47 MARKETING DIGITAL COM A METODOLOGIA DOS 8Ps E SUAS IMPLICAÇÕES NA ESTRATÉGIA COMPETITIVA DE EMPREENDIMENTOS Olívio de Sousa Santos Júnior Orlando Moraes Costa Carlos David Rocha de Souza RESUMO Mais do que nunca, é preciso saber mostrar com efetividade os atrativos de um empreendimento, seduzindo e despertando o interesse dos potenciais consumidores. Por isso, o Marketing digital, com todo seus recursos na internet, está se tornando crescentemente importante atualmente para as organizações, muitas vezes não necessariamente por uma questão de tecnologia, mas principalmente pela mudança no comportamento do consumidor, que está utilizando cada vez mais a Internet como meio para realizar negócios, estabelecer relacionamentos, ter entretenimento, para buscar informações e opiniões acerca de algum tema de seu interesse para a tomada de decisões, dentre outras finalidades. Dessa forma, nesse trabalho, mostramos que se pode aplicar a metodologia denominada 8P's, a qual aborda todas as etapas fundamentais para alcançar resultados positivos com a metodologia em empreendimentos de diversos portes e finalidades. PALAVRAS-CHAVE: 1-Empreendimentos; 2-Vantagem Competitiva; 3-Marketing Digital ABSTRACT More than ever, you need to know to show the effectiveness of an attractive enterprise, enticing and arousing the interest of potential consumers. Therefore, the digital marketing, with all its resources on the Internet, is becoming increasingly important for organizations today, often not necessarily a matter of technology, but mainly by the change in consumer behavior, which is increasingly using the Internet as a means to conduct business, build relationships, be entertained, to seek information and opinions about any topic of interest to decision-making, among other purposes. Thus, in this work, we show that one can apply the methodology called 8P's, which addresses all the key steps to achieve positive with methodology in enterprises of all sizes and purposes. KEYWORDS: 1-Enterprise; 2-Competitive Advantage; 3-Digital Marketing. 1. INTRODUÇÃO Atualmente, observa-se que a TI impõe para as empresas uma profunda alteração em novos modelos de divulgação e de comercialização da sua cadeia produtiva. A causa desta alteração: a Internet. Observam-se, entre outras, três importantes ferramentas utilizadas pelos canais de distribuição: a) Websites; b) Correio Eletrônico e c) Redes Sociais. Tais recursos têm sido empregados para a divulgação de organizações e seus atrativos, para compartilhar informações, para a comercialização de produtos e/ou serviços, dentre outras finalidades. Para Chiavenato (2003), as mudanças causadas, principalmente pela tecnologia da informação, têm como consequência, profundas transformações nas relações entre as pessoas, dentro e fora das organizações e indicam que, para as organizações sobreviverem, precisam ter pessoas inteligentes, capazes de inovarem e de se atualizarem, sempre buscando novos métodos e competências, a fim de contribuírem para alcançar os objetivos organizacionais e para viabilizar o acompanhamento das novas tendências de mercado. A forma inteligente de lidar com a informação e utilizá-la de maneira On-line http://revista.univar.edu.br/ ISSN 1984-431X pronta e rentável permite criar ou usar novas soluções e produtos. Muitas empresas desenvolvem suas estratégias apenas com referências em informações obtidas através de experiências anteriores, conforme destaca MALHOTRA (2001). A estratégia de uma empresa tem que ser traçada com os olhos voltados para o futuro, ou seja, para perspectivas futuras, para onde a empresa deseja estar, como deseja chegar e o que precisará fazer para chegar. Uma estratégia somente será competitiva se tiver sustentabilidade frente a seus objetivos e a seus concorrentes durante longo período de tempo. Por isso, existe o termo "estratégia competitiva", que atualmente se refere a como uma empresa decide competir em um mercado em resposta às estratégias, inovações e posições de seus competidores de modo a ganhar uma vantagem competitiva sustentável. Segundo Porter (1992), estratégia competitiva é a busca de uma posição competitiva favorável em uma atividade, ou seja, visa estabelecer uma posição lucrativa e sustentável contra as forças que determinam a concorrência em que ela está inserida. Ao autor afirma que uma empresa pode modelar a atratividade de uma atividade e sua posição competitiva. Entendemos então que as organizações precisam Interdisciplinar: Revista Eletrônica da Univar (2011) nº. 7 p. 47 - 51 48 desenvolver estratégias diferenciadas para desfrutarem a possibilidade de obter “um lugar ao sol”. A vantagem competitiva de uma organização surge do valor que se consegue criar para seus compradores e que ultrapassa o custo da atividade. O autor define Valor como aquilo que os compradores estão dispostos a pagar, diferente de custo, que é o valor financeiro apenas. Para Santos Júnior (2011), quando se fala de vendas e de relacionamento efetivo com os clientes, a previsão é de que a Tecnologia da Informação venha a ser incrementada para os próximos anos de forma mais intensa. Por isso, a escolha do tema envolvendo o estudo da estratégia competitiva via metodologia dos 8Ps para Marketing digital veio do interesse em contribuir com os empreendimentos, mostrando alguns caminhos que podem aumentar o fluxo de visitantes e clientela à medida que se melhora a visibilidade de empreendimentos e seus produtos, e, por conseguinte, criando-se novas oportunidades de geração de renda e emprego. Considerando isso, faz-se necessário aprofundar-se em alguns aspectos das teorias sobre gestão estratégica de marketing, sobre gestão da tecnologia da informação, sobre estratégia competitiva, além de propor ações como forma de nortear os caminhos para a utilização dos recursos tecnológicos disponíveis à partir do ponto de vista da inovação. 2. INOVAÇÃO, ESTRATÉGIA COMPETITIVA E MARKETING 2.1 INOVAR OU INOVAR Em um mundo totalmente globalizado, em que praticamente todos os países têm suas fronteiras abertas ao mercado internacional, a inovação passou a ser indispensável para a sobrevivência das organizações. Se antes inovar era uma opção, hoje se tornou praticamente uma obrigação para as empresas que querem prosperar. As empresas devem se acostumar a competir pelo futuro, conforme nos ensinam Kelley e Littman (2007, p. 48): A competição pelo futuro é uma competição pela criação e domínio das oportunidades emergentes – pela posse do novo espaço competitivo. Criar o futuro é um desafio maior do que acompanhá-lo, para o qual é preciso criar seu próprio mapa. A meta não é simplesmente fazer o benchmarking dos produtos e processos de um concorrente e imitar seus métodos, mas desenvolver uma visão independente de quais são as oportunidades de amanhã e como explorálas. Abrir o caminho é muito mais recompensador do que seguir os outros. Não se pode chegar primeiro ao futuro deixando uma outra empresa abrir o caminho. empresa Diante desse cenário, a capacidade que uma tem de inovar ganhou importância On-line http://revista.univar.edu.br/ ISSN 1984-431X preponderante para definir seu futuro: prosperar ou sucumbir. Cada vez mais, os produtos e serviços disponibilizados por uma empresa têm seus valores definidos com base na quantidade de inovação, tecnologia e inteligência a eles incorporada (BARBIERI. 2004, p. 15). A competitividade é tão acirrada, a ponto de Kelley e Littman (2007, p. 4) ensinarem que: Uma das maneiras de encarar a panela de pressão dos negócios de hoje é como um ambiente de competição feroz, em que se vence pela inovação ou se perde o jogo. Hoje, as empresas são avaliadas menos por suas ofertas no presente do que por sua capacidade de adaptar-se e de sonhar com algo novo. Não importa que se vendam produtos eletrônicos de consumo ou que se prestem serviços financeiros, a freqüência com que se deve inovar e substituir as ofertas está aumentando rapidamente. Devemos concordar com esta afirmação, lembrando que em um contexto de alta competitividade, cada vez mais o êxito empresarial depende da capacidade de a empresa inovar. E essa inovação pode se dar com a colocação de novos produtos no mercado a um custo-benefício maior, com uma qualidade melhor e a uma velocidade maior do que os concorrentes (BARBIERI. 2004, p. 16). E não é só isso, Drucker nos ensina que “a inovação pode tomar a forma de menor preço; mas também pode ser um produto novo e melhor (mesmo por um preço mais alto), uma nova comodidade ou a criação de uma nova necessidade” (apud BARBIERI. 2004, p. 16). Cabe aqui, inclusive, a inovação nos canais de relacionamento e de vendas, com novas estratégias nesse sentido para melhorar, desde a prospecção até a relação continuada entre as empresas e seus clientes. 2.2 ESTRATÉGIA COMPETITIVA De acordo com Day (1990, p. 318), independente da direção em que a organização decida seguir para crescer, ela deve buscar sempre entregar valor superior aos seus clientes, se desejar ter sucesso. A estratégia competitiva visa obter, para a organização, uma posição competitiva superior à de seus concorrentes. Ela é uma combinação dos fins (metas) que a empresa busca e dos meios (políticas) pelos quais ela está buscando chegar lá (PORTER, 1986, p. 17). A estratégia competitiva é composta de ações ofensivas ou defensivas para que uma empresa possa competir no mercado. Toda empresa, seja ela micro, pequena, média ou de grande porte; local, nacional ou multinacional, que compete em determinado mercado possui uma estratégia competitiva formal ou mesmo informalmente. A estratégia competitiva de uma empresa pode advir de um planejamento da alta direção, com diretrizes e ações claras; ou pode ainda Interdisciplinar: Revista Eletrônica da Univar (2011) n. 6 p. 47 - 51 49 ser proveniente de ações isoladas de cada departamento da empresa que, somadas, podem não resultar na melhor estratégia competitiva para a corporação. Porter (1990) destaca que a empresa deve desenvolver uma vantagem competitiva sustentável, que forneça à organização uma participação dominante no mercado e uma lucratividade acima da média. A empresa pode então conseguir uma vantagem competitiva sustentável optando por uma entre as três estratégias competitivas genéricas sugeridas por Porter (1986): Liderança no custo total: a estratégia é obter um custo baixo em relação aos concorrentes, através de um escopo amplo, atendendo a muitos segmentos de mercado. Porter (1986) ressalta que a qualidade, a assistência e outras áreas não podem ser ignoradas, pois se o produto não for considerado comparável ou aceitável pelos consumidores, então a empresa será forçada a reduzir muito seu preço, não obtendo portanto retornos mais altos que seus concorrentes. Se isso acontecer, a vantagem deixará de ser sustentável no longo prazo. Aqui se encaixa perfeitamente o comércio eletrônico, na qual A oferta de custos mais baixos nas operações leva a redução de preços na oferta dos produtos oferecidos pelas lojas virtuais, tornando o e-commerce mais competitivo, elevando assim a abrangência de oferta, o consumo de produtos e aumentando o faturamento da empresa. Diferenciação: a segunda estratégia consiste em diferenciar o produto ou serviço através de um ou mais atributos que muitos consumidores valorizam, posicionando-se como a empresa que satisfaz aquela necessidade singular. Desta forma, a empresa pode cobrar um preço-prêmio pelo produto ou serviço ofertado. Porter (1990) destaca que o preço-prêmio cobrado deve ser superior aos custos extras em que a empresa incorre para oferecer a diferenciação. Com maior qualidade e foco no atendimento, o uso da tecnologia promove, com muita flexibilidade, características que os concorrentes tradicionais não possuem. Por exemplo, o cliente pode saber mais dos produtos, tirar dúvidas, comparar prazos, taxas, preços, participar de leilões eletrônicos, etc. Enfoque: a última estratégia é baseada na escolha de um de determinado segmento de mercado (segmento de linha de produtos, mercado geográfico entre outros) e adaptar a estratégia para atendê-lo. Essa importância é relativa na Internet, pois, sendo bem estruturada, a gestão de marketing eletrônico pode atingir vários públicos para um mesmo tipo de produto, por exemplo. Assim, a empresa pode aproveitar a subotimização dos concorrentes, seja em termos de um desempenho inferior na satisfação das necessidades de determinado segmento de mercado, seja em termos de um desempenho superior, quando a empresa arca com On-line http://revista.univar.edu.br/ ISSN 1984-431X custos mais altos que os necessários para atender àquele segmento. 2.3 GESTÃO ESTRATÉGICA DE MARKETING Tratando-se de Gestão Estratégica de Marketing, é de fundamental importância elucidar um conceito que ainda permeia o ambiente em diversas empresas, ou seja, o entendimento das mesmas de que à gestão estratégica de marketing deve resumir-se ao departamento de marketing. De acordo com vários autores (BARKER, 2005; FERNANDES 2006; KOTLER, 2009), se as ideias e os trabalhos do marketing ficarem restritos a este departamento, a empresa cometerá uma falta grave. Envolver todos os departamentos da empresa nas atividades do marketing possui como principal finalidade fazer com que todos estejam alinhados com o cliente e focados no cliente (BARKER, 2005). De acordo com o autor, há algumas décadas atrás, primeiramente criava-se um novo produto, posteriormente a força de vendas incumbia-se de "empurrá-lo" no cliente, a última etapa, consistia de analisar o feedback do cliente (quando analisava) sobre o novo produto ofertado. É possível perceber claramente que o caminho antes seguido, foi invertido por completo. A opinião do cliente/mercado está sempre em primeiro lugar, deste modo, o lançamento de um novo produto não pode ser precedido da identificação de uma necessidade ou potencial necessidade de mercado. Hoje em dia, com as redes sociais, sites de leilão eletrônico e de compras coletivas, mais do que nunca a reputação ou a “cadeia de valor” – gerada por fatores como dinâmica e baixo custo de produção, marketing, logística interna, externa, de distribuição e pós venda, é primordial para a repercussão positiva e o sucesso das empresas. 2.4 MARKETING DIGITAL O desenvolvimento empresarial está mudando rapidamente e levando as empresas a se adaptarem a um modelo relacional nas suas estratégias de marketing, sendo que aí entra a internet como o grande instrumento de comunicação. O seu potencial não é só a comunicação e informação, mas funciona cada vez mais como um instrumento de venda. Enumeram-se algumas vantagens da utilização da internet na estratégia de marketing (WIKIPEDIA, 2011): • Permite uma maior acessibilidade – comunicação 24h/dia, 7 dias/semana, 365 dias/ano; • Melhora e possibilita a personalização na individualização das mensagens; • Cria uma enorme interatividade com os seus clientes e os que são potenciais. Isto, porque o receptor/cliente pode selecionar a informação Interdisciplinar: Revista Eletrônica da Univar (2011) n. 6 p. 47 - 51 50 • • e comunicar como melhor entender com o emissor/empresa; Permite quantificar, avaliar de imediato e de forma viável o impacto da estratégia de comunicação com o mercado; Mensura o baixo custo associado a essa comunicação, que se vai multiplicando uma vez que o número de utilizadores vai aumentando. 3. A METODOLOGIA DOS 8PS Atribui-se à metodologia, uma ferramenta capaz de nortear os caminhos a serem adotados, o qual “torna possível delimitar a criatividade e definir como, onde, com quem, com que, quanto e de que maneira se pretende captar a realidade e seus fenômenos” (GIL, 2007, p.61). Na visão de Kotler (2009) o marketing digital apresenta pelo menos cinco grandes vantagens competitivas em relação ao marketing off-line. Primeiro: tanto grandes como pequenas empresas podem enfrentar seus custos; segundo: não há limite real de espaço para propaganda, em contraste com as mídias tradicionais; terceiro: o acesso e a recuperação das informações são rápidos; quarto: as informações ficam disponíveis para o mundo todo, vinte e quatro horas por dia; quinto: as negociações podem ser feitas com privacidade e rapidez. Para conseguir essas e outras vantagens, pode-se aplicar em empreendimentos de diversos portes a metodologia denominada 8P's, como dito, criada por Vaz (2008) e que aborda todas as etapas fundamentais para a realização do marketing digital, sendo eles: 1º P, de Pesquisa. Neste passo, deverá ser pesquisado os hábitos de pesquisa nos buscadores mediante a definição, pelo empreendimento, do perfil do público-alvo da campanha. Serão verificados hábitos de como esse público se comportam na web, quais suas preferências, quais palavras-chaves são mais utilizadas nos mecanismos de busca e ao mesmo tempo estão mais relacionadas ao empreendimento e aos atrativos da região, etc. 2º P, de Projeto. Nesta etapa, serão usadas as informações levantadas na etapa de pesquisa do público-alvo para elaborar uma estratégia de marketing digital, incluindo a criação de websites otimizados com as palavras-chave, nome de domínio, formato das páginas, dentre outras iniciativas. 3º P, de Produção. É posto em prática o planejamento com a execução de um projeto de marketing digital envolvendo a construção de websites mediante a arquitetura da informação prevista. 4º P, de Publicação. Nesta etapa, é colocado no ar todo o material produzido e inicia-se a estratégia que visa gerar uma imagem de credibilidade da empresa junto aos clientes. 5º P, de Promoção. Envolve a criação de hotsites promocionais, campanhas de links patrocinados, envio de e-mail com publicidades, entre On-line http://revista.univar.edu.br/ ISSN 1984-431X outros. 6º P, de Propagação. Envolve o trabalho em redes sociais, fóruns, blogs e afins. 7º P, de Personificação. Trabalha com os clientes que o empreendimento já tem, utilizando os recursos de e-mail e das redes sociais para a fidelização e divulgação de promoções e inovações no empreendimento. Por fim, o 8º P, de Precisão, é a etapa de mensuração de resultados, que faz uso de diversas ferramentas disponíveis no próprio site e na própria internet, capazes de mostrar o que foi atingido na campanha de marketing digital e fornecer dados importantes para as próximas ações do empreendimento. É senso comum que, para ter vantagens competitivas, precisamos investir e inovar. Nesse sentido, o mais importante é aparecer para o público alvo, e isso vale para qualquer tipo de negócio, seja uma loja física ou virtual. O investimento em publicidade é uma solução consolidada que traz retorno, mas antes devemos fazer algumas perguntas clássicas antes de aplicar algum dinheiro. São elas: - Como obter o retorno sobre o investimento aplicado? - Quais os riscos deste investimento? - Quanto tempo terei que esperar para ter retorno? O sistema de publicidade on line mais conhecido e consolidado do mercado para quem quer “aparecer” na Internet é o Google AdWords, que fornece os chamados links patrocinados e que vem sendo acompanhado de perto pelo seu principal concorrente, o Yahoo AdWords. Questões como retorno, risco e tempo são muito importantes e altamente valorizadas, pois esses mecanismos conseguem analisar conversões e maximizar resultados. Nesse sentido, o sistema de publicidade do Google, em conjunto com o Google Analytics, oferece métricas que permitem a visualização clara do retorno do investimento feito. Os links patrocinados no Google consistem em anúncios que são relacionados com uma palavrachave digitada pelo usuário ao realizar uma busca e no caso, essa palavra chave “comprada” por uma empresa se destaca dentre os resultados mostrados na pesquisa. Uma das grandes vantagens desse esquema é o custo, no montante que se investe e na forma de administrar os investimentos nos anúncios. A partir de valores absolutamente simbólicos é possível começar a investir, tornando os links patrocinados algo absolutamente acessível à maioria das empresas ou pessoas físicas, algo não muito comum quando se trata de outras formas de propaganda como a televisão, revistas, etc. Normalmente o controle dos valores investidos é feito por relatórios que indicar o quanto foi gasto e o saldo restante. No Google Adwrods, por exemplo, é possível saber quanto se gastou em determinada campanha, quais palavras-chaves Interdisciplinar: Revista Eletrônica da Univar (2011) n. 6 p. 47 - 51 51 consumiram mais os recursos e quais anúncios atraíram mais os usuários. Desta forma pode-se controlar muito bem o orçamento em publicidade e direcioná-lo de acordo com o resultado. Aliás, este um dos pontos importantes. Supondo que foi criada uma campanha da seguinte forma: Valor investido: R$ 1.000,00. Palavras-chave adquiridas: notebooks, impressora e mouse. Depois de alguns dias, os relatórios indicam que se gastou R$ 10,00 com as palavras-chaves notebook e impressora e R$ 50,00 com a palavra-chave mouse. Na verdade, a venda de mouse pode não compensar todo este investimento em sacrifício das demais palavras que poderia dar um retorno maior. Então se se pode fazer os ajustes necessário a tempo, ou seja, a mensuração dos resultados ocorre praticamente em tempo real. 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS Analisando todos os aspectos mencionados ao longo desse artigo, tentamos comprovar que as estratégias de Marketing digital podem trazer vantagens competitivas frente ao mercado, para os empreendimentos que o utilizam à medida que promove, pela internet, a divulgação tanto institucional, como dos seus produtos e/ou seus serviços. Para tanto, foram proporcionadas aos interessados, algumas informações sobre os caminhos para o desenvolvimento dessas organizações a partir do ponto de vista da tecnologia da informação. A intenção foi fornecer subsídios para a gestão estratégica de empreendimentos à partir da implantação e uso de recursos inovadores que podem contribuir de forma positiva para a visibilidade, para a sustentabilidade e para o relacionamento empresacliente. Diante das inovações empresariais que surgem, muitos gestores de empreendimentos chegam a ficar receosos em utilizar ferramentas e metodologias, muitas vezes por desconhecimento de suas implicações, dos resultados proporcionados ou até pela falta de metodologias e/ou orientações para por tudo em prática. Portanto, a partir de um encadeamento das ações propostas nessa metodologia, é possível alcançar bons resultados e mensurar pelas ferramentas existentes na internet, muitos dos efeitos da estratégia relacionada ao marketing digital sob o ponto de vista dos gestores dos empreendimentos, dos clientes e dos próprios indicadores oriundos dos recursos tecnológicos utilizados e disponíveis. moderna administração das organizações. 7. ed. 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