2009 IME FÍSICA "A matemática é o alfabeto com que Deus escreveu o mundo" Galileu Galilei Questão 01 Considere o sistema mostrado abaixo onde um recipiente cilíndrico com gás ideal é mantido a uma temperatura T por ação de uma placa quente. A tampa do recipiente, com massa m , é equilibrada pela ação do gás. Esta tampa está conectada, por meio de uma haste não deformável, ao êmbolo de um tubo de ar, aberto na extremidade inferior. Sabendo-se que existe um diapasão vibrando a uma freqüência f na extremidade aberta, determine o menor número de mols do gás necessário para que seja observado o modo fundamental de ressonância do tubo de ar. Dado: velocidade de propagação do som no ar: v Observação: o conjunto haste-êmbolo possui massa desprezível. ÊMBOLO m GÁS PLACA QUENTE FOGO DIAPASÃO Resolução: Fatm L Fgás W No modo fundamental 1 h= λ 4 ∴λ = 4h Lembrando que v = λf v = 4h ⋅ f v h= (1) 4f L Fatm = Patm ⋅ A Fgás = Pgás ⋅ A W = mg No equilíbrio Fgás = W + Fatm Pgás ⋅ A = mg + Patm ⋅ A ( 2) Pgás ⋅ V = nRT Pgás ⋅ A ⋅ h = nRT Pgás ⋅ A = nRT h ( 3) Substituindo (1) em ( 3) Pgás ⋅ A = nRT v 4f Pgás ⋅ A = 4 f ⋅ nRT v ( 4) ( 4) → ( 2) 4 f ⋅ nRT = mg + Patm ⋅ A v v n= ( mg + Patm ⋅ A) 4 f ⋅ RT Questão 02 Um bloco B , de material isolante elétrico, sustenta uma fina plana metálica P1 , de massa desprezível, distante 8 cm de outra placa idêntica, P2 , estando ambas com uma carga Q = 0,12 μ C . Presa à parede A e ao bloco está uma mola de constante k = 80 N/m , inicialmente não deformada. A posição de equilíbrio do bloco depende da força exercida pelo vento. Esta força é uma função quadrática da velocidade do vento, conforme apresenta o gráfico abaixo. Na ausência de vento, a leitura do medidor de tensão ideal é de 16 mV . Calcule a velocidade do vento quando o bloco estiver estacionário e a leitura do medidor for 12 mV . Despreze o atrito. V A P2 Força: N 2,5 P1 B Vento 2,0 1,5 1,0 0,5 0 0 20 40 60 80 100 Velocidade do Vento: km/h Resolução: i) Cálculo da força elétrica de atração entre as placas no instante em que a mola ainda não está deformada: 1 1 U 1 16 ⋅ 10−3 Fel = QE = Q ⋅ = ⋅ 0,12 ⋅ 10−6 ⋅ 2 2 d 2 8 ⋅ 10−2 Fel = 1, 2 ⋅ 10−8 N , que é muito pequena e praticamente não deforma a mola de constante elástica 80 N/m . ii) Desprezando a força elétrica entre as placas, para a nova posição de equilíbrio (com o vento) temos: (1) Fvento = Fmola = kx = k ( d1 − d 2 ) , em que d 2 é a nova distância entre as placas e d1 = 8 ⋅ 10−2 m 2 No capacitor vale a relação: U1 U 2 16 mV 12 mV = ⇒ = ⇒ d 2 = 6 ⋅ 10−2 m d1 d 2 8 ⋅ 10−2 m d2 Voltando em (1) : Fvento = 80 iii) N (8 ⋅10−2 − 6 ⋅10−2 ) m = 1,6 N . m 2 Lembrando que Fvento = a ⋅ vvento e tomando no gráfico o ponto de coordenadas (100; 2,5 ) : 2,5 = a ⋅1002 ⇒ a = 2,5 ⋅10−4 N ⎛ km ⎞ ⎜ ⎟ ⎝ h ⎠ 2 Logo a função será: 2 Fvento = 2,5 ⋅10−4 ⋅ vvento Substituindo Fvento = 1, 6 N : 2 1, 6 = 2,5 ⋅10−4 ⋅ vvento vvento = 80 km/h Questão 03 Dois corpos A e B encontram-se sobre um plano horizontal sem atrito. Um observador inercial O está na origem do eixo x . Os corpos A e B sofrem colisão frontal perfeitamente elástica, sendo que, inicialmente, o corpo A tem velocidade v A = 2 m/s (na direção x com sentido positivo) e o corpo B está parado na posição x = 2 m . Considere um outro observador inercial O ' , que no instante da colisão tem a sua posição coincidente com a do observador O . Se a velocidade relativa de O ' em relação a O é v0 = 2 m/s (na direção x com sentido positivo), determine em relação a O' : a) as velocidades dos corpos A e B após a colisão; b) a posição do corpo A dois segundos após a colisão. Dados: • massa de A = 100 g ; • massa de B = 200 g ; Resolução: a) Resolvendo a colisão em relação ao observador O : Antes vA = 2 m/s vB = 0 A B x (m) 2 0 QA = mA vA Depois v1 v2 A 2 0 QD = mA · vI + mB · v2 QD = QA vaf = vap mAv1 + mB v2 = mAv A v2 − v1 = v A 0,1v1 + 0, 2v2 = 0,1 ⋅ 2 v2 − v1 = 2 v1 + 2v2 = 2 B ( 2) (1) 3 x (m) De (1) e ( 2 ) vem: 4 m/s 3 2 v1 = − m/s (sentido contrário ao do eixo x ) 3 Cálculo das velocidades v A ' e vB ' dos blocos A e B , respectivamente, em relação ao observador O ' que tem velocidade v2 = v0 ' = 2 m/s . 2 8 v A ' = v1 − v0 ' = − − 2 = − 3 3 4 2 vB ' = v2 − v0 ' = − 2 = − 3 3 8 2 ∴ v A ' = − m/s e vB ' = − m/s 3 3 b) Equação horária de A em relação ao observador O ' : 8 sA = 2 − t 3 Fazendo t = 2 s : 8 16 10 sA = 2 − ⋅ 2 = 2 − = − 3 3 3 10 10 ∴ s A = − m (respeitando a orientação dada ao eixo x no item a , o bloco A estaria m a esquerda de O ' 2 s após a 3 3 colisão). Questão 04 Um dispositivo fotovoltaico circular de raio α produz uma tensão proporcional à intensidade de luz incidente. Na experiência da figura 1, um feixe espesso de luz, bem maior que a área do dispositivo fotovoltaico, incide ortogonalmente sobre o mesmo, provocando a tensão V1 entre os terminais do resistor. Na experiência da figura 2, mantendo-se as mesmas condições de iluminação da primeira experiência, uma lente convergente de distância focal f é colocada a uma distância p do dispositivo fotovoltaico, provocando um aumento da tensão sobre o resistor. Calcule a corrente que circulará pelo resistor durante a segunda experiência nos seguintes casos: a) p < f ; b) f < p<2f . Observações: ● ● o feixe de luz incide paralelamente ao eixo óptico da lente da segunda experiência; o feixe de luz tem intensidade uniformemente distribuída no plano incidente. p Dispositivo Fotovoltaico R Dispositivo Fotovoltaico 2a Lente Convergente figura 1 figura 2 4 R Resolução: a) Para p < f : Dispositivo fotovoltaico b a a Por semelhança de triângulos: β f = α f −p F b ⎛ f ⎞ ∴β = α ⎜ ⎟ ⎝ f − p⎠ f–p p f Se a tensão é proporcional à intensidade da luz incidente, então podemos escrever: V1 = k ⋅ α 2 V2 = k ⋅ β2 , em que k é uma constante de proporcionalidade e V2 é a tensão na experiência 2. Do exposto: 2 ⎡ ⎛ f ⎞⎤ f ⎞ 2 ⎛ V2 = k ⎢α ⎜ ⎟⎥ = k α ⎜ ⎟ f − p f − p⎠ ⎠⎦ ⎝ ⎣ ⎝ ⎛ f ⎞ V2 = V1 ⎜ ⎟ ⎝ f − p⎠ 2 2 Resolvendo o circuito elétrico: V2 = R ⋅ i , em que i é a intensidade da corrente pedida. 2 ⎛ f ⎞ V1 ⎜ ⎟ = R ⋅i ⎝ f − p⎠ ∴i= b) V1 ⎛ f ⎞ ⎜ ⎟ R⎝ f − p⎠ 2 Para f < p < 2 f : b a F b Por semelhança de triângulos: f β = α p− f a ⎛ f ⎞ ∴β = α ⎜ ⎟ ⎝ p− f ⎠ p–f f p De modo análogo ao item a: i= V1 ⎛ f ⎞ ⎜ ⎟ R⎝ p− f ⎠ 2 5 Questão 05 Os pontos A e B da malha de resistores da figura 2 são conectados aos pontos x e y do circuito da figura 1. Nesta situação, observa-se uma dissipação de P watts na malha. Em seguida, conecta-se o ponto C ao ponto F e o ponto E ao ponto H , o que produz um incremento de 12,5% na potência dissipada na malha. Calcule a resistência R dos resistores que compõem a malha. A x + – 10,5V H + – 8V 2,5W R C R R R R R G 10W y D F R R figura 1 E B figura 2 Resolução: Por Thevenin o circuito pode ser substituído por: x Rth U th = 10 V Rth = 2 Ω Uth y Na 1ª situação a resistência equivalente da malha vale Req = 2 R . Então teremos o seguinte circuito: i= 2W 10 V 2R 10 2R + 2 ⎛ 10 ⎞ P = 2R ⋅ ⎜ ⎟ ⎝ 2R + 2 ⎠ i 2 Na 2ª situação, fazendo as ligações indicadas a malha ficará com o seguinte aspecto: A H A C G R R H E D F R F 2R 2R R E B B Dessa forma o novo circuito será: i' = Rth Uth R 10 R+2 ⎛ 10 ⎞ P' = R⎜ ⎟ ⎝ R+2⎠ i' 2 Como P ' = 1,125 P 2 ⎛ 10 ⎞ ⎛ 10 ⎞ R⎜ ⎟ = 1,125 ⋅ 2 R ⎜ ⎟ ⎝ R+2⎠ ⎝ 2R + 2 ⎠ 2 ⎛ 1 ⎞ ⎛ 1 ⎞ ⎜ ⎟ = 2, 25 ⎜ ⎟ R 2 + ⎝ ⎠ ⎝ 2R + 2 ⎠ 1 1,5 = R + 2 2R + 2 2 R + 2 = 3 + 1,5 R R = 2,0 Ω 2 2 6 C Req = R Questão 06 A figura mostra uma estrutura em equilíbrio, formada por uma barra BD , dois cabos AD e DE , e uma viga horizontal CF . A barra é fixada em B . Os cabos, de seção transversal circular de 5 mm de diâmetro, são inextensíveis e fixados nos pontos A , D e E . A viga de material uniforme e homogêneo é apoiada em C e sustentada pelo cabo DE . Ao ser colocado um bloco de 100 kg de massa na extremidade F da viga, determine: a) a força no trecho ED do cabo; b) as reações horizontal e vertical no apoio C da viga; c) as reações horizontal e vertical no apoio B da barra. Dados: aceleração da gravidade: 10 m/s 2 ; densidades lineares de massa: μ1 = 30 kg/m , μ 2 = 20 kg/m , μ3 = 10 kg/m ; 20 ≈ 4,5 . D cabo rra 2,0 m cabo ba A 2,0 m B 2,0 m bloco viga C 2,0 m 2,0 m E m2 m1 3,0 m 1,5 m Resolução: Da figura: sen α = 4 , cos α = 3 5 5 sen β = 4 , cos β = 8 9 9 20 ≈ 4,5 ) (Fazendo D TDA 2,0 m g bq TDE j A FB 2,0 m G g–b cabo B 2,0 m TDE bloco (+) a C RC 2,0 m 2,0 m P3 P2 P1 3,0 m E 1,5 m 1,5 m 3,0 m 7 F m3 1,5 m 3,0 m F a) ∑ τc = 0 − P1 ⋅ 1,5 − P2 ⋅ 4,5 − P3 ⋅ 7,5 − PB ⋅ 9 + TDE sen α ⋅ 4,5 = 0 4 −1350 − 2700 − 2250 − 9000 + TDE ⋅ ⋅ 4,5 = 0 5 4 ⋅ 4,5 ⋅ TDE = 15300 5 ∴ TDE = 4250 N b) ∑ Fx = 0 Rcx − TDE ⋅ cos α = 0 Rcx = TDE ⋅ cos x ∴ Rcx = 4250 ⋅ 3 = 2550 N 5 ∑ Fy = 0 TDE ⋅ sen α − P1 − P2 − P3 − PB + Rcy = 0 ⎛4⎞ ∴ Rc y = 2800 − 4250 ⋅ ⎜ ⎟ = −600 N ⎝5⎠ c) A força resultante em B G G ( F ) , tem mesmo módulo e direção e sentido contrário da resultante das trações T DA B D FB – FB B Assim, fazendo lei dos senos no triângulo ΔBDG : FB TDE = sen ϕ sen ( γ − β ) ∴ FB TDE = sen ( 90 + α − γ ) sen ( γ − β ) ∴ FB TDE = cosγ ⋅ cosα + senγ ⋅ senα senγ ⋅ cosβ − senβ ⋅ cosγ FB TDE = 4 3 8 4 8 8 4 4 ⋅ + ⋅ ⋅ − ⋅ 9 5 9 5 9 9 9 9 FB TDE = 44 48 45 81 FB = ⎛ 44 ⎞ ⎛ 81 ⎞ FB = ⎜ ⎟ ⋅ ⎜ ⎟ ⋅ TDE ⎝ 45 ⎠ ⎝ 48 ⎠ ⎧⎪ FBx = FB ⋅ senβ = 3117N 33 ⋅ 4250 N ∴ ⎨ 20 ⎪⎩ FBγ = FB ⋅ cos β = 6233N 8 G e TDE . Questão 07 Um industrial possui uma máquina térmica operando em um ciclo termodinâmico, cuja fonte de alimentação advém da queima de óleo combustível a 800 K . Preocupado com os elevados custos do petróleo, ele contrata os serviços de um inventor. Após estudo, o inventor afirma que o uso do óleo combustível pode ser minimizado através do esquema descrito a seguir: um quarto do calor necessário para acionar a máquina seria originado da queima de bagaço de cana a 400 K , enquanto o restante será proveniente da queima de óleo combustível aos mesmos 800 K . Ao ser inquirido sobre o desempenho da máquina nesta nova configuração, o inventor argumenta que a queda no rendimento será inferior à 5%. Você julga esta afirmação procedente? Justifique estabelecendo uma análise termodinâmica do problema para corroborar seu ponto de vista. Considere que, em ambas as situações, a máquina rejeita parte da energia para o ar atmosférico, cuja temperatura é 300 K . Resolução: i) No início toda energia é retirada do petróleo e o rendimento máximo teórico possível nessa situação seria obtido com uma máquina operando no Ciclo de Carnot, assim: η0 = W T =1− F Q TQ η0 = 1 − 300 5 = 800 8 O rendimento inicial seria então η0 = ii) 5 = 0,625 8 No fim a energia seria retirada de duas fontes distintas, e sendo novamente aplicado o Ciclo de Carnot: Fonte 1 (bagaço): η1 = W1 300 1 1 Q =1− = ∴ W1 = ⋅ Q 400 4 4 4 4 Fonte 2 (petróleo): W 300 5 5 3Q η2 = 2 = 1 − = ∴ W2 = ⋅ 3Q 800 8 8 4 4 Assim, o rendimento total seria: Q 15Q + W1 + W2 16 32 17 ηf = = = = 0,531 Q Q 32 E, a diminuição do rendimento seria: Δη = 0,625 − 0,531 = 0,094 , ou, Δη% = 9, 4% Logo, levando em conta as máximas possibilidades das fontes, a afirmação não procede. 9 Questão 08 Um motociclista de massa m1 deseja alcançar o topo de uma plataforma. Para isso, ele faz uso de uma moto de massa m2 , uma corda inextensível de massa desprezível e uma rampa de inclinação θ . Ao saltar a rampa, o motociclista atinge a corda na situação em que esta permanece esticada e o esforço despendido por ele é o menor possível. Para evitar ruptura por excesso de peso, o motociclista libera a moto no momento do contato com a corda, que o conduz para o topo da plataforma. Nessas condições e considerando os parâmetros H e T indicados na figura, determine o vetor velocidade do motociclista na saída da rampa. P L A T A F O R M A C O R D A H q T Resolução: i) Para que a corda permaneça esticada e sofra o menor esforço possível a velocidade do motociclista em B deve ser horizontal: L C L L B H–L A v0x v0 corda q T–L L Sendo então B a altura máxima para o lançamento oblíquo, teremos para o eixo y : v y2 = v0 2y − 2 g ( H − L ) ∴ v0 2y = 2 g ( H − L ) ∴ v02 ⋅ sen 2θ = 2 g ( H − L ) ( I ) ii) De A a B a moto percorre metade do alcance total do lançamento: v2 A = 2 (T − L ) = 0 ⋅ sen 2θ ( II ) g Por fim, de ( I ) e ( II ) temos: ⎛ sen2θ − sen 2θ ⎞ v02 ⎜ ⎟ =T −H 2g ⎝ ⎠ ∴ v0 = 2 g (T − H ) sen 2θ − sen 2θ , sendo que para que o homem alcance o plataforma demos ter ∴ v0 ≥ 2 gH , e a direção e o sentido de v0 estão indicados na figura. 10 Questão 09 Na figura abaixo, há um espelho com a face refletora para baixo, tendo uma de suas extremidades presa a um eixo que permite um movimento pendular, e um canhão, que emite concomitantemente um raio de luz. Abaixo do espelho existem dois corpos de massa m e cargas de mesmo módulo e sinais opostos. Os corpos estão apoiados sobre um trilho sem atrito, fixados em suas extremidades e no mesmo plano vertical que o canhão de luz. Os corpos estão imersos no campo elétrico uniforme existente entre as placas de um capacitor, que é energizado por uma fonte variável U ( x ) . No momento em que o espelho inicia o movimento, a partir da posição inicial e com aceleração tangencial de módulo constante, o corpo de carga negativa é liberado. Para que a aceleração deste corpo seja constante e máxima no sentido do eixo X , determine: a) a expressão de U ( x ) , onde x representa a posição do corpo de carga negativa relativa à origem O e do eixo X ; b) o módulo da aceleração tangencial da extremidade livre do espelho, para que o raio de luz atinja a carga de prova negativa no momento em que o deslocamento angular do espelho seja de 50º . Dados: Q = 10−4 C ; m = 20 g ; I == 1,0 m ; d = 0,5 m ; g = 10 m/s 2 . l Posição inicial do espelho Canhão de Luz eixo 50º Espelho - Face Refletora 60º movimento Raio de Luz Posição do espelho após ter percorrido 50º Placa Negativa do Capacitor Placa Positiva do Capacitor d Q+ eixo X d Q– O Trilho d d d U (x) Resolução: a) Atuam sobre a carga −Q , as forças FQ devido à carga +Q e FP devido às placas. Para que a aceleração seja máxima no início devemos ter FP = 0 , ou seja, U ( 0 ) = 0 . E assim, a aceleração inicial pode ser calculada da forma: FQ FP O eixo x –Q EP FQ = R0 kQ 2 ( 2d ) 2 ∴ a0 = = m ⋅ a0 kQ 2 4md 2 Num instante qualquer temos FQ − FP = R kQ 2 ( 2d − x ) 2 − QEP = m ⋅ a Onde, EP = U ( x) 4d , e como a deve ser sempre constante ( a = a0 ) , temos: 11 kQ 2 ( 2d − x ) ∴ 2 − Q ⋅U ( x) 4d = m ⋅ a0 Q kQ 2 kQ 2 ⋅U ( x) = − 2 2 4d ( 2d − x ) 4d ⎡ 1 1 ⎤ ∴U ( x ) = 4kQd ⎢ − 2⎥ 2 4d ⎦⎥ ⎣⎢ ( 2d − x ) b) Observe a figura. Nela vemos que o raio atinge a carga no ponto P depois que ela percorreu a distância d + m , onde m = d ⋅ tg 20° . Canhão 50º 60º 20º 30º 20º d 50º P 70º m –Q d O Sendo que: Δs = at 2 2 kQ 2 t 2 ⋅ 4md 2 2 8md 2 ∴t2 = ( d + d ⋅ tg20º ) kQ 2 d +m= Concomitantemente, para a extremidade do espelho temos: at = α ⋅ A (1) Δϕ = α ⋅ t2 2 ( 2) em que Δϕ = 50° = 5π rad 18 Assim: 5π α 2 = t 18 2 5π ∴α = 2 9t 5π 5πA = 7,85 ⋅ 103 (1 + tg 20° ) m/s 2 at = 2 A = 9t ⎡ 8md 2 ⎤ d + d ⋅ tg 20° ) ⎥ 9⎢ 2 ( ⎣ kQ ⎦ 12 Questão 10 A figura apresenta um plano inclinado, sobre o qual estão dois blocos, e, em sua parte inferior, uma mola com massa desprezível. A superfície deste plano apresenta coeficiente de atrito estático μe = 5 3 /13 e coeficiente de atrito cinético μc = 0,3 3 . O bloco A está fixado na superfície. O bloco B possui massa de 1 kg e encontra-se solto. Sabe-se que a superfície abaixo da mola não possui atrito e que os blocos A e B estão eletricamente carregados com, respectivamente, +40 × 10−4 C e − 3 / 39 × 10−3 C . Desconsiderando as situações em que, ao atingir o equilíbrio, o bloco B esteja em ( ) contato com o bloco A ou com a mola, determine: a) as alturas máxima e mínima, em relação à referência de altura, que determinam a faixa em que é possível manter o bloco B parado em equilíbrio; b) a velocidade inicial máxima v com que o bloco B poderá ser lançado em direção à mola, a partir da altura hB = 20 m , para que, após começar a subir o plano inclinado, atinja uma posição de equilíbrio e lá permaneça. Dados: . aceleração da gravidade: 10 m/s 2 ; . constante eletrostática: 9 × 109 Nm 2 /C2 . Observação: desconsidere as dimensões dos blocos para os cálculos. A m o oc to tri a B iã reg v 40 m hB 60º referência de altura ito em atr os iã reg Resolução: a) Diagramas de forças para o bloco B nas situações de equilíbrio. y y Fe + fat Fe N N 60º x x Py PBx PBy 60º fat + PBx PB Fe = PBx ± f at K QA QB ( 40 − he ) 2 sen 2 60º = mB gsen60º ± μe mB g cos 60º 13 PB he = 40 − K QA QB mB g ( sen60º ±μe cos 60º ) 3 ⋅ he = 40 − 2 ⋅ sen 60º 3 ⋅ 10−3 39 ⎛ 3 5 3 1⎞ ± ⋅ ⎟ 1 ⋅ 10 ⎜⎜ 13 2 ⎟⎠ ⎝ 2 9 ⋅ 109 ⋅ 40 ⋅ 10−4 ⋅ he = 30 m ou he = 25m b) i) ( Energia mecânica no início EM i mv KQAQB + mB ghB + sen 60º 2 hB Cálculo do trabalho das forças dissipativas (2): τ = f at ( ΔSdescida + ΔS subida ) ⋅ cos θ EM i = ii) ) 2 B máx hf ⎞ ⎛ hB τ = μ c mB g cos 60º ⎜ + ⎟ ⋅ cos (180º ) sen 60º sen 60º ⎠ ⎝ τ=− iii) μc mB g ( hB + h f ) tg60º ( ) Energia mecânica no final EM f EM f = mB gh f + kQAQB sen 60º ( 40 − h f ) Como τ = ΔEM , temos: − μc mB g ⋅ ( hB + h f ) vmáx = tg 60º = mB gh f + 2 kQAQBsen 60º ⎛ mB vmáx kQ Q sen 60º ⎞ −⎜ + mB ghB + A B ⎟ hB ( 40 − h f ) ⎝ 2 ⎠ ⎛ ⎞⎤ 2 ⎡ μc mB g ⎢ ( hB + h f ) + mB g ( h f − hB ) + kQAQBsen 60º ⎜⎜ 40 1− h − h1 ⎟⎟⎥ mB ⎣⎢ tg 60º ⎥ f B ⎠⎦ ⎝ Substituindo os valores, temos: 4700 m/s vmáx = 13 14 Professores Adriano Medeiros Bruno Werneck Marcelo Moraes Rodrigo Bernadelli Zé Carlos Walfredo Colaboradores Aline Alkmin Anderson (IME) Henrique Orlando (IME) Paula Esperidião Pedro Gonçalves Digitação e Diagramação Érika de Rezende Márcia Samper Val Pinheiro Desenhistas Leandro Bessa Vinicius Ribeiro Projeto Gráfico Vinicius Ribeiro Assistente Editorial Alicio Roberto Supervisão Editorial Alicio Roberto Bruno Werneck José Diogo Marcelo Moraes Rodrigo Bernadelli Copyright©Olimpo2008 A Resolução Comentada das provas do IME poderá ser obtida diretamente no OLIMPO Pré-Vestibular, ou pelo telefone (62) 3251 – 9009 As escolhas que você fez nessa prova, assim como outras escolhas na vida, dependem de conhecimentos, competências, conhecimentos e habilidades específicos. Esteja preparado. 15 16