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A presença de Papai Noel no São Luís
Shopping está atraindo a atenção de
muitas crianças. No último domingo, o
shopping lançou a sua programação de
fim de ano “Missão Natal em família”
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São Luís, 10 de novembro de 2016. Quinta-feira O Estado do Maranhão
Agnews
Excesso de
vitaminas
pode intoxicar
Especialista explica que a ingestão de vitaminas deve ter
uma finalidade específica, com quantidade individualizada
m busca do corpo perfeito,
a suplementação de vitaminas vem sendo praticada, cada vez mais, por diversas pessoas. Com isso, a classe
médica faz um alerta sobre os riscos e as consequências de se consumir vitaminas em excesso, sem a
prescrição e o acompanhamento de
um especialista.
De acordo com a endocrinologista Franciele Santos, a ingestão de
vitaminas em cápsulas, por exemplo, só é indicada quando, por meio
de exames clínicos, é identificada a
necessidade de reposição e, mesmo
assim, apenas quando o benefício
for maior do que o risco. “Ao suplementar, sem prescrição e acompanhamento médico, a conduta se
torna perigosa, porque as doses são
individualizadas. Não é como uma
receita de bolo, que tem um molde
pronto”, aponta.
A vlogueira e designer de moda
Analu Lourenço é exemplo de quem
mudou sua rotina de alimentação
com acompanhamento especializado. Ela precisou suplementar a vitamina C, pois apresentava baixa resistência imunológica. Analu também passou a manter uma dieta
equilibrada, muitas vezes, preparando suas próprias refeições. “Hoje em dia, fico doente com menos
frequência e sinto que minha pele
tem um aspecto melhor. Além disto, meu cabelo ficou mais forte e
E
meu organismo está mais equilibrado”, conta.
Avaliação
Segundo a endocrinologista Franciele Santos, a resposta à terapêutica deve ser avaliada mensalmente,
de acordo com o propósito específico a ser atingido, pois a hipervitaminose, que é o excesso de vitaminas no organismo, pode levar a um
quadro de intoxicação.
Avaliação do
consumo deve ser
mensal
Analu conta que, desde que iniciou sua reeducação alimentar,
aprendeu que um “prato de comida colorido” é essencial para se obter uma variedade de nutrientes.
“Procuro consumir vitaminas por
meio de uma alimentação saudável
e o mais natural possível. Costumo
comer frutas, legumes, verduras,
ovos, aveia e sementes”, comenta.
Alguns alimentos são fartos de
vitaminas, como, por exemplo, os
peixes, as oleaginosas e os frutos do
mar, que são ricos em vitamina E,
substância que faz parte do tratamento contra a esteatose hepática
e a sarcopenia, sendo igualmente
empregada no campo da medicina
ortomolecular, como agente antienvelhecimento. Mesmo assim, a
dose não é padrão e deve respeitar
a peculiaridade da terapêutica e
suas indicações.
“Conheço diversas pessoas que
consumem somente vitaminas em
cápsulas. Sempre digo que é melhor
ingerir frutas, leguminosas, peixe,
arroz, entre outros alimentos naturais”, ensina a endocrinologista.
Outra reposição bastante comum é a de vitamina D. Para a Endocrine Society, apesar de a indicação ser tão somente para pacientes com risco de deficiência, é
comum encontrar adolescentes
consumindo para a perda de peso
ou o ganho de massa muscular. A
reposição, inclusive, mesmo para
quem realmente necessita, pode
ser feita por meio de dieta, contendo carnes, peixes gordurosos de
águas profundas, gema de ovo e fígado de boi. “Vale lembrar que de
nada adianta suplementar, no caso da vitamina D, e não se expor ao
sol por dez minutos, todos os dias”,
alerta Franciele.
A Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia explica
que a dificuldade em obter vitaminas apenas por meio da alimentação ocorre pela carência real de suplementos nos alimentos de fácil
acesso, sendo assim, muitas vezes,
indicado o manejo artificial, mas somente para alguns casos. SAIBA MAIS
Reconheça os sintomas da intoxicação
O quadro clínico de intoxicação
por excesso de vitaminas irá
depender da substância, mas é
geralmente mais grave quando
o paciente tem grandes
quantidades de vitamina A e D
no organismo, já que com
outras não é tão habitual, uma
vez que elas são eliminadas,
normalmente, através da
urina. Veja alguns sintomas:
- Na hipervitaminose A, os
sintomas iniciais da
intoxicação crônica são o
cabelo escasso e áspero, a
queda parcial das
sobrancelhas, as rachaduras
labiais e a pele seca. As
cefaleias intensas, a
hipertensão intracraniana
e a fraqueza generalizada
são manifestações tardias.
Em crianças, as excrescências
ósseas e as dores
articulares são comuns. Além
disso, o fígado e o baço
também podem aumentar de
tamanho.
- Na hipervitaminose por
vitamina B, quando se trata da
B12 (cianocobalamina), pode
levar a reações alérgicas e
alterações esplênicas. Quando
a intoxicação for, por sua vez,
por vitamina B1 (tiamina),
pode levar a uma
vasodilatação periférica,
queda na frequência
respiratória, convulsões,
e até óbito por paralisia
do centro respiratório.
- Na hipervitaminose de
vitamina D, os sintomas só
aparecem meses após a
administração de altas doses,
podendo causar graves danos
aos ossos e uma fragilidade
dos tecidos e dos rins. Provoca
também um aumento
exacerbado de cálcio
sanguíneo, retirando este
mineral dos ossos para a
corrente sanguínea, que tende
a ser depositado nos tecidos
moles do organismo. Em razão
disso, pode haver a formação
de litíases renais, pois o
sangue tentará excretar o
cálcio, além de esclerose dos
vasos sanguíneos.
Consumo de
vitaminas sem
necessidade e
orientação pode
ser prejudicial à
saúde
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