FACULDADE DE PSICOLOGIA UNIDADE SÃO GABRIEL Autorizo a Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, através do curso de graduação em psicologia, à ampla divulgação do meu trabalho de conclusão de curso, em espaços e eventos internos à Instituição, ou ainda abertos ao público em geral. A presente autorização é concedida gratuitamente, abrangendo a divulgação da pesquisa acima mencionada em todas as suas modalidades, sendo estas impressas ou eletrônicas. O que leva alguém a se matar? Um estudo sobre fatores de risco para o comportamento suicida Poliana Santos Dantas 1 Liza Fensterseifer2 O presente estudo buscou investigar os principais fatores de risco ou motivações para o comportamento suicida, de acordo com a experiência de profissionais que têm contato com pessoas que tentaram e/ou que cometeram o suicídio. Como objetivos específicos, teve-se: Identificação dos principais fatores que levam/motivam um indivíduo a cometer ou tentar o suicídio, de acordo com a experiência de profissionais; Procurou identificar se há fatores que podem servir de “proteção” para o comportamento suicida; Verificação de possível conjunto de fatores que pode representar um maior risco ou potencial suicida; E se os profissionais, a partir de sua experiência, acreditam que é possível prevenir o comportamento suicida. Se sim, como. As pessoas causam mal a si mesmas por uma variedade de razões e, às vezes, este dano resulta em morte. O suicídio é visto, em muitos casos, como a única saída do sujeito para acabar com um intenso sofrimento, como uma forma de diminuir a dor, o sentimento de desesperança, o desespero. Porém, não se pode dizer que em toda tentativa de suicídio há, efetivamente, a intenção real da morte. Considerando isso, fez-se, neste trabalho, uma revisão bibliográfica sobre o comportamento suicida, abordando aspectos desde a sua compreensão, sua definição, correntes teóricas que buscam entendê-lo e, finalmente, possibilidades e estratégias de prevenção do suicídio. Para isso, os seguintes autores foram consultados: Durkheim (1858/1973), Stengel (1970), Farberow (1976), Cassorla 1 Aluna do curso de Psicologia da PUC Minas - Unidade São Gabriel. Resumo da Monografia apresentada no 1º semestre de 2013, como requisito parcial para conclusão de curso. Contato: [email protected] / [email protected]. 2 Doutorado em Psicologia pela PUCRS (2008). Atualmente é professora do Instituto de Psicologia da Pontifícia Universidade Católica de Minas Geral e orientadora desta monografia. Av. Dom José Gaspar, 500 • 30535-901 • Belo Horizonte • Minas Gerais Fone: (31) 3319 4444 • www.pucminas.br (1984, 1994, 2004), Hillman (1993), Meleiro (1997), Fairbairn (1999), Nogueira (2001), Werlang, Macedo e Krüger (2004), Meleiro, Fensterseifer e Werlang (2004), Botega (2006), Lovisi (2009), Costa (2010), Meleiro (2010), Nicolato (2010) e Teixeira (2010). Para que os objetivos propostos pudessem ser alcançados, foi realizada uma pesquisa qualitativa. A coleta de dados ocorreu por meio de entrevistas semi-estruturadas com quatro profissionais da Psicologia que têm ou já tiveram experiências com pessoas que tentaram ou consumaram o suicídio. A análise dos dados compreendeu a transcrição e a categorização das entrevistas, por meio de análise de conteúdo. Todos os participantes assinaram um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Os resultados indicaram que existem vários fatores de risco que potencializam o comportamento suicida, como fatores demográficos, sociais, emocionais, biológicos, psíquicos, dentre outros. Os dados coletados revelam, também, que a prevenção do comportamento suicida é algo concreto, que busca a redução da mortalidade por suicídio, especialmente entre as pessoas que tem em seu comportamento algo autodestrutivo, nocivo. A prevenção pode acontecer através da psicoterapia, de grupos de apoio que tratam do assunto e através da articulação da rede de saúde pública, para promover, também, a divulgação de informações. Muitos suicídios ocorrem em uma fase de melhora quando a pessoa tem o poder e a vontade de transformar pensamentos desesperados em ação destrutiva. No entanto, uma pessoa que já tentou cometer o suicídio não é necessariamente sempre um risco. Pensamentos suicidas podem retornar, mas não são permanentes e, em muitos casos, não voltam a acontecer. Portanto, há possibilidades reais de se pensar e efetivar a prevenção do suicídio, como se vem fazendo ao longo do tempo, por exemplo, com a utilização de cartilhas, manuais, informativos para profissionais. Área do conhecimento: Ciências Humanas. Psicologia. Tratamento e prevenção psicológica. Palavras-chave: Comportamento suicida, Prevenção, Fatores de Risco, Fatores de Proteção. DANTAS, Poliana Santos. O que leva alguém a se matar? Um estudo sobre fatores de risco para o comportamento suicida. 2013. 57f. Monografia (Conclusão de curso) – Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, Faculdade de Psicologia, Belo Horizonte. Av. Dom José Gaspar, 500 • 30535-901 • Belo Horizonte • Minas Gerais Fone: (31) 3319 4444 • www.pucminas.br