DURKHEIM, Émile. O Suicídio. Rio de Janeiro: Zahar, 1982. O sociólogo francês ao estabelecer as regras de distinção entre o normal e o patológico, contesta a tese psiquiátrica e, como tal, demonstra que o suicídio varia inversamente ao grau de integração do grupo social do qual faz parte, com algumas exceções por ele apontadas. Após observar e comparar as variáveis taxas de suicídio, realiza a classificação em: “Suicídio Egoísta”; “Suicídio Altruístra” e; “Suicídio Anômico”. Segundo Durkheim, os fatos sociais, ou seja, o objeto de estudo da sociologia, que são justamente as regras e normas coletivas que orientam a vida em sociedade nos permite considerar o Suicídio como uma lei sociológica, em virtude de as variáveis relacionadas constituírem fenômenos sociais. A consciência da morte não é algo de inato, mas sim, produto de uma consciência que compreende o real, isto é, a morte humana é uma aquisição do individuo. No risco da morte, encontramos ainda o dado antropológico da decadência da espécie, a afirmação do indivíduo. No paroxismo dessa decadência e dessa afirmação encontramos o Suicídio. O suicida é ao mesmo tempo, carrasco e vítima. Vivemos em guerra permanente conosco mesmo, buscando sempre um caminho para dar sentido a nossa existência, seja através da religião, do grupo ou da família. Entretanto, às vezes, essas soluções não são suficientes e, assim o suicídio se manifesta.