SENAI de SC apresenta experiência de inclusão de aluna com síndrome do X Frágil na Educação Profissional Na fase escolar, as pessoas acometidas pela Síndrome do X Frágil podem apresentar distúrbios no aprendizado, dificuldade na leitura, interpretação, escrita e cálculos, entre outros aspectos Florianópolis, 8.6.2010 - A inclusão na educação profissional de uma aluna com a Síndrome do X Frágil, na unidade do SENAI de São José (SC), foi debatida em videoconferência nacional. Interlocutores do Programa SENAI de Ações Inclusivas (PSAI) de todo o país conheceram a experiência vivenciada na Grande Florianópolis, onde está a primeira estudante na instituição no Brasil diagnosticada com a deficiência. Elmar Meurer Sistema FIESC 48 3231-4672 48 8421-4070 [email protected] Dâmi Cristina Radin FIESC, CIESC 48 3231-4670 48 8421-4080 [email protected] Ivonei Fazzioni SENAI 48 3231-4673 48 8421-3600 [email protected] Diogo Honorato SENAI 48 3231-4674 [email protected] Miriane Moreira Campos SESI 48 3231-4671 48 8421-4224 [email protected] Maiara Raupp da Silva IEL 48 3231-4122 [email protected] A Síndrome do X Frágil compromete o gene FMR1 (do inglês Fragile Mental Retardation), causando um desequilíbrio cerebral. O gene integra o cromossomo X (daí a origem do nome da doença) e é responsável pela produção da proteína FMRP (Fragile Mental Retardation Protein), necessária para o funcionamento de várias funções do cérebro, como a intelectual, sensorial, memória, fala, cálculo, social e comportamental. Essa proteína é essencial para a boa ligação entre os neurotransmissores no cérebro. A ocorrência é de um caso em cada dois mil meninos e uma em cada quatro mil meninas. A bióloga Ingrid Tremel Barbato, especialista em biologia molecular e na Síndrome do X Frágil, informou que as pessoas acometidas pela Síndrome do X Frágil podem apresentar retardo mental e motor, hiperatividade, déficit de atenção, dificuldade de contato físico com outras pessoas, morder as mãos (a ponto de causar ferimentos), dificuldade de olhar para a pessoa com quem fala, repete informações e as confunde, orelhas proeminentes e apresenta histórico de retardo mental na família, sem diagnóstico preciso. Na fase escolar, demonstram distúrbios no aprendizado, dificuldade na leitura, interpretação, escrita e cálculos, entre outros aspectos. "A síndrome do X Frágil é uma das mais deficiências genéticas mais comuns, mas pode não ser percebida; muitas vezes, as pessoas com essa deficiência acabam sendo discriminadas devido às características que possuem", explica Ingrid. A estudante do SENAI em São José com Síndrome do X Frágil tem 20 anos e está no primeiro ano do ensino médio. Ela apresenta dificuldades na formação de palavras (tanto na pronuncia como na fala). Com dificuldade ela tem aprendido um pouco de matemática, mas é uma particularidade dela, pois o aprendizado de cálculos tem sido praticamente nulo entre as pessoas do sexo feminino que têm a síndrome. Para atender a aluna, o SENAI coloca uma professora adicional em sala de aula e trabalha as particularidades da estudante. Segundo os familiares, no SENAI ela tem encontrado uma preocupação no atendimento de suas especificidades. Para isso, a instituição tem buscado parcerias, como a da Associação Catarinense da Síndrome do X Frágil. Também participaram da videoconferência, professoras do SENAI de São José. Assessoria de Imprensa Sistema FIESC