1 Ferramentas de gestão: marketing – o marketing e o futuro das organizações Management Tools: marketing – marketing and the future of organizations Gustavo de Carvalho Lazzari – [email protected] Graduando em Administração – Unisalesiano – Lins Prof. Me. Irso Tófoli – [email protected] Unisalesiano – Lins Prof. Dr. Eduardo Teraoka Tófoli – [email protected] Unisalesiano – Lins ________________________________________________________________________________________ RESUMO Este artigo aborda tópicos relacionados à aplicação dos conceitos de marketing nas organizações contemporâneas, com foco no futuro do meio corporativo e suas inevitáveis imposições culturais e funcionais. Apresenta ideias que induzem a harmonizar o emprego de suas teorias nos empreendimentos modernos no sentido de fornecer aos gestores mecanismos para atingir os resultados almejados e criar condições para aumentar a eficiência proporcionando eficácia do atendimento aos anseios organizacionais e dos clientes. Busca também destacar situações específicas do comportamento social moderno que influenciam direta e indiretamente as atividades dos gestores com grande dinamismo. Evidencia a importância da conciliação entre os diversos setores em relação ao conhecimento das diretrizes empresariais e ações conjuntas que visem atrair e fidelizar os consumidores. Trata as questões financeiras, tecnológicas e produtivas em face das especificidades culturais dos mercados impostas pelos seus diversos nichos. Mostra as vantagens de aprofundar-se e conhecer essas peculiaridades para as atividades gerenciais. Discorre ainda sobre a importância da marca, dos benefícios e dos cuidados que devem ser considerados para que a organização tenha uma boa imagem. Finalmente, apresenta a forte necessidade de preocupação com a ética e transparência, características fundamentais para estabelecer a reciprocidade entre as partes negociantes, o que atualmente é uma obrigação para uma organização que visa crescimento e lucratividade. Palavras chave: Marketing. Futuro. Clientes. Transparência. Ética. ABSTRACT This article discuss issues regarding topics the application of marketing concepts in contemporary organizations. Presents Ideas that lead to harmonize the use of his theories in modern enterprises in order to provide managers with mechanisms to achieve the desired results and create conditions to increase efficiency in providing effective service to the customer and organizational aspirations. It also seeks to highlight specific situations of modern social behavior 2 that influence directly and indirectly the activities of managers with great dynamism. Evidences the importance of reconciling the various sectors in relation to knowledge of company policies and joint actions aimed to attract and retain consumers. Deals with the financial, technological and production issues in the face of cultural specificities of the markets imposed by their various niches. Shows the advantages of deepen and know these peculiarities for management activities. Also discusses the importance of the brand, the benefits and care that should be considered so that the organization has a good image. Finally it presents a strong need for concern with ethics and transparency, fundamental features to establish reciprocity between the negotiating parties, which is now a must for an organization that seeks growth and profitability. Words key: Marketing. Future. Customers. Transparency. Ethics. INTRODUÇÃO Este artigo, sustentado por pesquisa bibliográfica, tem como objetivo observar como o marketing poderá se relacionar com as demais atividades empresariais, no futuro das organizações. Não se pode falar de marketing sem pensar nos clientes. Ao ler artigos e revistas relacionados a marketing, diversas vezes depara-se com uma afirmação citada por Sam Walton, o fundador da maior rede de varejo do mundo, a Wal-Mart, que em poucas palavras explica bem a importância dos clientes. Ele diz que só existe um chefe: o cliente. E que ele pode demitir todas as pessoas da empresa, do presidente do conselho até o faxineiro, simplesmente levando o dinheiro para gastar em outro lugar. Assim como também, nos tempos atuais, não pensar no futuro é deixar de ser competitivo. Hamel e Prahalad (1995) afirmaram categoricamente que uma empresa incapaz de imaginar o futuro não estará lá para desfrutar dele. O marketing é uma ferramenta de gestão, como tantas outras existentes, porém não mais e nem menos importante. Pode-se ponderar a repeito de sua importância em relação às demais se fossem consideradas as peculiaridades do negócio, objetivos e missão da organização. No entanto este não é o alvo desta abordagem. Além disso, existe uma complexa interdependência entre essas ferramentas e, no aspecto holístico, todas tem sua importância e são necessárias. De qualquer forma não cabe a este trabalho fazer estas considerações ou fornecer tal indicação, mas sim debater sobre as formas de aplicação do marketing e dos mecanismos que possibilitem alinha-lo às necessidades de uma organização comercial moderna, que visa obter resultados satisfatórios e superar expectativas. 3 1. CONCEITOS Desde o ano de 1960, a revista American Marketing Association já havia definido o termo marketing como sendo “o desempenho das atividades de negócios que dirigem o fluxo de bens e serviços do produtor ao consumidor ou usuário." (LAS CASAS 2006 p. 10). Segundo Kotler, marketing é “o conjunto de atividades humanas que tem por objetivo facilitar e consumar relações de troca”. (KOTLER, 1978, p. 30). Theodore Levitt resumiu o conceito em “o processo de criar e manter clientes”. (LEVITT, 1998, p. 33). Para Drucker (2002) trata-se de um processo através do qual a economia é integrada à sociedade para servir às necessidades humanas. Atualmente, diante destas colocações, é notório como Drucker impressiona, ao demonstrar sua capacidade de enxergar a frente de seu tempo. Verifica-se, nos dias de hoje, o crescimento da harmonia nas relações de mercado. Harmonia que em relativa abundância, alavancada pela evolução tecnológica já propicia uma perspectiva de preocupação com um propósito maior, mais voltado para as questões de sustentabilidade, bem estar e desenvolvimento humano. Transpondo estes conceitos para o plano das organizações comerciais, podese dizer que o marketing é uma forma de influenciar os pensamentos dos clientes e utilizar este mecanismo para estabelecer diretrizes relacionadas às transações de vendas que proporcionem resultados constantemente satisfatórios a ambas as partes. Até parece uma tarefa simples, e na realidade não é muito difícil influenciar os clientes, o que não é muito fácil é fazê-lo de maneira que supere a concorrência e, menos ainda, fazer com que isso seja uma constante para o sucesso da organização e ao mesmo tempo entusiasme o comprador. Por isso é fundamental que a elaboração de suas estratégias esteja perfeitamente coordenada com a qualidade dos produtos ou serviços, para não surpreender os consumidores negativamente e, ainda, que vise atender às necessidades da política organizacional, para gerar lucro. Em essência, o marketing é um conceito; pode ser dividido em tópicos para melhor compreensão de sua aplicação, no entanto, todos eles juntos irão demonstrar uma ideia central que se alicerça basicamente nos desejos e necessidades humanas e na relação de troca. 2. INFLUENCIANDO OS CLIENTES 4 Para entender como funciona este processo de influência deve-se considerar alguns aspectos do comportamento humano em relação aos produtos e serviços, como por exemplo: utilidade, valor, satisfação, troca, transação, relacionamento e mercado. As pessoas são os principais alvos deste propósito. Elas que fazem o comércio acontecer, tanto dentro, quanto fora da organização. Assim como é importante instigar o comprador, é fundamental que as pessoas que fazem isso acontecer (funcionários) estejam devidamente preparadas e conceituadas. Todo cliente busca satisfação, mas quer pagar por um produto ou serviço que considere útil por meio de uma troca justa. Isto vai depender do valor que aquilo tem para ele. Também prefere sempre uma transação simples e prática. Desse modo é muito importante que haja um relacionamento transparente e saudável entre cliente e vendedor; que o comprador sinta segurança, que a troca se dê por meio de um ambiente agradável e que o mesmo disponha de facilidades para realizá-la. Treinar os vendedores para que estabeleçam uma relação de confiança, saibam fornecer exemplos de clientes que obtiveram satisfação, tenham amplo conhecimento sobre o produto ou serviço que está sendo apresentado, são mecanismos eficazes de influenciar a compra. 3. A IMPORTÂNCIA DO ENDOMARKETING Kotler destacou que “o marketing interno é a tarefa de contratar, treinar e motivar funcionários que desejam atender bem aos clientes”. (KOTLER, 2000, p.44). Segundo Bekin (2004, p. 47) o endomarketing conceitua-se da seguinte maneira: “processo cujo foco é alinhar, sintonizar e sincronizar, para implementar e operacionalizar a estrutura organizacional de marketing da empresa ou organização, que visa e depende da ação para o mercado e a sociedade”. Não só quem trabalha com marketing precisa entender sobre ele. É necessário que os funcionários envolvidos nos processos de compras, vendas, finanças saibam o que é necessário adotar em suas rotinas para que o cliente seja bem atendido. O setor de recursos humanos tem um papel fundamental nesta tarefa. Ele deve contratar pessoas conceituadas ou que tenham potencial; deve treiná-las, orientá-las sobre as diretrizes da organização. O “RH” precisa participar da 5 administração superior para ter as informações adequadas que deverão ser transmitidas às equipes. Se o cliente quer um produto inovador, o comprador deve saber o que comprar, o financeiro deve informar qual o preço cabível, o vendedor, como abordar o cliente e a produção tem que respeitar os prazos e se comprometer com a qualidade. 4. CONTROLANDO A DEMANDA Ao planejar a venda um produto é necessário saber o quê, o quanto, como, onde, a quem vender. Tudo isso carece de estudos, pesquisas e levantamentos sociais, culturais e financeiros, e para tanto, profissionais capacitados. A organização precisa de lucro e para isso é necessário vender. Para estabelecer uma meta devem ser realizados estudos que contemplem as necessidades específicas do mercado alvo e sua viabilidade financeira e operacional. Ou seja, quanto será preciso faturar para cobrir as despesas e, qual é a medida da possibilidade de lucro. Assim deverão ser analisados, por exemplo, quais vendedores irão operar; em que estrutura, o planejamento logístico, se serão necessárias divulgações em mídias, quais delas, os custos que irão acarretar, se o mercado está disposto a pagar pelo que é necessário, quem são as pessoas que formam o mercado, suas características, seus hábitos; tudo para que seja um projeto viável rentavelmente. É preciso fazer com que a demanda seja suficiente para que todos os custos envolvidos caibam dentro dela e que deste processo haja um resultado de lucro. Acontece com frequência o fato de um produto entrar em declínio e perder força, ou seja, não ser procurado suficientemente e gerar riscos de prejuízos. Quando isso ocorre, é porque faltou uma política de marketing eficiente que pudesse prever e evitar a decadência. Às vezes, no levantamento, pode-se chegar a conclusões diferentes, como por exemplo, de remover aquele comércio de determinado nicho, ou ainda de atacar em mídias, reinventar a embalagem ou fazer uma promoção para aumentar a demanda; mas tudo isso só pode ser feito com embasamentos técnicos e estudos aprofundados. 5. A CONCORRÊNCIA E A CRIATIVIDADE 6 De acordo com Kotler “já não basta simplesmente satisfazer clientes. É preciso encantá-los.” (KOTLER, 2000, p. 55). A concorrência é um importante termômetro para se estabelecer as investidas. No entanto, não é preciso esmagá-la – ela é saudável até para sobrevivência e crescimento do comércio de um determinado produto ou serviço. Mas em excesso também não é vantajosa, uma vez que inevitavelmente diminui o número de vendas da organização. O que atualmente é muito relevante é a capacidade que a tecnologia fornece às empresas para produzirem produtos de alta qualidade e muito semelhantes. Muito pouco se vê de produtos “únicos”, como a Coca-Cola, por exemplo. Cada vez mais os consumidores têm diversas opções que pouco se diferenciam em sua consubstancialidade. O Iphone, por exemplo, já foi único, mas agora há no mercado aparelhos com funções muito parecidas, na verdade praticamente iguais: Sony Xperia Z2, HTC One M8, Samsung Galaxy S5, iPhone 5S, possuem características funcionais muito semelhantes. Muitas vezes o cliente tem grande dúvida ao realizar uma compra desse tipo e a política de marketing é um dos grandes fatores que determinam a aquisição. Formas de pagamento, de entrega, promoções, planos e até a política da empresa entram como diferencial. Isso demonstra a importância de projetos de marketing mais fiéis e específicos, que requerem mais criatividade para alavancar as vendas. 6. O ACESSO ÀS INFORMAÇÕES E A ÉTICA Hoje em dia, devido ao grande acesso à informação que vem inundando a população nas últimas duas décadas, as pessoas estão mais instruídas, possuem maior poder de fiscalização, além de gerarem uma resposta mais rápida, ou quase que imediata ao mercado. Neste sentido, a aplicação do marketing se volta para as questões de ética e de responsabilidade social. Não é possível criar estratégias que não sejam fiéis à realidade dos produtos e serviços, pois o risco de um resultado negativo é grande. Isto está impulsionando o aperfeiçoamento de técnicas e criação de inovações e mecanismos que se voltam basicamente às características das pessoas. Estudos relacionados às pessoas, seus comportamentos e estilos de vida são essenciais. Não é só preciso pensar em vender, mas em como fazer isso atendendo aos anseios e exigências que são impostas pelos consumidores. A 7 fidelização destes não está relacionada apenas aos seus desejos, mas também à responsabilidade social, uma vez que os clientes levam em consideração estes aspectos cada vez mais devido à crescente exposição social que se alastra nas comunidades populacionais físicas e virtuais. As pessoas querem saber de tudo, e mudam suas opiniões com facilidade. O gestor de marketing precisa se preocupar com isso, entender quais são as sensibilidades dos clientes, manter a imagem da empresa ilibada e pensar em meios de facilitar a vida deles, visando sempre surpreendê-los positivamente. 7. SISTEMAS DE INFORMAÇÃO Segundo Kotler “O futuro não está à nossa frente. Ele já aconteceu.” (KOTLER, 2000, p. 23). A tecnologia avança em escala avassaladora e proporciona instrumentos fantásticos de análise e pesquisa. O problema é que isso é uma realidade para todos, inclusive a concorrência. Ferramentas tecnológicas surgem a cada dia e fornecem dados que possibilitam a criação de novas técnicas de gestão. Às vezes, ter uma boa informação é mais relevante que dominar um determinado mercado, pois ela pode criar condições para ampliação de outro mais importante, por exemplo. A boa utilização destes dados é fundamental para estabelecer estratégias de marketing. Saber sobre o que está acontecendo hoje em um nicho de mercado, comparar com o que aconteceu ontem e alguns meses atrás, ou anos, não é apenas bom, mas necessário. A concorrência sempre deve ser o respaldo para o marketing. É necessário saber o que as outras empresas estão fazendo, como, por que e onde estão fazendo para vislumbrar novas ideias que sirvam ao negócio. Não é suficiente ter informações, mas saber quais são importantes obter e o que fazer com elas. Para isso, é preciso investir em tecnologia, capacitar pessoas e buscar atualização constante. 8. ALAVANCAGEM DE VENDAS E AS FINANÇAS Warren Buffet, amplamente considerado o mais bem sucedido investidor do século XX diz que no mundo dos negócios, o espelho retrovisor é sempre mais claro do que o para-brisa. Como é bem sabido, o controle das finanças é fundamental 8 para a sobrevivência de um negócio. Ele é considerado o coração de uma organização. Neste raciocínio pode-se colocar o marketing, alinhado com a administração, como se fosse parte do funcionamento do cérebro, em uma analogia figurada. Este entendimento leva à reflexão sobre os ciclos operacional e financeiro da empresa. Suas características devem embasar a aplicação da política de marketing, para equalizá-los. Um grande fator de risco é não levar em consideração, de maneira minuciosa, o controle financeiro quando se deseja aumentar as vendas. Se há um plano de aumentar as vendas, mesmo que haja demanda, é necessário analisar se há aporte financeiro suficiente para não alvoroçar a necessidade de capital de giro. As variáveis precisam ser avaliadas, colocadas em planilhas sistemáticas e metodicamente analisadas para verificar a real possibilidade de expandir o negócio. Caso contrário, há grande risco de insuficiência financeira e consequente prejuízo. A agressividade da investida em políticas de marketing deve estar coordenada com a capacidade de renovação de estoques, com os prazos de clientes e fornecedores para que haja ascensão harmônica e consubstancial das vendas e consequentemente, da lucratividade. Como bem colocou Warren Buffet, é preciso olhar para trás, isso para ver se há dinheiro suficiente sobrando para poder financiar o crescimento, pois haverá certamente demanda de capital para que as operações envolvidas funcionem de acordo com a meta almejada. 9. NICHOS DE MERCADO E SUAS CULTURAS De acordo com Kotler “As empresas têm maiores chances de se saírem bem quando escolhem seus mercados-alvo com cuidado e preparam programas de marketing customizados.” (KOTLER, 2000, p.42). O mercado consumidor é diverso e heterogênio. Para atingi-lo não basta estudar suas características e comportamentos, é preciso aprofundar-se para entender a cultura, os valores, o estilo de vida, os anseios, os hábitos a que se restringem. As peculiaridades não são mais novidades; os desejos evoluem para necessidades e geram novas cobiças. O produto precisa ir além, tem que gerar uma 9 satisfação extra, e isso, depende de muita criatividade. As pequenas empresas têm habilidades em lidar com o marketing de nichos, pois tradicionalmente tratam de abordar mercados locais e com especificidades singulares, seja pela proximidade ou pela praticidade. As grandes empresas têm bastante o que aprender com as pequenas, e precisam disto. Isto porque necessitam expandir constantemente suas vendas para que se mantenham competitivas. O suficiente para estas (as grandes) é instável, ou seja, não há limite; a estabilidade é o crescimento. Para crescer é necessário ampliar as vendas e para fazer isso é imprescindível o marketing de nicho. 10. MARCA A marca é a primeira coisa que se pensa quando se fala em marketing. Ela é o marketing propriamente dito. Ao falar em marca logo se pensa em qualidade, em fidelização, em confiança. É algo que os clientes carregam em suas mentes. Às vezes, não optam por um produto melhor pelo simples fato de gostarem de uma marca específica. Outras vezes por questão de status social. Em pesquisa divulgada recentemente, o Google superou a Apple e é atualmente a marca mais valiosa do mundo equivalendo a 158,8 bilhões de dólares. Em terceiro lugar vem a IBM seguida pela Microsoft, McDonald’s e Coca-Cola (UOL ECONOMIA). Estes gigantes não estão no topo à toa. A dedicação deles à suas marcas é algo semelhante a uma religiosidade. Para que uma organização tenha uma marca reconhecida, não é permitido sofrer abalos em sua imagem. É notável como fabricantes de cigarros buscam compensar entraves legais com estratégias de marketing, inovando as embalagens de seus produtos, por exemplo. Recentemente uma imagem de um suposto rato dentro de uma garrafa de Coca-Cola que circulou em redes sociais, espantou muitas pessoas e causou problemas nas vendas da empresa. O McDonald’s perdeu na justiça um processo impetrado por um famoso chef, também recentemente, que provou que sua carne era imprópria para consumo. Não se pode vacilar com a mídia na atualidade. O marketing é a salvação para reverter esses contratempos. Logo de imediato a Coca-Cola publicou um vídeo demonstrando o funcionamento de suas linhas de produção explicando as etapas da fabricação de seu produto e o rigor que é aplicado nos processos de controle de qualidade. Já o McDonald’s teve que 10 admitir que irá modificar seu sistema de fabricação das carnes, no entanto, mantém uma política agressiva de marketing, diversificando constantemente seus produtos e serviços, fato que nota-se com frequência em suas franquias e nos diversos canais de comunicação. Se isso acontecer com uma marca mais fraca, talvez signifique a quebra de uma empresa. É preciso ter muito cuidado com essa questão hoje em dia e, nestas eventuais ocorrências, agir imediatamente e com precisão. CONCLUSÃO Assim como as diversas ferramentas de gestão, o marketing sofre grandes influências dos tempos modernos. A necessidade de atualização imposta pela sociedade contemporânea altamente informada, não permite aos gestores hesitar. Os controles das atividades empresariais relacionadas ao marketing, bem como o conhecimento, atualização e busca por inovações é uma necessidade ostensiva e não apenas um diferencial. A criatividade nunca foi tão essencial. A harmonia entre os diversos setores, que precisam apresentar-se conceituados em relação ao endomarketing, deve ser eficaz. Transparência e ética são mais que obrigatórios e a fidelidade se destaca hoje, pela reciprocidade íntegra. Os mercados são muito pouco previsíveis, requerem complexas análises diariamente. Não há tempo para agir ou reparar contratempos, é necessário realizar previsões constantemente e agir com antecedência. É preciso ter cuidado com as mídias sociais e saber explorá-las de forma frutífera. Enfim, o marketing no futuro exige resiliência, afinco, dedicação diária, atualização constante e visão holística; e não exclui esses atributos das demais ferramentas administrativas, pelo contrário, as determina. REFERÊNCIAS BEKIN, S. F. Endomarketing: como praticá-lo com sucesso, São Paulo: Prentice Hall, 2004. 11 DRUCKER, P. O melhor de Peter Drucker, São Paulo: Nobel, 2002. HAMEL G, PRAHALAD, C. K. Competindo pelo Futuro, Rio de Janeiro: Campus, 1995. JORNAL CIÊNCIA. Coca-Cola tenta desfazer a imagem do 'rato na garrafa' colocando vídeo no Youtube. Disponível em: <http://www.jornalciencia.com/sociedade/diversos/2958-coca-cola-tenta-desfazer-aimagem-do-rato-na-garrafa-colocando-video-no-youtube> Acesso em 26 de julho de 2014. KOTLER, P. Administração de marketing, São Paulo: Prentice Hall, 2000. KOTLER, P. Marketing, São Paulo: Atlas, 1996 LAS CASAS, A. L. Administração de marketing: conceitos, planejamentos e aplicações à realidade brasileira, São Paulo: Atlas, 2006. LEVITT, T. A imaginação de Marketing, São Paulo: Atlas, 1998. JORNAL O PAINEL. O chef Jamie Oliver ganha ação contra McDonald. Disponível em: <http://www.jornalopainel.com.br/o-chef-jamie-oliver-ganha-acaocontra-mcdonald/> Acesso em 26 de julho de 2014. UOL, Economia. Google supera a Apple como marca mais valiosa do mundo. Disponível em: < http://economia.uol.com.br/noticias/efe/2014/05/21/google-superaa-apple-como-marca-mais-valiosa-do-mundo.htm> Acesso em 26 de julho de 2014.