resumo das caracteristicas do medicamento

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IMMUCYST BCG Imunoterapêutico
RESUMO DAS CARACTERISTICAS DO MEDICAMENTO
1.
DENOMINAÇÃO DO MEDICAMENTO
IMMUCYST® BCG IMUNOTERAPÊUTICO
2.
COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA
ImmuCyst BCG IMUNOTERAPÊUTICO 27 mg
ImmuCyst BCG IMUNOTERAPÊUTICO 81 mg
Substância activa:
Frasco liofilizado:
Bacilo Calmette-Guérin (BCG)
81 mg
ImmuCyst contém 10,5 ± 8,7 x 108 unidades formadoras de colónias (CFU) por dose
de instilação ou frasco
3.
FORMA FARMACÊUTICA
Pó para suspensão injectável.
4.
INFORMAÇÕES CLÍNICAS
4.1.
Indicações terapêuticas
ImmuCyst está indicado para uso intravesical no tratamento e profilaxia do carcinoma
in situ, primário ou recorrente, da bexiga. Está ainda indicado para profilaxia após
ressecção transuretral de tumores papilares, primários ou recorrentes nos estadios Ta
e/ou T1, ou qualquer combinação destas indicações, independentemente da existência
de tratamentos intravesicais antecedentes.
4.2.
Posologia e modo de administração
Administração intravesical.
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IMMUCYST BCG Imunoterapêutico
Adultos e Idosos:
O tratamento intravesical de tumores da bexiga deverá ter início 7 a 14 dias após
biopsia ou ressecção transuretral e consiste numa terapêutica de indução e
manutenção.
Na terapêutica de indução realiza-se uma instilação
IMUNOTERAPÊUTICO semanalmente, durante 6 semanas.
de
ImmuCyst
BCG
Baseado em inúmeros estudos clínicos envolvendo ImmuCyst, constatou-se que após
o tratamento de indução, o tratamento de manutenção é altamente recomendável.
Este consiste na administração de uma dose aos 3, 6, 12, 18 e 24 meses posteriores
ao início do tratamento de indução.
Uma dose de ImmuCyst BCG IMUNOTERAPÊUTICO consiste numa instilação
intravesical de 81 mg (peso seco) de BCG.
Esta dose pode ser preparada por:
- Reconstituição de um frasco contendo 81 mg (peso seco) de BCG liofilizado
através da adição do conteúdo de um frasco de 3 ml soro fisiológico, estéril e livre
de conservantes;
- Reconstituição de 3 frascos contendo cada 27 mg (peso seco) de BCG liofilizado
pela adição de 3 frascos de 1 ml de soro fisiológico, estéril e livre de conservantes
O BCG reconstituído é posteriormente diluído em 50 ml de soro fisiológico, estéril e
livre de conservantes, perfazendo um volume de 53 ml para instilação.
Em condições assépticas, introduz-se um catéter na bexiga, drena-se a bexiga e
instilam-se lentamente e por gravidade os 53 ml de suspensão de ImmuCyst,
retirando finalmente o catéter. Durante a hora que se segue à instilação, o doente
deve manter-se deitado, permanecendo 15 minutos em cada uma das seguintes
posições: prono, supino e dos lados. Depois, o doente pode levantar-se, mas deve
reter a suspensão durante outros 60 minutos, ou seja, o período de contacto deve ser
de 2 horas.
Nem todos os doentes conseguem reter a suspensão durante 2 horas, pelo que, caso
necessário, deve ser permitida a micção. Ao fim de 2 horas todos os doentes devem
esvaziar a bexiga e receber instruções para aumentarem a ingestão de líquidos, desde
que não haja contra-indicação para tal. Nas 6 horas seguintes, é recomendável, por
motivos de segurança, que os doentes realizem a micção em posição sentada, de
modo a evitar a transmissão de BCG.
Os doentes poderão sentir algum ardor na micção após o tratamento.
Crianças:
Não existem dados que demonstrem a segurança e eficácia da utilização do
ImmuCyst neste grupo etário.
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IMMUCYST BCG Imunoterapêutico
4.3.
Contra-Indicações
Devido ao risco de infecção por BCG disseminada, o ImmuCyst está contra-indicado
em doentes:
•
Submetidos a ressecção transuretral ou cateterismo traumático da bexiga (associado a
hematúria) nos 7 a 14 dias anteriores ao início de ImmuCyst.
•
Que apresentem sintomas ou história prévia de reacção sistémica ao BCG (ver secção
4.8 – Efeitos adversos, Reacção sistémica ao BCG).
•
Com tuberculose activa, devido ao perigo de exacerbação da doença ou de
concomitante reacção sistémica ao BCG. A suspeita de tuberculose activa deve ser
excluída antes de iniciado o tratamento com ImmuCyst.
•
Com febre, até que a mesma esteja resolvida.
•
Com infecção das vias urinárias ou macrohematúria, até que as mesmas sejam
debeladas.
•
Imunodeprimidos, com imunodeficiências congénitas ou adquiridas, quer por doença
concorrente (ex.: SIDA, leucemia, linfoma), terapêutica do cancro (ex.: fármacos
citotóxicos, radiações) ou terapêutica imunossupressora (ex.: corticoesteróides)
4.4.
Advertências e precauções especiais de utilização
USO EXCLUSIVO HOSPITALAR
ImmuCyst contém micobactérias vivas atenuadas. O produto deve ser
manipulado como potencialmente infeccioso (ver 6.6. Instruções de utilização,
manipulação e eliminação).
Dever-se-ão tomar precauções durante a administração intravesical de ImmuCyst
para não introduzir contaminantes no tracto urinário e não traumatizar indevidamente a
mucosa urinária.
Recomenda-se um intervalo de 7 a 14 dias antes do início da administração
intravesical de ImmuCyst após ressecção transuretral, biópsia ou em casos de
cateterização traumática da bexiga (por exemplo: associada a hemorragia, ou a uma
possível colocação incorrecta do catéter). O tratamento seguinte deve prosseguir
como se não tivesse havido interrupção, o que significa que não deve omitir-se
nenhuma dose de ImmuCyst.
No caso de doentes com capacidade vesical reduzida, o risco de aumento de
contratura vesical deve ser ponderado antes de iniciar o tratamento com ImmuCyst.
O tratamento intravesical com ImmuCyst pode induzir uma sensibilidade à
tuberculina, o que pode falsear futuras interpretações do teste cutâneo à tuberculina
RCM Immucyst Jan 05
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IMMUCYST BCG Imunoterapêutico
no diagnóstico de infecções micobacterianas. Nesse caso, é conveniente determinar a
reacção cutânea à tuberculina antes da administração de ImmuCyst.
Deve aconselhar-se o doente a consultar o seu médico, caso haja um incremento da
sintomatologia, ou se o doente detectar qualquer dos seguintes sintomas:
Mais Comum
Sangue na urina
Febre e arrepios
Desejo frequente de urinar
Maior frequência urinária
Dor nas articulações
Náuseas e vómitos
Dor ao urinar
Menos frequentes
Tosse
Erupções cutâneas
Se durante o tratamento com ImmuCyst surgir infecção bacteriana do tracto urinário
(ITU), a instilação com ImmuCyst deve ser interrompida até à resolução da referida
entidade por duas razões: (1) o aparecimento de cistite em associação com a ITU
pode levar a efeitos secundários mais graves no tracto urinário e (2) os bacilos BCG
são sensíveis a uma grande variedade de antibióticos, pelo que a administração de
antimicrobianos pode diminuir a eficácia de ImmuCyst. Do mesmo modo, doentes a
fazerem terapêutica antimicrobiana para outras infecções devem ser cuidadosamente
avaliados no que se refere à possibilidade de diminuição da eficácia de ImmuCyst.
Foram reportados casos de infecção por BCG de aneurismas e próteses várias
(incluindo arteriais, cardíacas e articulares) após administração intravesical de BCG. O
risco de infecção ectópica por BCG não está determinado, mas considera-se baixo. No
entanto, o benefício da terapêutica com BCG deve ser cuidadosamente ponderado
face à possibilidade de infecção ectópica por BCG de aneurismas e próteses de
qualquer tipo.
Ver indicações para o tratamento da urina resultante do período após administração
na secção 6.6.
4.5.
Interacções medicamentosas e outras formas de interacção.
A terapêutica com imunossupressores e/ou mielossupressores (corticoesteróides,
antimetabólitos) e/ou radiações interfere com a resposta imunitária do ImmuCyst,
aumentando o risco de infecção disseminada por BCG.
A antibioterapia para outras infecções pode interferir com a eficácia do ImmuCyst.
No caso de doentes em cuja situação futura a terapêutica imunossupressiva seja
mandatória, como por exemplo em espera para transplante de órgãos e/ou miastenia
grave, a decisão de tratamento com ImmuCyst deve ser cuidadosamente ponderada.
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IMMUCYST BCG Imunoterapêutico
4.6.
Utilização em caso de gravidez e de lactação
Não se realizaram estudos de reprodução animal com ImmuCyst. Também não se
sabe se o ImmuCyst pode causar danos ao feto quando administrado a mulheres
grávidas ou se pode afectar a capacidade de reprodução. ImmuCyst só deverá ser
administrado a mulheres grávidas se for estritamente necessário.
Deve ser desaconselhada a gravidez aquando da terapêutica com ImmuCyst.
A mulher que amamenta, caso tenha uma infecção sistémica ao BCG, pode infectar a
criança.
Desconhece-se se o ImmuCyst é excretado no leite materno. Por isso, e tendo em
conta as potenciais reacções adversas graves do ImmuCyst na criança amamentada,
aconselha-se a descontinuação da amamentação, se pelas condições da mãe, seja
necessária a terapêutica com este agente.
4.7.
Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas
Não aplicável.
4.8.
Efeitos indesejáveis
A administração intravesical de BCG causa uma resposta inflamatória na bexiga que
surge frequentemente associada a febre transitória, hematúria, frequência urinária e
disúria. Estas reacções podem ser tomadas como provas de que o tratamento está a
produzir a resposta terapêutica desejada, mas recomenda-se uma monitorização
cuidadosa dos doentes.
Os sintomas de irritação vesical são evidentes em aproximadamente 50% dos doentes
a fazer terapêutica com ImmuCyst e iniciam-se tipicamente 4 a 6 horas após a
instilação, estendendo-se durante as 24 a 72 horas seguintes. Estes efeitos de
irritação surgem usualmente após a terceira instilação e tendem a tornar-se mais
severos após cada administração. O mecanismo subjacente ao aparecimento destes
efeitos não é ainda conhecido, mas é provável que seja de natureza imunológica. Não
há evidência de que uma redução na dose ou o uso de terapêutica anti-tuberculosa
transitória possa prevenir ou reduzir esta sintomatologia.
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IMMUCYST BCG Imunoterapêutico
Foram realizados dois estudos clínicos nos EUA onde se registaram as seguintes reacções
adversas, por ordem decrescente da sua ocorrência:
Sistema e Orgãos
Efeitos adversos
Sistema sanguíneo e linfático
Anemia
Coagulopatias, leucopenia,
trombocitopénia
< 5 a 21% dos casos
< 5% dos casos
Coração
Manifestações cardíacas (não
classificadas)
< 5% dos casos
Manifestações gerais e condições
no local de administração
Arrepios, Febre, Mal-estar
Fadiga, cefaleia
14 a 40% dos casos
< 5% dos casos
Sistema Gastrointestinal
Dor abdominal, obstipação,
diarreia, desordens hepáticas
Naúseas, vómitos
≤ 6% dos casos
Infecções e infestações
Infecções locais, sépsis
< 5% dos casos
Metabolismo e nutrição
Anorexia
3 a 11 % dos casos
Manifestações músculoesqueléticas, dos tecidos
conjuntivos e ósseas
Artralgia, mialgia, cãimbras,
dor no flanco
≤ 7% dos casos
Sistema Nervoso
Enxaqueca, tonturas
< 5% dos casos
Rim e vias urinárias
Disúria
Hematúria
Cistite
Frequência urinária
Urgência urinária
Toxicidade renal
Infecções do tracto urinário
Incontinência urinária
Contractura vesical
27 a 52% dos casos
19 a 39% dos casos
0 a 29% dos cases
14 a 40% dos cases
4 a 18% dos casos
≤10% dos casos
1 a 18% dos casos
≤ 6% dos casos
< 5% dos casos
Sistema reprodutor
Dor genital
0 a 10% dos casos
Sistema respiratório, torax e
mediastino
Infecção pulmonar
< 5% dos casos
Pele e tecidos subcutâneos
Erupção cutânea
< 5% dos casos
RCM Immucyst Jan 05
3 a 16% dos casos
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IMMUCYST BCG Imunoterapêutico
Adicionalmente, foram reportados os seguintes efeitos adversos:
Sistema e Órgãos
Manifestações oculares
Efeitos adversos
Uveíte, conjuntivite, iríte,
queratite, corioretinite
granulomatosa
Raramente
Manifestações músculoesqueléticas, dos tecidos
conjuntivos e ósseas
Artrite
Raramente
Infecções e infestações
Infecções por BCG
Sépsis causada por BCG
Raramente
Muito raramente
Sistema reprodutor
Prostatite granulomatosa,
epidídimo-orquite, obstrução
uretral e abcesso renal
Raramente
Sintomas oculares como, uveíte, conjuntivite, írite, queratite, coreoretinite
granulomatosa, isolados ou acompanhados de artrite ou artralgia, sintomas urinários
e/ou erupção cutânea, têm sido associados à administração intravesical de BCG,
sendo o risco de aparecimento elevado em doentes HLA-B27 positivos.
As ocorrências de erupção cutânea, artralgia e artrite migratória são raras e
consideradas como reacções alérgicas. O respectivo tratamento é referido em
Tratamento de efeitos adversos.
Adicionalmente têm sido reportadas infecções por BCG no pulmão, fígado, osso,
medula óssea, rins, nódulos linfáticos, peritoneu e próstata. Algumas infecções do
tracto genito-urinário masculino (orquite/epididimite) mostraram ser refractárias à
terapêutica anti-tuberculosa múltipla, sendo necessária a orquiectomia.
Muito raramente ocorrem infecções graves como complicações da administração
intravesical de BCG. É o caso de sépsis disseminada, situação muito rara e associada
a uma elevada mortalidade.
Reacções sistémicas graves ao BCG foram relatadas em casos < 1%.
Reacção sistémica ao BCG
A reacção sistémica ao BCG é uma doença granulomatosa sistémica que pode
aparecer (embora raramente) subsequentemente à terapêutica com BCG. Porém,
como normalmente é difícil isolar os bacilos nos órgãos afectados, a reacção
inflamatória versus processo infeccioso é, muitas vezes, pouco clara, daí o termo
reacção sistémica.
RCM Immucyst Jan 05
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IMMUCYST BCG Imunoterapêutico
Baseados na experiência clínica com BCG, a reacção sistémica pode ser definida
como um dos seguintes sinais, se nenhuma outra etiologia for detectada: Febre ≥
39,5ºC com duração ≥ 12 horas; febre ≥ 38,5º C com duração ≥ 48 horas; pneumonia;
hepatite; entidade patológica alheia ao tracto genito-urinário com inflamação
granulomatosa na biópsia; ou os sinais clássicos de sépsis, incluindo colapso
circulatório, síndrome de dificuldade respiratória do adulto (ARDS) e coagulação
intravascular disseminada.
A reacção sistémica ao BCG, embora rara, tem maior possibilidade de ocorrer caso o
BCG seja administrado quer na semana a seguir à ressecção transuretral, quer após
cateterismo traumático da bexiga, associado a hematúria.
O tratamento apropriado à reacção sistémica ao BCG é abordado em Tratamento dos
efeitos adversos.
Tratamento dos efeitos adversos
O quadro seguinte resume o tratamento recomendado nos efeitos adversos ao
ImmuCyst.
Caso o doente desenvolva febre persistente ou uma súbita febre elevada, consistente
com uma infecção por BCG, as instilações devem ser permanentemente
descontinuadas, o doente deve ser imediatamente avaliado e tratada a infecção.
O tratamento com dois ou mais anti-micobacterianos deverá ser iniciado
imediatamente enquanto o diagnóstico, incluindo as culturas, decorre. Culturas
negativas não eliminam necessariamente a hipótese de infecção.
A terapêutica anti-tuberculosa inclui geralmente a Isoniazida (300 mg/dia), a
Rifampicina (600 mg/dia) e o Etambutol (1000 mg/dia).
Na presença de reacção sistémica à BCG, a adição de corticoesteróides de curt
duração (por exemplo, a Prednisolona) poderá ser considerada, pois foram
demonstrados os seus benefícios em 5 doentes e em modelos animais estudados. O
ImmuCyst é sensível à maioria dos agentes anti-tuberculosos utilizados (Isoniazida,
Rifampicina e Etambutol). O ImmuCyst não é sensível à Pirazinamida.
Efeitos adversos agudos, irritantes e localizados podem ser acompanhados de
manifestações sistémicas consistentes com um síndroma gripal.
Os efeitos adversos sistémicos com 1 a 2 dias de duração, tais como o mal-estar, a
febre e os arrepios reflectem, frequentemente, uma reacção de hipersensibilidade. No
entanto, sintomas como febre ≥ 38,5ºC, ou inflamação aguda localizada, como é o
caso da epididimite, prostatite ou orquite, cuja persistência seja superior a 2 a 3 dias,
sugerem uma infecção activa, sendo necessária a avaliação das possíveis
complicações.
RCM Immucyst Jan 05
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IMMUCYST BCG Imunoterapêutico
SINTOMAS, SINAIS OU SÍNDROMES
TRATAMENTO
1) Sintomas de irritação vesical com duração
< 48 horas
Tratamento sintomático. Por exemplo: Cloridrato
de fenazopiridina, brometo de propantelina,
cloreto de oxibutina, paracetamol.
2) Sintomas de irritação vesical com duração
≥ 48 horas
Tratamento sintomático. Adiar a administração de
ImmuCyst
até
à
completa
resolução
sintomatológica. Caso aquela não ocorra no
prazo de uma semana, administrar Isoniazida
(INH) 300 mg/dia durante 15 dias.
3) ITU concomitante
Adiar o tratamento com ImmuCyst até completar
o tratamento antimicrobiano e que as uro-culturas
sejam negativas.
4) Outros efeitos adversos do tracto genito- Interromper ImmuCyst. Administrar INH, 300
urinário: prostatite granulomatosa, epidídimo- mg/dia e rifampicina 600 mg/dia, durante 3 a 6
orquite, obstrução ureteral ou abcesso renal.
meses.
5) Febre < 38,5ºC, de duração < 48 horas.
6) Erupção cutânea,
migratória
artralgias
ou
Tratamento sintomático com paracetamol.
artrite
Anti-histamínicos ou AINEs. Caso não haja
resposta interromper ImmuCyst e administrar
INH 300 mg/dia, durante 3 meses.
Interromper
permanentemente
ImmuCyst.
7) Reacção sistémica ao BCG sem sinais de
Proceder a terapêutica anti-tuberculosa, durante 6
choque séptico
meses.
Igual ao anterior (7). Adicionar eventual
8) Reacção sistémica ao BCG com sinais de
terapêutica corticosteróide de alta dosagem e
choque séptico
curta duração.
9) Sintomas Oculares
4.9.
Consultar o
específico.
oftalmologista
para
tratamento
Sobredosagem
No caso de sobredosagem, os doentes deverão ser cautelosamente estudados e os
efeitos adversos tratados de acordo com as recomendações do Tratamento dos
efeitos adversos.
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IMMUCYST BCG Imunoterapêutico
5.
PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS
5.1.
Propriedades farmacodinâmicas
Grupo Farmaco-Terapêutico: XVII-3-a. Antineoplásicos e Imunomoduladores
Classificação ATC: L03AX03
Quando administrado intravesicalmente como terapêutica para o cancro, o BCG
promove uma inflamação local aguda e uma reacção granulomatosa sub-aguda, com
infiltração de macrófagos e leucócitos no urotélio e na lâmina própria da bexiga. Os
efeitos inflamatórios locais estão associados a uma eliminação ou redução das
lesões cancerosas superficiais da bexiga. O mecanismo de acção exacto é
desconhecido, mas o efeito anti-tumoral parece ser do tipo linfócito-T dependente.
Demonstrou-se que estimula o sistema retículo-endotelial evidenciando-se pela
hiperplasia de macrófagos no fígado e no baço, pelo aumento da actividade fagocítica
e pelo aumento da resistência inespecífica às infecções bacterianas e víricas.
No Homem, a administração do BCG tem sido eficaz no tratamento do melanoma, do
carcinoma de células basais e do carcinoma cutâneo in situ, de células escamosas. A
imunoterapia com BCG parece mais eficaz quando a carga tumoral é baixa e é
possível aplicar BCG directamente no tumor. O cancro superficial da bexiga, devido à
sua antigenicidade, acessibilidade e tendência para recidiva, é o candidato ideal para
esta terapia. O mecanismo exacto da acção do BCG na bexiga não é bem conhecido,
contudo quando se instila BCG na bexiga, produz-se uma notável resposta
inflamatória na maioria dos indivíduos. Não se sabe ainda se esta resposta produz
todo ou só parte do efeito anti-tumoral.
Embora não esteja claramente demonstrado um benefício em termos de sobrevida na
população tratada com ImmuCyst, os bons resultados obtidos na imunoterapia
intravesical com BCG, pensa-se que são devidos:
1. As soluções concentradas dos microrganismos estão em contacto com a mucosa
que tem o tumor durante períodos de tempo relativamente extensos.
2. A possibilidade de recidiva pode reduzir-se pela destruição das células tumorais
remanescentes depois da ressecção.
3. O carcinoma residual pode ser eliminado por esta destruição.
4. Pode-se impedir o desenvolvimento de lesões que evolucionam até lesões
neoplásicas.
5. A toxicidade provavelmente é mínima devido ao método de administração local.
6. A cistectomia ou a quimioterapia sistémica pode prevenir-se ou atrasar-se.
A imunoterapia com BCG utiliza-se em:
1.
Carcinoma de células de transição da bexiga
RCM Immucyst Jan 05
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IMMUCYST BCG Imunoterapêutico
Embora a RESSECÇÃO TRANSURETRAL constitua o tratamento primário do
tumor papilar superficial, é sabido que este tipo de tumores apresentam tendência
para a recorrência e progressão. Isto é particularmente verdade quando existem
dois ou mais tumores papilares co-existentes, quando já houver recorrência dos
mesmos ou quando há carcinoma in situ associado. Nestas circunstâncias, o
ImmuCyst tem mostrado um aumento significativo no tempo de recorrência,
quando administrado intravesicalmente após ressecção transuretral com um
objectivo profiláctico.
a)
Como terapia coadjuvante
A viabilidade da imunoterapia intravesical com BCG para a preservação da
recidiva do carcinoma superficial de células de transição na bexiga foi
estabelecida por Morales e colaboradores. Os ensaios randomizados posteriores
avaliaram o BCG em doentes com alto risco de recidiva.
Comparada com a terapia cirúrgica padrão, cujas taxas de recidiva estão entre 42
a 50%, a preservação com o BCG produz taxas de recidiva de 17 a 29% em
períodos até 3 anos. Com o BCG os resultados são superiores aos obtidos com a
quimioterapia intravesical convencional. Brosman obtém uma taxa de recidiva de
0% com a imunoterapia BCG num tempo médio de 18 a 21 meses.
Os investigadores de Southwest Oncology Group (SWOG), numa comparação
prospectiva da BCG Connaught e o Cloridrato de doxorrubicina, observam uma
eficácia superior da BCG sobre o prolongamento do intervalo sem recidiva em
doentes com cancro superficial vesical. Os resultados, até à data, dão uma média
de sobrevivência sem recidiva de 24,2 meses para o grupo BCG e de 11,3 meses
para o grupo doxorrubicina.
b)
Tratamento do tumor residual
Os estudos sobre a eficácia da imunoterapia BCG em pessoas com tumores
papilares residuais, depois da ressecção (citologia urinária persistentemente
positiva e/ou evidência cistoscópica) dão taxas de resposta completa de
aproximadamente 58%.
2.
Carcinoma in situ da bexiga
O carcinoma in situ (CIS) pode ocorrer só ou associado a tumores papilares das
células de transição, particularmente os de alto grau. O carcinoma in situ pode ser
multifocal e pode também estar associado a lesões displásicas pré-malignas
multifocais.
Embora a ressecção transuretral seja o tratamento primário para o carcinoma in
situ, não é frequentemente curativo: algumas lesões podem ser indetectáveis, não
passíveis de ressecção transuretral ou ambas as situações. Além disto, mesmo
tratando-se de ressecção transuretral curativa, o carcinoma in situ está associado
a uma elevada incidência de recorrências e à recorrência de lesões de estadios
mais avançados, incluindo o tumor invasivo da camada muscular da bexiga .
RCM Immucyst Jan 05
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IMMUCYST BCG Imunoterapêutico
O BCG intravesical foi estudado e estabelecido como uma alternativa ao
tratamento cirúrgico radical e como profilaxia para a recorrência do carcinoma in
situ.
O estudo piloto de Morales demonstrou respostas completas em 71% dos doentes
que não eram candidatos à cistectomia.
Outros ensaios clínicos proporcionaram evidências adicionais, segundo os quais a
maioria dos doentes com beneficiariam de um ciclo de imunoterapia BCG
intravesical.
A taxa de resposta completa em doentes com carcinoma in situ é de 50 a 72%. Os
resultados preliminares de um ensaio com BCG Connaught confirmaram estes
achados, uma vez que obtiveram uma taxa de resposta completa de 69% para
doentes com carcinoma in situ, sem tumores de células de transição associados.
5.2.
Propriedades farmacocinéticas
O BCG foi administrado por via intravesical e, simultaneamente, por via percutânea.
Observou-se a presença de bactérias ácido-resistentes na urina. Noutros sítios, as
culturas para bacilos ácido-resistentes foram negativas, inclusive em casos de
suspeita de infecção sistémica por BCG. Os bacilos parecem ficar limitados ao local da
administração.
5.3.
Dados de segurança pré-clínica
Em modelos de ratos, com intuito de investigar o tratamento à reacção sistémica por
BCG, aqueles animais foram submetidos à administração de uma dose de BCG
intraperitonealmente. Subsequentemente, foi efectuada uma segunda dose
intraperitoneal para determinar a dose mínima letal de BCG na ausência de qualquer
tratamento. Estes animais desenvolveram aquele tipo de reacções muito rapidamente
e esses animais afectados respondem aos corticosteróides (prednisolona). Estas
observações indicam que existe um componente de hipersensibilidade de reacção
sistémica do BCG.
O modelo de ratos indicou que a adição da prednisolona ao tratamento tradicional com
tuberculostáticos (isoniazida, rifampicina), no tratamento de reacção sistémica ao
BCG, permitem uma significativa vantagem na sobrevida face ao tratamento sem
prednisolona.
RCM Immucyst Jan 05
12
IMMUCYST BCG Imunoterapêutico
6.
INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS
6.1.
Lista dos excipientes
Liofilizado:
6.2.
Glutamato monossódico monohidratado
Incompatibilidades
Os bacilos Calmette Guérin são sensíveis a uma grande variedade de antibióticos.
Deste modo, a terapêutica antimicrobiana pode diminuir a eficácia de ImmuCyst.
Assim sendo, doentes nesta situação devem ser avaliados clinicamente perante tal
possibilidade.
6.3.
Prazo de validade
Armazenado à temperatura de 4ºC, a estabilidade de ImmuCyst é de 2 anos
6.4.
Precauções particulares de conservação
Guardar de 2ºC a 8ºC.
ImmuCyst não deve ser exposto à luz solar directa ou indirecta em momento algum. A
exposição à luz artificial deve reduzir-se ao mínimo.
6.5.
Natureza e conteúdo do recipiente
ImmuCyst contém como princípio activo organismos BCG liofilizados num frasco de
cor âmbar, fechado com rolha de borracha e cápsula de alumínio.
6.6.
Instruções de utilização, manipulação e eliminação
Reconstituição do Produto Liofilizado
Não retirar as rolhas de borracha dos frascos
Para Administração unicamente
Subcutânea ou Intravenosa.
RCM Immucyst Jan 05
Intravesical.
Não
administrar
por
via
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IMMUCYST BCG Imunoterapêutico
Reconstituir ImmuCyst imediatamente antes do seu uso, mediante técnicas
assépticas e em área bem ventilada.
O ImmuCyst contém micobactérias vivas atenuadas. Deve ser manipulado como
material infeccioso.
Para evitar contaminação cruzada, não preparar fármacos para administração
parentérica na mesma área que o ImmuCyst. Recomenda-se a preparação do
ImmuCyst numa área separada. Têm sido identificadas infecções nosocomiais em
doentes imunodeprimidos aos quais foram administrados fármacos por via parentérica
preparados na mesma área que o ImmuCyst.
Do mesmo modo, ImmuCyst não deve ser preparado em câmara de fluxo de ar
laminar.
As pessoas que manipulam o produto devem usar máscara, protecção para os olhos e
luvas para evitar a inalação ou exposição inadvertida aos organismos BCG.
ImmuCyst não deve ser manipulado por pessoas com deficiência imunológica.
Não retirar a rolha de borracha do frasco. Aplicar na superfície da rolha de borracha do
frascos de BCG, um penso de algodão estéril humedecido com um antisséptico
apropriado. Deixar o antisséptico actuar pelo menos 5 minutos.
ImmuCyst BCG IMUNOTERAPÊUTICO 81 mg Injectar 3 ml de soro fisiológico, estéril
e livre de conservantes no frasco de Immucyst. Agitar suavemente o frasco até obter
uma suspensão homogénea e fina. Evitar a formação de espuma, porque esta
impediria a retirada da dose adequada. Retirar do frasco todo o conteúdo do material
reconstituído.
Diluir novamente o material reconstituído do frasco (1 dose) em 50 ml suplementares
de soro fisiológico, estéril e livre de conservantes, perfazendo o volume de 53 ml.
ImmuCyst BCG IMUNOTERAPÊUTICO 27 mg: Injectar 1 ml de soro fisiológico, estéril
e livre de conservantes no frasco de Immucyst. Agitar suavemente o frasco até obter
uma suspensão homogénea e fina. Evitar a formação de espuma, porque esta
impediria a retirada da dose adequada. Retirar do frasco todo o conteúdo do material
reconstituído.
Diluir novamente o material reconstituído dos 3 frascos (1 dose) em 50 ml
suplementares de soro fisiológico, estéril e livre de conservantes, perfazendo o volume
de 53 ml.
O produto deve ser utilizado imediatamente após a sua reconstituição.
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IMMUCYST BCG Imunoterapêutico
Caso não seja possível a administração logo após a reconstituição, o intervalo de
tempo entre ambas não deve ser superior a duas horas, com risco de ocorrência de
uma diminuição da viabilidade do BCG.
Qualquer produto reconstituído que apresente floculação ou partículas agregadas, que
não possam ser dispersas por agitação suave, não deve ser utilizado.
O produto reconstituído não deve ser exposto à luz solar directa ou indirecta. A
exposição à luz artificial deve ser minimizada tanto quanto possível.
Depois da administração, o produto não usado, material de embalagem, bem como
todo o equipamento e os materiais utilizados para a instilação do produto na bexiga
(por ex.: seringas, catéteres) devem ser colocados em contentores para resíduos
infecciosos e eliminados de acordo com as normas aplicáveis a resíduos bioperigosos.
A urina resultante do período de seis horas após a administração de ImmuCyst deve
ser desinfectada com igual volume de solução de hipoclorito de sódio a 5% durante 15
minutos antes de ser eliminada.
7.
TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Laboratórios INIBSA, S.A.
SINTRA BUSINESS PARK
Zona Industrial da Abrunheira, Edifício 1 – 2ºI
2710 - 089 Sintra
8.
NÚMEROS DE AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
5318886 – ImmuCyst BCG Imunoterapêutico 81 mg
5318985 – ImmuCyst BCG Imunoterapêutico 27 mg
9.
DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO
MERCADO
20/05/1992
10.
DATA DA REVISÃO DO TEXTO
Janeiro/2005
RCM Immucyst Jan 05
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