SUICÍDIO: PROBLEMA DE SAÚDE PÚBLICA

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SUICÍDIO: PROBLEMA DE SAÚDE PÚBLICA
Greice Silva Ferreira1
Eixo Temático: 5 - Políticas Públicas: Educação e Saúde
Resumo
Nosso meio social atarefado de compromissos resulta em conflitos que causam perturbação
mental e dificuldades que algumas pessoas não conseguem lidar, partindo assim para
ideações que podem ver como solução o suicídio, o ato de tirar a própria vida, tendo como
única visão capaz da resolução de seus problemas pessoais em geral, infelizmente os índices
de suicídio são altos, hoje se tornando um problema de saúde pública buscando uma reflexão
entorno das medidas para prevenir tal tragédia e autodestruição. A metodologia consiste em
uma pesquisa bibliográfica, nos seguintes autores; Quevedo (2008), Scmitt (2008), Meleiro
(2007), Rodrigues (2007), entre outros. Ressaltando as medidas preventivas e cuidados é
possível minimizar os dados elevados desta questão.
Palavras - Chave: Cuidados. Autodestruição. Saúde. Vida.
1 INTRODUÇÃO
Nesta reflexão poderemos perceber o quanto podemos contribuir em
atividades corriqueiras, cumprir com responsabilidades, compromissos e
deveres notamos que vamos aprendendo a lidar com os conflitos e dificuldades
que vão surgindo. Demonstrando ao decorrer da discussão os fatos que afetam
e prejudicam o bem estar das pessoas refletindo com base nas medidas
preventivas e tratamentos psicológicos.
Cada um lida com suas particularidades à sua maneira, porém alguns
escolhem e passam a ter ideações que acreditam ser a resolução de suas
maiores dificuldades, sustentando assim a ideação suicida. Maior parte das
pessoas já pensaram em suicídio, porém quando refletem em vínculos afetivos
e outros fatores percebem que existem mais motivos para continuar vivendo do
que para morrer.
Estas pessoas geralmente costumam ficar isoladas, não mantém muito
contato familiar, ou com grupos de amizades, o pessimismo é elevado e existe
1
Acadêmica de Psicologia do quarto período na Celer Faculdades, Xaxim - SC. E-mail:
[email protected]
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baixa autoestima e em alguns casos existem comportamentos autodestrutivos.
Estas ideações podem acometer qualquer um desde sua adolescência onde já
se manifesta ou quando ocorre algum fator trágico, traumático, afligindo boa
parte da população hoje é um problema de saúde pública.
Ao decorrer desta reflexão veremos contextos que explicitam os fatores
que influem nos comportamentos suicidas e causam risco do ato consumado.
Notaremos também maneiras de prevenir este ato trágico e formas de
identificar alguns comportamentos que são propensos ao suicídio e assim
poder ajudá-los.
2 IDEAÇÃO SUICIDA
Existe quando a pessoa passa a pensar e a se comportar pensando sempre
em sua morte como melhor maneira como forma mais equivalente e como maior
recurso,
passa
a
planejar
e idear
seu suicídio.
―Tentativa
de suicídio:
Comportamento potencialmente autolesivo com consequências não falais,
acompanhado de evidências explicitas ou implícitas de que a pessoa tinha
intenção de morrer‖. (SCHMITT; QUEVEDO; KAPCZINSKI, 2008, p.181).
Com ideais e comportamentos é bem identificável tais pessoas inclusive
é notável o sofrimento dos mesmos e o modo como já esta procurando resolver
tais situações pessoais. ―Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o
suicídio encontra-se entre as 10 principais causas de morte no mundo e entre
as três primeiras quando se considera a faixa entre 15 e 34 anos de idade‖.
(WHO, 2000). (SCHMITT; QUEVEDO; KAPCZINSKI, 2008, p.182).
Apesar de não ser algo tão divulgado e trabalhado pesquisas
quantitativas relatam altos índices do ato suicida, um problema social, e uma
questão a ser trabalhada pela saúde pública inicialmente e seguir se
expandindo.
2.1 FATORES DE RISCO DE SUICÍDIO
Até o fim do século XX, foi utilizada como estratégia a pesquisa das
ciências sociais e da saúde para o fenômeno suicida. Os fatores de riscos
foram definidos por meio de estudos resgatando informações por conta das
mortes por suicídios registrados e os métodos escolhidos para o ato.
Por meio de técnicas psicológicas é possível resgatar aspectos
psicológicos, psiquiátricos, socioeconômico, médico dos pacientes, juntamente
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com informações sobre algumas características das famílias dos suicidas.
(MELEIRO; SANTOS; WANG, 2007, p.480).
Fatores que influenciam os múltiplos aspectos para o comportamento
suicida são: culturais, biológicos, sociais, políticos e econômicos. Ocorrendo
mudanças segundo a localidade, época, ano, mudanças sociais. (MELEIRO;
SANTOS; WANG, 2007, p. 481). Muitas pessoas pensam em cometer o
suicídio, mas não tentam, pois a grande maioria que tenta não morre por este
mesmo fator sendo estes problemas financeiros, políticos, aflições ou pressões
sociais, doenças entre outros.
Questiona se a motivação pela qual a pessoa tomar a iniciativa do ato
suicida, se existe a intenção de morrer e o conhecimento do efeito de ingerir
―certos‖ medicamentos. Pois existem casos que não são considerados suicídio,
segundo a definição de Durkheim, para a Psiquiatria. (SCHMITT; QUEVEDO;
KAPCZINSKI, 2008, p.185).
―O suicídio deve ser considerado como espécie peculiar de morte que
envolve três elementos internos: O elemento de morrer, o elemento de matar, e
o elemento de ser morto‖. (SCHMITT; QUEVEDO; KAPCZINSKI, 2008, p.182).
Esta ação tem seus estágios e também elementos que podem levar ou chegar
ao comportamento suicida.
2.2 CLASSIFICAÇÃO DO COMPORTAMENTO SUICIDA
Ao dividir em categorias as facilidade e identificação do comportamento
e como cada esfera da saúde pública pode identificar o caso de suicidas e
conseguir manejar da forma mais conveniente, o tratamento. O suicídio focal
são casos de automutilação, ferimentos, acidentes proposital, envenenamento.
Pode deixar sequelas ou não, pode não ser fatal, ou ter êxito.
Embora o suicídio não esteja enquadrado como transtorno mental na
edição da classificação de transtornos mentais e de comportamento, CID-10,
da organização mundial de saúde, está codificado no capítulo XX: Causas
externas de morbidade e mortalidade. (V01- Y98). (SCHMITT; QUEVEDO;
KAPCZINSKI, 2008, p.185).
3 FATORES SOCIAIS QUE IMPLICAM NO COMPORTAMENTO SUICIDA
3.1 IDADE
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Os riscos do suicídio aumentam com a idade, com poucos casos
ocorrendo em crianças, tendo aumento na adolescência e atingindo seu nível
mais alto após os 65 anos. Já para jovens e adultos a relação entre as
tentativas do suicídio e suicídio é entre cada 200 um e já para a terceira idade
a proporção caí para cada quatro um. Em idosos a letalidade é maior que em
adultos jovens. (MELEIRO; SANTOS; WANG, 2007, p.481).
O ato consumado de suicídio em crianças (menores de12 anos) é muito
raro, porém estes pensamentos ocorrem com certa frequência. A mortalidade
por suicídio em muitos países aumentou em jovens e adultos, podendo estar
ligados à questão socioeconômica, dificuldades no mercado de trabalho e o
uso de drogas.
Nos adolescentes é possível identificar dois grupos que tentam o
suicídio, o primeiro tem como característica problemas comportamentais, estilo
de vida destrutivo necessitando do interesse clínico e prevenção especial
segundo o risco. O outro grupo é caracterizado por problemas segundo
algumas situações, momentâneo, com seu funcionamento satisfatório,
tornando o risco de suicídio menor. (MELEIRO; SANTOS; WANG, 2007,
p.481).
3.2 GÊNERO
No Brasil e na maior parte dos países o suicídio é mais frequente em
homens do que em mulheres. Os homens a partir dos 45 anos de idade, porém
em mulheres, após os 55 anos. Existe uma incidência menor de tentativas de
suicídio por mulheres grávidas e com filhos pequenos (de colo), com exceção
de quadros psiquiátricos, aumentando o risco.
Os homens manifestam mais intenção de morrer, utilizam meios mais
violentos para tentativas e concretização do ato suicida, possivelmente pelo
desejo da morte seu conhecimento e métodos mais violentos, agressivos e
pela despreocupação com a desfiguração corporal. (MELEIRO; SANTOS;
WANG, 2007, p. 482).
3.3 ETNIAS E DISTINÇÕES CULTURAIS
As variadas etnias mostram taxas de suicídio com notáveis diferenças.
[...] ―As taxas de suicídio de diferentes etnias dependem de vários fatores interrelacionados, como o grau de aculturação, a qualidade do suporte do grupo de
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apoio que recebe os imigrantes e as características específicas de cada
cultura‖. (MELEIRO; SANTOS; WANG, 2007, p. 482).
Cada localidade tem sua cultura, suas influências e tradições oscilam e
podem ter situações adversas para o fator suicídio, por isso não há
unanimidade em um fator para influir neste fato.
3.4 RELIGIÃO
A maior parte das religiões condena o ato de interromper a própria vida,
pois é sagrado para algumas religiões e seus fiéis o dom da vida atribuído por
Deus. Um estudo sobre cartas deixadas por suicidas mostram que a maior
parte antes de efetuarem o ato lutaram contra seus princípios, como:
religiosidade, ortodoxa, crença, ser supremo, subjetiva, frequência à igreja na
infância ou atualmente.
A igreja é um grande suporte para o adoecimento segundo vários
estudos. Crenças religiosas e suas práticas ajudam a aliviar o estresse
associado ao adoecer, permite manter o controle sobre o que esta ocorrendo
com sua própria vida gerando uma esperança para o significado da mesma e
em si também de uma doença ou outros fatores, reduz a solidão e o isolamento
evitando que esta pessoa foque apenas em seu problema.
O importante é o significado da religião na vida de cada um esta
significância varia inclusive entre membros da mesma religião, apesar disto
mostra-se uma proteção de comportamentos e ideias suicidas. (MELEIRO;
SANTOS; WANG, 2007, p. 482).
3.5 ESTADO CIVIL
Pessoas casadas têm as menores taxas de suicídio, seguidos pelos
solteiros, onde este número aumenta duas vezes mais. Divorciados e viúvos, o
risco é quatro vezes maior. O risco aumenta 17 vezes em viúvos homens
jovem com menos de 50 anos. Mulheres divorciadas tem maior risco de
suicídio que viúvas e o oposto ocorrem com os homens, pois o maior risco de
suicídio em homens divorciados que em viúvos. Estas diferenças podem
ocorrem por refletir aspectos pessoais, psicopatologias e diferença de
personalidade. (MELEIRO; SANTOS; WANG, 2007, p. 482).
O casamento pode oferecer uma segurança, proteção que é mais
importante inclusive para os homens que para as mulheres. Esta proteção
oferecida pelo casamento é mais significante para os homens que para as
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mulheres. Algumas relações com dificuldades matrimoniais e data de
aniversário da separação ou do divórcio são escolhidos por suicidas. Atenção
especial deve ser direcionada aos homens com ideação suicida recentemente
viúvos ou divorciados. (MELEIRO; SANTOS; WANG, 2007, p. 482).
3.6 ORIENTAÇAO SEXUAL
Estudos tem demonstrado maior permanência de comportamento
suicida entre homossexuais e bissexuais de modo particular entre adolescentes
ou adultos jovens dos dois gêneros. Não há apenas um fato que podem incluir
atitudes discriminatórias contra estas pessoas e suas particularidades em seu
estilo de vida relacionados com alterações em seu desenvolver que possam
levar a transtornos mentais e comportamentos destrutivos. (MELEIRO;
SANTOS; WANG, 2007, p. 483).
3.7 DESEMPREGO E DIFICULDADES FINANCEIRAS
A ligação entre o ato suicida e o desemprego é descrita há muitos anos,
com risco três vezes maior de suicídio em homens desempregados por ate
dois, sendo que em até quatro anos de desemprego está diferença acaba
desaparecendo. Em mulheres o risco é maior e mais duradouro levando em
conta o risco alto com até nove anos de desemprego.
O emprego é uma proteção para todos nós, enquanto o desemprego
aumenta os riscos do suicídio necessitando de um critério avaliativo. Nas
relações do desemprego e dos transtornos psiquiátricos inclusive os ocultos,
como de substâncias e transtornos alimentares, ressalta se que os indivíduos
com psicopatologias tendem a pedir demissão ou a serem demitidos,
dispensados, além de o risco suicida ser elevado. (MELEIRO; SANTOS;
WANG, 2007, p. 483).
3.8 SOLIDÃO E ISOLAMENTO SOCIAL
O isolamento social e o conflito em suas relações encontram-se em
suicidas. Segundo um estudo metade das vítimas de suicídio não tinha nenhum
amigo íntimo. O isolamento social deve dar atenção maior nesse quesito,
problemas
interpessoais
são
característicos
de
alguns
transtornos
psiquiátricos, tornando-se mais amplo com a desvalorização social, idosos ou
outras discriminações. (MELEIRO; SANTOS; WANG, 2007, p. 483).
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3.9 PROFISSÃO
Profissões mais associadas ao suicídio são as dos médicos, dentistas,
seguidos por enfermeiros, assistentes sociais, cientistas matemáticos e os
artistas. Ainda não há uma certeza quais os fatores que influem ou aumentam
o risco de suicídio em determinadas ocupações, possíveis explicações para
este fator.
Acesso a substância ou métodos mais letais profissionais de saúde,
cientistas, agricultores, policiais, estressores específicos da profissão
(piloto de avião), ou tendências para agregar mais indivíduos com
transtornos psiquiátricos, como os artistas (APA,2003).O
conhecimento da importância de cada uma dessas explicações na
determinação do risco de diversas ocupações facilitando a
abordagem de prevenção nos profissionais de maior risco.(MELEIRO;
SANTOS; WANG, 2007, p. 483).
As facilidades as substâncias também auxiliam os indivíduos com
ideação suicida a colocarem seus planos em ação.
4 PERDAS, PROBLEMAS JUDICIÁRIOS, ARMA DE FOGO
O luto pela perca de alguém próximo aumenta significadamente o risco
do ato consumado suicida dos próximos quatro a cinco anos, e com história
pessoal de transtorno psiquiátrico pela tentativa do suicídio, ou pouco ou até
nada de suporte familiar, padrão semelhante ao risco associado a uma viuvez.
Ser usuário da penitenciária, estar preso é um fator de risco significativo
para suicídio com risco maior nos primeiros dias após estar na penitenciária, e
a preferência para o ato consumado é o enforcamento. As taxas aumentaram
nos últimos anos, pelo menos 50 % dos casos já existiam outros riscos para o
suicídio, como a tentativa ao ato sem providência clínica.
Quando existe a ideação suicida com uma arma de fogo presente em
casa aumenta o índice de atos consumados em adolescentes sendo de até
quatro a dez vezes maior nos Estados Unidos. Retirar a arma de fogo do
ambiente não diminui a intenção suicida, pois o individuo acaba utilizando
outros métodos com menor eficiência, como medicamentos e menor risco de
sequelas. (MELEIRO; SANTOS; WANG, 2007, p. 483).
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4.1
FATORES
ASSOCIADOS
AOS
TRANSTORNOS
MENTAIS/
TRANSTORNO DO HUMOR
O fator da presença de transtorno mental não é uma condição
obrigatória para ocorrer o ato consumado. A relação entre os transtornos
psiquiátricos tem a possibilidade de aumento quando sintomas depressivos e a
ansiedade surgem em quadros impulsivos, como transtorno de déficit de
atenção. Porém mais de 90 % dos suicidas apresentam transtorno mental
associado com 58 a 85% sendo a depressão ou o alcoolismo. Outros
transtornos mentais também apresentam altas taxas de suicídio, comparado a
população em geral. (MELEIRO; SANTOS; WANG, 2007, p. 483).
Maior parte dos pacientes com o transtorno de humor morre pelo ato
consumado suicida. Os fatores de risco mudam de acordo com o tempo após a
intenção pelo transtorno de humor. ―Até um ano os fatores associados ao
suicídio foram crises de pânico, ansiedade grave, concentração diminuída,
insônia global, anedonia, abuso, desesperança grave, ideação suicida e
história de tentativa de suicídio.‖ (MELEIRO; SANTOS; WANG, 2007, p. 484).
Com o passar do tempo características temperamentais representam
risco de suicídio, apresentando impulsividade. A taxa do suicídio aumentou
desde 1970. (MELEIRO; SANTOS; WANG, 2007, p. 484).
4.1. 1 Dependências e abuso de substâncias/ Transtornos psicóticos e
esquizofrenia /Transtorno de personalidade
Os problemas com drogas e álcool estão presentes em boa parte dos
suicidas. A intoxicação por álcool é a mais identificada nos casos de suicídio
em vários países, sendo este um fator que pode desencadear o
comportamento suicida. Além do uso das substâncias e álcool, dependência
com medicamentos prescritos pelos médicos, outro fator é o desemprego ou
perda de ente querido, podendo vir a serem fatores que influem no ato.
(MELEIRO; SANTOS; WANG, 2007, p. 484).
Pacientes com transtornos crônicos psicóticos e esquizofrenia tem risco
do ato consumado suicida aumentado. Os casos mais cientes da doença da
esquizofrenia aumentam a desesperança na vida por conhecer como a doença
lhe afeta, propiciando a tentativa ao ato. O auto risco suicida ocorre durante o
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período pós-psicótico pela perca de apoio, falta de supervisão duradoura e não
adesão ao tratamento. (MELEIRO; SANTOS; WANG, 2007, p. 485).
Transtorno de personalidades Borderline e antissocial, além de ser
associados com outras psicopatologias, de forma principal transtornos do
humor e abuso de substâncias. Problemas no trabalho, dificuldades
financeiras, discórdia na família, fatores que afetam e podem vir a desencadear
transtorno na personalidade.
Nos pacientes com transtorno da personalidade Borderline, o abuso de
substâncias e a impulsividade foram os fatores associados às tentativas de
suicídio. De forma geral o suicídio entre parentes próximos esta aumentando.
Pensando nisso foram realizados estudos para verificar a existência de fatores
genéticos que carreguem algum fator que tenha ligação ao suicídio.
Porém um conjunto de estudos sugere que o ato de tentar o suicídio
seria a condição hereditária. Uma das hipóteses possíveis é que o risco de
suicídio poderia ser determinado pela impulsividade, sendo a característica
herdada pelo fator genético. (MELEIRO; SANTOS; WANG, 2007, p. 485).
4.1. 2 Abuso físico, emocional e sexual/ Distúrbio e violência na família
Estudos observaram associações entre abusos físicos ou sexuais na
infância com o comportamento suicida. O maior risco nos abuso é quando
ocorre o abuso sexual. O risco só aumenta quando é um conjunto sendo o
abuso sofrido emocional, físico e sexual. (MELEIRO; SANTOS; WANG, 2007,
p. 485).
A violência física e emocional aumenta o risco do comportamento
suicida, o risco só se agrava quando as agressões são crônicas e praticadas
por parentes ou pessoas íntimas. O risco do ato consumado parece estar
associado à evolução de experiência violentas para o transtorno de estresse
pós-traumático. (MELEIRO; SANTOS; WANG, 2007, p. 486).
5 ASPECTOS PSICOPATOLÓGICOS PRESENTES NO SUICÍDIO
São regidos por aspectos e graus crescentes de intensidade e
gravidade. Ideias de morte onde vê a morte como alívio, porém não pensa em
realiza-lo por si. Ideias suicidas são as ideações que surgem no pensamento
do indivíduo podendo com o tempo tornar se mais frequentes. Desejo de
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suicídio segue as ideais suicidas, porém não põe a ideia em ação
desesperança para fatos, fatores e falta de expectativa.
Intenções de suicídio ocorrem ameaças de colocar fim a própria vida,
embora ainda não tenha ação. No Plano de suicídio decide que vai acabar com
a própria vida, passa a planejar os detalhes, o método, local. Dependendo o
caso decide deixar bilhete de despedida. (MELEIRO; SANTOS; WANG, 2007,
p. 487).
Tentativa de suicídio estes incluem atos auto agressivos, porém não
fatais. Não há intenção de morrer, porém outros fatos motivam a vontade de
tentar o ato, como vingar-se, chamar atenção. Atos impulsivos são auto
agressivos repentinos não há planejamento para o suicídio. Uso de
medicamentos joga-se na frente dos outros, não há tolerância para a
frustração.
No ato impulsivo não há desejo consciente de morrer, porém as
tentativas do suicídio tem gravidade maior. O Suicídio é o planejamento
cauteloso utiliza métodos letais e concluí o plano com o desfecho sendo a
morte. (MELEIRO; SANTOS; WANG, 2007, p. 488).
A ambivalência é o que a maior parte das pessoas em certo momento
de sua vida já pensou são sentimentos confusos para cometer o suicídio. O
desejo de morrer ou viver alternam nos individuo suicidas, conforme o
momento e a motivação que esta passando.
Na impulsividade o suicídio é um ato impulsivo sendo desencadeado
pelos eventos negativos do cotidiano. Podendo durar minutos ou horas, com
apoio emocional acalmando tal crise, um profissional pode auxiliar a diminuir tal
desejo. Na rigidez as pessoas com ideação suicida têm pensamentos e ações
restritas, sempre vem como única resolução do problema o suicídio, pensam
drasticamente. (MELEIRO; SANTOS; WANG, 2007, p. 488).
5.1 ORIGEM DO COMPORTAMENTO SUICÍDA / ABORDAGEM CLÍNICA
ESPECIALIZADA
O comportamento tem influencia de variados fatores como: sociológicos,
epidemiológicos, filosóficos, biológicos, culturais e psicológicos. Pra elaborar
um tratamento possível para os pacientes é necessário analisar a intensidade
do sofrimento insuportável. Necessitando mostrar tal individuo o que pode lhe
motivar a enxergar motivos para continuar a viver, abordagem clínica, conduta
terapêutica. (MELEIRO; SANTOS; WANG, 2007, p. 492).
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Erros no diagnóstico do suicídio são inevitáveis, pois não há um padrão
ou sequência de elementos que apontam para algo específico sendo assim é
necessária certa precaução e cuidado dos profissionais de saúde auxiliando na
atenção necessária a qualquer individuo tentativa de algo contra si mesmo.
(MELEIRO; SANTOS; WANG, 2007, p. 492).
Alguns fatores sugerem ideações suicidas e demonstram o desejo
destas pessoas: Mensagem ou carta de adeus; (Onde existe a primeira
comunicação de seus sintomas e ideações). Comunicação de que iria ou vai se
matar; Cuidados para que o ato não seja descoberto; Ausência de pessoas que
possam socorre lá; Método violento ou uso de substâncias; Não procurar ajuda
após a tentativa do ato; Crê que o ato será irreversível, letal; Encerra conta
bancária, providência seguro de vida, escritura etc; Arrependimento por ter
sobrevivido a uma tentativa; Afirmação que deseja morrer. (MELEIRO;
SANTOS; WANG, 2007, p. 493).
5.2 FATOS QUE INDICAM NOVAS TENTATIVAS SUICÍDAS
Prévia hospitalização por autoagressão; (Onde o paciente pode ser
internado para sua própria segurança).Tratamento psiquiátrico; (No caso de
patologias
diagnosticas
procede
ao
tratamento).
Algum
Transtorno;
(Transtornos como alguns citados relacionados à ansiedade e personalidade
podem influenciar nas ideações suicidas).
Não estar morando com algum familiar; (O isolamento pode ser um
indicativo para a ideação suicida ou algum outro problema emocional).
Internação psiquiátrica. (Internar o paciente por conta de uma psicopatologia e
riscos com sua segurança e para com os outros). (MELEIRO; SANTOS;
WANG, 2007, p. 493).
5.2.1 Terapia, cuidado e tratamento
A hospitalização onde o terapeuta pode avaliar e analisar o suicida e
consegue protege ló, também tornando mais eficaz o seu tratamento tanto
psicológico emocional e através da medicação. (MELEIRO; SANTOS; WANG,
2007, p. 494). É apropriado para todas as crianças e adolescentes com
comportamentos suicidas focar no tratamento cognitivo comportamental, com
ênfase na capacidade para enfrentar seus problemas.
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O tratamento intensivo extra hospitalar deve ser detalhadamente
combinado com o paciente e com os familiares; é necessário que uns
e outros se mostrem comprometidos com as recomendações do
médico, como adesão à medicação e vigilância,por exemplo.(
SCHMITT; QUEVEDO; KAPCZINSKI, 2008, p.193).
Os profissionais de saúde como médicos, enfermeiros, ou outros
ambientes como escola, professores, colegas podem identificar sentimentos
conflituosos,
podendo
auxiliar
na
melhora
de
autoestima,
mudar
comportamentos desadaptativos e interagir mais eficazmente. O desafio chave
da prevenção consiste na identificação de pessoas com risco e que estão
vulneráveis, entendendo assim as circunstâncias que influenciam o seu
comportamento
autodestrutivo
e
a
buscar
intervenções
eficazes.
(ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE-OMS, 2006, p.09).
Por fim a prevenção do suicídio envolve uma variedade de atividades e
ações, incluindo a boa educação das crianças, aconselhamento familiar,
tratamento das perturbações mentais, controle ambiental de fatores de risco, e
educação da comunidade e do social. Esta educação eficaz necessita de uma
intervenção básica, inclui o entendimento das causas do suicídio, assim como
a sua prevenção e o seu tratamento e acompanhamento. (ORGANIZAÇÃO
MUNDIAL DE SAÚDE-OMS, 2006, p. 09). Em todos os casos de ideação
suicida existe o acompanhamento de profissionais como: Psicólogo, psiquiatra,
dependendo o caso o neurologista. Trabalha-se na área de psicologia com
terapia cognitivo comportamental, terapia comportamental dialética, terapia
psicodinâmica e o apoio familiar.
Inclui-se o apoio ao suicida para enfrentar emoções intensas e entrar em
confronto com os seus pensamentos e ações autodestrutivas ao mesmo tempo
em que se encoraja a autonomia e autoestima pessoal reconhecendo e assim
superando sentimentos e emoções de desamparo, solidão e exclusão,
enquanto desenvolve o autoconhecer e existe a construção da identidade
pessoal positiva e otimista, elementos indispensáveis para o aconselhamento
individual. (ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE-OMS, 2006, p.10).
Estima-se que aproximadamente um milhão de pessoas tenha
cometido suicídio em 2000, colocando o suicídio entre as dez causas
de morte mais frequentes em muitos países do mundo. Dez a vinte
milhões de pessoas terão tentado suicidar-se. Mas presume-se que
os números reais sejam ainda mais elevados. Embora as taxas de
suicídio variem de acordo com categorias demográficas, elas
aumentaram aproximadamente 60% nos últimos 50 anos. A redução
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da perda de vidas devida a suicídios tornou-se um objectivo
internacional essencial em saúde mental. Os conselheiros podem ter
um papel chave na prevenção do suicídio. (ORGANIZAÇÃO
2
MUNDIAL DE SAÚDE-OMS, 2006, p.11).
Ao analisar taxas e índices nota-se quanto é alarmante este fator trágico
e problema social, torna-se inclusive um problema de saúde pública
necessitando de atenção primordial. Fatores que reduzem o risco de suicídio:
Apoio da família, de amigos e de outros vínculos significativos, crenças
religiosas, culturais e éticas, envolvimento na comunidade, no social, vida
social satisfatória, integração social como lazer, praticar atividades físicas,
leituras, acesso a serviços e cuidados de saúde. (ORGANIZAÇÃO MUNDIAL
DE SAÚDE-OMS, 2006, p.11).
6 Conclusão
Ao refletir nas psicopatologias e transtornos existentes nota-se que
maior parte delas existe a confusão mental atrelada à baixa autoestima,
pessimismo, ideações realistas demais. Influindo para adoecer cada vez mais
os indivíduos, levando-me a questionar quais os problemas mais extremos por
fatores psicológicos, emocionais transtornos chegando ao suicídio.
Conforme a magnitude da questão o modo como fatores simples,
rotineiros podem influir e destruir quem já não esta muito bem emocionalmente,
psicologicamente, podendo chegar ao extremo do ato consumado e resultando
numa tragédia inaceitável para os familiares, onde existe muita culpa e
arrependimento, onde ninguém se preocupa com os primeiros sinais de
ideações suicidas, ou até chega a se preocupar, porém a ideação suicida é
mais persistente em tal indivíduo e em certo momento ele consegue concretizar
seu plano suicida.
Fatores mínimos podem auxiliar pessoas nessa situação ou que está
indo para esta direção, humor saudável, rir por coisas mínimas, inclusão social,
atividades distintas, usar internet de modo saudável (não passar maior parte do
dia na frente do computador, celular, tablet, notebook etc), praticar atividades
físicas, procurar variar seu cotidiano para não cair na rotina, fatores simples
que contribuem para a saúde de modo geral.
Quando há existência de algum diagnóstico cabe aos profissionais da
saúde dar atenção devida a todas as pessoas informando as primeiramente
2
A palavra objectivo esta descrita exatamente como no parágrafo, segue a fidelidade com o
uso dos termos do autor.
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sobre o suicídio, modos de prevenção e quando necessário encaminhar o
indivíduo a algum profissional para buscar auxílio, como o psicólogo
dependendo o caso psiquiatra, porém jamais deixar de dar o suporte e auxilio
devido. A luta contra o suicídio está na prevenção, auxiliei quando tiver
oportunidade.
SUICIDE: PUBLIC HEALTH PROBLEM
Abstract
Our social environment, which is busy with compromises, results in conflicts that cause mental
disturbance and difficulties that some people can not cope with, starting from ideations that can
be seen as a solution to suicide, the act of taking one's life, Resolution of their personal
problems in general, unfortunately the rates of suicide are high, now becoming a public health
problem seeking a reflection around the measures to prevent such tragedy and self-destruction.
The methodology consists of a bibliographical research, through preventive measures and care
it is possible to minimize the high data of this question.
Keywords: Care. Self – Destruction. Health. Life.
REFERÊNCIAS
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Disponível em: <
http://www.who.int/mental_health/media/counsellors_portuguese.pdf >
Acessado em : 02 de jun. de 2016.
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