Universidade Castelo Branco. Curso: Ciências Biológicas. Profª: Celeste. Aluno: Gilberto Fortes Lopes. Matricula: 2007040082. Turma: REAL - EAD – 3º período. TRABALHO DE QUIMICA FUNÇÕES DA QUIMICA ORGÂNICA ÁLCOOIS Formalmente, os álcoois monohidroxilados, ROH, são derivados orgânicos que se formam substituindo um hidrogénio da água por um grupo alquilo. Os nome dos álcoois formam-se como do grupo alquilo, precedido da palavra álcool. Assim, por exemplo, o composto CH3 CH2OH, chama-se etanol. Ao numerar a cadeia há que designar o número mais baixo possível na posição do grupo funcional hidroxilo (OH-). Assim, o composto CH3 - CH2 - CH2OH chama-se 1-propanol e não 3-propanol. Os álcoois classificam-se em primários, secundários e terciários, dependendo de levarem um, dois ou três carbonos unidos ao carbono que se liga ao grupo hidroxilo, respectivamente. Denominam-se álcoois polihidroxílicos aos que contêm mais de um grupo hidroxilo. Os álcoois com dois grupos hidroxilo denominam-se glicóis ou «dióis» e os que têm três grupos hidroxilo chamam-se trióis. O metanol, etanol, 1-propanol, 2-propanol, 1-butanol e muitos álcoois polihidroxílicos são completamente miscíveis em água. Outros álcoois com muito maior número de átomos de carbono são ligeiramente solúveis ou mesmo insolúveis em água. ÉTERES Formalmente, os éteres (ROR') derivam da substituição dos dois hidrogénios da água por grupos alquilo ou arilo. Os éteres numeram-se indicando em primeiro lugar os dois grupos hidrocarbonados unidos ao oxigénio e acrescenta-se a palavra éter. Assim, o composto CH3 - CH2 - O - CH2 CH3 denomina-se dietiléter ou éter dietílico. Os pontos de fusão e de ebulição dos éteres são comparáveis aos dos hidrocarbonetos de peso molecular semelhante. A maioria dos éteres são imiscíveis na água. Pelo contrário, os éteres são bons solventes da maioria dos compostos orgânicos. Não apresentam ligações de hidrogénio intermoleculares tal como pode observa-se nos seus espectros IV, onde não aparece nenhuma banda a 3.330 cm -1, embora se observe uma intensa banda a 1125 cm -1 característica da vibração de tensão da ligação C-O. O termo mais importante da série é o éter etílico, que se obtem desidratando o etanol com ácido sulfúrico. É um líquido incolor, muito volátil e inflamável. Os seus vapores ardem com violência explosiva. Utiliza-se como solvente e anestésico. FENÓIS Formalmente, os fenóis são álcoois do tipo ROH, onde R é um grupo benzénico (arílico). O composto mais simples da família é o fenol ou hidrobenzeno. Os monometilfenóis recebem o nome de cresóis: Derivados importantes do fenol são o 2, 4, 6 - trinitrofenol, que recebe o nome vulgar de ácido pícrico e se utiliza como anti-séptico no tratamento das queimaduras, e o ácido ohidroxibenzóico, conhecido com o nome de ácido salicílico, a partir do qual se obtem o ácido acetilsalicílico, que é o analgésico denominado aspirina: ALDEÍDOS Os aldeídos e as cetonas são compostos carbonílicos uma vez que contêm o grupo funcional carbonilo, , motivo pelo qual têm muitas propriedades comuns determinadas pela reactividade do referido grupo funcional. São compostos carbonílicos do tipo R-COH, onde R é um grupo alquilo ou arilo. Nomeiam-se substituindo por -al a terminação do hidrocarboneto do mesmo número de átomos de carbono. Assim, por exemplo, o composto CH 3 - COH chama-se etanal. Ao numerar a cadeia deve-se designar sempre o número 1 ao carbono aldeídico. Para os aldeídos até cinco átomos de carbono costumam empregar-se os nomes vulgares formaldeído, acetaldeído, propionaldeído, butiraldeído e valeraldeído. Quando se usam nomes vulgares, a posição dos substituintes deve-se indicar somente através das letras gregas, começando por a no carbono contíguo ao grupo funcional principal. Às vezes emprega-se a letra w para indicar o último átomo de carbono da cadeia. CETONAS As cetonas são compostos carbonílicos do tipo alquilo ou arilo. , onde R e R' são grupos Os nomes das cetonas derivam do nome do hidrocarboneto correspondente, acrescentando o sufixo -ona ao nome da cadeia hidrocarbonada mais comprida que contenha o grupo carbonilo. A cadeia hidrocarbonada começa a numerar-se pelo extremo que origina o menor número possível ao grupo carbonilo. Assim, por exemplo, o composto CH3 - CO - CH2 - CH2 CH3 chama-se 2-pentanona e não 4-pentanona. Usualmente as cetonas costumam numerar-se indicando os grupos hidrocarbonados unidos ao grupo carbonilo, acrescentando no final a palavra cetona. Assim, o composto anterior chamar-se-ia metilpropilcetona. As cetonas alifáticas com menos de dez átomos de carbono são líquidos solúveis em água, ainda que a solubilidade diminua ao aumentar o número de átomos de carbono. Os pontos de ebulição são análogos aos dos aldeídos de peso molecular semelhante. As cetonas encontram-se amplamente distribuídas na Natureza e com frequência têm odores muito agradáveis, pelo que se empregam para fabricar perfumes. A propanona ou acetona é a mais importante de todas as cetonas e emprega-se em grandes quantidades como solvente de compostos orgânicos. A redução das cetonas produz álcoois secundários. A diferença em relação aos aldeídos reside no facto das cetonas não experimentarem facilmente reacções de oxidação. De modo idêntico aos aldeídos, as acetonas reagem com os álcoois formando hemicetais e cetais. ÁCIDOS CARBOXÍLICOS São compostos que contêm o grupo funcional carboxilo (-COOH), assim chamado por ser formalmente a combinação de um grupo carbonilo e um grupo hidroxilo. Como resultado da combinação de ambos os grupos funcionais, o grupo hidroxilo experimenta um acentuado aumento de acidez. Os ácidos carboxílicos formam ligações de hidrogénio mais fortes que as dos álcoois uma vez que as suas ligações O-H estão mais polarizadas e o átomo de hidrogénio que serve de ponte pode-se unir a um oxigénio carbonílico, que está carregado muito mais negativamente que o oxigénio do outro grupo hidroxilo, como no caso dos álcoois. Por este motivo, os ácidos carboxílicos existem na forma de dímeros cíclicos no estado sólido e líquido: Para numerar de modo sistemático os ácidos carboxílicos, substitui-se a terminação do nome do hidrocarboneto que contém o grupo carboxilo pelo sufixo -oico. Assim, por exemplo, o composto CH3 - (CH2)5 - COOH chamar-se-á ácido heptanóico. Ao numerar a cadeia de um ácido carboxílico deve-se considerar sempre número 1 o carbono carboxílico. Os compostos com menos de seis átomos de carbono recebem nomes vulgares muito usuais: fórmico, acético, propiónico, butírico e valeriânico. Também são muito empregados os nomes vulgares dos ácidos dicarboxílicos até sete átomos de carbono: oxálico, malónico, succínico, glutárico, adípico e pimélico. ÉSTERES Os ésteres são compostos que se obtêm da reacção de um ácido carboxílico com um álcool: Este tipo de reacção recebe o nome de esterificação. Os ésteres designam-se como se fossem sais de alquilo ou de arilo dos sais ácidos carboxílicos. Assim, por exemplo, o éster CH3 - COO - CH3 chamar-se-á acetato de metilo. Os ésteres são geralmente insolúveis em água e têm pontos de ebulição um pouco mais altos que os hidrocarbonetos de análogo peso molecular. Muitos ésteres desprendem odores característicos a fruta e usam-se como aromatizantes. Os acetatos de etilo e de butilo empregam-se como solventes na fabricação de vernizes. As gorduras e os óleos são ésteres formados por ácidos de 12 a 22 átomos de carbono e gricerol, CH2OH - CHOH - CH2OH. AMINAS As aminas são derivados orgânicos do amoníaco obtidas formalmente por substituição de um, dois ou três hidrogénios por grupos alquilo ou arilo. As aminas classificam-se em primárias, secundárias e terciárias, dependendo de se terem substituído um, dois ou três átomos de hidrogénio. Se todos os substituintes são grupos alquilo, as aminas denominam-se alifáticas. Se algum substituinte é um grupo arilo, as aminas chamam-se aromáticas. Para designar as aminas especificam-se os grupos substituintes e acrescenta-se o sufixo amina. Assim, por exemplo, as aminas CH3NH2, (CH3)2NH e (CH3)3N designam-se respectivamente, metilamina, dimetilamina e trimetilamina. As aminas até cinco átomos de carbono são muito solúveis em água e as suas soluções são básicas. As aminas alifáticas dissolvem-se em ácidos diluídos devido à formação de sais amoniacais solúveis. As aminas aromáticas obtêm-se geralmente por redução dos correspondentes nitroderivados. As aminas alifáticas podem obter-se por acção do amoníaco sobre os halagenetos de alquilo ou também tratando as amidas com bromo e uma base forte, método conhecido como degradação de Hofmann. As aminas mais importantes são as aromáticas e entre elas destaca-se a fenilamina ou anilina, C6H5NH2. A anilina é um líquido incolor, pouco solúvel em água que se emprega como matéria-prima na fabricação de corantes. AMIDAS As amidas são os compostos orgânicos que se formam por reacção de um ácido carboxílico com o amoníaco ou uma amina. As amidas classificam-se em primárias, secundárias e terciárias, dependendo do número de substituintes do átomo de azoto. As amidas primárias designam-se substituindo o sufixo -oico do nome do ácido carboxílico pela terminação -amida. As amidas substituídas designam-se antepondo um N ao nome dos substituintes. Assim, por exemplo, as amidas CH3 - CO - NH2, CH3 - CO - NHCH3 e CH3 - CO N(CH3)2 chamam-se, respectivamente, acetamida, N-metilacetamida e N, Ndimetilacetamida. Em geral as amidas primárias são sóldas e apresentam fortes ligações de hidrogénio intermoleculares. As amidas simples são neutras ou debilmente básicas. As ureias são diamidas que derivam formalmente do ácido carbónico e que recebem o nome do composto mais simples da família, a ureia, NH2 - CO - NH2. A síntese da ureia a partir do isocianato de amónio, efectuada em 1828 pelo químico alemão Wohler (1800-1882) foi um golpe de misericórdia à teoria vitalista que limitava o desenvolvimento na química orgânica: As poliamidas empregam-se em grandes quantidades na fabricação de fibras artificiais.