Endocardite infecciosa em valva aórtica de rápida progressão com substituição por prótese metálica no Sudoeste da Amazônia Fernanda G. C. Figueiredo1; Cristiane X. Dias1; Amanda Alexandre Melo1; João Roberto Gemelli2; Carlos B. Zeller3 1 Faculdade São Lucas, Rua Alexandre Guimarães, 1927, Areal, 76805-846 Porto Velho, RO, 2 Brasil. Email: [email protected]. Hospital e Pronto-socorro João Paulo II, Av. 3 Campos Sales, 4287,Nova Floresta, 76807-005 Porto Velho, RO, Brasil. Centro de Medicina Nuclear de Rondônia, Rua Quintino Bocaiúva, 1850, Embratel, 76804-076 Porto Velho, RO, Brasil. A endocardite cursa com infecção de estruturas proteicas cardíacas e pode evoluir para óbito. Os patógenos mais frequentes são Staphylococcus aureus e Streptococcus viridans. O objetivo do trabalho é relatar um caso de endocardite infecciosa severa e rapidamente progressiva com necessidade de substituição valvar. FDP, 22 anos, sem comorbidades. Foi submetido a tratamento meses atrás. Queixava-se de dor em membro superior esquerdo, astenia, febre diária não aferida, palpitações e dor retroesternal. Foi atendido em diversas unidades de saúde, sendo diagnosticado com amigdalite e tratado com amoxacilina. Dois meses após o início do quadro, apresentou dor em hipocôndrio esquerdo. Realizou tomografia computadorizada de abdome total que evidenciou êmbolo séptico e abscesso esplênico. Três meses após os primeiros sintomas, foi então avaliado por cardiologista com agravamento da dispneia e perda ponderal de 20kg, sendo constatado sopro diastólico aórtico. A hipótese diagnóstica foi de endocardite infecciosa com embolização séptica. Foi internado em UTI e encaminhado para ecocardiograma transtorácico e cateterismo cardíaco. Os exames confirmaram vegetação em valva aórtica bicúspide e insuficiência aórtica acentuada. Quinze dias depois realizou cirurgia de substituição da valva aórtica por prótese metálica em razão de insuficiência cardíaca CF IV refratária às medidas clínicas, apresentando boa evolução pós-operatória. O diagnóstico de endocardite infecciosa envolve os critérios de Duke. A suspeita aumenta em casos de febre com sopro regurgitante, sinais de insuficiência cardíaca ou eventos embólicos periféricos. Entre os fatores predisponentes está a valva aórtica bicúspide. O maior risco para complicações e óbito é dos portadores de vegetações em posição aórtica. O diagnóstico e a intervenção precoce com o tratamento imediato são cruciais. A escolha da prótese metálica é relacionada ao fato de o paciente ter maior expectativa de vida e da posição aórtica da valva. Palavras-chave: endocardite infecciosa, Streptococcus viridans, Staphylococcus aureus, insuficiência cardíaca, valva aórtica bicúspide.