Interior vai injetar US$ 633 bi na economia nacional em

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Interior vai injetar US$ 633 bi na economia nacional
em 2020
Fonte: DCI Online
SÃO PAULO
Com o resultado dos indicadores econômicos da semana passada, principalmente o Índice de Atividade Econômica do
Banco Central (IBC-Br) divulgado na última sexta-feira (15), as expectativas do mercado e até dos empresários devem
piorar. Contudo, segundo estudo, se houver uma política de investimentos no interior do Brasil, as cidades deste local
podem ser um novo vetor do aumento do Produto Interno Bruto (PIB).
O levantamento realizado pelo The Boston Consulting Group (BCG) - chamado Brazil's Next Consumer Frontier:
Capturing Growth in the Rising Interior - mostra que as famílias de classe média e afluentes do interior irão representar
um mercado de US$ 633 bilhões em 2020, mais da metade do crescimento do consumo no País neste período.
Por conta dessas famílias consumirem menos em determinadas categorias, como de serviços de telefonia celular póspaga e em viagens aéreas, o fato de terem, atualmente, 20% a mais de renda disponível do que em grandes cidades do
País, revela esse potencial, e, ao mesmo tempo, falhas no atendimento a este mercado, conforme aponta Olavo Cunha,
sócio do BCG responsável pelas práticas de Bens de Consumo e de Marketing e Vendas no Brasil e coautor do estudo.
"Esse mercado ainda não é amplamente atendido por empresas nacionais e estrangeiras, cuja gestão ainda tende a
investir mais em cidades grandes ou mais desenvolvidas", afirma.
Pontos de venda são uma das razões dos consumidores no interior gastarem menos em determinados produtos. Cerca
de 1.400 cidades do interior com mais de cinco mil famílias não têm a presença de supermercados que pertencem à
cadeia dos 20 maiores do Brasil, por exemplo, segundo o estudo.
Além disso, infraestrutura inadequada também é um fator, o que explica o menor consumo de viagens aéreas, já que os
mais importantes aeroportos são localizados nas grandes capitais. E também por causa da infraestrutura, as famílias do
interior são mais hesitantes em comprar produtos pela internet, pelo tempo que a entrega demora.
"Para se tornar líder no mercado no interior, a maioria das empresas deve aumentar substancialmente sua presença
física e online. Elas também precisam fazer um trabalho melhor para se adaptar às necessidades dos consumidores e
seus padrões de consumo", sugere Masao Ukon, sócio do BCG e coautor do levantamento, o qual foram entrevistadas
3.600 pessoas nas capitais, regiões metropolitanas e cidades do interior de todas as regiões.
Atualmente
Por outro lado, no curto prazo, especialistas acreditam que, como este ano é de eleições, nada deve ser feito para
aumentar o ritmo da economia. "Para reverter esse quadro, o governo eleito deve, já neste ano, mostrar um plano e
sua equipe econômica. Isso é que o mercado e as agências de rating esperam para tomar uma decisão sobre a nota
soberana do País", aponta o analista da SLW Corretora, Pedro Galdi.
De qualquer forma, ele acredita que o resultado do IBC-Br deve reduzir as previsões para o PIB no acumulado do ano.
"Estamos com a previsão de alta de 1,4% em 2014, mas isso deve abaixar", diz.
O Banco Central divulgou que no primeiro semestre apresentou ligeira alta de 0,08% na comparação com o mesmo
período do ano passado, na série com ajuste sazonal. No segundo trimestre houve queda de 1,20% no trimestre de abril
a junho de 2014 na comparação com os meses de janeiro a março. E se o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE) confirmar essa diminuição, e ainda revisar para baixo o resultado primeiro trimestre, conforme é esperado, serão
duas retrações consecutivas, o que significa recessão técnica.
http://www.fcdl-sc.org.br/
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15/06/2017
Em junho, o IBC-Br recuou 1,48% ante o mês anterior, na série com ajuste sazonal, ao passar 145,59 pontos para
143,43 pontos. Neste ano, somente na passagem de janeiro para dezembro houve alta, nos meses seguintes,
ocorreram quedas.
Por meio de nota, os economistas do Itaú Unibanco, Irineu de Carvalho Filho e Rodrigo Miyamoto, comentam que antes
mesmo da divulgação do IBC-Br, por causa do recuo de 3,6% no varejo ampliado em junho - dados do IBGE -, maior do
que esperavam, somado ao efeitos temporários da Copa do Mundo, eles projetam retração de 0,4% da economia no
segundo trimestre, ante 0,3% esperados no última divulgação da instituição. "Para julho, esperamos uma recuperação
modesta para o nosso PIB mensal, que deve ser ainda insuficiente para reverter a queda do mês anterior", afirmam.
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