Emergências Psiquiátricas

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EMERGÊNCIAS PSIQUIÁTRICAS
Diego Ortega dos Santos
Objetivos
 Aprender a lidar com esse tipo de paciente em
um âmbito primário e prático, em serviços de
emergência.
 Aprofundar a abordagem com pacientes
potencialmente suicidas.
Definição
“É um humor, pensamento ou comportamento que
caso não tratado rapidamente pode levar ao
dano do paciente ou de outros”
Os tipos de emergências
 Paciente psiquiátrico
 Já tinha um diagnóstico como esquizofrenia, transtorno bipolar, estresse póstraumático, depressão etc
 Paciente com bases biológicas
 Considera-se tanto o em abstinência quanto aquele em psicose induzida por
drogas, bem como aqueles com doenças biológicas com sintomas psíquicos
 Paciente em eventos traumáticos
 Aqueles com um histórico mental normal que passaram por catástrofes, crimes
hediondos, descobertas traumáticas etc
Perguntas básicas
 O QUE ESTÁ ERRADO?
 POR QUE ELE ESTÁ BUSCANDO AJUDA AGORA?
 COMO ELE ESTAVA ANTES?
 O QUE ELE ESTÁ QUERENDO?
 O que está errado?
 Por que ele está buscando ajuda agora?
 Como ele estava antes?
 O que ele está querendo?
Diagnósticos diferencias
-Cetoacidose diabética
-Hipo ou Hipertireoidismo
-Hipoglicemia
-Infecção urinária no idoso
-Fígado agudo
-Endocardite
-Hemorragias intracranianas
-Ruptura esplênica
-Hipo ou hipercalcemia
-Hipertensão maligna
-Pneumonia
-DPOC
-AVC
...
Condutas
 Exames clínicos e laboratoriais ou
 Contenção* e isolamento do paciente ou
 Encaminhamento para serviços especializados ou
 Tratamento farmacológico
*Última opção!
 Conduta farmacológica
 Exige cuidados e precauções!
( interação farmacológica e
retardo do diagnóstico )
 Fármacos devem ser usados apenas quando
1) O paciente está completamente fora de controle
2)
3)
4)
5)
6)
à despeito dos esforços da equipe de saúde,
seguranças e das restrições ambientais
O comportamento dele afeta consideravelmente
o manejo de outros pacientes
O medicamento é usado para controlar
psicoses que impediriam o acompanhamento
adequado
A causa dos sintomas está estabelecida
O fármaco auxiliará a transferência do paciente
para um serviço mais adequado
Haverá certeza de que o paciente será
acompanhado à partir das diretrizes adotadas
nessa ocasião
 Tranquilizantes
Não há quaisquer relatos de que tranquilizantes
façam bem para o paciente ou seu prognóstico;
seu uso é pragmático
Pode-se usar antagonistas dos receptores de
dopamina (se necessário intra-muscular) e
benzodiazepínicos simultaneamente.
Antipsicóticos típicos e atípicos também são
válidos
 Ainda que sem pesquisas científicas de
embasamento, anticonvulsivantes são usados
com sucesso.
Casos especiais
 Paciente violento
- Prevenir é mais fácil que remediar; mantê-lo em uma sala tranqüila
- Evitar o desejo de punição; pode levar a decisões erradas
- Intoxicação, distúrbios metabólicos e lesões cerebrais são diagnósticos
diferenciais importantes
- Não são raros; é o caso da maioria dos psicóticos
 Abuso de substâncias
-Comum em emergências por se combinar com brigas, acidentes
de trânsito etc
-Cada droga tem manifestações de intoxicação e de abstinência
únicas
-Os remédios administrados devem visar a manutenção do
funcionamento orgânico
 Estupro e abusos domésticos
-O dano físico é quase sempre mínimo diante do psicológico
-Encaminhar rapidamente para grupos de apoio ou terapeutas é
extremamente importante
-Ficar atento para a possibilidade de suicídio
Suicídio
Epidemiologia
 O verdadeiro suicida
 E o suicida “da boca pra fora”
Situações envolvendo suicídio
 O paciente menciona (ou aparenta) ideação
suicida em uma consulta regular
 O paciente está em uma crise na qual ele pode
tentar o suicídio a qualquer momento, seja na
emergência seja em outras situações
 O paciente tentou cometer o suicídio, mas falhou
Conduta
 Desenvolver empatia através da aceitação,
compreensão, maturidade e vontade de ajudar
NUNCA!!!
 “Não faça isso!”
 “Pare de pensar besteira!”
 “Por que você está pensando nisso?”
 “Anime-se, a vida é boa!”
 “Vai passar...”
 “Não é bom nem falar nisso...”
Perguntas
 Você pensa em cometer suicídio?
 Houve algo ou algum momento que lhe fez





pensar nisso?
O que te faz se sentir melhor?
E pior?
O que te impede de se matar?
Você tem controle sobre isso?
Você tem algum plano?
 Você tem como realizar esse plano? Você já “ensaiou” ele?
Você tem armas ou remédios em casa?
 Condutas farmacológicas
 Evitar antidepressivos tricíclicos (overdose)
 Fármacos seguros:
 Fluoxetina - Prozac (20 a 40mg/dia)
 Sertralina – Zoloft (50 a 200mg/dia)
 Fluvoxamina – Luvox (150 a 250mg/dia)
- Orientar e contar com o apoio da família!
OBRIGADO!
Bibliografia
 Rev. Bras. Psiquiatr. vol.32 supl.2 São Paulo Oct. 2010
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Tentativa de Suicídio - Uma Revisão para Clínicos; Oscar Salva
M.I. Ramadan: Managing Psychiatric Emergencies. The Internet
Journal of Emergency Medicine. 2007 Volume 4 Number 1
Kaplan & Sadock’s comprehensive textbook of psychiatry, 7th edition
Dialética do esclarecimento, Adorno & Horkheimer
Microfísica do poder, Foucault
Managing the Suicidal Patient ; Linda M. Nicholas, MD,
MS, Assistant Professor of Psychiatry, and Robert N. Golden, MD,
Professor and Chair of Psychiatry, University of North Carolina
School of Medicine Chapel Hill, North Carolina
A entrevista de ajuda, Alfred Benjamin
Am Fam Physician. 1999 Mar 15;59(6):1500-1506. Evaluation and
Treatment of Patients with Suicidal Ideation
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