Formação das palavras e suas bases filosóficas. OLIVEIRA, Hellen

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Formação das palavras e suas bases filosóficas.
OLIVEIRA, Hellen Cristina Nascimento¹.
CAMARA JÚNIOR, Joaquim Mattoso. A classificação dos vocábulos formais. In:
Estrutura da língua portuguesa. 44. ed. - Petrópolis, RJ: Vozes, 2011.
MACAMBIRA, José Rebouças. A estrutura Morfo-Sintática do Português. 7- ed.
São Paulo Ed. Pioneira. 1993.
GURPILHARES, Marlene Silva Sardinha. As bases filosóficas da gramática
normativa: uma abordagem histórica. In: Janos Lorena, ano 1, n :1,2º semestre
2014
Joaquim Mattoso Câmara Júnior (Rio de Janeiro, 1904 — Rio de
Janeiro, 1970) foi um linguista brasileiro.Membro fundador da Academia
Brasileira de Filologia, sob sua orientação, foi fundada, em 1969 a Associação
Brasileira de Linguística, da qual participou na sua primeira gestão, integrando
o seu Conselho Diretor.Escreveu vários livros que se tornaram referência na
área, entre eles Estrutura da Língua Portuguesa, lançado em 1970. Estudou
com Roman Jakobson, nos Estados Unidos, sendo fortemente influenciado por
esse linguista.
José Rebouças Macambira, professor de linguística da
Universidade federal do Ceará e da faculdade de Filosofia do Ceará e é
considerado hoje entre os mais notáveis mestres do nosso idioma.
Marlene Silva Sardinha Gurpilhares Doutora em linguística
aplicada pela PUC/SP. É professora na Universidade de Taubaté (Unitau) e
nas faculdades Integradas Teresa D’ Ávila, de Lorena (Fatea).
Os textos estudados são pertencentes às obras de três autores,
que são eles: Macambira, Camara Júnior e Marlene Gurpilhares, todos trazem
em seus estudos resumos e capítulos com abordagens a respeito da estrutura
da palavra e da classificação dos vocábulos formais. O resumo de Gurpilhares
mostra os critérios filosóficos da gramática normativa, desde sua origem, na
antiguidade clássica até nossos dias, apesar dos paradigmas sócio-culturais. A
autora demonstra que tudo se iniciou na Grécia, nos períodos dos estóicos e
nos períodos dos alexandrinos, onde os naturalistas e convencionalistas
saberiam se haveria ou não, uma relação natural entre o significado da palavra
e sua forma. Uma disputa que se prolongou por séculos, e mais tarde se
estenderia a discussão sobre até que ponto a língua é regular, surgindo assim,
os analogistas que classificavam as palavras regulares, Daí nascia o termo
¹ALUNA do Curso de Licenciatura em Letras português, da Universidade Federal de Campina
Grande, CFP- UAL ([email protected]).
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“paradigma”, e os anomalistas que negavam a existência de regularidades.
Assim não só Gurpilhares, como também Camara Jr, diz que a gramática
descritiva teve influência dos gramáticos alexandrinos, como Dionísio da
Trácia. Em seu livro “Estrutura da língua Portuguesa”, Camara Jr. Explica no
capitulo IX de forma nítida os critérios para classificar os vocábulos formais,
tais como: critérios semânticos, critérios formais e critérios funcionais, ele
afirma ainda que os critérios semânticos e mórficos estão fortemente
agregados, que o sentido não é livre, ou seja, que ele é definido com o subsídio
da forma, daí surge à divisão dos vocábulos formais em nomes, verbos e
pronomes, onde semanticamente os nomes seriam “coisas”, ou, seres e os
verbos “processos”, já quanto à forma separa nitidamente o nome do verbo. O
pronome semanticamente é caracterizado por não ter propriedades sentidas
por nós, e morficamente se distingue do nome, e a classificação funcional
subdivide nomes e pronomes pela sua função na comunicação linguística. O
capitulo 1 do livro de Macambira, traz em seu contexto a distribuição das
palavras em varias classes quanto a sua forma, função e sentido, assumida,
desempenhada e expressada, que a base da classificação das palavras devese primariamente a forma, assumindo certas categorias gramaticais, como:
flexão e derivação. Macambira diz que o verbo português é extremamente rico
e irrefragável sob o aspecto formal, ainda acrescenta que o sentido, ou a
significação, pode ser gramatical ou lexical, gramatical é o que distingue e
lexical é o sentido básico, conservado inalterado em todos os membros dos
paradigmas. Os três autores são ricos em suas teorias e conteúdos abordados,
evidenciando a formação das palavras e suas bases filosóficas, Instruindo e
averiguando a gramática em sua genealogia, tornando mito que ela seja ponto
desfavorável no uso correto da língua, ou que, sua existência seja superior e
indispensável no dialogismo cotidiano, mas assegurando que ela é um
complemento necessário para um entendimento mutuo de qualquer interação
social.
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