Capítulo 9 - A PARTICIPAÇÃO SOCIAL DAS EMPRESAS O aumento no número de empresas e conseqüentemente o aumento no número de concorrentes foi motivado especialmente pela globalização. Esse fato pressionou aos empresários a buscarem uma estratégia que pudesse ser fortemente eficaz ao ponto fidelizar seus clientes. Você pode estar pensando: mas isso é coisa de Marketing. Você está certo, porém, a modalidade de marketing a ser utilizada é que talvez seja novidade para você. Estamos falando de Marketing de Relacionamento, ou Marketing Social, cujo objetivo principal é o de desenvolver uma específica linguagem com o público que se deseja atingir. Segundo Paulo Silveira Da Vince, “o Marketing Social tem como fator diferenciador a adoção de uma estratégia social como elemento aglutinador, elaborado especificamente para atender aos interesses dos envolvidos (empresas e seus stakeholders) ”. Freemam define stakeholders como sendo “qualquer grupo, entidades, instituições ou indivíduo que possa afetar ou ser afetado pela realização dos objetivos de uma empresa”. Onde os stakeholders podem ser divididos em: • Stakeholders Econômicos – representados pelos que de alguma forma influenciam a cadeia de valor da organização como os funcionários, os fornecedores e os clientes. • Stakeholders Sociais – ao contrário dos stakeholders econômicos, os stakeholders sociais não fazem parte da cadeia de valor das empresas, porém sua influência é muito grande podendo até ser responsável indireta de ganhos e perdas organizacionais. As ONG´s, os sindicatos, o governo e as diferentes mídias podem ser classificados como stakeholders sociais. A tabela a seguir nos apresenta uma relação dos interesses dos stakeholders em suas organizações: Funcionários Stakeholders Econômicos Fornecedores Clientes Stakeholders Sociais ONG´s Sindicatos Bons salários, melhores benefícios, possibilidade de ascensão. Pagamentos e pedidos regulares. Bons produtos, preços justos, promoções e garantias. Apoio institucional e doações. Garantia de cumprimento de acordos e permanência de direitos adquiridos. Governo Mais empregos, pagamento de impostos e tributos e serviços sociais. Observamos que todos têm interesse no comportamento social das organizações e o Marketing Social permite que empresa e seus públicos (interno e externo) passem a caminhar em busca de objetivos coincidentes. Para isso, as empresas devem buscar deixar seus stakeholders sempre próximos e informados de suas ações realizadas, bem como de seus objetivos. Savage et al. (1991), nos fala de quatro tipos de stakeholders e por conseqüência quatro diferentes estratégias para gerenciá-las. São elas: 1. Stakeholders de suporte – representados pelos que estão sempre apoiando as ações das empresas. Como não apresentam nenhum risco à organização, já que nunca se opõem a ela, seu gerenciamento é quase inexistente. Assim, a cooperação que os mesmos podem oferecer é sempre esquecida. 2. Stakeholders Marginais – têm bastante interesse nas questões organizacionais, porém, não cooperam e nem se interessam pela maioria das questões. Vale ressaltar que à medida que algum tipo de perigo se aproxima das organização o comportamento do mesmo é visivelmente alterado. 3. Stakeholders que não apóiam – são considerados perigosos para a organização. São sempre contrários as ações da empresa e nunca cooperam com as ações da organização. Para os administradores são considerados como preocupantes. 4. Stakeholders mistos – são perigosos por serem às vezes cooperativos e outras vezes contrários.