação. A sua contribuição pode ser considerada similar empresas de grande porte, porém as empresas de pequeno porte possuem algumas qualidades que as tornam mais que miniaturas de grandes empresas. Segundo o autorMoore (1997, p.34) “as empresas de pequeno porte oferecem contribuições excepcionais, na medida em que oferecem novos empregos, introduzem inovações, estimulam a competição, auxiliam as grandes empresas e produzem bens e serviços com eficiência”. Ou seja, as empresas de 60 pequeno porte se sente ameaçada e se obrigam a produzir e prestar serviços com qualidade. A seguir mostra-se o Quadro 02 de classificação do porte da empresa, através de seu faturamento: Porte da Empresa Microempresa Nível Federal Receita bruta anual até 240.000,00 Nível Estadual Receita bruta anual até 240.000,00 Pequeno Porte Receita bruta anual acima de R$ Receita bruta anual acima de 2.400.000,00 R$ 240.000,00 até 2.400.000,00 Médio/Grande Porte A legislação não fixa A legislação não fixa enquadramento enquadramento Quadro 04 – Classificação do porte da empresa por faturamento Fonte: SEBRAE (2009) O Quadro 02 informa os valores que as empresas tende a faturar, para ser classificada entre, micro, médio e grande porte, com base nas leis federais e estaduais. Embora as funções gerenciais, das grandes e pequenas empresas sejam similares, o trabalho da gerencia é de modo diferente. As pequenas empresas são afetadas com constantes mudanças gerenciais e organizacionais. As mesmas são muito vulneráveis as fraquezas, tornando-a-não-lucrativa e vivenciando uma constante luta diária para sua sobrevivência. A flexibilidade e a agilidade, é uma variável importantíssima para a permanência da empresa no mercado de trabalho, o que implica na sua capacidade de adaptativa. Hoje não basta uma empresa possuir apenas qualidades e preços competitivos de bens e serviços, mas sim flexibilidade e agilidade, para se adaptar as constantes mudanças no mercado. De acordo com (BERNARDI, 1999, p.21) a flexibilidade e agilidade na pequena e media empresa (PME) persistem em: Em sentido amplo, significa habilidade para se antecipar, adaptar e implementar mudanças rapidamente, o que na PME é vantagem estratégica. Embora se fale muito em flexibilidade e agilidade, na 61 prática, poucas empresas têm um conceito claro sobre o que isso representa, sua importância, ou se suposta flexibilidade é efetiva. Para determinados ramos de atividade, flexibilidade e agilidade significam diversidade de produtos e serviços, rapidez na entrega e produção, que podem se acarretados devido a mudanças no processo, configuração de equipamentos e entre outros. Em outros ramos, a flexibilidade é fundamental na comercialização e distribuição, ou seja, não adianta a empresa ser flexível e ágil nos aspectos fúteis e deixar a desejar nos principais para sua sobrevivência. Quando falamos em posicionamento e flexibilidade da empresa, resume-se em buscar a liderança em produtos, ou a excelência nas operações, ou ainda a intimidade com o cliente. Ao planejar, a empresa deve ser mais dedicada em um posicionamento e boa nos demais. Portanto, o planejamento deve-se basear na busca da flexibilidade, levando em consideração alguns critérios: posicionamento de liderança e excelência com o cliente; distinção da flexibilidade adequada para a empresa; definição clara de flexibilidade para a empresa; desenvolvimento das pessoas de definição das necessidades técnicas. Marketing profissionalizado: quando as pequenas empresas alcançam o sucesso, elas inevitavelmente passam a adotar procedimentos de marketing mais profissionais.” (KOTLER, 2000, p.25) 62 3 DESENVOLVIMENTO DA PESQUISA DE CAMPO 3.1 Caracterização da empresa A empresa atua no ramo de supermercados situada na Av. Itaipava, bairro Itaipava, Itajaí-SC, e sua principal função é venda para o publico em geral e varejista, está no mercado desde 1992 e desde então vem buscando trazer inovações para seus clientes e fornecedores. 3.1.1 Histórico Tudo começou com o Sr. Valmor Vicente a alguns anos atrás, quando resolveu abrir uma pequena venda de esquina no bairro, era como um pequeno armazém com uma boa diversidade de produtos, foi quando ele resolveu aumentar a sua loja algum tempo depois e trouxe alguns de seus filhos para trabalhar com ele, no dia 02/01/1991 ele registrou sua empresa e começou a trabalhar como um minimercado formando sua cartela de clientes e fornecedores, logo depois ele veio a falecer deixando um filho seu responsável pela sua empresa, e não parou por ai, ele deu continuidade a empresa do pai e após alguns anos resolveu aumentar novamente a loja pois já estava pequena para atender seu publico, logo após a obra ser concluída seu publico aumentou mais uma vez, e hoje estamos buscando cada vez mais o conforto e comodidade para os clientes para poder manter os clientes já existentes na carteira e buscar novos a medida do possível sem deixar de atender as necessidades de todos. 63 3.1.2 Visão, missão e valores Visão Buscar ser o melhor supermercado na região onde atuamos Missão - buscar constante modernização da loja - variedade e excelência em serviços prestados - vender pelo preço justo - prever atender necessidades e expectativas dos consumidores - conquistar e fidelizar novos clientes Valores - Honestidade - Solidariedade - Respeito ao ser humano - Confiança - Flexibilidade - Integridade - Progresso - Higiene - Organização 3.1.3 Estrutura organizacional 64 - Definição Organograma é um gráfico que estabelece a estrutura formal da empresa (ou área) num determinado momento; portanto, ela é estática (ALVAREZ, 1991). Para Chinelato (1997), o Organograma representa a disposição e a hierarquia dos órgãos. - Objetivos (ALVAREZ, 1991) - estabelecer qual a divisão no trabalho em análise; - quais as unidades em linha, assessoria, comissões, divisões, setores, etc.; - quais as relações superior-subordinado; - quais os níveis hierárquicos e a tomada de decisão associada, se estratégico, tático ou operacional; - quais as relações funcionais - Tipos Para Chinelato (1997) existem várias maneiras de representar a estrutura da empresa, competindo ao analista a escolha do tipo ideal, considerando este a natureza da organização e o seu nível de concentração ou desconcentração. - Organograma Clássico ou Vertical: este tipo é simplificado e procura deixar bem claro os níveis de hierarquia. É bastante utilizado em instituições religiosas e militares e em outras instituições tradicionais, onde a visão da hierarquia é fator preponderante. (Chinelato (1997) e Alvarez (1991)) 65 - Organograma Radial ou Circular: é bastante utilizado nas instituições mais modernas e mais flexíveis, em que o trabalho grupal é uma marca maior, não havendo intenção de ressaltar-se maior importância deste ou daquele órgão. É muito usado nas empresas de consultoria que trabalham com grupos, nos grupos artísticos, nas agências de propagandas etc. (Chinelato (1997) e Alvarez (1991)) - Organograma Horizontal (AFNOR – Association Française de Normalisation): tem finalidade semelhante à do organograma clássico, embora amenize a discriminação hierárquica, uma vez que a escala de poder é representada da esquerda para a direita e não de cima para baixo. (Chinelato (1997) e Alvarez (1991)) - Em Bandeira: semelhante ao clássico nos princípios, mas diferente quanto à representação. Por exemplo, no prolongamento do retângulo, são colocadas as estruturas internas da unidade em questão. (Alvarez, 1991) - Em Lambda: próprio para quando existirem dois grupos muito delimitados de atuação, como, por exemplo, vendas, regiões norte e sul; ou atividades funcionais de execução. (Alvarez, 1991) - Organograma Matricial: é muito utilizado quando não temos a definição muito precisa dos órgãos, mas sim de aglomerados de grupos de trabalhando por projetos, tendo, cada uma deles, vários especialistas cuidando de tarefas ou atividades específicas. Pode ser usado em caso de grupos temporários; por exemplo, em estruturas montadas para a construção de uma grande obra como uma hidrelétrica, uma usina, um conjunto residencial; empresas / unidades de alta tecnologia, empresas bélicas, de comunicações etc. Chinelato (1997) e Alvarez (1991) 66 Figura Figura03: Organograma da empresa Fonte: Elaborado pelo acadêmico 3.1.4 Produtos e serviços comercializados Como todo supermercado, existe uma gama muito grande de seus produtos comercializados, alguns até mesmo de várias marcas, oque deixa a loja com uma variedade muito grande de produtos. Os produtos comercializados estão divididos em setores: higiene e limpeza pessoal, massas, biscoitos, enlatados, temperos, bazar, limpeza, hortifrúti, ferragens, frios, bebidas, laticínios entre outros. Por se tratar de uma variedade m muito uito grande de produtos, alguns produtos estão o nas mesmas prateleiras mais separadas por setores, ja que para separar as mercadorias por setores o produtos específicas exigiria um espaço físico muito maior do que a loja dispõe hoje. 3.1.5 Principais clientes 67 Os clientes do mercado são dos mais variados tipos sociais e culturais, além de atender também pessoas jurídicas que hoje é uma área de atuação da empresa que está crescendo casa vez mais por conta de novas empresas estarem se instalando próximas ao estabelecimento ou até mesmo essas empresas serem clientes por indicação de outras, o mercado também está atendendo restaurante e festas diversas nas cidades vizinhas, mais seu maior faturamento se da por conta das pessoas físicas, que fazem comprar na própria loja. 3.1.6 Principais fornecedores Os fornecedores da loja são dos mais variados tipos, porte e localidades, a maioria dos fornecedores trabalham com uma grande variedade de produtos e outros trabalham com produtos específicos, alguns até mesmo com apenas um tipo de produto. Os principais fornecedores hoje da empresa gira em torno de 25 no total, seja eles por produtos específicos, gama de produtos ou até mesmo por terem um preço atrativo no mercado de atuação, por se tratar de um ramo de atuação com uma grande diversidade de produtos que a loja trabalha, fornecedores novos é oque não falta, mais com competência e responsabilidade são poucos existentes, por isso a loja busca ao máximo ter os melhores fornecedores ao seu lado para poder proporcionar um maior conforto ao seu cliente, atendendo a todas as necessidades que seu cliente busca na loja em questão a diversidade dos produtos oferecidos. 3.1.7 Principais concorrentes 68 Os principais concorrentes direto da empresa são outros dois supermercados localizados no mesmo bairro, na mesma avenida, um menor e outro do mesmo porte. Existem outras mercearias na região, mais são clientes pois acabam comprando alguns produtos comercializados pela loja para que possam estar revendendo. E em alguns guns restaurantes pela cidade existe mais concorrência com nossos produtos, o mais comercializado nesses tipos de estabelecimentos são carnes nobres, com isso a concorrência é maior devido ao número de empresas que trabalhão com esse tipo de produto e até mesmo pelo porte da empresa, pois existem grandes frigoríficos que atendem clientes finais, e alguns deles trabalhão com o preço baixo, tornando impossível a competição direta em questão de preço. Quadro 05 – Concorrentes Fonte: Dados primários da pesquisa p 3.2 Resultados da Pesquisa Esta parte do trabalho tem como objetivo mostrar os resultados resultado da pesquisa aplicada na empresa durante o segundo semestre de 2011, o instrumento utilizado para esta pesquisa foi um questionário fechado com apenas duas dua alternativas em aberto. A princípio pio seria aplicado 134 questionários, entretanto com a dificuldade encontrada no retorno dos mesmos e pelo prazo para a tabulação, retornou somente 108. 69 Segue resultado da pesquisa: Feminino 51% Masculino 49% Figura 04 – GÊNERO Fonte: Dados primários da pesquisa De acordo com a figura 04, que mostra sobre o gêneros dos pesquisados, conclui-se que houve equilíbrio entre as partes pesquisadas. Acima de 47 anos 19% De 32 a 46 anos 24% De 25 a 31 anos 20% De 19 a 24 anos 18% Até 18 anos 19% 000% 005% 010% 015% 020% Figura 05 – FAIXA ETÁRIA Fonte: Dados primários da pesquisa 025% 030% 70 Percebeu-se se que o público da empresa empresa é bem misto, com clientes de todas as idades, a mais notada é o público mais maduro de 32 a 46 anos que ficou com 24,05 o total, e em segundo ficou o público de 25 a 31 anos, que ja é um publico mais jovem, a nova geração de compradores, mais exigentes exigentes e dispostos a pagarem mais pelo oque querem, desde que tenha qualidade. O comportamento do consumidor também é analisado de acordo com a geração que ele faz parte. Entender e atingir uma geração por meio de estratégias é um dos desafios do profissional profission de marketing. O que torna o momento do século XXI especial é o fato de, pela primeira vez, cinco gerações diferentes convivem mutuamente, em números significativos e de forma consciente, interferindo e transformando a realidade em que vivem. (OLIVEIRA, 2010). Outros Separado Casado 9% 17% 30% Solteiro 44% Figura 06 – Estado CIVIL Fonte: Dados primários da pesquisa Neste quadro é possível perceber que o estado civil de seus clientes é bem diversificado mais com a maior parte ficou os solteiro com um pouco acima de 44%, isso pode ajudar na comp compra ra de algumas mercadorias, pois o solteiros fazem compra de alguns produtos mais diferenciados. 71 Acima de 2042,000 20% De 1532,00 a 2042,00 16% De 1021,00 a 1531,00 28% De 511,00 a 1020,00 Até 510,00 29% 7% Figura 07 – RENDA FAMILIAR Fonte: Dados primários da pesquisa No que diz respeito a renda enda familiar, quase 28% ficou na faixa de R$ 511,00 a R$ 1020,00. A segmentação de mercado de acordo com classes sociais são as divisões estabelecidas na sociedade, segundo critérios de renda, de acesso aos bens de consumo, moradia, educação e saúde. Falar-se Falar se em Classe Social atualmente, virou rotina. Fala-se se em classe na economia, na educação, na cultura. As pesquisas nos classificam em classes. A segmentação em classes sociais usando a classificação econômica das classes A/B, C e D/E é comum no mercado publicitário e entre as empresas. A divisão das classes sociais visa segmentar s o mercado levando em conta o poder aquisitivo de cada grupo. (COELHO, 2010). Segundo dados do IBGE, as Classes Sociais são divididas conforme a renda total familiar, também utilizando como base a renda total familiar de uma família de quatro pessoas, oas, conforme dados seguintes: · Classe A: Acima de R$ 15.300,00 · Classe B: de R$ 7.650,00 até R$ 15.300,00 · Classe C: de R$ 3.060,00 até R$ 7.650,00 72 · Classe D: de R$ 1.020,00 até R$ 3.060,00 · Classe E: Até R$ 1.020,00 Superior 17% Ensino médio completo 51% Ensino médio incompleto 15% Fundamental completo 7% Fundamental incompleto 10% Figura 08 - ESCOLARIDADE Fonte: Dados primários da pesquisa No que aproximadamente refere-se refere se 50,93% ao grau destes de escolaridade possuem o segundo dos pesquisados grau completo, aproximadamente 17% ainda completaram o ensino superior. Que somam aproximadamente 68% do total. Os profissionais de marketing devem obter o máximo de entendimento sobre motivações, medos, metas e personalidades de seus consumidores, assim poderão ser capazes de ajustar as comunicações e estratégias de marketing de forma mais eficaz, caz, para que se tornem atraentes, a diversos grupos alvo. Por exemplo, saber a razão pela qual as pessoas praticam esportes e exercícios e as recompensas advindas disso interessa aos profissionais de marketing esportivo, pois entender o comportamento do ccliente liente e os fatores que influenciam o processo 73 de tomada de decisão é fundamental para a tomada de decisão. decisão (MORGAN; SUMMERS, 2008). Economicamente Independente 9% Economicamente Idependente 91% Figura 09 – SITUAÇÃO ECONÔMICA Fonte: Dados primários da pesquisa se que cerca de 91% dos clientes da loja são economicamente Concluiu-se independentes no que diz respeito a sua situação econômica, isso pode ser uma grande vantagem para a empresa, pois seu público na maioria é independente, ou seja trabalha pelo seu próprio dinheiro. 74 Não possui 67% Possui de outras lojas Possui do mercado 23% 10% Figura 10 – CARTÃO FIDELIDADE Fonte: Dados primários da pesquisa Font Na figura anterior concluiu-se se que a maioria das pessoas, quase 70% de seus clientes não possuem nenhum tipo de cartão fidelidade de algumas lojas, e a outra maior parte possui, um pouco mais de 23%, 23%, e a minoria possui da loja. ATENDIMENTO Cortesia Percentual Média Desvio Padrão 4,72 0,51 Escala Frequência 1 2 3 4 5 Total 0 0 3 24 81 108 Escala Frequência Percentual Média 1 0 0% 4,59 0% 0% 2,78% 22,22% 75,00% 100% Eficiência Desvio Padrão 0,56 75 2 3 4 5 Total 0 4 36 68 108 0% 3,70% 33,33% 62,97% 100% Qualidade Escala Frequência Percentual 1 2 3 4 5 Total Média 0 0% 0 0% 4,68 4 3,70% 27 25,00% 77 71,30% 108 100% Tabela 01 - ATENDIMENTO Fonte: Dados primários da pesquisa Desvio Padrão 0,54 Conforme percebe-se na Tabela anterior verifica-se que na questão 1, referente “Cortesia com o Atendimento” os percentuais de satisfação estão tendo uma ênfase maior nos graus de intensidade do 3 ao 5 respectivamente. No que tange a média, verifica-se um valor de 4,72 e o desvio padrão 0,51. O desvio padrão demonstra que as respostas dos clientes não estiveram dentro de uma uniformidade. Verifica-se na Tabela 2, referente “Eficiência” os percentuais de satisfação estão heterogêneos tendo uma ênfase maior nos graus de intensidade do 3 ao 5 respectivamente. No que tange a média, verifica-se um valor de 4,59 e o desvio padrão 0,56. O desvio padrão demonstra que as respostas dos clientes estiveram dentro de uma uniformidade. E a média no valor demonstrado, foi muito boa, mas ainda pode ser melhorada. No Tabela 3 “Qualidade” , um pouco mais de 70% deu a nota máxima para a avaliação, que caracteriza um bom resultado, e em seguida com o segundo melhor resultado ficou a nota 4 com cerca de 25% do total, isso que dizer que a 76 empresa pode melhorar ainda mais sua qualidade de serviço, no que tange a média verifica-se um valor de 4,68 e o desvio padrão de 0,54 demonstra que as respostas dos clientes ficarão dentro de uma uniformidade. PRODUTOS Mix de Produtos Escala Frequência Percentual 1 2 3 4 5 Total 0 0 9 36 63 108 Escala Frequência 1 2 3 4 5 Total 0 0 5 31 72 108 Escala Frequência Percentual 1 2 3 4 5 Total 0 0 3 41 64 108 0% 0% 2,78% 37,96% 59,26% 100% 0% 0% 8,33% 33,33% 58,34% 100% Validade Percentual 0% 0% 4,63% 28,70% 66,67% 100% Aspectos Visuais Média Desvio Padrão 4,50 0,65 Média Desvio Padrão 4,62 0,57 Média Desvio Padrão 4,56 0,55 Tabela 02 - PRODUTOS Fonte: Dados primários da pesquisa 77 Verifica-se na questão “Produtos, Mix de Produtos” os percentuais de satisfação estão heterogêneos tendo uma ênfase maior nos graus de intensidade 4 e 5 respectivamente. No que tange a média, verifica-se um valor de 4,56 e o desvio padrão 0,55. O desvio padrão mostra que as resposta foram dentro do padrão esperado. Confirmado por meio da seguinte citação: A abrangência de um mix de produtos refere-se a quantas diferentes linhas de produtos a empresa traz.” (Kotler, 2000, p.420) Verifica-se na questão “Validade do Produtos” os percentuais de satisfação estão heterogêneos tendo uma ênfase maior nos graus de intensidade 4 e 5 respectivamente. No que tange a média, verifica-se um valor de 4,56 e o desvio padrão 0,55. O desvio padrão mostra que as resposta, a maioria foi positiva em relação ao sucesso da marca. A média foi muito boa, mas ainda pode melhorar, mostrando todos os benefícios que a validade pode oferecer aos seus clientes. Sobre a analise da questão Aspectos Visuais” os percentuais de satisfação estão heterogêneos tendo uma ênfase maior nos graus de intensidade 4 e 5 respectivamente. No que tange a média, verifica-se um valor de 4,56 e o desvio padrão 0,55. O desvio padrão mostra que os clientes conhecem bem o estabelecimento, e que isso pode ser melhorada. Confirmado por meio da seguinte citação: Esse departamento e os distribuidores planejam juntos metas de exposição dos produtos, níveis de estoque, projetos visuais e de aproveitamento do espaço para exposição de produtos, treinamento de vendedores e estratégias de propaganda e promoção.” (KOTLER 2000 pg.522 ENTREGA Tempo de Entrega Escala Frequência Percentual Média Desvio Padrão 1 2 3 0 0 4 0% 0% 3,70% 4,50 0,57 78 4 5 Total 46 58 108 42,59% 53,71% 100% Transporte Escala Frequência Percentual 1 2 3 4 5 Total 0% 0% 4,54 2,78% 37,96% 59,26% 100% Tabela 03 - ENTREGA Fonte: Dados primários da pesquisa 0 0 3 44 61 108 Média Desvio Padrão 0,55 No que diz respeito a “Entrega , Tempo de Entrega”, os resultados mostraram percentuais heterogêneos com maiores graus de intensidade 4 e 5 respectivamente no que tange a média, verifica-se um valor de 4,54 e o desvio padrão 0,55. Isso mostra que a entrega ainda pode ser melhorada. Verifica-se na questão “Transporte” os percentuais de satisfação estão heterogêneos tendo uma ênfase maior nos graus de intensidade do 4 e 5 respectivamente. No que tange a média, verifica-se um valor de 4,54 e o desvio padrão 0,55. O desvio padrão demonstra que as respostas dos clientes estiveram dentro de uma uniformidade. E a média no valor demonstrado, foi muito boa, mas ainda pode ser melhorada. Confirmado por meio da seguinte citação: A logística de mercado envolve várias atividades. A primeira delas é a previsão de vendas, com base na qual a empresa programa a distribuição, a produção e os níveis de estoque. Os planos de produção indicam os materiais que o departamento de compras deve encomendar. Transportados, esses materiais entram na área derecepção e são estocados no depósito de matérias-primas. Estas são convertidas em produtos acabados.” (KOTLER 2000, p.559) 79 COMERCIAL Condições Comerciais Média Desvio Padrão 4,56 0,60 Média Desvio Padrão 4,60 0,58 Média Desvio Padrão Escala Frequência Percentual 1 2 3 4 5 Total 0 0 6 35 67 108 0% 0% 5,56% 32,41% 62,03% 100% Localização Escala Frequência Percentual 1 2 3 4 5 Total 0 1 2 36 69 108 0% 0,93% 1,85% 33,35% 63,89% 100% Divulgação Escala Frequência Percentual 1 2 3 4 5 Total 0 0% 1 1% 4,56 8 7,41% 29 26,85% 70 64,81% 108 100% Tabela 04 - COMERCIAL Fonte: Dados primários da pesquisa 0,67 Verificou-se na questão “Comercial, Condições Comerciais” os percentuais de satisfação estão heterogêneos tendo uma ênfase maior nos graus de 80 intensidade 4 e 5 respectivamente. No que tange a média, verifica-se um valor de 4,56 e o desvio padrão 0,60. Verifica-se na questão referente “Localização” os percentuais de satisfação estão heterogêneos tendo uma ênfase maior nos graus de intensidade do 4 e 5 respectivamente. No que tange a média, verifica-se um valor de 4,60 e o desvio padrão 0,58. O desvio padrão demonstra que as respostas dos clientes estiveram dentro de uma uniformidade. E a média no valor demonstrado, foi muito boa, mas ainda pode ser melhorada. Conforme percebe-se na tabela “Divulgação” os percentuais de satisfação estão heterogêneos tendo uma ênfase maior nos graus de intensidade do 4 e 5 respectivamente. No que tange a média, verifica-se um valor de 4,56 e o desvio padrão 0,67. O desvio padrão demonstra que as respostas dos clientes estiveram dentro de uma uniformidade. E a média no valor demonstrado, pode ser melhorada. Agilidade em Resolver Problemas Escala Frequência Percentual Média Desvio Padrão 1 0 0% 2 0 0% 4,69 0,57 3 6 5,56% 4 21 19,44% 5 81 75,00% Total 108 100% Tabela 05 – AGILIDADE EM RESOLVER PROBLEMAS Fonte: Dados primários da pesquisa Conforme analise na questão “Agilidade em Resolver Problemas os percentuais de satisfação estão heterogêneos tendo uma ênfase maior nos graus de intensidade 4 e 5 respectivamente. No que tange a média, verifica-se um valor de 4,69 e o desvio padrão 0,57. O desvio padrão mostra que as resposta foram dentro do padrão esperado, ficando dentro da expectativa. 81 Honestidade com Compromissos Escala Frequência Percentual Média Desvio Pad rão 1 0 0% 2 0 0% 4,72 0,49 3 2 1,85% 4 26 24,07% 5 80 74,08% Total 108 100% Tabela 06 – HONESTIDADE COM COMPROMISSOS Fonte: Dados primários da pesquisa Pode-se verificar na questão “Honestidade com Compromissos”, os percentuais de satisfação estão homogêneas tendo uma ênfase maior nos graus de intensidade do 4 e 5 respectivamente. No que tange a média, verifica-se um valor de 4,72 e o desvio padrão 0,49. Facilidade em Obter Informações Escala Frequência Percentual Média Desvio Padrão 1 0 0% 2 0 0% 4,61 0,57 3 5 4,63% 4 32 29,63% 5 71 65,74% Total 108 100% Tabela 07 – FACILIDADE EM OBTER INFORMAÇÕES Fonte: Dados primários da pesquisa Conforme percebe-se na tabela “Facilidade em Obter Informações” os percentuais de satisfação estão heterogêneos tendo uma ênfase maior nos graus de intensidade do 4 e 5 respectivamente. No que tange a média, verifica-se um 82 valor de 4,61 e o desvio padrão 0,57. O desvio padrão demonstra que as respostas dos clientes não estiveram dentro de uma uniformidade. E a média no valor demonstrado, pode ser melhorada. Conhecimento dos Funcionários Escala Frequência Percentual Média Desvio Padrão 1 0 0% 2 0 0% 4,54 0,62 3 7 6,48% 4 36 33,33% 5 65 60,19% Total 108 100% Tabela 08 – CONHECIMENTO DOS FUNCIONÁRIOS Fonte: Dados primários da pesquisa Pode-se verificar na questão “Conhecimento dos Funcionários” os percentuais de satisfação estão heterogêneos tendo uma ênfase maior nos graus de intensidade do 3 e 4 respectivamente. No que tange a média, verifica-se um valor de 4,54 e o desvio padrão 0,62. as respostas foram dentro de uma uniformidade. A média no valor demonstrado é baixa e pode ser melhorada. Postura dos Atendentes Escala 1 2 3 4 5 Total Frequência Percentual Média Desvio Padrão 0 0% 0 0% 4,56 0,60 6 5,56% 35 32,41% 67 62,03% 108 100% Tabela 09 – POSTURA DOS ATENDENTES Fonte: Dados primários da pesquisa 83 Sobre a analise da questão “Postura dos Atendentes” os percentuais de satisfação estão heterogêneos tendo uma ênfase maior nos graus de intensidade 4 e 5 respectivamente. No que tange a média, verifica-se um valor de 4,56 e o desvio padrão 0,60. O resultado mostrou que os clientes se preocupam com a postura dos atendentes, a média ficou baixa e pode ser melhorada. Comunicação Escala Frequência Percentual Média 1 2 3 4 5 Total 0 0% 0 0% 4,67 2 1,85% 32 29,63% 74 68,52% 108 100% Tabela 10 – COMUNICAÇÃO Fonte: Dados primários da pesquisa Desvio Padrão 0,51 Verifica-se na questão “Comunicação” os percentuais de satisfação estão heterogêneos tendo uma ênfase maior nos graus de intensidade 4 e 5 respectivamente. No que tange a média, verifica-se um valor de 4,67 e o desvio padrão 0,51. O desvio padrão mostra que as resposta, a maioria foi positiva em relação a comunicação. A média foi muito boa, mas ainda pode melhorar, mostrando todos os benefícios que a comunicação pode oferecer aos seus clientes. Confirmado por meio da seguinte citação: O telefone é o principal meio para a empresa comunicar-se com seus clientes. Primeiro a comunicação é melhor e mais completa e a emoção pode ser facilmentecontroladas ou enfatizada em uma conversação telefônica. A ansiedade, satisfação, frustração ou indiferença do cliente podem ser sentidas pelo receptor, que dará uma resposta adequada para ajudar a criar satisfação por parte do cliente. (Vavra 1993, p.137). 84 Administrativo Escala Frequência Percentual Média 1 2 3 4 5 Total 0 0% 0 0% 4,63 3 2,78% 34 31,48% 71 65,74% 108 100% Tabela 11 - ADMINISTRATIVO Fonte: Dados primários da pesquisa Desvio Padrão 0,54 Verifica-se na questão “Administrativo” os percentuais de satisfação estão heterogêneos tendo uma ênfase maior nos graus de intensidade do 4 e 5 respectivamente. No que tange a média, verifica-se um valor de 4,63 e o desvio padrão 0,54. O desvio padrão demonstra que as respostas dos clientes estiveram dentro de uma uniformidade. E a média no valor demonstrado, foi muito boa, mas ainda pode ser melhorada. Confirmado por meio da seguinte citação: A tarefa básica da administração é a de fazer as coisas por meio das pessoas. Seja nas indústrias, no comércio, nas organizações de serviços públicos, nos hospitais, nas universidades, instituições militares ou em qualquer outra forma de empreendimento humano, a eficácia com que as pessoas trabalham em conjunto para conseguir objetivos comuns depende principalmente da capacidade daqueles que exercem função administrativa. (CHIAVENATO, 1987, P.5) Horário Escala Frequência Percentual Média Desvio Padrão 1 2 3 4 0 0 2 31 0% 0% 1,85% 28,70% 4,68 0,51 85 5 Total 69,45% 100% Tabela 12 – HORÁRIO Fonte: Dados primários da pesquisa 75 108 Conforme percebe-se na tabela anterior verifica-se que na questão “Horário” os percentuais de satisfação estão heterogêneos tendo uma ênfase maior nos graus de intensidade do 4 e 5 respectivamente. No que tange a média, verifica-se um valor de 4,68 e o desvio padrão 0,51. O desvio padrão demonstra que as respostas dos clientes não estiveram dentro de uma uniformidade. E a média no valor demonstrado, pode ser melhorada. Cortesia Escala Frequência Percentual 1 2 3 4 5 Total 1 0 0 32 75 108 0,93% 0% Média Desvio Padrão 4,67 0,58 29,63% 69,44% 100,00% Tabela 13- CORTESIA Fonte: Dados primários da pesquisa Conforme analise na questão “Cortesia” os percentuais de satisfação estão heterogêneos tendo uma ênfase maior nos graus de intensidade 4 e 5 respectivamente. No que tange a média, verifica-se um valor de 4,67 e o desvio padrão 0,58. O desvio padrão mostra que as respostaforam dentro do padrão esperado. Confirmada por meio da seguinte citação: A qualidade dos departamentos de atendimento ao cliente varia enormemente. Em um extremo estão os departamentos que simplesmente 86 transferem ligações dos clientes para a pessoa ou a área encarregada, com pouco acompanhamento. No outro extremo estão os departamentos com a função de receber as solicitações, as sugestões e até mesmo as reclamações dos clientes e resolvê-las instantaneamente.” (KOTLER, 2000, p.469) Produtos Entregue Conforme Pedido Escala Frequência Percentual Média Desvio Padrão 1 0 0% 2 0 0% 4,63 0,55 3 4 3,79% 4 32 29,63% 5 72 66,58% Total 108 100,00% Tabela 14 – PRODUTOS ENTREGUE CONFORME PEDIDO Fonte: Dados primários da pesquisa Conforme percebe-se na tabela anterior verifica-se que na questão “Produtos” os percentuais de satisfação estão heterogêneos tendo uma ênfase maior nos graus de intensidade 4 e 5 respectivamente. No que tange a média, verifica-se um valor de 4,63 e o desvio padrão 0,55. O desvio padrão demonstra que as respostas dos clientes estiveram dentro de uma uniformidade. E a média no valor demonstrado, pode ser melhorada. Confirma com a seguinte citação: A retenção é o relacionamento contínuo e ativo com um cliente, que acarreta um fluxo de receita a partir da venda do produto ou serviço inicial. Esse fluxo de receita vai se tornando cada vez mais rentável, à medida que fica mais fácil atender os clientes existentes, com a menos necessidade de dedicar-lhes esforços de marketing com vistas à “familiarização”.(HESKETT, SASSER, SCHLESINGER, 2004, p.67) 87 Facilidade em Resolver Problemas Escala Frequência Percentual Média Desvio Padrão 1 0 0% 2 0 0% 4,69 0,56 3 5 4,63% 4 24 22,22% 5 79 73,15% Total 108 100,00% Tabela 15 – FACILIDADE EM RESOLVER PROBLEMAS Fonte: Dados primários da pesquisa Pode-se verificar na questão “Facilidade” os percentuais de satisfação estão heterogêneos tendo uma ênfase maior nos graus de intensidade do 4 e 5 respectivamente. No que tange a média, verifica-se um valor de 4,69 e o desvio padrão 0,56. As respostas foram dentro de uma uniformidade. Confirmado por meio da seguinte citação: O serviço ao cliente é a execução de todos os meios possíveis de dar satisfação ao consumidor por algo que ele adquiriu: tantas facilidades quantas possíveis para adquirirem o bem ofertado; tantas satisfações quantas possíveis na função do bem adquirido, sem limitação antecipada da duração dessa função (quer seja o fim em vista interessado, quer seja desinteressado, quer os meios sejam executados a título gracioso, que oneroso, quer sejam, quer não sejam previstos no contrato de venda. (Cobra1992, p.374) Importância Climatização Escala Frequência Percentual 1 2 3 4 5 Total 0 0 4 33 71 108 0% 0% 3,70% 30,56% 65,74% 100,00% Média Desvio Padrão 4,62 0,56 88 Tabela 16 – IMPORTANCIA DA CLIMATIZAÇÃO Fonte: Dados primários da pesquisa Verificou-se na questão “Importância da Climatização” os percentuais de satisfação estão heterogêneos tendo uma ênfase maior nos graus de intensidade 4 e 5 respectivamente. No que tange a média, verifica-se um valor de 4,62 e o desvio padrão 0,56. As respostas não foram dentro de uma uniformidade. Estrutura Escala Frequência Percentual Média 1 2 3 4 5 Total 0 0% 0 0% 4,71 2 1,85% 27 25,00% 79 73,15% 108 100,00% Tabela 17 - ESTRUTURA Fonte: Dados primários da pesquisa Desvio Padrão 0,49 Verificou-se na questão “Estrutura” os percentuais de satisfação estão heterogêneos tendo uma ênfase maior nos graus de intensidade 4 e 5 respectivamente. No que tange a média, verifica-se um valor de 4,71 e o desvio padrão 0,49. As respostas foram dentro de um padrão esperado. Confirmado por meio da seguinte sitação: A distribuição de serviços é uma atividade que depende de vários fatores exigindo custos e planejamento fazendo com que se torne essencial construir uma estrutura adequada para atender a demanda. (LAMB, HAIR, MCDANIEL, 2004; KOTLER; ZEITHAML e BITNER, 2003; OLIVEIRA, 2002) 89 3.3 Sugestões Com a finalização deste trabalho, a sugestão que se da para a empresa e pelo momento em que ela vive agora, um investimento maior na área de marketing, já que ela encontra-se em um momento de constante crescimento, e ela deve aproveitar esse momento propicio para poder manter e fidelizar seus clientes e encontrar novos. Se tratando de marketing ela não deve investir apenas em propaganda, mais também em conforto, qualidade e comodidade a seus clientes, fazendo que seu nome seja lembrado não apenas como mais um mercado entre tantos, mais sim com um ícone de qualidade e comodidade, fazendo assim crescer cada vez mais a sua carteira de clientes decorrentes dessa atenção especial dada a seus clientes. Sendo assim ela aproveitará melhor a oportunidade que está tendo no momento. 4. Considerações Finais Apresentam-se as conclusões deste trabalho. Como as análises das pesquisas e justificativas de acordo com o objetivo proposto incialmente. Inclui-se as limitações e as sugestões para próximas pesquisas. 90 4.1 Conclusão Neste capítulo se apresenta uma síntese dos pontos relevantes deste trabalho de conclusão, com o objetivo de facilitar e leitura, compreensão e aplicação do estudo desenvolvido. A gestão mercadológica de sucesso é um desafio constante para o profissional da área. A empresa é um organismo vivo, complexo e sensível as mudanças. Para manter- se viva no mercado é necessário a análise constante das circunstâncias em que vive. Proporcionar o encantamento aos clientes, manter uma equipe motivada e objetivos atingidos é o cotidiano da organização voltada para o marketing. Este trabalho mostrou a implantação de um plano de fidelização de cliente como um diferencial competitivopara a empresa Maria Amélia Vieira Vicente e Filhos Ltda. com o objetivo de aplicar estratégias mercadológicas que auxiliem na administração desta empresa. A escolha do tema se justifica pela vontade do estagiário com um consenso com o proprietário em posicionar a empresa de maneira estratégica no mercado. Melhorar a comunicação por meio da reestruturação do composto mercadológico. Viu-se, com o desenvolvimento do trabalho, que para sobreviver em um mercado altamente competitivo e acirrado, mantendo seus consumidores fiéis, não basta apenas atendê- los, é necessário fazer com que o consumidor se sinta único, ou seja, a compra do produto ou serviço deve ser um momento especial traduzido em satisfação. O consumidor bem informado está sempre atento às promoções mercadológicas e acima de tudo ao atendimento deixando, assim, de ser um simples dado estatístico tornando-se uma peça fundamental para o sucesso de uma organização. Desta maneira, conclui-se que a satisfação do consumidor é um diferencial competitivo para as organizações, pois a prestação de um serviço com qualidade torna o cliente mais seguro fazendo com que ele volte a freqüentar a empresa por 91 saber que lá encontrará um atendimento diferenciado, o que resultará na sua fidelidade. Para tanto foi necessário um levantamento bibliográfico sobre o assunto. Autores conceituados da área, por meio de suas obras, contribuíram para esta pesquisa teórica que fundamentou o trabalho. Mostrou-se a relevância da teoria para a prática dos negócios. 4.2 Limitações da pesquisa Esta pesquisa possui algumas limitações. Um carteira de clientes dispostos a responder os questionários por falta de tempo. A falta de visão mercadológica do gestor em investir no plano considerando como custos e não como investimento ou melhorias. 92 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICAS ALVAREZ, Maria Esmeralda Balestero. Organização, Sistemas e Métodos. São Paulo: McGraw-Hill, 1990. ASSEF, Roberto. Gerencia de preços como ferramenta de marketing. São Paulo: Campus, 1997 Associação Catarinense de Supermercados, 2010. Disponível em: www.acats.com.br BASTA, Darci et al. Fundamentos de marketing. Rio de Janeiro: Fgv, 2005 BERNHOEFT, Renato. Empresa familiar. São Paulo: Ibecon, 1987 BEULKE, Rolando, Bertó, Dalvio José. Gestão de custos. São Paulo: Saraiva, 2005 CHIAVENATO, Idalberto. Teoria geral da administração. São Paulo: McGrawHill, 1987 CHINELATO FILHO, João. O&M integrado à informática. 7a. ed. São Paulo: LTC, 1997. 93 CHURCHILL, Gilbert Junior; PETER, J. Paul. Marketing criando valores para os clientes. São Paulo: Saraiva, 2003 CHURCHILL, Jr. Gilbert A; PETER, J. Paul. Marketing: criando valor para o cliente. 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