Pericardite Constritiva por Calcificao Idioptica do Pericrdio em

Propaganda
Pericardite Constritiva por Calcificação
Idiopática do Pericárdio em Adulto Jovem
Isabela Paixão Rodrigues1; Lucas Ferreira Theotonio dos Santos1; Tatiana
Siqueira Capucci2; Lucas Medeiros Araujo;2;
João Manoel Theotonio dos Santos1, 2
1. Instituto de Cardiologia do Vale do Paraíba - CARDIOVALE – São José dos Campos – SP .
2. Instituto Policlin de Ensino e Pesquisas – São José dos Campos – SP .
INTRODUÇÃO:
A pericardite constritiva é uma doença pouco frequente, e é decorrente do espessamento
do pericárdio, com restrição ao enchimento diastólico com consequente evolução para
queda do débito cardíaco.
OBJETIVOS:
Relatar o caso de um paciente de 36 anos, com pericardiopatia restritiva por intensa
calcificação pericárdica.
DELINEAMENTO e MÉTODO:
Revisão de Prontuário Médico.
RELATO DE CASO:
Paciente do sexo masculino, jovem, com queixa de taquicardia, sudorese noturna e
desconforto precordial, nas três semanas que antecederam a consulta; neste período houve
piora progressiva da sintomatologia. O exame físico mostrou palidez cutânea, pulsos
normais, coração com bulhas arrítmicase hipofonéticas, pulmõesnormais e abdome
normal.O eletrocardiograma mostrava ritmo sinusal com bloqueio de ramo direito, o
Ecocardiograma Transtorácicomostroudiscreto aumento dos átrios, movimento anômalodo
septo interventricular com discreto abaulamento para a esquerda, função sistólica
biventricular preservadas,disfunção diastólica do ventrículo esquerdo estágio II e severos
espessamento e calcificação pericárdica, com sinais de pericardite constritiva.A Tomografia
do Coração com Angiotomografia das Coronárias mostrou ausência de calcificações
coronarianas, ausência de redução luminal, intensa calcificação pericárdica com sinais de
pericardite constritiva.Os exames laboratoriais para doenças autoimunes e o Teste de
Mantouxforam negativos. Foi submetido a pericardectomia eo laudo histopatológico
mostrou processo inflamatório inespecífico.Teve ótima evolução pós-operatória.
CONCLUSÕES / CONSIDERAÇÕES FINAIS:
•
Tanto o ecocardiograma transtorácico quanto a Tomografia do Coração possuem alta
sensibilidade na detecção de doenças do pericárdio. A literatura mostra que apesar da
mortalidade cirúrgica da pericardectomia ser de aproximadamente 6% a 12% a evolução
pós-operatória é boa, com uma taxa de sobrevida sem sintomas graves de insuficiência
cardíaca em cinco anos de 80%. portanto, quando fazemos o diagnóstico da pericardite
constritiva de forma apropriada e indicamos a cirurgia imediata, podemos promover
melhora da qualidade de vida e reduçãoda mortalidade dessa grave doença.
BIBLIOGRAFIA:
1. Asher CR, Klein AL. Diastolic heart failure: restrictive cardiomyopathy, constrictive
pericarditis, and cardiac tamponade: clinical and echocardiographic evaluation. Cardiol Rev.
2002; 10 (4): 214-29. 2. Chinnaiyan KM, Leff CB, Marsalese DL. Constrictive pericarditis
versus restrictive cardiomyopathy: challenges in diagnosis and management. Cardiol Rev.
2004; 12 (6): 314-20. 3. Ling LH, Oh JK, Schaff HV, Danielson GK, Mahoney DW, Seward JB,
et al. Constrictive pericarditis in the modern era: evolving clinical spectrum and impact on
outcome after pericardiectomy. Circulation. 1999; 100 (13): 1380-6. 4. Himmelman RB, Lee E,
Schiller NB. Septal bounce, vena cava plethora, and pericardial adhesion: informative twodimensional echocardiographic signs in the diagnosis of pericardial constriction. J Am Soc
Echocardiogr. 1988; 1 (5): 333-40. 5. Masui T, Finck S, Higgins CB. Constrictive pericarditis
and restrictive cardiomyopathy: evaluation with MR imaging. Radiology. 1992; 182 (2): 36973. 6. Bertog SC, Thambidorai SK, Parakh K, Schoenhagen P, Ozduran V, Houghtaling PL, et
al. Constrictive pericarditis: etiology and cause-specific survival after pericardiectomy. J Am
Coll Cardiol. 2004; 43 (8): 1445-52.
Download