= 90º Revisão do produto escalar entre vetores Define-se o produto escalar entre os vetores e cos como ⋅ e ̂+ ̂+ Logo = ̂+ ̂+ - Se os vetores forem paralelos e mesmo sentido, = 0º o produto escalar tem seu valor máximo para os dois vetores = (b) Supondo que o vetor por ⋅ + + e o vetor | |= = cos o menor ângulo entre os dois vetores no espaço. Uma das maneiras de determinar o ângulo definições: cos cos = ⋅ = = = + cos + + ⋅ ⋅ cos 0 = ⋅ 1= ⋅ = - Se os vetores forem paralelo e com sentido contrário, 180º, o produto escalar é máximo, porém negativo cos é mesclar as duas + ⋅ = −1 = + + = = 180º cos 180 = + + = arccos = Logo o produto escalar entre os vetores ainda pode ser escrito como ⋅ =0 = 0º cos tenham módulos dados = , ⋅ ⋅ 0= sendo este resulta um escalar, desprovido de direção e sentido. Em outras palavras, este resultado é uma quantidade, um valor numérico. sendo ⋅ = O produto escalar entre os dois vetores é definido como ⋅ ⋅ cos 90º = que também é chamado de produto ponto. Existem duas maneiras de calcular o resultado: (a) Supondo = ⋅ ⋅ Logo ⋅ =− Trabalho e Energia Cinética - Prof. Leandro Neckel TRABALHO DE UMA FORÇA CONSTANTE Ou ainda = arccos cos = ⋅ | | ⋅ ! Propriedades do produto escalar - Se os vetores forem perpendiculares entre si, o produto escalar é igual a zero, ou seja cos = ⋅ É a energia transferida para um objeto ou de um objeto através de uma força que age sobre o objeto. - Símbolo: W - Definição: () = * ⋅ + (produto escalar) Sendo * a força e + o deslocamento exercido pela força na direção do deslocamento. Ainda tem-se () = * + cos ∑* = 0 =0 /+* −>=0 / =>−* / = 0 1 − * sen θ / = 10 ∗ 9.8 − 30 278 30º / = 98 − 15 = 83/ Com sendo o ângulo entre * e + . Repare que aqui temos que F e d representam os módulos do vetor força e deslocamento respectivamente. Se * tem uma componente na direção de + então temos: - Unidade no SI () = * ∗ + Repare que, segundo a definição, o trabalho de uma força deve possuir a mesma unidade que a energia cinética. mas como Logo -(. = -*. -+. -(. = / 0 -*. = -0. - . 0 -*. = 1 3 2 0 /= 1 3 2 -(. = 1 0 03 0= 1 3 =4 3 2 2 - exemplo: em um plano horizontal, um bloco sem atrito é puxado por uma força F de 30N que faz um ângulo de 30º acima a horizontal. Com a aplicação desta força o bloco que tem 10kg de massa sofre um deslocamento de 20m na horizontal. Qual é o trabalho desta força? Decompondo a força F temos: * = * cos * = * 278 = 26/ = 15/ Logo * = 26 ̂ + 15:̂ / . Sendo que + = 20 ̂ 0 teremos, segundo a equação (3): () = 26 ̂ + 15 ̂ ⋅ 20 ̂ () = 26 ∗ 20 + 15 ∗ 0 () = 5204 Segundo a equação (4), sabendo que o ângulo entre o deslocamento e a força é de 30º teremos () = 30 ∗ 20 ∗ cos 30 () = 5204 O trabalho de uma força conta com a fração da mesma que age na direção do movimento. Repare que somente * está na direção do movimento, logo é somente está fração da força que realizará trabalho. Ainda, como não há movimento na vertical (em y), a componente * da força não realiza trabalho (repare na equação (6)). Ainda, se uma força age integralmente na direção do movimento, tem-se que o ângulo entre a força e o deslocamento é zero e cos 0 = 1. Continuando no mesmo exemplo poderíamos desejar saber o trabalho das forças peso e normal no sistema. Em y temos a seguinte equação constitutiva, segundo a 2ª lei de Newton: ∑* = 0 ∗ Ainda, sabendo que > = 98/, (> = 0 ∗ 1 , podemos definir vetorialmente: / = 83:̂ / > = −98 ̂ / Calculando os trabalhos destas forças: (B = 83 ̂ ⋅ 20 ̂ = 83 ∗ 0 + 0 ∗ 20 = 04 (C = −98 ̂ ⋅ 20 ̂ = 98 ∗ 0 + 0 ∗ 20 = 04 Que são resultados que fazem sentido uma vez que ambas as forças normal e peso não estão na direção do movimento (que é puramente horizontal) e que também não possuem componentes naquela direção. Segundo a equação (4) encontraríamos os mesmos resultados sabendo que o ângulo entre o peso P e o deslocamento d é de -90º (segundo o círculo trigonométrico) e que o ângulo entre a força normal N e o deslocamento d é de 90º. Observe: (B = 83 ∗ 20 ∗ cos 90 = 04 (C = 98 ∗ 20 ∗ cos −90 = 04 Isso, pois cos 90 = cos −90 = 0. Imaginando a mesma situação com atrito, com a força DE de atrito cinético aplicada no sentido negativo de x, podemos calcular o trabalho realizado pela mesma uma vez que DE = FE / Suponhamos FE = 0.2 teremos Vetorialmente: DE = 0.2 ∗ 83 = 16.6/ DE = −16.6 ̂ / Logo, o trabalho da força de atrito será (aplicando a definição (3)): (GH = −16.6 ̂ ⋅ 20 ̂ = −3324 Repare que o trabalho é negativo, pois a força de atrito está contra o movimento. Considerando a equação (4) teremos que considerar um ângulo de 180º entre a força de atrito e o deslocamento uma vez que DE está para a esquerda e + está para a direita: (GH = 16.6 ∗ 20 ∗ cos 180 (GH = 16.6 ∗ 20 ∗ −1 = −3324 TRABALHO TOTAL. O trabalho total em um sistema é a soma dos trabalhos realizados pelas forças sobre o objeto: (I = ∑( - no exemplo teremos que (I = (C + () + (B + (GH Trazendo o termo + para o braço esquerdo da equação temos *JKL + = Onde a ordem não importa. Tem-se então (C = 04 (B = 04 () = 5204 (GH = −3324 (I = 0 + 520 + 0 − 332 = 1884 O trabalho total também pode ser calculado por (I = *JKL ⋅ + - no exemplo, temos que *JKL = * + > + / + DE Define-se, então NG = Lembrandro que + = 20 ̂ 0 temos que (I = 9,4 ̂ ⋅ 20 ̂ 0OG3 2 Como energia cinética no estado final para um corpo que possui velocidade OG e NU = 0OU3 2 Como energia cinética inicial para um corpo que possui velocidade inicial OU . Logo *JKL + = NG − NU *JKL = 26 ̂ + 15 ̂ + −98 ̂ + 83 ̂ + −16.6 ̂ *JKL = 9,4 ̂ / 0OG3 0OU3 − 2 2 *JKL + = ΔN Generalizando para mais de uma dimensão *JKL ⋅ + = ΔN (I = 188 4 Como força resultante não nula realiza o trabalho total sobre um objeto: É a energia associada ao estado de movimento de um objeto. Define-se, então, o TEOREMA TRABALHO-ENERGIA CINÉTICA ENERGIA CINÉTICA (I = *JKL ⋅ + XY = Z[\] ⋅ ^ - Símbolo: K - Definição N= 1 0 O3 2 Com m sendo a massa e v a velocidade do objeto. - Unidade no SI -N. = -0.-O.3 - no exemplo anterior pode-se concluir então que: (I = 1884 ΔN = 1884 Considerando o teorema e supondo que a velocidade inicial do bloco era zero (estado de repouso), pode-se calcular a velocidade final do mesmo: 1 1 0 OG3 − 0OU3 2 2 1 OU = 0 ∴ 0OU3 = 0 2 ΔN = 03 -N. = 1 3 = 4 4PQR7 S. T. 2 RELAÇÃO ENTRE TRABALHO E ENERGIA CINÉTICA. Considerando o problema de uma dimensão, temos que Logo *JKL = 0 ΔN = Para uma aceleração , uma mudança de velocidade de OU para OG é executada em um deslocamento ΔW que, para este contexto, chamaremos de + . A equação que relaciona esta mudança de velocidade é dada por Isolando a aceleração OG3 = OU3 + 2 + = OG3 − OU3 2+ Substituindo na lei de newton temos: *JKL = 0 OG3 − OU3 2+ 1 0O 3 2 G OG = ` 2ΔN 0 OG = `2 188 0 = 6.13 10 2 - exemplo: exercício 15, capítulo 7 (Halliday) - Uma força de 12,0N e orientação fixa realiza trabalho sobre uma partícula que sofre um deslocamento + = 2.00 ̂ − 4.00 ̂ + 3.00 0. Qual e o ângulo entre a força e o deslocamento se a variação da energia cinética da partícula é (a) +30.0 J e (b) -30 J * = 12/ a)ΔN = 304 + = 2 ̂−4 ̂+3 =? 0 Para calcularmos o ângulo, recorremos a equação (4) considerando que só há uma força atuando sobre o bloco. () = * + cos - .= Para definir o trabalho realizado por uma força elástica, ou uma força variável qualquer, pode-se utilizar uma outra definição unidirecional de trabalho: d () = c * +W e Como há somente uma força: E assim Logo (I = () Sabendo que () = ΔN Temos que ΔN = * + cos Para continuarmos é necessário encontrarmos o módulo do deslocamento: + = b+ 3 + + 3 + + 3 Então + = + = 5.390 ΔN *+ cos = 0.46 = arccos 0.46 = 62.61º cos = Para realizar a letra b, o procedimento é o mesmo, considerando que é pedido o ângulo entre a força e o deslocamento uma vez que a variação da energia cinética é 30J. / 0 * =− W d () = c − W +W e () = − f W3 g 2 d e WG3 WU3 () = − f − g 2 2 WG3 WU3 ()h = − 2 2 Porém, sabe-se que a habilidade de cálculo com integrais não é algo muito desenvolvido para aqueles que cursam a disciplina de física 1, ou mecânica básica, logo existe uma maneira menos aprofundada, porém geometricamente rica, de chegarmos no mesmo resultado. Sabendo que se tem uma força que depende linearmente da posição do objeto ou partícula: *=− W TRABALHO DE UMA FORÇA ELÁSTICA Uma força elástica é um caso simples de força variável, ou seja, que não é simplesmente constante para qualquer situação. A força elástica proposta nesta unidade é muito ligada com a propriedade elástica de alguns materiais assim como molas, elásticos, etc. A força elástica do tipo *=− W É chamada de restauradora, pois conforme o deslocamento em x do objeto, ela aponta no sentido contrário ao mesmo. Para exemplificar, repare que para posições positivas de x, o módulo da força fica negativo, ou seja, aponta para o sentido negativo de x. De maneira oposta temos a força quando o objeto está em uma posição negativa em x: desta forma a força F é positiva e aponta para o positivo de x. Se o objeto que sofre ação desta força está na origem do sistema, ou seja, em W = 0 , ou ainda, na sua posição de equilíbrio, a força F tem módulo igual a zero. Esta força elástica descrita acima é conhecida como Lei de Hooke. A constante é conhecida como a constante elástica do material. Sua unidade Sendo o eixo vertical o eixo das forças, em Newtons, e o eixo horizontal o das posições, em metros. Ainda, uma das interpretações da integral, que é de conhecimento necessário para compreensão desta demonstração, é que o resultado de uma integral de uma função é numericamente igual a área entre a curva da função e o eixo horizontal entre dois pontos do eixo horizontal. A área demarcada na figura acima demonstra a área entre a curva da função * = − W entre os pontos W = 50 e W = 100. A integral ij c − W +W Calcula a área pintada. k Repare que para a função linear de x, * = − W, temos que a região entre quaisquer dois pontos é um trapézio, que tem fórmula de área conhecida e dada por lmJno = p+ 2 ℎ Onde B e b são as bases paralelas maior e menor respectivamente e h a altura do trapézio. Repare que no gráfico acima as bases maior e menor são valores do eixo vertical, logo forças, enquanto a altura são valores no eixo horizontal, logo uma diferença entre posições. Podemos definir, para duas posições WU 7 WG que a força que age sobre o bloco nestas posições são * WU e * WG respectivamente e que são iguais, ainda, a * WU = − WU * Wr = − WG Sabendo que a base maior, B, é a * WG e a base menor b é a * WU , temos que () = lmJno p+ ℎ () = 2 s* WG + * WU t WG − WU () = 2 − WG − WU WG − WU () = 2 − WG3 + WG WU − WG WU + () = 2 () = WG3 WU3 − 2 2 Onde a posição está no eixo horizontal e a força está no eixo vertical. Vale repetir aqui que está é uma força restauradora, ou seja, quanto mais longe o corpo está da origem do sistema, maior é a força contrária que sofre. Ainda, como a força é contrária ao movimento, é esperado que, se em W = 3.00 o corpo possuía uma velocidade de 8.0m/s, é esperado que em W = 4.00 o corpo possua uma velocidade menor. Pode-se encontrar, então o trabalho da força * ao longo deste deslocamento de um metro e calcular a variação da energia cinética durante o mesmo. ()h = ΔN 1 1 1 1 WU3 − WG3 = 0 OG3 − 0OU3 2 2 2 2 Repare que para * = −6W temos que - .= Simplificando a equação teremos Isolando OG temos WU3 Assim, é possível chegar no mesmo resultado encontrado através da integral. Infelizmente isto só é possível quando a força depende linearmente da posição, ou seja, quando a força variável * W é uma função do primeiro grau. WU3 − OG = ` / 0 = 6 e sua unidade é WG3 = 0 OG3 − 0 OU3 WU3 − WG3 + 0 OU3 0 6 ∗ 33 − 6 ∗ 4 3 + 2 ∗ 8 3 OG = ` 2 0 OG = 6.56 2 O resultado, que era esperado, é menor que a velocidade inicial no ponto W = 30. - exemplo: questão 29, capítulo 7 (Halliday) - A única força que age sobre um corpo de 2.0 kg enquanto ele se move no semieixo positivo de um eixo x tem uma componente * = − 6W com x em metros. A velocidade do corpo em W = 3.0 0 é 8,0 m/s. (a) Qual é a velocidade do corpo em W = 4.0 0? (b) Para que valor positivo de x o corpo tem uma velocidade de 5.0 m/s? (b) O procedimento é parecido e, em comparação com o item (a), também podemos prever algo sobre a posição que o corpo estará: repare que em W = 4.00 o corpo possuía uma velocidade de 6.56m/s. Desejando saber em que posição o corpo estará com 5.0m/s de velocidade, é esperado, então, que a posição seja maior que 4m. (a) Se observarmos a força variável temos uma função de primeiro grau com o coeficiente angular negativo, logo temos uma função linear decrescente com o seguinte gráfico: Partindo da mesma equação, reinterpretando-a: Isolando WG temos WU3 − WG3 = 0 OG3 − 0 OU3 WU3 − 0 OG3 + 0 OU3 WG = ` Considerando o estado inicial como WU = 4.00 e OU = 6.56 teremos: WG = ` u L 6 ∗ 43 − 2 ∗ 53 + 2 ∗ 6.563 6 WG = 4.690 Que é um resultado que, como esperado, é maior que W = 4.00. POTÊNCIA É a taxa de realização de trabalho. Ou seja, é quanto trabalho é realizado em um determinado tempo. Ainda, se uma força aplicada a um corpo realiza trabalho sobre este em um determinado tempo, a potência mede quanto trabalho foi realizado por unidade de tempo. - Definição (potência média) >uKv = ( Δw A potência instantânea, então é definida por >= vx vm (derivada do trabalho no tempo) Isso se o trabalho puder ser definido como uma função do tempo. - Unidade -(. -w. 4 ->. = = ( ( ww 2 ->. = - Conversões conhecidas: 1 ℎPy27zP{7y = 1ℎz = 746 ( 1 } O RPO zPy = 1}O = 735.5 ( - Outras definições: +( +w ( = * W cos +( = * +Wcos θ * +W cos ∴>= +w +W > = * cos +w > = * O cos >= Ou ainda, vetorialmente: > =*⋅O (produto escalar) - exemplo – exercício 49, capítulo 7 (Halliday) - Uma máquina transporta um pacote de 4,0 kg de uma posição inicial +~ = 0.50 0 ̂ + 0.75 0 ̂ + 0.20 0 em w = 02 até uma posição final +G = 7.50 0 ̂ + 12.0 0 ̂ + 7.20 0 em w = 122 . A força constante aplicada pela máquina ao pacote é * = 2.00 / ̂ + 4.00 / ̂ + 6.00 / . Para esse deslocamento, determine (a) o trabalho realizado pela força da máquina sobre o pacote e (b) a potência média dessa força. (a) Aqui pode-se aplicar diretamente a equação (3) para determinar o trabalho da força * . Porém, é necessário encontrar o valor do deslocamento inicialmente. + = +G − +~ + = • 7.50 0 ̂ + 12.0 0 ̂ + 7.20 0 € − • 0.50 0 ̂ + 0.75 0 ̂ + 0.20 0 + = 7.00 ̂ + 11.25 ̂ + 7.00 0 € Assim, aplicando a definição de trabalho, temos: ( ( ( ( =*⋅+ = •2.00 ̂ + 4.00 ̂ + 6.00 € ⋅ •7.00 ̂ + 11.25 ̂ + 7.00 € = 2 ∗ 7 + 4 ∗ 11.25 + 6 ∗ 7 = 101.004 (b) Sabendo que a força aplicada é constante, pode-se considerar que a potência média é igual a potência total. Logo, aplicando a equação (15) temos: (15) >uKv = x •m >uKv = >m‚mnƒ = >m‚mnƒ = 8.4( 101.00 12