Erivan Nogueira da SILVA (Universidade Estadual de Santa Cruz) [email protected] Tiago Jordão dos SANTOS (Universidade Estadual de Santa Cruz) [email protected] Rafael SOUZA (Universidade Estadual de Santa Cruz) [email protected] Neiff Carlos PEREIRA (Universidade Estadual de Santa Cruz) [email protected] Ari Melo Mariano (Universidade Estadual de Santa Cruz) [email protected] USO DE REDES SOCIAIS NO MARKETING EMPRESARIAL: VANTAGENS E DESVANTAGENS DA PUBLICIDADE NA REDE. Resumo: O presente trabalho tem por finalidade abordar o ambiente de marketing digital, suas características hodiernas, sua profundidade, seus conceitos, bem como, sua aplicação prática nas empresas que se aventuram no mundo virtual. Neste ensaio buscou-se o entendimento de como as redes sociais hoje se apresentam como uma fronteira ainda pouco explorada e às vezes mal utilizada pelos empreendedores. São explicitadas as estatísticas que demonstram claramente o potencial que há para que as marcas não só anunciem, mas também obtenham retorno sobre a opinião e satisfação dos clientes. O trabalho demonstra como através das NTICs (Novas Tecnologias de Informação e Comunicação) podem-se captar dados preciosos a respeito das preferências de clientes em potencial em mercados cuja sondagem seria muito mais onerosa através de ferramentas outras. A metodologia foi eminentemente bibliográfica e apresenta de maneira estruturada os dados pertinentes ao assunto. Palavras chave: Marketing digital, Redes Sociais, Marcas, Empresas. USE OF SOCIAL NETWORKS IN BUSINESS MARKETING: ADVANTAGES AND DISADVANTAGES OF ADVERTISING ON THE NETWORK. Abstract: The present paper aims to address the environment of the digital marketing, its modern characteristics, its depth, its concepts, as well as its practical application in companies that might venture into the virtual world. In this essay it has been sought the understanding of how social networks nowadays behave as a still unexplored and sometimes misused frontier by the entrepreneurs. The statistics that clearly demonstrate the existing potential for brands not only to advertise but also to get feedback about opinion and customer satisfaction are explained. The work demonstrates how through NTIC (New Technologies of Information and Communication) it is possible to capture valuable data about the potential customers preferences in markets in which this type of survey would be much more expensive through other tools. The methodology was eminently literature and presents structured data relevant to the subject. Key-words: Digital Marketing, Social Networks, Brands, Enterprises. 1 1 Introdução As redes sociais estão em contínua expansão no Brasil e no mundo. Atualmente, elas constituem uma das estratégias mais utilizadas pela sociedade para o compartilhamento de informações e do conhecimento. Segundo pesquisa publicada pela KPMG Internacional, que comprova o alto grau de interesse dos brasileiros por redes sociais, 77% dos brasileiros (internautas) afirmam terem acessado blogs, redes sociais ou outros sites não noticiosos no mês janeiro de 2013, ante 72% de chineses, e 71% de espanhóis. As redes sociais promoveram mudanças no comportamento da sociedade. Atualmente, todos estão conectados e buscando atualizações de conteúdo a toda hora. É o que afirma pesquisa da Hi-Mídia realizada em parceria com a M.Sense que mapeia o comportamento dos usuários de redes sociais no Brasil e as diferenças de postura e expectativa em cada uma. A pesquisa avaliou ainda a interação do usuário com marcas no Facebook e no Twitter. No primeiro, 57% dos usuários curtem alguma marca e buscam novidades sobre elas. Já no Twitter, a busca é sobre melhores oportunidades de compra e descontos. Entre os entrevistados, 57% curtem no Facebook alguma marca, sendo a Nike a marca mais citadas e 73% comentam sobre suas compras quando são surpreendidos tanto positivamente como negativamente. O uso das redes para comentar sobre compras é elevado (65%) e não se restringe às reclamações ou elogios a determinada marca. Sendo assim, muitas empresas tem tido o interesse de expor suas marcas também nas Redes Sociais, devido inicialmente, à grande quantidade de usuários presentes nestas. Por esse motivo, diariamente, novas empresas criam seus perfis em redes sociais. Vale salientar que muitas vezes, sem ao menos saber como utilizar essas ferramentas de maneira estratégica. Neste ambiente, as organizações aprendem a desenvolver novos conceitos de comunicação e marketing, diferentes dos tradicionais, aproveitando da melhor forma a ligação entre os seus membros e a proximidade entre eles. Segundo especialistas da área mercadológica estar fora do contexto das Redes Sociais significa literalmente, para empresas, perder negócios. Sendo assim levanta-se o questionamento: Quais os benefícios obtidos pelas empresas que estão presentes em Redes Sociais? O objetivo geral deste ensaio é analisar as vantagens e desvantagens do uso de redes sociais por empresas no contexto do desenvolvimento da estratégia de marketing e discutir as implicações aportadas por esse uso. O crescimento das Redes Sociais representa um comportamento característico do ser humano como um ser social que sempre se reuniu em grupos compartilhando interesses e objetivos em comum. Os mesmos grupos sociais criados em nosso dia-a-dia são fortalecidos através da internet. Isso ocorre porque as pessoas atualmente passam muito tempo no ambiente online. Esse comportamento tem influenciado não somente a forma como as pessoas se relacionam, mas também no modo em que próprio mercado se comporta diante desse novo comportamento. O acesso à tecnologia e a internet mudaram os hábitos dos consumidores (Oliveira, 2012). Sendo assim, considera-se que esta problemática ganha relevância econômica e social pelo crescente desejo das pessoas de compartilhar suas opiniões, experiências e aspirações em Redes Sociais o que fornece as empresas uma grande oportunidade para 2 captar e avaliar dados utilizando-os para conhecer melhor seus clientes e aprimorar os seus produtos e o relacionamento com eles. 2 Marketing Em geral, muitas pessoas acreditam que marketing seria apenas a propaganda e a venda do produto. Marketing é um processo social e gerencial pelo qual indivíduos e grupos obtêm o que necessitam e desejam por meio da criação, da oferta e da livre troca de produtos e serviços de valor com outros (KOTLER, 1998). Peter (2003, p. 04) afirma que o Marketing consiste “no planejamento, execução e concepção, na distribuição, estabelecimento de preços e suas distribuições de ideias, produtos e serviços devem satisfazer todas as necessidades individuais e organizacionais”. A definição de marketing tem evoluído com o passar dos anos. Atualmente, pode-se descrever o marketing como sendo um setor empresarial que gera inúmeros princípios para o cliente e vantagens competitivas para as empresas. Segundo Mccarthy e Perreault (1997), o marketing interage diariamente uma centena de vezes com milhares de marcas, mesmo que não se perceba e afeta definitivamente de forma direta a vida das pessoas. Ele fornece bens e serviços para satisfazer necessidades. Dias (2005, p. 2) aponta que o marketing é uma função da gerência, que tem a finalidade de organizar e direcionar todas as atividades comerciais envolvidas na avaliação e conversão do poder de compra do cliente seja para um produto ou para um serviço específico, além da passagem do produto ou serviço ao usuário final, a fim de se obter meta de lucro ou outros objetivos definidos pela empresa. A definição de marketing elaborada por Kotler (1998, p. 37) descreve que o marketing assume a chave “para atingir as metas organizacionais consiste em ser mais eficaz do que os concorrentes para integrar as atividades de marketing, satisfazendo as necessidades”. 2.1 As Novas Tecnologias Chamam-se de Novas Tecnologias de Informação e Comunicação (NTICs) as tecnologias e métodos para comunicar surgidas no contexto da Revolução Informacional ou Terceira Revolução Industrial, desenvolvidas gradativamente desde a segunda metade da década de 1970 e, principalmente, nos anos 1990. A imensa maioria delas se caracteriza por agilizar, horizontalizar e tornar menos palpável (fisicamente manipulável) o conteúdo da comunicação, por meio da digitalização e da comunicação em redes (mediada ou não por computadores) para a captação, transmissão e distribuição das informações (texto, imagem estática, vídeo e som). Considera-se que o advento destas novas tecnologias (e a forma como foram utilizadas por governos, empresas, indivíduos e setores sociais) possibilitou o surgimento da sociedade da informação. (FRIGO, 2013, p. 40) A Internet tornou-se uma parte importante do marketing como ferramenta de abrangência e organização. Difundida rapidamente pelo mundo empresarial, ela é hoje o 3 instrumento apropriado para o modelo de empresa surgido na pós-modernidade, produtiva e competitiva. Essa nova tecnologia transformou sua relação com os fornecedores e clientes, sobretudo no marketing. A possibilidade de ampliação de mercado com a expansão dos horizontes geográficos tradicionais de atuação é uma das características mais atraentes da Internet, o que faz com que empresas tentem estabelecer sua presença na rede, certas da sua influência em negócios. O acesso e a troca de informações sempre estiveram presentes nas sociedades humanas, hoje, porém, as mediações disseminam a informação de uma maneira inédita e com características que a distinguem das mediações anteriores, instaurando profundas rupturas na dinâmica dos fenômenos. Os dispositivos comunicacionais, hoje disponíveis, possibilitam as diferentes formas de comunicação entre as pessoas, rompem com a comunicação passiva, típica de mediações anteriores. Através da Internet, o consumidor tem mais acesso a informação e por isso consegue conhecer, questionar, comparar e divulgar sua opinião sobre produtos, serviços, marcas e empresas. O consumidor ganha mais poder, exige uma mudança na proposta de valor das empresas e, consequentemente, nos seus esforços de marketing. Na antiga propaganda, o consumidor era o ponto final de uma comunicação baseada numa relação emissor versus receptor, ou seja, as preocupações se encerravam com a assimilação da mensagem pelo consumidor. Na propaganda moderna, essa relação é só o começo da história. O consumidor é reconhecido como o principal potencializador e propagador da mensagem para outros grupos de pessoas. (FIGUEIRA, 2006, p. 58) 2.2 Marketing Digital Como função corporativa, o marketing tem o objetivo de satisfazer as necessidades futuras dos consumidores. No marketing digital esta premissa continua a mesma, entretanto, com o advento da internet e das novas tecnologias, o mercado teve que repensar a forma como a missão básica do marketing é executada (SHETH;ESHGHI; KRISHNAN, 2002). Mesmo antes da revolução tecnológica, o consumidor já passava a receber uma atenção especial e ter um papel mais interativo nas ações de marketing, era o chamado marketing interativo, “o conjunto de ações de marketing direcionadas a criar uma interação entre o cliente e a empresa, em que o cliente tem um papel ativo, possibilitando a personalização e a customização dos produtos e serviços (LIMEIRA, 2003: 10)”. Segundo Torres (2010), o marketing digital é o conjunto de estratégias de publicidade e marketing que serão aplicadas à Internet, e na análise do novo comportamento do consumidor quando está navegando. Marketing digital é um conjunto de ações tomadas no ambiente web a fim de promover um contato permanente entre a empresa e o consumidor/cliente. Ainda para o autor, o marketing digital faz com que os consumidores tenham conhecimento de seus negócios, confiem nele, e tomem a decisão de compra a seu favor. Conforme Sheth, Eshighi e Krishnan (2002) o marketing na era da internet propiciou diversas mudanças em relação ao marketing tradicional. Enquanto na forma tradicional os profissionais do marketing controlavam e iniciavam o processo de troca, na era do marketing digital, o cliente irá definir que informação ele necessita, em quais ofertas está interessado e até o preço que estará disposto a pagar. 4 É a partir dessa interligação entre a rede e o posicionamento de marketing, é possível construir no ambiente digital uma marca forte online. Para Chleba (2000), o marketing digital possui sete forças que devem ser compreendidas e analisadas durante a realização do planejamento estratégico, são elas: interatividade, personalização, globalização, integração, aproximação, convergência e democratização da informação. Essas forças oferecerão uma nova maneira da empresa fazer a sua comunicação, realização de vendas, e relacionamento com o mercado em geral. As ações de marketing digital podem ser classificadas entre ’ativas’ e ’receptivas’, sendo que a primeira trata dos projetos e atividades feitas no sentido de despertar a atenção dos usuários (consumidores) para uma comunicação específica enquanto que as receptivas tratam do ambiente digital para onde o usuário é direcionado (LOUBET, ALVES, GALVAO, 2009). Torres (2009) relaciona sete ações estratégicas de marketing digital centradas no comportamento do consumidor: 1. Marketing de conteúdo: relacionado à comunicação corporativa e relações públicas, o qual é responsável pela geração de conteúdo; 2. Marketing em mídias sociais: foca o relacionamento, executado por ações em redes sociais e blog; 3. E-mail marketing: comunicação por meio de e-mail, o qual é referenciado ao marketing direto; 4. Marketing viral: publicidade e propaganda de guerrilha, conhecido como postagem de vídeos, animações e músicas específicas; 5. Publicidade online: ações específicas de propaganda por meio de banners e jogos online; 6. Pesquisa online: pesquisa de mercado, por meio de buscas, o que remete a estratégias de branding; 7. Monitoramento: necessário para entender as motivações do consumidor e os resultados de execuções, o qual tem uma relação diferente ao marketing tradicional. Entre as ferramentas que se destacam no conjunto das oferecidas e possíveis que estão às mãos dos gerentes de marketing para o ambiente digital estão às redes sociais. 2.3 Redes Sociais As relações humanas e de sociedade são estudadas há muito tempo, por isso os conceitos de redes sociais não são novos. No entanto a revolução tecnológica transformou a abordagem do assunto. A Internet é uma das principais ferramentas na inovação sobre o tema e o seu desenvolvimento desencadeou uma série de mudanças (RECUERO, 2009). No que diz respeito a redes sociais, a principal delas é a possibilidade de relação e sociabilização através das ferramentas mediadas por computador (CMC). Recuero afirma que, 5 essas ferramentas proporcionaram, assim, que atores pudessem construir-se interagir e comunicar com outros atores, deixando, na rede de computadores, rastros que permitem o reconhecimento dos padrões de suas conexões e a visualização de suas redes sociais através desses rastros. (RECUERO, 2009: 24) Conforme Crucianelli (2010), a Web 1.0 disponibilizava o conteúdo ao internauta através de “pacotes fechados”, onde se podia ler um texto simples e enviar via e-mail o feedback para o autor. Já na Web 2.0 pôde-se perceber o inicio de uma nova tendência com o surgimento das redes sociais. Desta forma, o próprio internauta começou a gerar seu próprio conteúdo, seja através de blogs, compartilhamento de vídeos e imagens, e até compartilhamento de apresentações no formato de slides. Essas plataformas permitem “a comunicação entre os usuários, a publicação de comentários, a formação de grupos e todas as aplicações que permitem a criação de redes sociais, conectando pessoas comuns com interesses comuns” (CRUCIANELLI, 2010, p. 85). Agora o conteúdo Web já não é mais restrito aos meios de comunicação, pessoas comuns podem gerar conteúdo. Segundo Rodrigues (2011), com o início da era digital e as redes sociais como Twitter, Facebook entre outras, fazem com que as pessoas e organizações estejam cada vez mais expostas na rede. As informações ali inseridas podem trazer benefícios ou gerar grandes e graves consequências, como funcionários que emitiam opiniões contra a própria empresa em que trabalhavam. Bom senso é fundamental nas redes sociais, já que as informações estão em um espaço público. O internauta é muito mais que um mero consumidor, ele tem voz ativa, capazes de impactar com apenas um texto ou vídeo grandes corporações, relatando algum fato positivo ou negativo que tenha vivenciado em seu espaço e para que todos possam ver. É capaz de mobilizar diversas pessoas. Esse poder dos internautas tem sido compreendido e “utilizado pelas empresas em diversos formatos como blogs corporativos, twitter corporativos ou redes e comunidades privadas”. (E-MARKETING, 2010, p. 16). A comunicação das organizações passou a ser uma operação mista e não mais especifica de uma área, ganhando assim a colaboração de participantes multidisciplinares com experiências e visões a fim de complementar o projeto. Para E-marketing (2010), a adoção crescente das mídias sociais em lugares corporativos, se torna evidente como a migração bem sucedida de uma tendência que iniciou no mundo individual e chegou ao ambiente organizacional. O reconhecimento e a compreensão de sua utilidade como estratégia e/ou meio para melhorar processos, negócios, comunicação e relacionamentos da empresa – externa ou interna, de forma a transforma em prática diária, um modelo mais participativo e interativo com diversos públicos de relacionamento – stakeholders, é um fator essencial para que a empresas que ainda estão na era 1.0 se redefinam como organizações 2.0. Conforme Sebrae (2011), o planejamento é fundamental para inserir uma micro e pequena nas redes sociais. Alguns passos são importantes como realizar uma análise da situação atual da empresa sobre como os funcionários da empresa usam as redes sociais para uso pessoal e profissional, se sabem acessar a internet, levantar quais são as plataformas tecnológicas existentes – capacidade de banda larga, equipamentos da 6 empresa e os existentes no mercado, contatos com os cliente via internet, análise do comportamento do consumidor – quem são os clientes da empresa, a faixa etária, onde estão localizados. 2.4 Aplicação às empresas Depois de entender sobre o que é o marketing e como funcionam as mídias sociais, é necessário entender como as empresas obtêm vantagens e desvantagens com tais ferramentas. Para enfim compreender quais benefícios elas conseguem trabalhando no ambiente digital. De acordo com Pinho (2000), Os consumidores podem usufruir vários benefícios, sendo o primeiro- mais evidente- o acesso à grande quantidade de informações oferecida de maneira altamente dinâmica pela natureza interativa do meio e pelo ambiente em hipertexto, permitindo a pesquisa de forma não linear, que auxilia e mesmo facilita o processo de decisão de compra. (PINHO 2000, p. 45). Claramente esse benefício é um dos mais importantes, a empresa passa a ser nítida e não distante. Como o foco principal são os clientes, obviamente com uma boa comunicação e grande troca de informação os consumidores terão mais confiança em quem estão comprando. Continuando, Pinho (2000) diz que outro benefício "consiste na facilidade do levantamento, de análise e do controle de dados a respeito de produtos e serviços", a pesquisa feita pelo consumidor aos produtos disponibilizados pela companhia torna-se mais rápida e fácil. A empresa fica mais próxima dos seus clientes em vários sentidos. O autor ainda cita o preço como um terceiro benefício, pois, a empresa podendo reduzir seus preços terá vantagens na competição entre todos os outros fornecedores também presentes na rede. A interatividade e a relevância do conteúdo disponível na internet são de muita importância para o consumidor proveniente do ciberespaço, pois, este consumidor pensa e agi espontaneamente. Pinho (2000) escreveu A relevância do conteúdo disponível no site é a segunda qualidade diferenciadora da internet. O ideal (e necessário) é que todo o site de empresa ofereça alguma informação que possa ser percebida como um benefício pelo internauta. Pinho (PINHO 2000, p. 52). Venetianer (1999) afirma que "a busca por lazer pode prender a atenção por mais tempo", assim, pelo sucesso alcançado por jogos de computador e CD-ROMs e sites de relacionamentos e bate-papo será uma ótima ideia a empresa se filiar a tal equipe e manter sua marca presente relacionada a diversão e ao grau de satisfação que o indivíduo tenha no site. Além da busca por lazer, Venetianer (1999) também concorda que a busca de informações e pesquisas por conveniências são bem mais motivadoras que as anteriores, pois conseguem manter o interesse dos clientes por tempo prolongado. Este autor também fala que "oferecer conveniência é a segunda maneira mais eficiente de atrair e manter audiência". A maioria dos clientes não tem muito tempo e desempenham bastantes tarefas ao longo do dia, assim sites que oferecem delivery, ou qualquer serviço que possa ser feito sem que o cliente saia de casa faz muito mais sucesso. 7 As informações assim devem ser relevantes para os consumidores, chamando a atenção dos mesmos, fazendo com que a imagem da empresa permaneça mais viva e por mais tempo na cabeça dos clientes. 3 Metodologia A pesquisa bibliográfica foi realizada com base em artigos encontrados na plataforma Google Acadêmico e no acervo da Biblioteca da Universidade Estadual de Santa Cruz, através de publicações de periódicos e livros-texto. Todos os materiais foram selecionados e utilizados para contribuir e corroborar com dados pertinentes à pesquisa a respeito da introdução do poder tecnológico da Internet. O artigo é de cunho descritivo e tem como objetivo se tornar marco conceitual de acordo com o tempo. 4 Considerações Finais Assim, as redes sociais funcionam como uma arma poderosa em contribuição ao marketing por sua comunicação de massa. Podendo inclinar-se tanto para o lado positivo tanto para o negativo, dependendo da atuação das empresas com no relacionamento com seus clientes. Se tratando de movimentos humanos, que são imprevisíveis, se torna seriamente importante manter a imagem da empresa ou a marca “limpa” no ambiente cibernético. Pois, a propagação nesses sites podem ser tão rápida que não se pode controlar os resultados facilmente. Não se pode prever exatamente o que venha a acontecer com a circulação das informações na internet, é possível que os dados cheguem a uma escala tão alta de divulgação que atinja diversos segmentos ao mesmo tempo. Espera-se então que a informação conhecida gere vantagens. Nesses casos entra em ação o trabalho dos agentes da empresa que executam tarefas na própria internet, seja no site da empresa, blogs ou uma página numa rede social, o dever desses é garantir a propaganda de boa imagem da companhia representada. O controle das informações é imprescindível, já que serve principalmente como dois caminhos, informar e ser informado. A aproximação com o cliente gera isso, se obtém a resposta imediata da aceitação da marca ou não e com o sucesso a empresa verá o trajeto que deve trilhar nos negócios. O resultado é sentido em pouco tempo. As empresas além de serem divulgadas facilmente nas redes sociais se utilizam dessa ferramenta para realizar uma concisa pesquisa de mercado, pois, verá o perfil de clientes que falam bem ou aqueles que falam mal de seu marca. A exemplo, na rede social facebook verá, que tipo de comprador é aquele que curte sua página online. Além disso, a importância dar-se-á pelo relacionamento empresa/cliente. Onde o próprio freguês poderá inferir e demonstrar suas expectativas com a empresa, ajudando mesma a suprir suas necessidades e deficiências. Portanto, chega-se a uma nova era no comércio, onde realmente dar-se-á a integração entre a companhia e cliente por meio virtual trazendo benefícios para ambas às partes. 5 Referências CHURCHILL, G. A.; PETER, P. Marketing: criando valor para o cliente. São Paulo: Saraiva, 2003 DIAS, Sergio Roberto. Gestão de Marketing. São Paulo: Saraiva, 2005. 8 CHKEBA, Marcio, Marketing digital: novas tecnologias e novos modelos de negócios. 2ª edição. São Paulo: Futura, 2000. CRUCIANELLI, Sandra. Ferramentas digitais para jornalistas. Texas: Knight Center, 2010. E-MARKETING, melhores análises, melhores insights. 2010. Disponível <http://www.slideshare.net/domstrategy/emarketing-ebook>. Acesso em: 20 Mai. 2013. em: FIGUEIRA, Ricardo. Propaganda Tradicional vs. Propaganda Interativa. Revista Webdesign, v. 1, ano 3, n. 29, p. 58-59, maio 2006. 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