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Tema: Desgosto da vida.
Suicídio
(“O Livro dos Espíritos” Parte I
- questões 943 a 950)
Expositor: Mauro Bueno
Manaus
18/09/1999
Dirigente do estudo:
Mauro Bueno
Oração Inicial:
<Mauro_Bueno> Deus Pai, ilumina nossas consciências e enriquece
nosso pensamento nesta noite, aclara nosso raciocínio para melhor
compreendermos tuas leis. Faz viva nossa inteligência para que
percebamos as Leis Morais Universais. Ensina-nos o caminho de
servir a nosso próximo, com bondade e paciência, com sabedoria
e providência, com humildade e alegria, com retidão e bondade.
Vibremos amor e paz por todos nossos semelhantes, e mantenha-mos
nossos corações na paz de Jesus. Assim Seja!
Exposição:
<Mauro_Bueno> Os estudos da noite são a respeito do suicídio e
desculpas para executá-lo.
943. Donde nasce o desgosto da vida, que, sem motivos
plausíveis, se apodera de certos indivíduos?
"Efeito da ociosidade, da falta de fé e, também, da
saciedade. Para aquele que usa de suas faculdades com fim útil
e de acordo com as suas aptidões naturais, o trabalho nada tem
de árido e a vida se escoa mais rapidamente. Ele lhe suporta as
vicissitudes com tanto mais paciência e resignação, quanto obra
com o fito da felicidade mais sólida e mais durável que o espera."
Diz a sabedoria popular: “Cabeça vazia, oficina do cão!”
Nos EUA, algo parecido: “Empty mind is devil´s playground.”
Nosso cérebro racional se desenvolveu sobre as camadas de
um cérebro mais primitivo, límbico, que se atém aos instintos.
As camadas superiores executam as sinapses que refletem o
raciocínio superior, o que dá condições de escolha, impossível
nos animais. Não existe moral, certo ou errado no instinto. Existe
apenas o instinto.
A ociosidade abre um largo espaço para o controle do cérebro
instintivo sobre o racional. Os instintos estão lá, prontos a
demandar, a pedir... Se nada no cérebro superior refreá-los, eles
cumprirão seu programa original.
A maneira mais adequada de fazê-lo é utilizando o cérebro
racional o mais eficazmente o possível. "O Livro dos Espíritos"
nos diz: aquele que usa de suas faculdades com fim útil e de acordo
com as suas aptidões naturais, o trabalho nada tem de árido.
Trabalho é um rico ativador do raciocínio superior. A mente
ocupada não sente o tempo passar e as atribuições trazem a
sensação do tempo estar curto para cumprir tudo o que se
programou.
A vida é suave e rápida para aquele que se mantém produzindo.
O resultado do que se produz é sempre um gosto ao produtor,
além do que, todo o bem que se faz, traz benefícios tão imediatos
ao praticante, que por si só já o justifica.
"O Livro dos Espíritos" também explora largamente o direito
à própria vida, os motivos ilícitos e os motivos pelos quais as
pessoas pensam ser lícito suicidar-se e demonstra que em todos
há sempre um senão perigoso. Faz uma ressalva àqueles que entregam
a vida heroicamente para salvar outros, porém alerta para a
necessidade de se verificar se mantendo-se vivo, não seria mais
útil.
No Livro “Memórias de um Suicida”, psicografado por Yvonne
Pereira, é assustador ver o quanto sofre um suicida no Plano
Espiritual. E há ainda que se observar que aqueles que são
recolhidos ao Vale dos Suicidas ainda guardam possibilidade de
auxílio.
A grande maioria fica no local de seu suicídio ou em região
mais tenebrosa, revendo indefinidamente seu próprio ato
tresloucado e o sofrendo repetidas vezes, por um tempo enorme.
Muitos caem prisioneiros de falanges obsessoras e são
escravizados a custa de torturas, tanto "físicas" como
emocionais.
No começo do livro, o suicida diz que o Vale dos Leprosos
na antiga Roma seria um paraíso em comparação ao Vale dos
Suicidas.
O suicídio tem sido comum em países
especialmente entre crianças e adolescentes.
desenvolvidos,
Isto se deve, em muitos casos, ao estado vibratório desta
criança, se pondo a mercê de obsessores e, às vezes, de si mesma,
com uma educação moral e religiosa muito precária.
A crença no nada depois da morte é um fomentador disto.
944. Tem o homem o direito de dispor da sua vida?
"Não; só a Deus assiste esse direito. O suicídio voluntário
importa numa transgressão desta lei. Sempre que houver abreviação
da vida, por vontade de própria, esta caracterizado o suicídio.”
a) - Não é sempre voluntário o suicídio?
"O louco que se mata não sabe o que faz. E como sabemos, a pena
é proporcional a consciência de quem pratica o mal.”
O louco, inconsciente de suas atitudes, não é punido ao
matar-se,
por
não
ter
absolutamente
conhecimento
das
conseqüências de sua atitude.
O suicídio por desgosto também não se justifica...
Principalmente porque, após a morte, este desgosto se vê ampliado
muitas e muitas vezes...
Os que se suicidam por ter ficado na miséria, como, por
exemplo, no Plano Collor, ou na quebra da Bolsa de Valores em 1929,
sofrem muito na vida espiritual.
São dois os motivos: o próprio suicídio e pela falta de fé
em Deus.
A maioria que assim procede é constituída de materialistas
ferrenhos, em cujos corações não se manifestam valores
espirituais louváveis...
Há mais covardia e orgulho num suicídio destes que qualquer
outra coisa.
Também é considerado suicida aquele que se deixa morrer de
fome.
Curioso isto, mas a culpa está em não ter lutado com
inteligência para subsistir.
Mas há ainda aquele que é orgulhoso e não aceita decair
socialmente e prefere morrer ao invés de ocupar uma função menor,
que sinta não fazer jus a si mesmo...
Este sofre duplamente: pelo orgulho ferido, que será ainda
mais ferido no plano espiritual, e pela deformação causada no
perispírito devido ao suicídio...
Seu perispírito comparece tão fraco ao Plano que facilmente
cai sob o jugo das correntes obsessoras.
É quase inevitável que ele passe centenas de anos como
escravo de espíritos malfazejos... Lamentável!
Aquele que morre de fome, por não obter absolutamente
maneiras de se sustentar, está redimido, mas este é um caso muito
raro.
De qualquer forma, o algoz, que permitiu morrer de fome o
irmão, arca com a pena e leva a pecha de assassino...
Os que se matam procurando uma vida melhor, só demonstram
completo desentendimento do que há de mais simples em qualquer
religião: A Fé em Deus!
Encontrará este, para si, um mundo muito mais cruel, mais
dolorido e mais triste para conviver.
Irá esperar muito tempo até que
autorização para conseguir reencarnar.
encontre
novamente
É sempre bom lembrar que o suicida é um marginal da vida
espiritual. (t)
Perguntas/Respostas:
[01] <sharpz> Um suicida tende a ficar sem acesso ao plano astral
por muito tempo pelo seu estado vibracional?
<Mauro_Bueno> Ele, na verdade, está no plano espiritual Sharpz,
porém, rodeado de outros que compartilham de mesmo estado
vibratório. O estado vibratório de um suicida é lastimável,
sobretudo por continuar, indefinidamente, revendo e revivendo
seu próprio suicídio por muito, muito tempo. Os suicidas ao redor
vêem os suicídios uns dos outros. Imagine que lugar terrível é
este, onde a sua volta só se vê dor e desespero. Muitos não
conseguem sequer fazer uma prece, dado o grau de perturbação
reinante, e é isto que obsta seu acesso a planos vibratórios
superiores. (t)
[02] <Ricardo-Fatima> No livro “Nosso Lar”, André Luiz, que foi
o insigne médico Carlos Chagas, que tanto foi útil para nós
encarnados aqui na Terra, narra: "Devido a excessos alimentares,
a festas e bebidas que eu ingeria, destruí meu corpo somático
antes do tempo pré-determinado! Ao desencarnar, ouvia vozes:
SUICIDA, SUICIDA! E eu me perguntava? Como? Eu, suicida? Afinal
fui proeminente médico, e a tantos servi e fala também a respeito
do seu orgulho!”
<Mauro_Bueno> Por partes: supõe-se que André Luiz tenha sido
Oswaldo Cruz ou Carlos Chagas, mas nada disto está confirmado!
Todos os que bebem, fumam, ou adquirem doenças sexualmente
transmissíveis por causas ilícitas são também considerados
suicidas. O mesmo se diz dos usuários de drogas. Qualquer coisa
feita, sabendo-se dos riscos que corre ou dos prejuízos que causam
a si mesmo, é cobrada. O suicídio não vê a classe social, vê o
ato e a Lei é implacável!. (t)
Oração Final:
<Caminheiro> Pai querido! A gente aqui aprendendo, estudando E
tanta gente lá fora precisando da gente! Olha pai, vê se dá uma
forcinha que é para a gente começar a colocar o que aprendemos
aqui em prática lá fora! Tenha paciência conosco, Deus! Tenha
muita paciência, pois somos ainda muito cabeça dura! Mas
chegaremos lá! Com a sua benção... Com a sua proteção... Com essa
força gostosa e continuada que encontramos em vós, a gente vai
sim aprender a falar bastante, mas a fazer mais ainda! Obrigado,
Deus! E tomara que possamos estar todos aqui para estudar e
aprender mais um pouquinho para termos ainda mais que praticar
na próxima semana! Assim Seja!
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