EFEITO DO TRATAMENTO COM EXTRATO

EFEITO DO TRATAMENTO COM EXTRATO AQUOSO DE Zingiber
officinale ROSCOE SOBRE A ATIVIDADE ENZIMÁTICA HEPÁTICA DE
RATOS WISTAR.
Ana Flávia de Abreu Galvão (PAIC-FA/UNICENTRO), Andressa Dal’Comune e
Welligton Luciano Braguini (Orientador), e-mail: [email protected]
Universidade Estadual do Centro-Oeste/ Departamento de Ciências Biológicas /
Guarapuava - PR.
Ciências Biológicas – Bioquímica
Palavras-chave: Zengiber Officinale, antioxidante, enzimas (AST/ALT), glicogênio
hepático.
Resumo
O gengibre é uma planta amplamente utilizada devido suas inúmeras atividades
farmacológicas e este estudo buscou analisar efeitos sob as enzimas AST e ALT,
concentração de glicogênio hepático e atividade antioxidante por reação com o
radical DPPH. Para o estudo foram utilizados 23 ratos, divididos e distribuídos
aleatoriamente em três grupos: grupo controle (GC), grupo gengibre 0,05g/mL (GG
0,05) e grupo gengibre 0,1g/mL (GG 0,1). As enzimas AST e ALT aumentaram
significativamente nos grupos tratados em relação o GC. A concentração de
glicogênio hepático apresentou uma redução de 64% no GG 0,1 em relação ao
grupo controle. A reação do radical DPPH apresentou uma inibição de 57,59% em
pequenas quantidades de extrato como 0,25mg/L. Estes resultados sugerem que o
gengibre, embora tenha atividade antioxidante, mobiliza o glicogênio hepático, e
altera a atividade das enzimas AST e ALT.
Introdução
O gengibre (Zingiber officinale Roscoe) é mundialmente conhecido devido
suas propriedades farmacológicas, sendo descrito em 1807, pelo botânico William
Roscoe. Propriedades do gengibre como: a atividade antiinflamatória, antiemética e
antinausea, antimutagênica, antiúlcera, hipoglicêmica, antibacteriana (BADALYAN
& WILKINSON, 1998; CONNELL & SUTHERLAND, 1969; DALLAVALLI, 1990;
MARTINS NETO, 1988; MOYLER, 1993; NEGRELLE, R. et al., 2005) foram
comprovadas cientificamente. Outra propriedade atribuida ao gengibre é seu
potencial antioxidante. A atividade antioxidante exercida pelo gingibre esta
relacionada com o elevado teor de compostos fenolicos totais (gingerol, gingerona e
shagaol) e flavonóides (BALACHANDRAN, KENTISH, & NAWSON, 2006). Durante
o metabolismo e outras atividade, há geração de radicais livres ou espécies reativas
de oxigênio (ROS), que muitas vezes ultrapassa a capacidade antioxidante do
sistema biológico dando origem à um estresse oxidativo, que desempenha papel no
desenvolvimento nas doenças cardiacas, doenças neurodegenerativas, câncer e no
processo de envelhecimento (ZHENG & WANG, 2001). Os antioxidante são
substâncias que retardam significantemente ou impedem a oxidação de
substâncias (HALLIWELL & GUTTERIDGE, 1989). O objetivo deste trabalho foi
analisar a atividade antioxidante do extrato de gengibre, e ainda através de
Anais da XIX Semana de Iniciação Científica
25 e 26 de setembro de 2014, UNICENTRO, Guarapuava –PR, ISSN – ISSN: 2238-7358
amostras biológicas, analisar a atividade das enzimas alanina aminotransferase e
aspartato aminotransferase bem como determinar a concentração de glicogênio
hepático.
Materiais e métodos
Este trabalho foi realizado no laboratório de Bioquímica do Departamento de
Ciências Biológicas da Universidade Estadual do Centro-Oeste do Paraná
(UNICENTRO) e foi aprovado pelo Comitê de Ética no Uso de Animas (CEUA) –
Campus Cedeteg (protocolo nº 322), e seguiu as normas do Colégio Brasileiro de
Experimentação Animal (COBEA). Desse modo, foram utilizados 23 ratos (Rattus
novervicus albinus), da linhagem Wistar, machos, com idade média de 50 dias
pesando em média 240g. Os animais foram divididos de maneira aleatória e
distribuídos em três grupos, sendo o Grupo Controle – GC - (7 animais), Grupo
tratado com extrato de Gengibre a 0,05g/mL – GG 0,05 - (8 animais) e Grupo
tratado com extrato de Gengibre a 0,1g/mL – GG 0,1 - (8 animais). Todos os grupos
de animais receberam água e ração ad libitum, durante 37 dias. O extrato do
gengibre foi administrado via oral, através de gavagem, sendo para o grupo
0,05g/mL a concentração de 0,208 µg gengibre/Kg e para o grupo 0,1g/mL a
concentração de 0,416 µg gengibre/Kg. A partir do extrato do gengibre etanólico e
metanólico analisou-se a reação com o radical DPPH, e a partir de amostras
biológicas foram avaliados a atividade das enzimas AST e ALT com kit comercial
Labtest e a determinação da concentração de glicogênio hepático foi realizada
segundo a metodologia (LO, RRUSSEL, & TAYLOR, 1970).
Resultados e Discussão
A análise da AST revelou que o extrato de gengibre promoveu aumento
significativo desta enzima nos grupos 0,05g/mL e 0,1g/mL em relação ao GC. E a
análise da ALT houve diferença significativa entre o 0,1g/mL em relação ao GC
(Figura 1).
ALT (U/L)
60
*
40
20
0
Controluma0,05g/mL
A concentração de glicogênio hepático apresentou
redução0,1g/mL
na ordem de
Figura 1 - Atividade da AST e ALT dos animais GC, 0,05g/mL e 0,1g/mL após 37 dias de tratamento. Os dados expressam a media ± desvio padrão.
64% dos animais tratados com extrato a 0,1g/mL em relação ao grupo controle
(tabela 1). Os dados foram obtidos a partir de curva de calibração de concentração
de glicose.
Tabela 1 – Determinação de glicogênio hepático dos animais. Valores
expressos em mg de glicogênio por grama de tecido fresco (fígado) dos
animais tratados com extrato hidroalcoólico de gengibre a 0,05g/mL e a
0,1g/mL.
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O extrato hidroalcoólico na concentração utilizada de 0,05g/mL e 0,1 g/mL
aumentou significantemente a atividade da enzima ALT e o extrato a 0,1 g/mL
aumentou significantemente a atividade da enzima AST. O glicogênio hepático
mostrou ter sido mobilizado numa ordem de 64% de glicogênio para a concentração
de 0,1g/mL em relação ao GC. A partir da reação de DPPH, pode-se observar que
o gengibre possui atividade antioxidante.
Agradecimentos
Fundação Araucária (PAIC-FA) e UNICENTRO pela bolsa de Iniciação Científica.
Referências
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