PROCEDIMENTOS PARA A OPERAÇÃO DO SIN DURANTE O FINAL DE ANO Operador Nacional do Sistema Elétrico Diretoria de Planejamento Programação da Operação Rua da Quitanda 196/23º andar, Centro 20091-005 Rio de Janeiro RJ tel (+21) 2203-9899 fax (+21) 2203-9423 © 2003/ONS Todos os direitos reservados. Qualquer alteração é proibida sem autorização. ONS RE 3-412/2005 PROCEDIMENTOS PARA A OPERAÇÃO DO SIN DURANTE O FINAL DE ANO ONS RE-3/412/2005 PROCEDIMENTOS PARA A OPERAÇÃO DO SIN DURANTE O FINAL DE ANO 2 / 28 Sumário 1 INTRODUÇÃO 4 2 CONCLUSÃO 4 3 DIRETRIZES 4 4 4.1 4.2 PONTOS DE DESTAQUE Carga Leve / Mínima Carga Máxima 6 6 7 5 5.5.5 5.5.6 5.5.7 RECOMENDAÇÕES OPERATIVAS – CARGA MÍNIMA Sistema de 765 kV Elo de Corrente Contínua Restrições na Operação do Elo de CC Região Sudeste / Centro Oeste Área São Paulo Área Rio de Janeiro / Espírito Santo Área Minas Gerais Área Goiás – Brasília e Mato Grosso Região Sul Região Norte / Nordeste Carregamento dos compensadores síncronos e estáticos Configuração de reatores manobráveis Desligamento de circuitos de 500 kV para controle de tensão nas interligações Desligamento das Compensações Séries Fixas das LT 500 kV Imperatriz – Colinas C1 e C2 da SE Colinas Procedimentos de controle de tensão Diretrizes para a UHE Tucuruí Malha Regional dos Sistemas Norte e Nordeste 6 CARGA MÁXIMA DOS DIAS 24 E 31/12/05 7 ANEXO - DADOS E PREMISSAS CONSIDERADAS Cargas Principais Equipamentos para Controle de Tensão Indisponíveis no Período Fluxos para as áreas geoelétricas Principais despachos de geração considerados nos estudos 5.1 5.2 5.2.1 5.3 5.3.1 5.3.2 5.3.3 5.3.4 5.4 5.5 5.5.1 5.5.2 5.5.3 5.5.4 7.1 7.2 7.3 7.4 Lista de figuras, quadros e tabelas ONS RE-3/412/2005 PROCEDIMENTOS PARA A OPERAÇÃO DO SIN DURANTE O FINAL DE ANO 7 8 10 11 11 11 14 15 16 17 18 18 19 20 20 20 22 23 23 24 24 25 25 26 28 3 / 28 1 INTRODUÇÃO Este trabalho tem como objetivo complementar as diretrizes para controle de tensão recomendadas no relatório referente ao terceiro Quadrimestre de 2005, definindo medidas adicionais para a operação do SIN durante as festividades de final de ano, especialmente para o período entre 24 e 26 de dezembro assim como 31 de dezembro e 02 de janeiro de 2006, levando em conta a grande variação na distribuição espacial da carga nas áreas do sistema, sobretudo em função da elevação do consumo nas regiões litorâneas, decorrente dos eventos turísticos. É também avaliado o desempenho do SIN quanto ao aspecto da segurança e do controle de tensão, considerando a ocorrência da carga mínima anual, característica do comportamento do consumo neste período do ano. 2 CONCLUSÃO Para as condições de carga, geração, topologia da rede e fluxos previstos, os recursos existentes no sistema serão suficientes para operação do SIN segundo os critérios definidos nos Procedimentos de Rede e, um adequado controle de tensão. A carga mínima prevista para o sistema Sudeste / Centro Oeste, é da ordem de 18200MW, para o sistema Norte / Nordeste é de aproximadamente 7400MW e para o sistema Sul é da ordem de 4500MW. Estes valores são próximos aos ocorridos no ano anterior. A carga máxima prevista para o sistema Sudeste / Centro Oeste, é da ordem de 31300MW, para o sistema Norte / Nordeste é de aproximadamente 11600MW e para o sistema Sul é da ordem de 8000MW. Estes valores são próximos aos ocorridos no ano anterior. 3 DIRETRIZES De forma a prover o SIN de maior segurança operacional as seguintes medidas adicionais serão implementadas: Realização de intervenções que não possam ser postergadas, em função de risco para vidas humanas e equipamentos. ONS RE-3/412/2005 PROCEDIMENTOS PARA A OPERAÇÃO DO SIN DURANTE O FINAL DE ANO 4 / 28 Medidas operativas que visam minimizar o número de desligamentos de linhas de transmissão para controle de tensão. Reforço de equipes de pré-operação, infra-estrutura e tempo real dos Centros de Operação do ONS. Recomendação às Empresas de geração e transmissão: a) Manter disponíveis e em operação normal os equipamentos das instalações – de usinas, assim como de subestações e linhas de transmissão da Rede Básica e aquelas incluídas na Rede de Operação; b) Reforçar equipes de tempo real das instalações mais críticas; c) Para instalações desassistidas, assegurar esquemas especiais para pronta intervenção; d) Estabelecer esquema especial para as turmas de manutenção. Solicitação às Empresas de Distribuição que adotem procedimento análogo às de geração e transmissão. Solicitação a Empresas de Distribuição que informem aos Centros de Operação do ONS sobre ocorrências na rede distribuição, como suporte à comunicação institucional, permitindo informar às autoridades, quando questionadas, sobre avaliação global das condições de atendimento. Para o adequado desempenho do SIN, a programação de geração e intercâmbios principalmente para o período de carga leve/mínima deverá atender aos seguintes requisitos: a) Exportação de energia da Região Norte superior a 1500MW; b) Fluxo na LT 500kV Imperatriz - Colinas superior a 700MW neste sentido; c) Fluxo na interligação Norte/ Nordeste superior a 850MW ; d) Fluxo na LT 750kV Ivaiporã – Itaberá superior a 3900MW; e) Fluxo no Elo de Corrente Contínua em valores não inferiores a 3000MW; f) Operação como síncrono das unidades geradoras disponíveis da UHE Henry Borden; g) Maximização do número de unidades geradoras em operação, mesmo que como compensadores síncronos. ONS RE-3/412/2005 PROCEDIMENTOS PARA A OPERAÇÃO DO SIN DURANTE O FINAL DE ANO 5 / 28 4 PONTOS DE DESTAQUE 4.1 Carga Leve / Mínima Mesmo após a adoção das diretrizes anteriormente apresentadas, poderá ser necessária a abertura de circuitos em função da indisponibilidade de equipamentos de controle de tensão e/ou na ocorrência de carga inferior àquela considerada nos estudos. Região Sudeste / Centro Oeste No caso do tronco de 765kV deve-se buscar a elevação do fluxo Fluxo para o Sudeste (FSE) através da elevação do despacho de geração nas usinas da região Sul e/ou da UHE Itaipu 60Hz antes da abertura de circuitos. Não sendo possível a reprogramação acima descrita, deverá ser desligado um circuito da LT 765kV Itaberá – Tijuco Preto, preferencialmente o circuito 1 ou o circuito 2. Caso ainda sejam verificadas dificuldades de controle de tensão após a abertura de uma LT 765kV Itaberá – Tijuco Preto, proceder o desligamento de um dos circuitos da LT 765kV Ivaiporã-Itaberá. Nesta situação, configuração 3-22, deverá se respeitar o FSE limite de 4100 MVA, referente ao limite em emergência do circuito remanescente para a perda de mais um circuito no trecho Ivaiporã – Tijuco Preto. Para a malha de 440kV do estado de São Paulo, caso haja esgotamento de todos os recursos disponíveis para controle de tensão, como a exploração da capacidade de absorção de reativos das usinas hidráulicas conectadas à rede de 440kV e dos Compensadores Síncronos de Santo Ângelo e Embu Guaçu deverá ser desligada a LT 440kV Ilha Solteira – Araraquara C2. Região Sul Para a carga considerada não foi detectada a necessidade de abertura de circuitos para controle de tensão considerando os recursos disponíveis. No entanto, ocorrendo valores de carga inferiores, recursos de abertura de circuito como a LT 525kV Itá – Garabi II, LT 525kV Itá – Caxias e LT 525kV Areia – Curitiba ou Areia – Bateias poderão ser utilizados. ONS RE-3/412/2005 PROCEDIMENTOS PARA A OPERAÇÃO DO SIN DURANTE O FINAL DE ANO 6 / 28 Região Nordeste 4.2 O desligamento da LT 500 kV Presidente Dutra – Açailândia, poderá ser necessário para a operação com valor de exportação pelo Norte (FNE + FCOMC) inferior a 1300 MW. Neste caso deve-se respeitar o Fluxo Norte – Nordeste (FNE) máximo de 1100 MW, Fluxo Colinas – Miracema (FCOMC) máximo de 1700 MW e Fluxo Norte – Sudeste (FNS) máximo de 2500 MW. Ressalta-se que esse valor de exportação da região Norte é orientativo uma vez que é prioritário o esgotamento dos recursos disponíveis para o controle de tensão. No entanto, se o desligamento da LT 500 kV Presidente Dutra – Açailândia não for suficiente para garantir o controle de tensão, sem violar o limite de absorção de reativos dos compensadores síncronos, deve-se programar o desligamento do circuito 2 da LT 500 kV Presidente Dutra – Imperatriz ao invés do circuito Presidente Dutra – Açailândia. Com a entrada em operação da LT 500kV Teresina - Sobral C2 e da LT 500kV Sobral - Fortaleza C2, caso não seja possível efetuar controle de tensão na malha de 500kV da região nordeste, deverá ser desligada a LT 500kV Milagres – Quixadá - Fortaleza utilizando os recursos da malha de 230kV, em especial, os compensadores estáticos das SEs Milagres e Fortaleza para auxiliar no controle de tensão, bem como a energização do reator 150Mvar/500kV da LT Quixadá – Fortaleza em Fortaleza, conforme procedimentos atuais. Tal medida deverá ser adotada somente após esgotados todos os demais recursos para controle de tensão bem como a possibilidade de elevação da geração da UHE Tucuruí com a conseqüente contribuição para o fluxo do recebimento pelo Nordeste (RNE). Carga Máxima Não são esperados problemas para o controle de tensão durante a carga máxima deste período. 5 RECOMENDAÇÕES OPERATIVAS – CARGA MÍNIMA Para o eficiente controle da tensão em todo o SIN, é de fundamental impor tância a ação coordenada da utilização dos recursos disponíveis nas áreas. A coordenação entre os centros de operação se torna essencial quando se nota uma tendência de esgotamento dos recursos de controle das áreas descritas a seguir. Ao observar tais tendências, deverá se procurar, de imediato, os recursos disponíveis nas áreas adjacentes, observando e respeitando os limites de tensão e as variáveis de controle para correção. ONS RE-3/412/2005 PROCEDIMENTOS PARA A OPERAÇÃO DO SIN DURANTE O FINAL DE ANO 7 / 28 Cabe ressaltar, que os recursos disponíveis para controle de tensão deverão ser explorados antes do desligamento de linhas de transmissão, operando as unidades geradoras subexcitadas, e quando necessário e possível, como compensador síncrono, bem como os compensadores síncronos absorvendo potência reativa. Adicionalmente, deverão ser sincronizadas o maior número possível de unidades geradoras durante este período. 5.1 Sistema de 765 kV A Tabela 1 apresenta os valores de tensão ao longo do tronco de 765 kV considerados nos estudos. Tabela 1 - Perfil de tensão no tronco de 765 kV obtido nos estudos Barra Foz do Iguaçu – 765 kV VT – 765 kV Ivaiporã – 765 kV VI – 765 kV Itaberá – 765 kV Tijuco Preto – 765 kV Tensão (pu) 0,990 1,024 1,015 0,997 1,027 0,982 Para as condições de carga, geração e fluxos descritos no Anexo deste documento, os seguintes procedimentos foram necessários para o efetivo controle de tensão do tronco de 765 kV: Ligar todos os reatores disponíveis do tronco de 765kV. Ligar todos os reatores do terciário da transformação 765/500/69kV de Ivaiporã. Desligar todos os capacitores da SE Tijuco Preto, setor de 345kV, e energizar os reatores dos terciários dos transformadores 765/500kV. Operar o barramento 500kV de Itaipu 60Hz, preferencialmente, no valor de tensão igual a 100%. Desligar todos os capacitores inclusive dos sistemas de distribuição, assim como energizar todos os reatores. Caso ocorram dificuldades extras no controle de tensão do tronco, as seguintes medidas adicionais poderão ser adotadas: ONS RE-3/412/2005 PROCEDIMENTOS PARA A OPERAÇÃO DO SIN DURANTE O FINAL DE ANO 8 / 28 Elevar a tensão no barramento da SE Ivaiporã 525 kV (através do controle de tapes dos transformadores 765/525 kV – da SE Ivaiporã) devendo, para tanto, serem observados os limites de atendimento ao 525 kV da região Sul. Utilizar-se dos recursos existentes de controle de tape dos transformadores da SE Tijuco Preto 765/345 kV (para explorar a capacidade de absorção dos compensadores síncronos de Tijuco Preto, Ibiúna e das máquinas da UHE Henry Borden que estiverem operando como síncrono) e 765/500 kV (para utilizar os reatores disponíveis no tronco de 500kV da área Rio de Janeiro) Considerando uma tensão mínima limite de 765kV (100%) em Itaipu 60 Hz500 kV, desligar preferencialmente o circuito 1 ou o circuito 2 da LT 765kV Itaberá -Tijuco Preto – configuração 3-3-2, observando-se os limites descritos na IO-OC.SSE vigente: Tabela 2 – Limite para indisponibilidade de um circuito 765kV Itaberá – Tijuco Preto Período de Carga Lógica 2 do CLP Pesada / Média Leve / Mínima FSE( MW) FSE (MW) Fora de operação 4100 4100 Em operação 4300 4300 No caso da abertura de um circuito da LT 765kV Itaberá -Tijuco Preto, são esperadas as seguintes variações de tensão e potência reativa (Tabela 3), em relação à configuração original: Tabela 3 - Variações de tensão e potência reativa esperadas Equipamento/Barra Compensadores Síncronos de Grajaú Compensadores Síncronos de Ibiúna Compensador Síncrono de Tijuco Preto VT – 765 kV Ivaiporã – 765 kV Itaberá – 765 kV Tijuco Preto – 765 kV Variação + 45 Mvar +220 Mvar +42 Mvar -3,3% -2,4% -3,3% -2,4% Se ainda necessário e, considerando uma tensão mínima limite de 100% em Itaipu 60 Hz-500 kV, desligar um dos circuitos da LT 765kV Ivaiporã-Itaberá – configuração 3-2-2, onde são esperadas as seguintes variações de tensão e potência reativa (Tabela 4), em relação à configuração 3-3-2: ONS RE-3/412/2005 PROCEDIMENTOS PARA A OPERAÇÃO DO SIN DURANTE O FINAL DE ANO 9 / 28 Tabela 4 - Variações de tensão e potência reativa esperadas Equipamento/Barra Variação VT – 765 kV Ivaiporã – 765 kV Itaberá – 765 kV Tijuco Preto – 765 kV -1,2% -1,0% -0,6% -0,3% Vale ressaltar que: a) A abertura de circuitos no tronco de 765kV e, por conseqüência, a redução no perfil de tensão do mesmo contribui para aumentar a margem de folga de potência reativa dos síncronos de Ibiúna e Tijuco Preto e melhorar o controle de tensão dos sistemas de 440 kV e 345 kV e 500 kV, porém esta medida deverá estar adequada ao carregamento do tronco 765kV, sendo indicada, principalmente, para o controle do próprio sistema de 765kV. 5.2 Elo de Corrente Contínua Para as condições de carga, geração e fluxos descritos no Anexo deste documento, de modo a possibilitar uma maior margem de potência reativa aos síncronos de Ibiúna e Tijuco Preto para proceder um efetivo controle de tensão no tronco de 345 kV, o Elo CC deverá operar com 7 conversores, no período de carga leve compreendido entre os dias 25 e 26 de dezembro e 01 e 02 de janeiro de 2006. Esta operação irá permitir a redução do número de filtros na SE Ibiúna, que conduzirá à redução da absorção de potência reativa pelos síncronos da área. A Tabela 5 apresenta a sensibilidade para a absorção de potência reativa pelos síncronos de Ibiúna considerando diferentes valores de potência no Elo CC e na geração da UHE Itaipu 60Hz e uma filtragem mínima conforme estabelecido na IO-ON.ECC. Tabela 5 – Absorção de potência reativa pelos CSs de Ibiúna Elo CC* (MW) Itaipu 60Hz (MW) Filtragem (Mvar) CSs Ibiúna (Mvar) 3900 3200 3600 4600 5300 4900 1966 1729 1729 -477 -540 -385 * 8 conversores ONS RE-3/412/2005 PROCEDIMENTOS PARA A OPERAÇÃO DO SIN DURANTE O FINAL DE ANO 10 / 28 Caso haja necessidade de redespacho de geração, a Tabela 6 abaixo apresenta a prioridade para tal nas usinas do SIN com o intuito de otimizar a absorção de reativo dos síncronos de Ibiúna. Tabela 6 – Redespacho nas Usinas do SIN Aumento de geração (MW) Redução de geração (MW) Reduz a absorção do CS de Ibiúna Aumenta a absorção do CS de Ibiúna Ilha Solteira, Jupiá 1.Porto Primavera 2. Taquaruçu 3. Capivara 1. 2. 3. 4. 5. Água Vermelha São Simão Itumbiara L. C. Barreto Furnas São Simão, Itumbiara, Emborcação 1.Porto Primavera 2. Taquaruçu 3. Capivara 4. Ilha Solteira 5. Jupiá 6. Água Vermelha 1. L. C. Barreto 2. Furnas Serra da Mesa 1.Porto Primavera 2. Taquaruçu 3. Capivara 4. Jupiá 5. Ilha Solteira 6. Água Vermelha 1. L. C. Barreto 2. Furnas Cabe ressaltar que o redespacho na usina de Itaipu do 50Hz para o 60Hz não deverá ser utilizado caso a margem de absorção de reativos dos síncronos de Ibiúna seja comprometida. Também deve ser destacado que conforme descrito no Relatório Mensal de Dezembro de 2003, o tape da transformação 500/345kV da SE Ibiúna não deverá ser utilizado para reduzir a tensão no setor de 500kV, devido à elevação que acarreta na absorção de reativos pelo CS de Ibiúna. 5.2.1 Restrições na Operação do Elo de CC As avaliações consideraram a restrição operativa informada por Furnas para a operação do Elo de Corrente Contínua, em Ibiúna, na modalidade “High Mvar”. 5.3 Região Sudeste / Centro Oeste 5.3.1 Área São Paulo Para as condições de carga, geração e fluxos considerados nos estudos, e já sendo tomadas as ações para controle no tronco de 765kV e Elo de CC, os ONS RE-3/412/2005 PROCEDIMENTOS PARA A OPERAÇÃO DO SIN DURANTE O FINAL DE ANO 11 / 28 seguintes procedimentos deverão ser necessários para o efetivo controle de tensão da área São Paulo: a) Desligar os bancos de capacitores da malha de 88 kV e 138kV da área São Paulo conforme MOP – CNOS 223/2005, bem como da rede de distribuição. b) Manter ligados todos os reatores disponíveis à operação das SEs Bauru, Araraquara, Assis, Sumaré, Santo Ângelo, Embu Guaçu e Cabreúva caso estejam desligados, inclusive aqueles pertencentes aos circuitos que venham a ser desligados para o controle de tensão. c) Sincronizar todas as unidades geradoras disponíveis conectadas à malha de 440kV e 138kV do estado de São Paulo. Destaca-se que o desempenho dinâmico do sistema é prejudicado quando da operação das unidades geradoras subexcitadas, e portanto, todos os recursos como o desligamento de capacitores e a energização de reatores, além da utilização da capacidade de absorção dos compensadores síncronos deve ser utilizada antes de subexcitar as unidades geradoras. d) Operar a UHE Henry Borden com todas as unidades disponíveis sincronizadas, sendo aquelas conectadas ao setor de 230kV operando como compensador síncrono e as unidades geradoras conectadas ao 88kV mantidas com despacho mínimo. A adoção destes procedimentos, conjugada com a exploração da capacidade de absorção de reativos das usinas hidráulicas conectadas à rede de 440kV do estado, deverá proporcionar um perfil de tensão adequado nesta malha de transmissão. Entretanto, caso haja o esgotamento dos recursos operativos para o controle de tensão nos barramentos de 440kV além da possibilidade de esgotamento da capacidade de absorção de reativos dos compensadores síncronos das SEs Embu Guaçu e Santo Ângelo, deverá ser procedido o desligamento da LT 440kV Ilha Solteira – Araraquara C2, reconectando em seguida o reator RE02 ao barramento de 440kV da SE Araraquara. A abertura do circuito 2 da LT 440kV Ilha Solteira – Araraquara visa evitar a perda dupla das LTs 440kV Ilha Solteira – Araraquara C2 e Ilha Solteira – Água Vermelha estando o circuito 1 desta LT aberto. No entanto, caso haja a tendência da tensão ultrapassar o limite superior da faixa, as seguintes medidas adicionais poderão ser tomadas: Desligar a LT 440 kV Araraquara – Santo Ângelo. Esta medida é capaz de reduzir cerca de 1% na tensão da SE Araraquara, além de reduzir a ONS RE-3/412/2005 PROCEDIMENTOS PARA A OPERAÇÃO DO SIN DURANTE O FINAL DE ANO 12 / 28 absorção de reativos dos CSs em aproximadamente 40Mvar e da UHE Ilha Solteira em 50Mvar. Caso ocorra redução na carga da área São Paulo e dificuldades extras no controle de tensão deste sistema, podem-se adotar as seguintes medidas adicionais nesta ordem: a) Estando desligada a LT 440 kV Ilha Solteira – Araraquara C2, desligar LT 440 kV Bauru – Cabreúva C1. Esta medida visa atender o controle de tensão do sistema, principalmente nas barras terminais, e dar margem de reat ivos das usinas do sistema de 440 kV, principalmente na UHE Ilha Solteira. b) Estando desligadas as LT 440 kV Ilha Solteira – Araraquara C2 e a LT 440 kV Bauru – Cabreúva C1, desligar LT 440 kV Jupiá – Bauru C1, que também visa aumentar a margem de reativos das usinas do sistema de 440 kV, principalmente na UHE Ilha Solteira. Cumpre ressaltar que a abertura das linhas de transmissão acima descritas deverão atender aos limites descritos na IO–ON.4SP vigente. Caso haja necessidade de abertura da LT 345 kV Ibiúna-Interlagos para controle de harmônicos, a mesma contribui para a elevação da margem de reativos nos síncronos de Ibiúna e Tijuco Preto, bem como para o controle de tensão no sistema de 345 kV. Neste caso, deverá ser respeitada a seguinte inequação conforme descrito na MOP- CNOS 194/2005: FTR Cabreúva 440/230 kV + FTR Embu-Guaçu 440/345 kV + F LT 345 kV Ibiúna / Interlagos C1 e C2 + F LT 345 kV Tijuco Preto / Baixada C1, C2 e C3 < 4200 MW Após a abertura de um circuito da LT 345 kV Ibiúna – Interlagos somente no terminal de Ibiúna para eliminação da sobrecarga harmônica, monitorar continuamente a seguinte inequação: FTR Cabreúva 440/230 kV + FTR Embu-Guaçu 440/345 kV + F LT 345 kV Ibiúna / Interlagos C1 ou C2 + F LT 345 kV Tijuco Preto / Baixada C1, C2 e C3 < 4200 MW A redução no perfil de tensão do 440 kV tem reflexos positivos no controle de tensão do tronco de 765 kV e no sistema de 500 kV do Paranaíba, porém tal medida só ONS RE-3/412/2005 PROCEDIMENTOS PARA A OPERAÇÃO DO SIN DURANTE O FINAL DE ANO 13 / 28 deve ser tomada caso os recursos existentes nestes sistemas estejam totalmente esgotados. 5.3.2 Área Rio de Janeiro / Espírito Santo Para a área Rio de Janeiro / Espírito Santo, o controle de tensão deverá ser efetuado de forma a se evitar ao máximo possível o desligamento de circuitos. Para isto, deve-se ligar os reatores da área e solicitar à Light, Ampla e Escelsa desligar todos os capacitores manobráveis conectados à sua rede, inclusive os dos sistemas de distribuição. Adicionalmente, deve-se reduzir a tensão de geração das usinas da Light, Escelsa e das usinas da bacia do rio Grande. Caso haja a indisponibilidade simultânea das UTNs Angra 1 e 2 para o período em estudo, a não utilização da capacidade de absorção de reativos destas usinas não deverá resultar em dificuldades adicionais para o controle de tensão na malha de 500kV. O despacho de geração da UTE Norte Fluminense deverá ser programado em 360MW para permitir a operação segura do tronco de 345kV de suprimento ao norte do estado do Rio de Janeiro. O despacho de geração da UTE Termorio deverá ser programado em 100MW tendo em vista a manutenção do processo associado à Refinaria Duque de Caxias (REDUC). Caso sejam observadas dificuldades adicionais para o controle de tensão deste sistema, deve-se adotar as medidas de abertura de linhas de transmissão após esgotados todos os demais recursos conforme descrito na IO–ON.SE.5RJ vigente: a) Desligar preferencialmente o circuito 2 da LT 500 kV Adrianópolis-Cachoeira Paulista. b) Desligar a LT 500 KV Cachoeira Paulista - Tijuco Preto C2. c) Reduzir a geração térmica da área Rio de Janeiro de modo a evitar a abertura de outro circuito da LT 500kV Adrianópolis – Cachoeira Paulista. d) Reduzir a geração hidráulica da área Rio de Janeiro de modo a evitar a abertura de outro circuito da LT 500kV Adrianópolis – Cachoeira Paulista. e) Caso após a redução da geração das usinas térmicas e hidráulicas que estejam sincronizadas na área, as tensões da área continuem acima das ONS RE-3/412/2005 PROCEDIMENTOS PARA A OPERAÇÃO DO SIN DURANTE O FINAL DE ANO 14 / 28 faixas permitidas, proceder a abertura do circuito 3 da LT 500kV Adrianópolis – Cachoeira Paulista. 5.3.3 Área Minas Gerais Para o adequado controle de tensão na Área Minas Gerais, além da utilização plena dos equipamentos manobráveis, os seguintes recursos deverão ser explorados: a) Exploração da capacidade de absorção de reativos das usinas da área, mantendo 4 unidades geradoras sincronizadas na UHE Emborcação e no mínimo 5 unidades geradoras sincronizadas na UHE Itumbiara, operando como síncrono caso seja necessário. b) Exploração da capacidade de absorção de reativos das usinas da área, mantendo no mínimo 6 unidades geradoras sincronizadas na UHE Furnas e 5 unidades geradoras sincronizadas na UHE Luis Carlos Barreto, operando como síncrono caso seja necessário. Segundo informação da Operação em Tempo Real, a UG 4 da UHE Luis Carlos Barreto não deve operar subexcitada, devido ocorrências de vibrações. Caso sejam observadas dificuldades adicionais para o controle de tensão deste sistema, pode-se adotar as seguintes medidas: a) Deve-se desligar, preferencialmente, a LT 500kV Bom Despacho 3 – Neves C1, de modo que o reator S12 da SE Neves permaneça disponível à operação. Esta LT deverá ser desligada nas situações de sobretensões generalizadas na área Minas Gerais. Com o desligamento da mesma, prevê-se uma queda de tensão em torno de 3% nas barras de 500 kV e 345 kV da SE Neves 1. Caso esta linha esteja desligada para controle de tensão e antes que o Fluxo para a área Minas Gerais (FMG) atinja valores superiores a 3100 MW, que corresponde a uma carga da área Minas Gerais em torno de 4500 MW (RMG= 4330 MW) (dependendo da geração da Região Central), a linha deverá ser religada. O máximo valor de requisito que pode ser atendido sem o retorno da LT1 500 kV Bom Despacho 3 – Neves 1, caso haja perda permanente da LT2 500 kV Bom Despacho 3 – Neves 1, está em torno de 5000 MW (RMG= 4830 MW), correspondendo a um FMG de 3500 MW, já considerando a tomada de ações corretivas tais como elevação de geração da Região Central, desligamento de reatores e religamento de bancos de capacitor es. ONS RE-3/412/2005 PROCEDIMENTOS PARA A OPERAÇÃO DO SIN DURANTE O FINAL DE ANO 15 / 28 Caso haja perda de uma 2ª LT de 500kV e não sendo possível religá-la, deverá ser religada a LT1 500 kV Bom Despacho 3 – Neves 1. b) Na impossibilidade de desligamento da LT1 500 kV Bom Despacho 3 – Neves 1, deve-se desligar a LT2 500 kV Bom Despacho 3 – Neves 1. Com o desligamento desta LT prevê-se uma queda de tensão em torno de 3% nas barras de 500 kV e 345 kV da SE Neves 1. Caso esta LT também não possa ser desligada, desligar uma das LTs 500 kV Bom Despacho 3 – Jaguara. Com o desligamento desta LT prevê-se uma queda de tensão em torno de 3% nas barras de 500kV e 345kV de Neves 1. Estas linhas deverão ser religadas para requisitos superiores a 4500 MW (RMG= 4330 MW). Cabe ressaltar que o desligamento da LT 500 kV Emborcação – Samambaia tem um reflexo pequeno nas tensões da Região Central, não sendo, portanto, medida para controle de tensão para a área Minas Gerais. Nota: Requisito Minas Gerais (RMG) é definido como a carga da área Minas Gerais (CEMIG-Distribuição e consumidores livres do 230 kV) sem as perdas das LTs de 500 kV e 345 kV. 5.3.4 Área Goiás – Brasília e Mato Grosso Considerando as previsões de carga descritas no item 2, os recursos e procedimentos para controle de tensão disponíveis na área deverão ser suficientes. No entanto, de forma a buscar uma melhor margem para operação, a seguinte medida deverá ser adotada: - Operar o barramento em 500kV da SE Serra da Mesa no limite inferior da faixa de tensão, mantendo no mínimo 2 unidades geradoras sincronizadas nesta usina, explorando sua capacidade de absorção de reativos. O controle de tensão na área GO/BR deverá ser realizado através dos seguintes recursos: a) Manobrar os capacitores nas SE Samambaia, Bandeirantes, Barro Alto e Brasília Sul; b) Manobrar o reator de linha da LT 500 kV Samambaia – Itumbiara, em Itumbiara; c) Manobrar o reator de linha da LT 345 kV Samambaia – Bandeirantes, em Bandeirantes e, os reatores de barra em Brasília Sul 13,8 kV e Barro Alto 230 kV; ONS RE-3/412/2005 PROCEDIMENTOS PARA A OPERAÇÃO DO SIN DURANTE O FINAL DE ANO 16 / 28 d) Explorar os reativos das máquinas das UHE Serra da Mesa, Itumbiara, Corumbá, Cana Brava, Lajeado, São Simão e Emborcação; e) Alterar os tapes da transformação de Samambaia 500/345 kV e do transformador de Serra da Mesa 500/230 kV de forma a controlar as tensões no 345 kV e 230 kV respectivamente. Dependendo do número de máquinas sincronizadas na área, poderão ser esgotados todos os recursos disponíveis para o controle de tensão, devendo ser necessária a adoção de medidas adicionais a saber: a) Caso sejam esgotados os recursos acima descritos, deve-se proceder a abertura da LT 500 kV Samambaia – Serra da Mesa C1. b) Caso a abertura da LT 500 kV Samambaia – Serra da Mesa C1 não seja suficiente para resolver os problemas de tensões elevadas na área, deve-se proceder a abertura da LT 500 kV Samambaia – Emborcação. 5.4 Região Sul Área 525kV Considerando as diretrizes eletroenergéticas, os montantes de carga previ stos, e os níveis de tensão atualmente praticados na SE 525kV de Ivaiporã, verifica-se a possibilidade de ocorrerem maiores dificuldades para o controle de tensão no setor de 525kV na região de Blumenau e Caxias. Neste caso, os seguintes recursos deverão ser utilizados: - Manutenção de todas as máquinas disponíveis em operação no sistema Sul operando subexcitadas, mesmo como compensador síncrono, evitando o desligamento daquelas que não operam nesta modalidade. - Utilização integral dos recursos de compensação reativa disponíveis, inclusive dos compensadores síncronos da SE Ilhota; - Dentro do possível, promover a elevação das tensões para os valores máximos da faixa operativa no 230kV de Blumenau, Curitiba, Gravataí e Caxias, utilizando o recurso dos LTC dos ATR 525/230kV destas SE, monitorando, contudo, o efeito no sistema de 230kV. A redução da tensão no 525kV de Ivaiporã, utilizando o recurso dos LTC dos ATR 765/525kV desta SE só deverá ser considerada se houver recursos suficientes para evitar que a tensão no tronco de 765kV seja afetada. ONS RE-3/412/2005 PROCEDIMENTOS PARA A OPERAÇÃO DO SIN DURANTE O FINAL DE ANO 17 / 28 Se, após a utilização de todos os recursos existentes, ainda não seja possível o controle da tensão no sistema de 525 kV, recomenda-se, para cada caso, o desligamento das seguintes LT: - Ocorrendo o esgotamento dos recursos para regulação na UHE Itá e não havendo intercâmbio entre Brasil e Argentina via conversora de freqüência de Garabi II: abrir a LT 525kV Itá – Garabi II e, mediante tratativas junto a CIEN, conectar o reator desta linha na barra da SE Itá. - Após a tomada de todas as medidas operativas existentes para redução da tensão no sistema de 525kV e ainda havendo a ocorrência de tensões elevadas na: SE Caxias: abrir a LT 525kV Itá – Caxias sendo que, neste caso, o fluxo para o RS (FRS) deverá, dentro do possível, ser mantido em valores inferiores a 1200MW, de modo a evitar o corte de carga pela lógica 1 deste ECE no caso de perda adicional da LT 525kV Itá – Gravataí ou da LT 525kV Campos Novos – Caxias. SE Blumenau: abrir a LT 525kV Areia – Curitiba ou Areia – Bateias. Área Paraná No período de carga mínima poderá ser verificado o esgotamento dos recursos para o controle de tensão da transformação 230/138kV da SE Pato Branco, permitindo, contudo, o atendimento à carga em níveis satisfatórios. Área Santa Catarina No período de carga mínima, poderão ser verificadas maiores dificuldades para o controle de tensão no 230kV de Xanxerê. Neste caso, deverão ser explorados todos os recursos de compensação reativa disponíveis em Xanxerê, subexcitação das máquinas de Passo Fundo, Salto Osório e Quebra Queixo e ainda, dentro do possível, reduzir as tensões no 138kV de Campos Novos e elevar os níveis de tensão no 138kV da região de Xanxerê. 5.5 Região Norte / Nordeste 5.5.1 Carregamento dos compensadores síncronos e estáticos Controlar cada compensador síncrono de Marabá, Imperatriz, Presidente Dutra e UTE São Luís operando dentro das faixas indicadas abaixo: ONS RE-3/412/2005 PROCEDIMENTOS PARA A OPERAÇÃO DO SIN DURANTE O FINAL DE ANO 18 / 28 Tabela 7 - Faixas de potência reativa para os CS da interligação Norte/Nordeste Faixa Operativa de cada compensador síncrono Instalação Marabá -55 a +120Mvar Imperatriz -50 a +80Mvar Presidente Dutra -50 a +70Mvar UTE São Luís -10 a +5Mvar Nota: Compensador Síncrono da SE Marabá está limitado em -55 Mvar para absorção de reativo. Controlar cada compensador estático de Fortaleza, Milagres e Bom Jesus d a Lapa operando dentro das faixas indicadas abaixo: Tabela 8: Faixas de potência reativa para os CE do Norte/Nordeste Instalação Faixa Operativa de cada compensador estático (Mvar) Fortaleza -112 a +180 -140 a +225 Milagres -56 a +92 -70 a +116 -150 a + 200 -250 a +250 Bom Jesus da Lapa II 5.5.2 Potência Nominal (Mvar) Configuração de reatores manobráveis - Interligação Norte - Nordeste Energizar / desenergizar reatores de barra de 500kV de Presidente Dutra e Imperatriz em função do valor de absorção / fornecimento de potência reativa dos compensadores síncronos de Marabá, Imperatriz e Presidente Dutra. O reator deve ser energizado quando: - Os compensadores síncronos estiverem absorvendo potência reativa em valores próximos dos limites permissíveis; A tensão 500 kV da Subestação estiver no limite superior da faixa; A tensão 500 kV da SE Tucuruí estiver no limite inferior da faixa de tensão. Interligação Sudeste - Nordeste Desenergizar os reatores de barra de 500 kV das SEs Ibicoara e Rio das Éguas, apenas em caso de exportação elevada da Região Sudeste para as Regiões Norte e Nordeste, quando de dificuldade de atendimento à faixa de 500 kV da SE Bom Jesus da Lapa. ONS RE-3/412/2005 PROCEDIMENTOS PARA A OPERAÇÃO DO SIN DURANTE O FINAL DE ANO 19 / 28 - Interligação Norte - Sul Manter energizados ao longo de toda a jornada diária os reatores de barra de 500 kV das SE Colinas e Miracema. 5.5.3 Desligamento de circuitos de 500 kV para controle de tensão nas interligações O desligamento de circuitos para controle de tensão deverá ser adotado após esgotados todos os recursos disponíveis, como o chaveamento de reatores a absorção de reativos dos compensadores síncronos e das máquinas da UHE Tucuruí. Deve-se verificar inclusive que esteja sincronizado o maior número possível de unidades geradoras na UHE Tucuruí I e II. 5.5.4 Desligamento das Compensações Séries Fixas das LT 500 kV Imperatriz – Colinas C1 e C2 da SE Colinas Na operação com baixos níveis de exportação da região Norte, ou seja, o equivalente à condição de fluxo na LT 500 kV Tucuruí – Marabá abaixo de 1900 MW, poderá ocorrer o esgotamento dos recursos para o controle da tensão das barras internas das compensações série fixas da SE Colinas, saída das LT 500 kV Imperatriz – Colinas C1 e C2, resultando na necessidade de desligamento das mesmas. Esse esgotamento estará caracterizado se os seguintes recursos para o controle da referida tensão já tiverem sido explorados: Recursos da UHE Lajeado; Recursos da UHE Serra da Mesa; Recursos da interligação Norte–Nordeste Imperatriz) 5.5.5 (principalmente CS da SE Procedimentos de controle de tensão Deve-se manter as tensões nos limites superiores de suas faixas, uma vez que neste ponto o sistema apresenta um melhor nível de estabilidade dinâmica quando submetido a emergências; Procurar manter o maior tempo possível energizado os reatores de barra das SEs 500 kV Ibicoara (está prevista para o dia 22 de dezembro a normalização da configuração dos reatores) e Rio das Éguas. Na indisponibilidade de um desses reatores manter os mesmos procedimentos de regime normal; ONS RE-3/412/2005 PROCEDIMENTOS PARA A OPERAÇÃO DO SIN DURANTE O FINAL DE ANO 20 / 28 Garantir, como folga operativa, a absorção máxima de –150 Mvar no compensador estático da SE Bom Jesus da Lapa II (-180 Mvar durante a indisponibilidade do reator 3 da SE Ibicoara 500kV); Procurar manter o maior tempo possível energizados os reatores de barra disponíveis nas SE Presidente Dutra e Imperatriz; Garantir, como folga operativa, a absorção máxima de – 50 Mvar em cada um dos compensadores síncronos das subestações de Imperatriz e Presidente Dutra; Manter energizados, ao longo de toda jornada diária e independente do intercâmbio praticado nas Interligações, os reatores de barra das subestações de Teresina, Boa Esperança, Açailândia e São Luís II; Controlar a tensão do barramento de 500kV da SE Presidente Dutra de forma conjunta entre as Regiões Norte e Nordeste, utilizando os recursos de regulação das Áreas Norte e Oeste, da Região Nordeste; Após esgotados todos os recursos para reduzir a tensão da SE Presidente Dutra desenergizar até dois bancos de capacitores de 230kV entre as SE São Luis II e Alumar; Depois de esgotados todos os recursos disponíveis como faixa de tensão, energização de reatores e desenergização de bancos de capacitores e havendo necessidade de garantir a absorção máxima de –50 Mvar nos compensadores síncronos das subestações de Imperatriz e Presidente Dutra, bem como a máxima absorção de potência reativa das máquinas da UHE Tucuruí, efetuar o desligamento de circuitos de 500 kV como último recurso possível. No caso de esgotamento da absorção das máquinas da UHE Tucuruí, deve-se verificar que esteja sincronizado o maior número possível de unidades geradoras na UHE Tucuruí I e II; Caso ainda seja necessário o desligamento adicional de circuitos após o desligamento das LTs 500kV Presidente Dutra – Açailândia e Presidente Dutra – Imperatriz, é possível o desligamento de um dos dois circuitos da LT 500 kV Marabá – Açailândia, que é mais efetivo para as tensões de Presidente Dutra e Imperatriz e para os compensadores síncronos destas subestações e de qualquer um dos quatro circuitos da LT 500 kV Tucuruí – Marabá que é mais efetivo para a potência reativa das máquinas da UHE Tucuruí. ONS RE-3/412/2005 PROCEDIMENTOS PARA A OPERAÇÃO DO SIN DURANTE O FINAL DE ANO 21 / 28 No caso de desligamento de circuitos entre Tucuruí e Marabá, os circuitos C2, C3 e C4 têm relativamente a mesma efetividade para controle de tensão, portanto a escolha entre um deles deve ser função da alocação de geração entre as usinas I e II de Tucuruí, ou seja o circuito a ser manobrado deverá ser preferencialmente o que estiver ligado ao barramento com menor potência despachada; No caso de desligamento de circuitos entre Marabá e Imperatriz/ Açailândia, os circuitos mais efetivos para controle de tensão são aqueles entre Marabá e Açailândia; O desligamento do segundo circuito está condicionado a um Fluxo Norte Nordeste (FNE) máximo de 1100 MW; O desligamento de três circuitos está condicionado a um fluxo máximo total de 3000 MW nos circuitos da LT 500 kV Tucuruí – Marabá, com o objetivo de garantir o desempenho dinâmico adequado do SIN, sem abertura das interligações quando de contingências simples; Para o desligamento do 2º e 3º circuitos o Fluxo Colinas - Miracema (FCOMC) máximo é de 1700 MW e Fluxo Norte – Sudeste (FNS) máximo de 2500 MW; Na condição de baixa exportação da região Norte, poderá ser necessário desligar os capacitores série fixos das LT 500 kV Colinas – Imperatriz na SE Colinas C1 e C2 caso todos os recursos de controle (mencionados anteriormente) já tenham sido utilizados; Caso a 2ª etapa da UHE Tucuruí esteja fora de operação e haja necessidade de se operar com apenas dois circuitos entre Tucuruí e Marabá, devem ser desligados preferencialmente os circuitos C3 e C4; 5.5.6 O desligamento de circuitos deve ser feito de tal forma que se garanta sempre a operação com no mínimo dois circuitos por trecho; Diretrizes para a UHE Tucuruí A política energética, relativa ao período de carga leve/mínima em questão, prevê intercâmbios do Norte para o Nordeste com conseqüente contribuição da UHE Tucuruí para os valores de FNE. Esta operação implica num carregamento do eixo 500 kV Tucuruí – Marabá – Imperatriz e conseqüente menor absorção de potência reativa das máquinas da UHE Tucuruí. Nestas condições não deverá ONS RE-3/412/2005 PROCEDIMENTOS PARA A OPERAÇÃO DO SIN DURANTE O FINAL DE ANO 22 / 28 haver a necessidade do desligamento de circuitos no trecho em 500kV Marabá – Açailândia – Imperatriz - Presidente Dutra. 5.5.7 Malha Regional dos Sistemas Norte e Nordeste Permanecem válidos os procedimentos para controle de tensão vigentes. 6 CARGA MÁXIMA DOS DIAS 24 E 31/12/05 Na área Rio de Janeiro / Espírito Santo deverá ser verificado um elevado nível de carga nas regiões litorâneas (patamar de carga pesada), em especial no dia 31/12/05, enquanto que na região metropolitana do Rio de Janeiro deverá ser observada uma redução de carga. Desta forma, para o adequado controle de tensão na área, o tape da transformação 500/345kV da SE Adrianópolis deverá ser explorado de forma a manter uma tensão elevada no 345kV (máximo da faixa), sem provocar problemas no 500kV. O máximo fluxo previsto no sistema de transmissão que atende à área Rio de Janeiro e Espírito Santo (FRJ) é de cerca de 5400MW . Para este valor, o sistema estará suportando contingências duplas mesmo que não se possa contar com a UTN Angra I e a geração térmica considerada no item 5.3.2. Na área São Paulo, em especial na região de Baixada Santista, também deverá ser verificado um elevado nível de carga nas regiões litorâneas (patamar de carga pesada). Assim, de forma a evitar que na perda de um ATR de Baixada Santista 345/88 kV ocorra sobrecarga inadmissível no ATR remanescente, deve se operar com despacho de geração no setor de 88kV da UHE Henry Borden no período compreendido entre 18 horas e 24 horas não inferior a 150MW para o dia 24/12 e 250MW para o dia 31/12. Cabe ressaltar, que os barramentos compreendidos entre as SEs Henry Borden e Pedreira devem operar fechados no terminal de Henry Borden e apenas um terminal fechado no lado de Pedreira. Adicionalmente, recomenda-se evitar a programação de desligamentos de unidades geradoras das UHEs Henry Borden, Jaguari e Paraibuna, em função desta carga mais elevada na região do litoral norte do Estado de São Paulo e da região de Baixada Santista. ONS RE-3/412/2005 PROCEDIMENTOS PARA A OPERAÇÃO DO SIN DURANTE O FINAL DE ANO 23 / 28 7 ANEXO - DADOS E PREMISSAS CONSIDERADAS 7.1 Cargas As cargas consideradas para avaliação de carga leve/mínima estão mostradas na Tabela 9. Tabela 9 - Cargas consideradas nos estudos Empresa/Região Carga por Empresa/Região Perdas na Transmissão Total (Carga + Perdas) MW MW MW FURNAS CEMIG CPFL LIGHT AMPLA ESCELSA CELG CEB CATAGUAZES ELETROPAULO BANDEIRANTE ELEKTRO CEMAT GRUPO REDE GRUPO PAULISTA SANTA CRUZ P.INDEPENDENTES CIA.PIRATININGA 338 3308 1476 2760 687 832 598 327 78 2352 778 905 394 250 89 61 112 898 288 166 17 15 17 15 9 5 9 38 - 626 3474 1493 2775 704 847 607 332 87 2352 778 905 432 250 89 61 112 898 ENERSUL 295 30 325 Consumidores Livres 1688 2 1690 TOTAL SUDESTE 18226 611 18837 TRACTEBEL ELETROSUL COPEL CEEE CGTEE CELESC AES – SUL RGE CIEN – GARABI AES - URUGUAIANA 119 41 1448 654 20 1008 511 466 14 45 32 33 9 1 2 - 119 86 1480 687 20 1017 512 468 14 Consumidores Livres 189 - 189 TOTAL SUL 4470 122 4592 TOTAL NORDESTE 5091 128 5219 TOTAL NORTE 2341 142 2483 TOTAL SIN 30128 958 31086 ONS RE-3/412/2005 PROCEDIMENTOS PARA A OPERAÇÃO DO SIN DURANTE O FINAL DE ANO 24 / 28 7.2 Principais Equipamentos para Controle de Tensão Indisponíveis no Período Na Tabela 10a e 10b são apresentados os equipamentos para controle de tensão que deverão estar indisponíveis durante o período em análise. Tabela 10a – Equipamentos de Controle de Tensão Indisponíveis Equipamento Local 1 Compensador Estático 1 Compensador Estático 1 Compensador Síncrono 1 Compensador Síncrono Reator 500kV 1x 90 Mvar Reator 440kV 1 x 90 Mvar Reator 13,8kV 1x 10 Mvar Reator 345kV 1x 60 Mvar Reator 500kV 1 x 100 Mvar Reator 500kV 1 x 100 Mvar SE SE SE SE SE SE SE SE SE SE Bandeirantes Campos Neves Imperatriz Jaguara Assis Brasília Geral Bandeirante Luis Gonzaga Ibicoara Tabela 10b – Unidades Geradoras Indisponíveis Usina Três Irmãos Furnas Mascarenhas de Moraes Salto Santiago Paulo Afonso 3 Tucuruí 7.3 Número de unidades indisponíveis 1 (de 5) 1(de 8) 1 (de 4) 1(de 4) 1(de 4) 1(de 28) Fluxos para as áreas geoelétricas A Tabela 11 apresenta os principais fluxos agregados do sistema para o período de carga leve/mínima. Tabela 11 – Fluxos Agregados Fluxos MW FSP FMG FRS FGB FSM FRJ RSE 4430 2960 565 940 1300 3100 3860 ONS RE-3/412/2005 PROCEDIMENTOS PARA A OPERAÇÃO DO SIN DURANTE O FINAL DE ANO 25 / 28 Fluxos MW RSUL(1) F N->S F SENE FSE FIBA ELO CC 1170 840 240 3710 55 3200 Nota: (1) As medidas recomendadas para o controle de tensão do Sistema Sul permanecem válidas para níveis de transferência superiores à referência apresentada. 7.4 Principais despachos de geração considerados nos estudos As Tabelas 12 e 13 apresentam os principais despachos considerados nos estudos de carga leve/mínima. Tabela 12 - Principais despachos considerados nos estudos – térmicas Usina Angra 1 (1) Angra 2 Santa Cruz – 19 Santa Cruz – 13 Juiz de Fora Macaé Merchant Eletrobolt Norte Fluminense Termorio Igarapé Ibiritermo Nova Piratininga Três Lagoas Piratininga 88kV Piratininga 230kV Cuiabá Willian Arjona J. Lacerda A (1 e 2) J. Lacerda A (3 e 4) J. Lacerda B J. Lacerda C P. Médici A P. Médici B Uruguaiana (1 e 2) Uruguaiana (3) Canoas Charqueadas Geração MW Mvar Tensão Terminal (pu) 0 0 0 0 0 0 0 360 100 0 0 0 0 20 0 0 0 0 66 160 240 0 200 330 210 90 26 0 0 0 0 0 0 0 -121 -16 0 0 0 0 -2 0 0 0 0 0,8 -3,6 -23,5 0 -55,2 48,2 31,8 -72,3 0,9 0,98 0,98 0,95 0,95 0,95 0,94 0,96 1,025 1,025 0,95 0,95 Número de Máquinas 3 1 1 2 2 1 2 2 1 1 1 Nota: (1) Está previsto a manutenção programada da UTN Angra 1 durante o período em questão. ONS RE-3/412/2005 PROCEDIMENTOS PARA A OPERAÇÃO DO SIN DURANTE O FINAL DE ANO 26 / 28 Tabela 13 - Principais despachos considerados nos estudos – hidráulicas Geração Usina Ilha Solteira Água Vermelha Jupiá – 440 kV Três Irmãos Porto Primavera Taquaruçu Capivara São Simão Itumbiara Emborcação Jaguara Marimbondo Serra da Mesa Corumbá Nova Ponte L.C.Barreto Furnas M. Moraes (345kV) Itaipu 60 Hz Tucuruí G. B. Munhoz G. N. Braga Salto Santiago Salto Caxias Itá Machadinho Salto Osório G. P. Souza Passo Fundo Passo Real Itaúba Jacuí D. Francisca MW Mvar Tensão Terminal (pu) 1700 750 625 520 420 160 240 940 0 300 240 360 560 0 80 130 0 100 5300 4500 0 0 240 235 270 260 150 60 0 0 100 100 80 -820 -540 -479 -131 -307 -170 -166 -249 -455 -220 -35 -355 -380 -121 -100 -214 -243 -38,0 1142 -932 -353 -606 -467 -448 -466 -308 -91 -64 -124 0 53 -24 -29 0,960 0,980 0,950 0,950 0,950 0,950 0,950 0,960 0,960 0,960 0,950 1,020 0,970 0,950 0,970 0,950 0,950 0,950 1,030 0,930 0,900 0,900 0,900 0,950 0,950 0,950 0,900 0,900 0,950 0,950 0,950 ONS RE-3/412/2005 PROCEDIMENTOS PARA A OPERAÇÃO DO SIN DURANTE O FINAL DE ANO Número de Máquinas 17 6 12 4 14 4 3 4 5 2 3 5 2 2 2 5 6 4 8 14 3 4 4 4 5 3 6 4 2 0 2 6 2 27 / 28 Lista de figuras, quadros e tabelas Tabelas Tabela 1 - Perfil de tensão no tronco de 765 kV obtido nos estudos Tabela 2 – Limite para indisponibilidade de um circuito 765kV Itaberá – Tijuco Preto Tabela 3 - Variações de tensão e potência reativa esperadas Tabela 4 - Variações de tensão e potência reativa esperadas Tabela 5 – Absorção de potência reativa pelos CSs de Ibiúna Tabela 6 – Redespacho nas Usinas do SIN Tabela 7 - Faixas de potência reativa para os CS da interligação Norte/Nordeste Tabela 8: Faixas de potência reativa para os CE do Norte/Nordeste Tabela 9 - Cargas consideradas nos estudos Tabela 10a – Equipamentos de Controle de Tensão Indisponíveis Tabela 10b – Unidades Geradoras Indisponíveis Tabela 11 – Fluxos Agregados Tabela 12 - Principais despachos considerados nos estudos – térmicas Tabela 13 - Principais despachos considerados nos estudos – hidráulicas ONS RE-3/412/2005 PROCEDIMENTOS PARA A OPERAÇÃO DO SIN DURANTE O FINAL DE ANO 8 9 9 10 10 11 19 19 24 25 25 25 26 27 28 / 28