DADOS DO TRABALHO PO 36 TÍTULO: A IMPORTÂNCIA DA EQUIPE MULTIDISCIPLINAR NO ATENDIMENTO À PESSOAS ACOMETIDAS POR AUTOENVENENAMENTO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA AUTORES Suelma Ferreira Rolim, Mariana Mendes De Carvalho Pereira, Lis Magalhães, Giurliane Leonidas Dum, Rodrigo Tenório Gonçalves Da Silva. INTRODUÇÃO: A intoxicação exógena pode ser definida como a manifestação clínica de efeitos adversos causados pela interação entre as substâncias químicas e o organismo, sendo classificada em não intencional/acidental ou intencional/tentativa de suicídio e, esta última, ocorre com maior frequência na adolescência, tendo como causas mais frequentes as intoxicações por medicamentos, animais peçonhentos/escorpiões e drogas de abuso. No Brasil, a intoxicação/envenenamento é considerada uma das três principais ações utilizadas na tentativa de suicídio, onde este último encontra-se entre as três principais causas de morte na faixa etária de 15 a 44 anos. É inconteste a importância da assistência multidisciplinar no atendimento à pessoas acometidas por autoenvenenamento, pois o suicídio ou a sua tentativa provocam repercussões biopsicossociais, sendo um problema de saúde pública que necessita da atuação conjunta da equipe de saúde multidisciplinar especializada em urgência e emergência. OBJETIVO: Relatar que uma equipe preparada faz diferença no atendimento à pessoas acometidas por autoenvenenamento em tentativas de suicídio. MÉTODO: Trata-se de um relato de experiência referente à realização da assistência multidisciplinar no atendimento emergencial às tentativas de suicídio por autoenvenenamento no Hospital Universitário de trauma de Petrolina-PE. Essa atividade foi realizadas durante o Estágio Extracurricular. Realizouse procedimentos visando a diminuição e reversão da intoxicação causada pela ingestão de substâncias toxicas e acompanhamentos na prevenção e promoção de danos. RESULTADO: As tentativas de suicídio eram provocadas por adolescentes do sexo feminino com idade entre 14 e 21 anos, por meio da utilização de fármacos. Ao serem questionadas sobre o motivo de tal atitude, houve predomínio de fatores emocionais, em especial o término de um relacionamento afetivo. Esses relatos podem ser justificados devido a adolescência ser um período marcado por transformações biológicas e psicológicas, onde um evento pode ser vivido com extremo sofrimento e desorganização, sobretudo nas mulheres, por se apresentarem mais emotivas. Durante a anamnese, questionava-se sobre os aspectos relacionados ao agente ingerido, como tipo, quantidade e horário, a fim de se estabelecer a terapêutica ideal, bem como os cuidados imediatos para cada caso, de forma individualizada pelos profissionais. Após a estabilidade do quadro, realizava-se a educação em saúde referente aos riscos do autoenvenenamento, buscando evitar uma nova tentativa de suicídio e oferecer um suporte psicológico ao indivíduo e a família. CONCLUSÃO: Foi constatado que a assistência da equipe nesse tipo de situação é imprescindível, pois além da realização de procedimentos para a neutralização da substância nociva, também era proporcionado um amparo psicológico ao paciente e a família. Diante disso, faz-se necessária a capacitação constante dessa equipe no atendimento as intoxicações em unidades de urgência e emergência, como também a construção de um plano de promoção, prevenção, atenção e reabilitação dos agravos a saúde desses indivíduos fragilizados emocional e fisicamente.