literatura de gengibre

Propaganda
LITERATURA DE GENGIBRE
Nome Científico: Zingiber officinale Roscoe
Sinônimos Científicos: Amomum zingiber L., Curcuma longifólia Wall, Zingiber
aromaticum Noronha, Zingiber majus Rumph., Zingiber missionis Wall, Zingiber
sichuanense Z.Y.Zhu et al.
Nomes Populares: Gengibre, mangarataia, gengivre, gingibre, mangarataia,
mangaratiá.
Família Botânica: Zingiberaceae
Parte Utilizada: Raízes e Rizomas
Descrição:
Erva rizomatosa, ereta, com cerca de 50cm de altura. Folhas simples, invaginantes,
de 15-30 cm de comprimento. Flores estéreis de cor branco-amarelada. Rizoma
ramificado, de cheiro e sabor picante, agradável. É originária da Ásia e cultivada no
Brasil.
Constituintes Químicos Principais: óleo volátil, citral, cineol, borneol,
sesquiterpenos zingibereno, bisaboleno, zingerona, zingiberol, zingiberenol,
curcumina, canfeno, linalol, óleo-resina, gingeróis, gingerdióis, gingerdionas, dihidrogingerdionas, shogaóis, açucares, proteínas, vitaminas do complexo B e
vitamina C.
Naturell Indústria e Comércio Ltda.
Av. Dom Pedro I, número 957 Vila Conceição
CEP: 09991 000 - Diadema – SP
LITERATURA DE GENGIBRE
Indicação e Usos:
Seus rizomas têm uso como especiaria para tempero de carnes e de bebidas desde
a época da antiga civilização Greco-romana. Na literatura etnofarmacológica há
referência de seu emprego como remédio contra asma, bronquite e menorragia,
porém sem comprovação científica. O óleo essencial responde pelo aroma e a ação
antimicrobiana, que só aparece no rizoma fresco. Os resultados de inúmeros
ensaios farmacológicos citam como sua principal propriedade a ação estimulante
digestiva, com indicação nos casos de dispepsia e como carminativo nas cólicas
flatulentas; relatam também sua ação antimicrobiana local, que encontra emprego
no combate a rouquidão e a inflamação da garganta, além das ações: antivomitiva,
anti-inflamatória, anti-reumática, antiviral, uma intensa atividade antitussígena
comparável ao de fosfato de diidrocodeína e, ainda propriedades antitrombose,
cardiotônica, antialérgica, colagoga e protetora do estômago. Essas propriedades
explicam seu uso popular para o tratamento de problemas do estômago, garganta
e fígado.
Segundo Williamson, foi sugerido que o gengibre apresenta propriedades
carminativa, antiemética, anti-inflamatória, antiespasmódica e antiplaquetária.
Tanto o gengibre fresco quanto o seco são usados, principalmente, para aliviar
dores de estômago, sintomas de doenças de movimento e enjoos matinais. O
gengibre também tem sido utilizado no tratamento da osteoartrite, artrite
reumatoide e para enxaqueca. O gengibre é também uma importante especiaria
culinária, e as suas propriedades pungentes têm sido exploradas para uso em
cosméticos e sabonetes.
Farmacocinética:
Informações detalhadas sobre a farmacocinética do gengibre em humanos são
escassas, mas o que tem sido encontrado, em animais, é que o gingerol, principal
constituinte do gengibre, é rapidamente removido do plasma e eliminado pelo
fígado. O gingerol também é um substrato de várias UDP-glucuronosiltransferases,
as principais enzimas metabólicas de fase 2, responsáveis pelo metabolismo de
diversos fármacos. A flora intestinal também desempenha um papel importante no
metabolismo do gengirol.
Contraindicações: Contraindicado para pacientes com cálculos biliares.
Revisão de Interação:
Existem casos isolados indicando que o gengibre pode
tratamento anticoagulante com varfarina e fármacos
controlado não confirmou as interações. Um pequeno
antiplaquetários sinérgicos do gengibre com aqueles da
precisa ser confirmado.
Naturell Indústria e Comércio Ltda.
Av. Dom Pedro I, número 957 Vila Conceição
CEP: 09991 000 - Diadema – SP
aumentar a resposta ao
afins, mas um estudo
estudo mostrou efeitos
nifedipina, mas o efeito
LITERATURA DE GENGIBRE
a) Gengibre + Anticoagulantes
As evidências farmacológicoas sugerem que o gengibre não aumenta o
efeito anticoagulante da varfarina nem altera a coagulação ou a agregação
plaquetária. Entretanto, dois relatos de caso descrevera claramente INRs
elevadas com femprocumona e varfarina, que foram associadas à ingestão
de gengibre seco e chá de gengibre. Um estudo prospectivo longitudinal
também relatou um risco aumentado de eventos hemorrágicos em pacientes
em tratamento com varfarina e gengibre.
Evidências clínicas: Em um estudo randomizado e transversal, realizado com
12 indivíduos saudáveis, a ingestão de três cápsulas de gengibre, 3 vezes ao
dia, durante 2 semanas, não afetou nem a farmacocinética nem a
farmacodinâmica (INR) de uma dose única de varfarina tomada no sétimo
dia. O gengibre isoladamente não afetou a INR ou a agregação plaquetária.
No entanto, um relato de caso descreveu um aumento da INR para mais de
10, com epistaxe, em uma mulher tratada com femprocumona, algumas
semanas depois de ela começar a ingerir regularmente o gengibre na forma
de pedaços de gengibre seco e chá do pó de gengibre. Ela foi novamente
reestabilizada com a dose original de femprocumona e aconselhada a parar
a ingestão de gengibre. Outro caso muito semelhante foi descrito com uma
mulher em tratamento com varfarina.
Além disso, em um estudo prospectivo longitudinal de pacientes em
tratamento com varfarina e um produto fitoterápico ou suplemento
alimentar, verificou-se um risco aumentado estatisticamente significativo de
autorrelatos de eventos hemorrágicos em pacientes tratados com varfarina e
gengibre (sete hemorragias em 25 semanas, das quais nenhuma foi
importante: razão de chances 3,2). O número de pacientes tratados com
gengibre não foi relatado; se afirmou apenas que era inferior a 5% de 171 –
logo, menos de oito pacientes. Além disso, os produtos usados contendo
gengibre não foram mencionados, e alguns pacientes estavam tomando
mais de um suplemento com potencial para interagir.
Mecanismo: O gengibre (Zingiber officinale) tem sido descrito, algumas
vezes, como uma planta que interage com a varfarina, com base no fato de
que, in vitro, ele inibe a agregação plaquetária. Contudo, esse efeito
antiplaquetário geralmente não tem sido demonstrado em estudos clínicos
controlados (três dos quais foram revisados), embora em outro estudo o
gengibre tenha apresentado efeitos antiplaquetários sinérgicos com a
nifedipina.
Importância e conduta: As evidências de um estudo controlado sugerem que
o gengibre não aumenta o efeito anticoagulante da varfarina, apesar de ser
citado como uma planta que inibe a agregação plaquetária. As evidências
são limitadas ao aumento da hemorragia quando o gengibre é administrado
isoladamente ou com a varfarina, e são apenas dois relatos de casos de
INRs consideravelmente elevadas com femprocumona e varfarina que foram
associados ao gengibre e ao chá de gengibre. Devido a vários outros fatores
que influenciam o controle anticoagulante, não é possível atribuir com
Naturell Indústria e Comércio Ltda.
Av. Dom Pedro I, número 957 Vila Conceição
CEP: 09991 000 - Diadema – SP
LITERATURA DE GENGIBRE
segurança uma mudança na INR especificamente a uma interação com
fármaco em um único relato de caso sem outras provas. Pode ser melhor
aconselhar os pacientes a discutir o uso de qualquer produto à base de
plantas que desejam experimentar e aumentar o monitoramento, se este for
aconselhável. Casos de uso sem intercorrências devem ser comunicados,
uma vez que são tão úteis quanto eventuais casos de efeitos adversos.
b) Gengibre + Cafeína
O gengibre reduziu ligeiramente o metabolismo da cafeína em um estudo.
c) Gengibre + Nifedipina
Um pequeno estudo demonstrou que os efeitos antiplaquetários do gengibre
foram sinérgicos aos da nifedipina, mas esse efeito precisa ser confirmado.
Evidência, mecanismo, importância e conduta: Em um pequeno estudo
realizado em 10 pacientes hipertensos e em outro em 10 indivíduos
saudáveis, a administração de gengibre por dia, durante 7 dias, inibiu a
agregação plaquetária em até três vezes mais do que a nifedipina sozinha, 2
vezes ao dia, durante 7 dias, inibiu a agregação plaquetária em até três
vezes mais do que a nifedipina sozinha. Nesses estudos, o gengibre
apresentou efeito antiplaquetário semelhante ao do ácido acetilsalicílico,
seja isoladamente ou administrado com a nifedipina. A nifedipina também
demonstrou efeitos antiplaquetários, mas estes não foram tão importantes
como os do ácido acetilsalicílico. O gengibre usado nesse estudo estava na
forma seca, mas nenhum outro detalhe sobre a preparação foi mencionado.
Os bloqueadores do canal de cálcio não são vistos, geralmente, como
fármacos antiplaquetários, e a constatação dos efeitos antiplaquetários
sinérgicos entre a nifedipina e o ácido acetilsalicílico nesse relato de caso e a
sua relevância clínica necessitam de estudos adicionais. Além disso, o
estudo sugeriu que o gengibre pode ter efeitos antiplaquetários similares aos
do ácido acetilsalicílico quando utilizado em baixa dose, no entanto, esse
efeito não tem sido geralmente demonstrado em outros estudos clínicos
controlados sobre o gengibre. Portanto é difícil fazer quaisquer
recomendações clínicas com base nesse pequeno estudo, e estudos
adicionais são necessários.
Naturell Indústria e Comércio Ltda.
Av. Dom Pedro I, número 957 Vila Conceição
CEP: 09991 000 - Diadema – SP
LITERATURA DE GENGIBRE
Referências Bibliográficas:
1. LORENZI, Harri; ABREU MATOS, F.J. Plantas Medicinais no Brasil
Nativas e Exóticas. Instituto Plantarum, 2ª Edição, Nova Odessa – SP Brasil, 2008.
2. WILLIAMSON, E.; DRIVER, S.; BAXTER, K. Interações Medicamentosas
de Stockley: Plantas Medicinais e Medicamentos Fitoterápicos.
Editora Artemed, Porto Alegre – RS, 2012.
3. GENGIBRE.
Disponível
em:
<http://www.plantamed.com.br/plantaservas/especies/Zingiber_officinale.ht
m>
Naturell Indústria e Comércio Ltda.
Av. Dom Pedro I, número 957 Vila Conceição
CEP: 09991 000 - Diadema – SP
Download