Câncer de bexiga e o uso de BCG O câncer na bexiga

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Câncer de bexiga e o uso de BCG
O câncer na bexiga se desenvolve a partir da multiplicação rápida de células deficientes na parede
do órgão. É a neoplasia mais comum do sistema urinário e é duas vezes mais freqüentes em
homens.
O principal exame que detecta o tumor é realizado a partir de um equipamento chamado
cistoscópio, o qual consiste em um tubo especial com fibra óptica que alcança o interior da bexiga
e permite ao especialista olhar detalhadamente toda a parede interna do órgão.
O câncer de bexiga pode apresentar-se localmente ou com metástases. Quando é diagnosticado
localmente as opções de tratamento giram em torno de cirurgia , radioterapia, quimioterapia ou
sucessão entre estas. Os principais sítios de metástases são os pulmões e ossos. Nestes casos a
quimioterapia sistêmica é o tratamento mais adequado.
Sintomas Mais Comuns
- Sangramento ao urinar
- Irritação vesical (como cistite)
- Dor ao urinar
Fatores Predisponentes
- Contato com substâncias que contem anilina ( principalmente tintas ) e solventes;
- O fumo pode desencadear o problema, devido ao alcatrão que contém.
Tratamento
Muitas vezes, esse tumor é retirado durante o exame de cistoscopia. Em alguns casos, o
tratamento exige quimioterapia ou imunoterapia tópica, cuja função é impedir crescimento das
células doentes.
O medicamento de escolha para o tratamento do carcinoma "in situ", ou seja, carcinoma
que invade apenas superficialmente a parede da bexiga, é a BCG.
A BCG imunoterapêutica é proveniente do cultivo da cepa Connaught do Bacilo Calmette-Guérin,
derivada de uma cepa atenuada do bacilo da tuberculose bovina, Mycobacterium bovis. Este ativoBCG é o mesmo utilizado para imunização contra tuberculose. Os bacilos encontram-se em forma
Câncer de bexiga e o uso de BCG - Daniéli Neves (01-12-2008)
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de pó liofilizado e são viáveis após a reconstituição em diluição em soro fisiológico. Por ser o
bacilo atenuado da tuberculose, o manejo deste medicamento requer alguns cuidados especiais. A
manipulação deve ser feita em capela de fluxo laminar, de modo que o medicamento bem como o
manipulador sejam protegidos. Preconiza-se um intervalo de 30 minutos entre a manipulação de
uma droga e outra, a fim de impedir contaminação cruzada entre os preparos das diluições.
A aplicação da BCG é intravesical (através de uma sonda dentro da bexiga). Após a aplicação, o
medicamento deve permanecer no interior da bexiga por aproximadamente duas horas, pois
durante a primeira hora o paciente permanecerá deitado alterando a posição a fim de que toda a
parede da bexiga seja atingida, e na hora seguinte o mesmo deverá permanecer em observação e
tentar reter a urina. A ação da medicação promove uma resposta inflamatória o que resulta na
eliminação ou redução das lesões cancerosas superficiais. Esta ação está freqüentemente
associada ao aparecimento de febre transitória, sangue na urina, aumento na freqüência urinária e
dificuldade para urinar. Estas reações podem indicar que o tratamento está provocando os efeitos
desejáveis, entretanto deve-se ficar alerta para a intensidade e duração dos sintomas e o médico
deverá ser comunicado se ocorrer aumento destes sintomas.
Como é proveniente de uma cepa atenuada da tuberculose, os pacientes submetidos ao
tratamento com BCG devem estar atentos a algumas informações importantes: não podem estar
fazendo uso de imunossupressores; não estarem com o sistema imunológico deficiente; não
apresentarem tuberculose ativa e em caso de febre a mesma deve ser esclarecida e tratada antes
da administração da medicação.
O tratamento do câncer de bexiga com a BCG requer acompanhamento de toda a equipe e o
paciente e familiares devem ser devidamente orientados para os cuidados pós aplicação da
medicação principalmente ao que se refere às excretas urinárias do paciente.
Câncer de bexiga e o uso de BCG - Daniéli Neves (01-12-2008)
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