PROCEDIMENTOS ADICIONAIS PARA CONTROLE DE TENSÃO NO FINAL DE ANO Operador Nacional do Sistema Elétrico Diretoria de Planejamento Programação da Operação Rua da Quitanda 196/23º andar, Centro 20091-005 Rio de Janeiro RJ tel (+21) 2203-9899 fax (+21) 2203-9423 © 2003/ONS Todos os direitos reservados. Qualquer alteração é proibida sem autorização. ONS RE 3-374/2003 PROCEDIMENTOS ADICIONAIS PARA CONTROLE DE TENSÃO NO FINAL DE ANO PROCEDIMENTOS ADICIONAIS PARA ATENDIMENTO AO SISTEMA DURANTE FESTIVIDADES DE FINAL DE ANO D:\582834442.doc Sumário 1 INTRODUÇÃO 5 2 CONCLUSÃO 5 3 3.1 3.2 DADOS E PREMISSAS CONSIDERADAS Cargas Principais Equipamentos para Controle de Tensão Indisponíveis no Período Fluxos Principais Despachos Considerados nos Estudos Perfil de Tensão no Tronco de 765 kV Obtido nos Estudos Restrições na Operação do Elo de CC 5 5 3.3 3.4 3.4.1 3.5 4 4.1 4.2 4.3 4.3.1 4.3.2 4.3.3 4.3.4 4.4 4.5 4.5.1 4.5.2 4.5.3 4.5.4 5 RECOMENDAÇÕES OPERATIVAS – CARGA MÍNIMA Sistema de 765 kV Elo de Corrente Contínua Região Sudeste / Centro Oeste Área São Paulo Área Rio de Janeiro / Espírito Santo Área Minas Gerais Área Goiás – Brasília e Mato Grosso Região Sul Região Norte / Nordeste Faixas de tensão Carregamento dos compensadores síncronos Configuração de reatores manobráveis Desligamento de circuitos de 500 kV para controle de tensão CARGA MÁXIMA DO DIA 31/12/03 Lista de figuras, quadros e tabelas ONS RE 3-374/2003 PROCEDIMENTOS ADICIONAIS PARA CONTROLE DE TENSÃO NO FINAL DE ANO 6 7 7 8 9 9 9 11 13 13 15 16 16 17 17 17 17 17 18 20 21 3 / 20 1 INTRODUÇÃO Este trabalho tem como objetivo complementar as diretrizes para controle de tensão no SIN, previstas no relatório referente ao terceiro Quadrimestre de 2003 e definir as diretrizes adicionais para a operação do SIN durante as festivid ades do final de ano, haja vista a grande variação na distribuição espacial da carga nas áreas do sistema, sobretudo nas regiões litorâneas, além da ocorrê ncia da carga mínima anual. 2 CONCLUSÃO Para as condições de carga, geração e fluxos previstos, os recursos existentes no sistema serão suficientes para um adequado controle de tensão. Cabe ressaltar que a carga prevista para o sistema Sudeste, da ordem de 18000MW, é inferior em aproximadamente 5% a verificada no ano anterior. No Sul, a carga prevista é da ordem de 4500MW e inferior em aproximadamente 17% ao que fora verificado no ano passado. 3 DADOS E PREMISSAS CONSIDERADAS 3.1 Cargas As cargas consideradas para avaliação de carga mínima estão mostradas na Tabela 1. Tabela 1 - Cargas consideradas nos estudos Empresa/Região FURNAS CEMIG EPTE CTEEP CPFL CESP LIGHT CERJ ESCELSA CELG CEB CGEET DUKE-GP CELTINS Carga por Empresa/Região Perdas na Transmissão Total (Carga + Perdas) MW MW MW 265,4 3333,2 0,0 0,0 1409,8 166,5 2846,4 899,4 783,0 540,8 332,3 0,0 0,0 1,8 445,9 114,0 9,3 125,5 12,7 7,7 27,4 26,8 25,5 19,1 5,0 0,0 0,0 0,0 711,3 3447,7 9,3 125,5 1422,5 174,2 2873,8 926,2 808,5 559,9 337,3 0,0 0,0 1,8 ONS RE 3-374/2003 PROCEDIMENTOS ADICIONAIS PARA CONTROLE DE TENSÃO NO FINAL DE ANO 4 / 20 Empresa/Região 3.2 Carga por Empresa/Região Perdas na Transmissão Total (Carga + Perdas) MW MW MW CATAGUAZES EMAE ELETROPAULO BANDEIRANTE ELEKTRO CEMAT GRUPO REDE GRUPO PAULISTA SANTA CRUZ P.INDEPENDENTES CIA.PIRATININGA 91,7 3,8 2331,3 751,1 1004,4 269,0 199,9 76,2 60,9 686,0 1073,8 6,1 1,5 0,5 0,0 0,1 58,7 0,0 0,0 0,2 0,4 0,0 97,8 5,3 2331,8 751,1 1004,5 327,7 199,9 76,2 61,1 686,4 1073,8 TOTAL SUDESTE 17126,7 886,9 18013,6 GERASUL ELETROSUL COPEL CEEE CGTEE CELESC ENERSUL AES – SUL RGE CIEN – GARABI AES - URUGUAIANA 154,2 42,1 1509,8 456,3 17,0 847,0 270,7 687,5 394,5 0,0 6,6 0,0 79,4 22,3 17,0 0,0 13,6 9,1 1,1 0,8 0,2 0,0 154,2 121,5 1532,1 473,3 17,0 860,6 279,8 688,6 395,3 0,2 6,6 TOTAL SUL 4385,7 143,5 4529,2 Principais Equipamentos para Controle de Tensão Indisponíveis no Período Na Tabela 2 são mostrados todos os equipamentos para controle de tensão que estarão indisponíveis durante o período de final de ano. Tabela 2 – Equipamentos de Controle de Tensão Indisponíveis Equipamento Local 01 Compensador Síncrono Capacitor 1x 10 Mvar Reator 1x 90 Mvar Reator 1 x 180 Mvar* SE SE SE SE Neves Rio Verde 138 kV Jaguara 500 kV Bauru 440kV * Retorno previsto para 29/12/2003. ONS RE 3-374/2003 PROCEDIMENTOS ADICIONAIS PARA CONTROLE DE TENSÃO NO FINAL DE ANO 5 / 20 3.3 Fluxos A Tabela 3 apresenta os principais fluxos agregados do sistema para o período de carga mínima. Tabela 3 – Fluxos Agregados 3.4 Fluxos MW FSP FMG FRS FGB FSM FRJ RSE RSUL F N->S F SENE FSE FIBA ELO CC 4724 2344 565 857 -117 3466 3527 1399 -793 596 3596 46 3149 Principais Despachos Considerados nos Estudos As Tabelas 4 e 5 apresentam os principais despachos considerados nos estudos. Tabela 4 - Principais despachos considerados nos estudos – térmicas Usina Angra 1 Angra 2 Santa Cruz – 19 Santa Cruz – 13 Juiz de Fora Macaé Merchant Eletrobolt Igarapé Ibiritermo Nova Piratininga Piratininga 88kV Piratininga 230kV Cuiabá Geração MW Mvar Tensão Terminal (pu) 520 1350 65 25 0 0 0 0 0 0 38 0 0 -47,5 -67,2 19,4 17,2 0 0 0 0 0 0 -2,4 0 0 0,950 0,950 0,970 0,950 0,950 - ONS RE 3-374/2003 PROCEDIMENTOS ADICIONAIS PARA CONTROLE DE TENSÃO NO FINAL DE ANO Número de Máquinas 1 1 1 1 1 - 6 / 20 Tabela 5 - Principais despachos considerados nos estudos – hidráulicas Geração Usina Ilha Solteira Água Vermelha Jupiá – 440 kV Três Irmãos Porto Primavera Taquaruçu Capivara São Simão Itumbiara Emborcação Jaguara Marimbondo Serra da Mesa Corumbá Nova Ponte L.C.Barreto Furnas M. Moraes (345kV) Itaipu 60 Hz 3.4.1 MW Mvar Tensão Terminal (pu) 1446 557 550 130 700 120 239 300 0 0 300 550 300 200 120 124 0 220 5000 -848,0 -530,7 -498,8 -208,0 -201,0 -153,5 -193,6 -192,6 -339,4 -438,1 -45,7 -388,1 -533,3 -8,1 -143,9 -387,1 -333,9 -1,2 454,2 0,980 0,980 0,970 0,980 0,960 0,970 0,950 0,950 0,950 0,950 0,950 0,98 0,960 0,950 0,955 0,950 0,950 0,990 0,978 Número de Máquinas 17 6 12 5 7 4 3 3 5 4 3 5 3 2 3 5 5 5 7 Perfil de Tensão no Tronco de 765 kV Obtido nos Estudos A Tabela 6 apresenta aos valores de tensão ao longo do tronco de 765 kV considerados nos estudos. Considerando o carregamento previsto, a tensão VT poderá operar em valores inferiores a 780kV, obedecendo aos limites de geração e transmissão vigentes. Tabela 6 - Perfil de tensão no tronco de 765 kV obtido nos estudos Barra Foz do Iguaçu – 765 kV VT – 765 kV Ivaiporã – 765 kV VI – 765 kV Itaberá – 765 kV Tijuco Preto – 765 kV Tensão (pu) 0,962 1,029 1,008 0,984 1,025 0,976 ONS RE 3-374/2003 PROCEDIMENTOS ADICIONAIS PARA CONTROLE DE TENSÃO NO FINAL DE ANO 7 / 20 3.5 Restrições na Operação do Elo de CC Também foi considerada nas avaliações a restrição operativa informada por Furnas à operação do Elo de Corrente Contínua, em Ibiúna, de minimização da utilização da função “High Mvar”. Adicionalmente, buscou-se um despacho neste equipamento de forma a minimizar sua absorção de reativos, respeitando a Tabela 11. 4 RECOMENDAÇÕES OPERATIVAS – CARGA MÍNIMA Para o eficiente controle da tensão em todo o SIN, é de fundamental importância a ação coordenada da utilização dos recursos disponíveis nas áreas. A coordenação entre os centros de operação se torna essencial quando se nota uma tendência de esgotamento dos recursos de controle das áreas descritas a seguir. Ao observar tais tendências, deverá se procurar, de imediato, os recursos disponíveis nas áreas adjacentes, observando e respeitando os limites de tensão e as variáveis de controle para correção. 4.1 Sistema de 765 kV Para as condições de carga, geração e fluxos acima descritos os seguintes procedimentos foram necessários para o efetivo controle de tensão do tronco de 765 kV: Ligar todos os reatores disponíveis do tronco 765kV. Ligar todos os reatores do terciário da transformação 765/500kV de Ivaiporã. Desligar todos os capacitores da SE Tijuco Preto, setor de 345kV, e energizar os reatores dos terciários dos transformadores 765/500kV. Operar o barramento 500kV de Itaipu 60Hz com tensão de 100%, respeitandose os limites estabelecidos no relatório ONS – REL-3-076-2002-“Limites de Recebimento pelo Sudeste e Geração de Itaipu”. Todos os capacitores inclusive dos sistemas de distribuição, se possível, deverão estar desligadas assimo como todos os reatores deverão estar energizados. Caso ocorra redução no FSE e dificuldades extras no controle de tensão do tronco, as seguintes medidas adicionais poderão ser adotadas: Elevar a tensão no barramento da SE Ivaiporã 525 kV (através do controle de tapes dos transformadores 765/525 kV – da SE Ivaiporã ) devendo, para tanto, ONS RE 3-374/2003 PROCEDIMENTOS ADICIONAIS PARA CONTROLE DE TENSÃO NO FINAL DE ANO 8 / 20 serem observados os limites de atendimento ao 525 kV da região Sul, com atenção especial a SE Caxias. Utilizar-se dos recursos existentes de controle de tap dos transformadores da SE Tijuco Preto 765/345 kV e 765/500 kV. Estando o FNS no sentido Sudeste-Norte e, considerando uma tensão mínima limite de 100% em Itaipu 60 Hz-500 kV, desligar um dos circuitos da LT 765kV Itaberá -Tijuco Preto – configuração 3-3-2, observando-se os limites indicados na Tabela 7. Tabela 7 - Limites com a rede alterada – carga leve/mínima (1) Nº Maquinas em IPU60 Hz FIPU [MW] FSE [MW] 7 4400 4500 No caso da abertura de um dos circuitos da LT 765kV Itaberá -Tijuco Preto, espera-se as seguintes variações de tensão e potência reativa (Tabela 8), em relação à configuração original: Tabela 8 - Variações de tensão e potência reativa esperadas (1) Equipamento/Barra Variação Compensadores Síncronos de Grajaú Compensadores Síncronos de Ibiúna Compensadores Síncronos de Tijuco Preto VT – 765 kV Ivaiporã – 765 kV Itaberá – 765 kV Tijuco Preto – 765 kV +18 Mvar +196 Mvar +46 Mvar -2,7% -2,0% -2,8% -2,2% Se ainda necessário e, considerando uma tensão mínima limite de 100% em Itaipu 60 Hz-500 kV, desligar um dos circuitos da LT 765kV Ivaiporã-Itaberá – configuração 3-2-2, respeitando-se os limites indicados na Tabela 9. Tabela 9 - Limites com a rede alterada – carga leve/mínima (2) Nº Maquinas em IPU60 Hz FIPU [MW] FSE [MW] 7 4200 4300 No caso da abertura de um dos circuitos da LT 765kV Ivaiporã - Itaberá, esperase as seguintes variações de tensão e potência reativa (Tabela 10), em relação à configuração 3-3-2: ONS RE 3-374/2003 PROCEDIMENTOS ADICIONAIS PARA CONTROLE DE TENSÃO NO FINAL DE ANO 9 / 20 Tabela 10 - Variações de tensão e potência reativa esperadas (2) Equipamento/Barra Variação Compensadores Síncronos de Grajaú Compensadores Síncronos de Ibiúna Compensadores Síncronos de Tijuco Preto VT – 765 kV Ivaiporã – 765 kV Itaberá – 765 kV Tijuco Preto – 765 kV +1,4 Mvar +21,4 Mvar +4 Mvar -1,3% -1,0% -0,4% -0,1% Vale ressaltar que: a) A abertura de circuitos no tronco de 765kV e, por conseqüência, a redução no perfil de tensão do mesmo contribui para aumentar a margem de folga dos reativos dos síncronos de Ibiúna e Tijuco Preto e melhorar o controle de tensão dos sistemas de 440 kV e 345 kV e 500 kV, porém esta medida deverá estar adequada ao carregamento do tronco 765kV, sendo indicada, principalmente, para o controle do próprio sistema de 765kV. 4.2 Elo de Corrente Contínua A Tabela 11 abaixo apresenta o despacho no Elo de Corrente Contínua e filtragem associada de modo que a absorção de reativo pelo síncrono de Ibiúna seja otimizada. Tabela 11 - Despacho do Elo CC e Filtragem associada Número de Potência do Elo Conversore CC (MW) s Filtragem Mínima Tensão do Elo CC (kV) 3º/5º 11º 13º HP 8 ≥4500 ± 600kV ± 600kV 8 =3779 ± 600kV ± 600kV 2 3 3 4 7 =3779 ± 600kV 600/300kV 2 2 2 4 6 =3149 ± 600kV ± 300kV 2 2 2 3 2 3 3 5 Banco de Filtros Ligados ZRC, ZRN, ZRE e ZRK (ou ZRM), ZRA, ZRB, ZRH, ZRF(ou ZRL) ZRC, ZRN, ZRE, ZRK (ou ZRM), ZRA, ZRB, ZRF (ou ZRH) ZRC, ZRN, ZRE (ou ZRK ou ZRM), ZRA, ZRB, ZRF (ou ZRH) ZRC, ZRN, ZRE (ou ZRK ou ZRM), ZRA (ou ZRB ou ZRF ou ZRH) ONS RE 3-374/2003 PROCEDIMENTOS ADICIONAIS PARA CONTROLE DE TENSÃO NO FINAL DE ANO Mvar 1966 1729 1492 1271 10 / 20 4 =2834 ± 300kV ±300kV 2 2 2 2 4 =1574 ± 300kV ±300kV 2 1 1 2 2 < 1259 ± 300kV ± 300kV 2 1 1 1 ZRC, ZRN, ZRE (ou ZRK ou ZRM), ZRA (ou ZRB ou ZRF ou ZRH) ZRC, ZRN, ZRA (ou ZRB ou ZRF ou ZRH) ZRC e ZRN 1034 797 576 Para as condições de carga, geração e fluxos descritos no item 2, os seguintes procedimentos foram necessários para possibilitar margem de reativos aos síncronos de Ibiúna e Tijuco Preto e proceder um efetivo controle de tensão do tronco de 345 kV: Operar o Elo CC, sempre que as condições do SIN permitirem, com 6 conversores, 3149MW e filtragem mínima de 1271Mvar, resultando em absorção da ordem de 560Mvar pelos CSs de Ibiúna. Caso haja necessidade de redespacho de geração, a Tabela 12 abaixo apresenta a prioridade para tal nas usinas do SIN com o intuito de otimizar a absorção de reativo dos síncronos de Ibiúna. Tabela 12 – Redespacho nas Usinas do SIN Redução (MW) Ilha Solteira, Jupiá Aumento (MW) Reduz a absorção do CS de Ibiúna Aumenta a absorção do CS de Ibiúna 1.Porto Primavera 2. Tauaruçu 3. Capivara 1. 2. 3. 4. 5. 1.Porto Primavera 2. Tauaruçu 3. Capivara 4. Ilha Solteira 5. Jupiá 6. Água Vermelha 1. L. C. Barreto 2. Furnas 1.Porto Primavera 2. Taquaruçu 3. Capivara 4. Jupiá 5. Ilha Solteira 6. Água Vermelha 1. L. C. Barreto 2. Furnas Água Vermelha São Simão Itumbiara L. C. Barreto Furnas São Simão, Itumbiara, Emborcação Serra da Mesa ONS RE 3-374/2003 PROCEDIMENTOS ADICIONAIS PARA CONTROLE DE TENSÃO NO FINAL DE ANO 11 / 20 Itaipu 60Hz Itaipu 50Hz Aumenta a absorção do CS de Ibiúna 1.Porto Primavera 2. Tauaruçu 3. Capivara 4. Ilha Solteira 5. Jupiá 6. Água Vermelha 7. São Simão 8. Itumbiara 9. L. C. Barreto 10. Furnas Aumenta a absorção do CS de Ibiúna 1.Porto Primavera 2. Tauaruçu 3. Capivara 4. Ilha Solteira 5. Jupiá 6. Água Vermelha 7. São Simão 8. Itumbiara 9. L. C. Barreto 10. Furnas Cabe ressaltar que o redespacho na usina de Itaipu do 50Hz para o 60Hz não deverá ser utilizado caso a margem de absorção de reativos dos síncronos de Ibiúna esteja comprometida. Também deve ser destacado que conforme descrito no Relatório Mensal de Dezembro (item 4.4.3.1), o tape da transformação 500/345kV da SE Ibiúna não deverá ser utilizado para reduzir a tensão no setor de 500kV, devido à elevação que acarreta na absorção de reativos pelo CS de Ibiúna. 4.3 Região Sudeste / Centro Oeste 4.3.1 Área São Paulo Para as condições de carga, geração e fluxos considerados nos estudos, e já sendo tomadas as ações para controle no tronco de 765kV e Elo de CC, os seguintes procedimentos deverão ser necessários para o efetivo controle de tensão da área São Paulo: a) Ligar todos os reatores disponíveis à operação das SEs Bauru, Araraquara, Assis, Ribeirão Preto, Sumaré, Santo Ângelo, Embu Guaçu e Cabreúva caso estejam desligados, inclusive aqueles pertencentes aos circuitos que venham a ser desligados para o controle de tensão. ONS RE 3-374/2003 PROCEDIMENTOS ADICIONAIS PARA CONTROLE DE TENSÃO NO FINAL DE ANO 12 / 20 b) Sincronizar todas as unidades disponíveis na UH Ilha Solteira. c) Operar a UHE H. Borden com todas as unidades disponíveis sincronizadas, e com despacho mínimo. d) Operar a UT Piratininga com despacho mínimo. A adoção destes procedimentos conjugada com a exploração da capacidade de absorção de reativos das usinas hidráulicas conectadas à rede de 440kV do estado, deverá proporcionar uma tensão próxima ao limite operativo nos barramentos de 440kV, além de um esgotamento da capacidade de absorção de reativos dos compensadores síncronos das SEs Embu Guaçu e Santo Ângelo. Porém, no caso da tensão ultrapassar o limite superior da faixa, as seguintes medidas adicionais poderão ser tomadas: e) Desligar LT 440 kV Araraquara – Santo Ângelo. Esta medida é capaz de reduzir cerca de 1% na tensão da SE Araraquara, além de reduzir a absorção de reativos dos CSs em aproximadamente 60Mvar e da UH Ilha Solteira em 40Mvar. f) Persistindo os problemas para controle de tensão, poderá ser desligada LT 440 kV Ilha Solteira – Araraquara C1. Esta medida deverá reduzir a tensão em aproximadamente mais 1%, em relação a situação indicada no item e) nos barramentos próximos a Araraquara, além de uma redução adicional na absorção dos CSs de aproximadamente 15Mvar e 200Mvar na UH Ilha Solteira. No entanto a abertura desta linha de transmissão está condicionada a seguinte restrição: Geração (P.Primav + Taquaruçu + Jupiá + T.Irmãos + I.Solteira) < 4500MW Caso ocorra redução na carga da área São Paulo e dificuldades extras no controle de tensão deste sistema, podem-se adotar as seguintes medidas adicionais nesta ordem: g) Estando desligada a LT 440 kV Ilha Solteira – Araraquara C1, desligar LT 440 kV Bauru – Cabreúva C1. Esta medida visa atender o controle de tensão do sistema, principalmente nas barras terminais, e dar margem de reat ivos das usinas do sistema de 440 kV, principalmente Ilha Solteira. h) Estando desligadas as LT 440 kV Ilha Solteira – Araraquara C1 e a LT 440 kV Bauru – Cabreúva C1, desligar LT 440 kV Jupiá – Bauru C1, que também visa aumentar a margem de reativos das usinas do sistema de 440 kV, ONS RE 3-374/2003 PROCEDIMENTOS ADICIONAIS PARA CONTROLE DE TENSÃO NO FINAL DE ANO 13 / 20 principalmente Ilha Solteira. A abertura desta linha de transmissão está condicionada a seguinte restrição: Geração (P.Primav + Taquaruçu + Jupiá + T.Irmãos + I.Solteira) < 4200MW Vale ressaltar que, caso haja necessidade de abertura da LT 345 kV IbiúnaInterlagos para controle de harmônicos, a mesma contribui para margem de reativos nos síncronos de Ibiúna e Tijuco Preto bem como o controle de tensão no sistema de 345 kV. A redução no perfil de tensão do 440 kV tem reflexos positivos no controle de tensão do tronco de 765 kV e no sistema de 500 kV do Paranaíba, porém tal medida só deve ser tomada caso os recursos existentes nestes sistemas estejam totalmente esgotados. 4.3.2 Área Rio de Janeiro / Espírito Santo Considerando a previsão de carga e fluxos descritas no item 2, os procedimentos de controle de tensão em vigor, deverão ser suficientes para o adequado controle de tensão durante o período de carga mínima. Não será necessário despachar as UTs Macaé Merchant e Eletrobolt por razões elétricas. Caso ocorra redução na carga da área Rio e se observem dificuldades adicionais para o controle de tensão deste sistema, podem-se adotar as seguintes medidas adicionais: a) Inserir, conforme a necessidade, os reatores manobráveis de 60Mvar do tronco de 345 kV entre Adrianópolis e Campos (mais efetivo para perfil elevado no tronco de 345 kV). b) Explorar os limites de absorção de reativos das usinas da área principa lmente das unidades de Angra 1 e 2 (mais efetivo para o controle de tensão no sistema de 500 kV). c) Desligar um circuito da LT 500 kV Adrianópolis – C. Paulista (para um FRJ menor que 3600 MW) sendo esta medida mais efetiva para o controle de tensão no sistema de 500 kV. ONS RE 3-374/2003 PROCEDIMENTOS ADICIONAIS PARA CONTROLE DE TENSÃO NO FINAL DE ANO 14 / 20 d) Caso ainda seja necessário, desligar um circuito da LT 345 kV Itutinga Adrianópolis (sendo o FRJ inferior a 4000 MW) e um circuito da LT 345kV Furnas – Itutinga (para valores de FRJ inferiores a 3100 MW), sendo que neste último caso o tronco 345kV Adrianópolis-Macaé-Campos-Vitória deverá passar a operar com um mínimo de 3 reatores de 60Mvar ligados em Campos e Vitória. 4.3.3 Área Minas Gerais Para o adequado controle de tensão na Área Minas Gerais, além da utilização plena dos equipamentos manobráveis, os seguintes recursos deverão ser explorados: a) Exploração da capacidade de absorção de reativos das UHs Emborcação e Itumbiara, mantendo ao menos 3 unidades sincronizadas em cada usina, operando como síncrono caso seja necessário. b) Exploração da capacidade de absorção de reativos das UHs Furnas e L.C.Barreto, mantendo ao menos 4 unidade sincronizadas em cada usina, operando como síncronos caso seja necessário. c) Desligar a LT 500kV Neves – São Gotardo, retornando à operação com o reator desta linha. 4.3.4 Área Goiás – Brasília e Mato Grosso Considerando as previsões de carga descritas no item 2, os recursos e procedimentos para controle de tensão disponíveis na área deverão ser suficientes. No entanto, de forma a buscar uma melhor margem para operação, as seguintes medidas deverão ser adotadas: a) Desligar a LT 500kV Samambaia – Itumbiara, de forma a reduzir a absorção de reativos pelas máquinas de Emborcação e Itumbiara. b) Maximizar o número de máquinas sincronizadas na UH Serra da Mesa, de forma a explorar sua absorção de reativos. De forma a atender a restrição de exportação do Mato Grosso (FMT < 260MW), poderá ser necessário o desligamento de uma das unidades da UT Mário Covas, ressaltando que não há necessidade de despacho nesta usina por razão elétrica. ONS RE 3-374/2003 PROCEDIMENTOS ADICIONAIS PARA CONTROLE DE TENSÃO NO FINAL DE ANO 15 / 20 4.4 Região Sul Os procedimentos para controle de tensão no período de carga mínima se encontram no Relatório Mensal de Dezembro. 4.5 Região Norte / Nordeste 4.5.1 Faixas de tensão As faixas de tensão são as mesmas definidas no relatório quadrimestral relativo ao 3º Quadrimestre de 2003. 4.5.2 Carregamento dos compensadores síncronos Controlar cada compensador síncrono de Marabá, Imperatriz, P. Dutra e UTE São Luís operando dentro das faixas indicadas na Tabela 13: Tabela 13 - Faixas de potência reativa para os CS da interligação Norte/Nordeste Instalação 4.5.3 Faixa Operativa de cada compensador síncrono Marabá -60 a +120Mvar Imperatriz -50 a +80Mvar P. Dutra -50 a +70Mvar UTE São Luís -10 a +5Mvar Configuração de reatores manobráveis Interligação Norte – Nordeste Energizar/desenergizar reatores de barra de 500kV de P. Dutra e Imperatriz em função do valor de absorção / fornecimento de potência reativa dos compensadores síncronos de Marabá, Imperatriz e P. Dutra. Para este período de carga mínima é esperado a necessidade de energização dos reatores de barra das SEs P.Dutra e Imperatriz especialmente para valores de FNE abaixo de 900 MW. Interligação Sudeste – Nordeste Manter energizados ao longo de toda a jornada diária os reatores de barra de 500 kV das SE Ibicoara e Rio das Éguas. ONS RE 3-374/2003 PROCEDIMENTOS ADICIONAIS PARA CONTROLE DE TENSÃO NO FINAL DE ANO 16 / 20 4.5.4 Desligamento de circuitos de 500 kV para controle de tensão Foram admitidos desligamentos de circuitos como último recurso para controle de tensão, ou seja, este procedimento somente deverá ser adotado depois de esgotados todos os recursos de faixa de tensão, de chaveamento de reatores e de absorção de reativos dos compensadores síncronos e das máquinas da UHE Tucuruí. Deve-se verificar inclusive que estejam sincronizadas o maior número possível de unidades geradoras na UHE Tucuruí I e II. Adicionalmente devem ser observadas às seguintes instruções: a) Deve-se procurar manter as tensões nos limites superiores de suas faixas, uma vez que neste ponto o sistema apresenta um melhor nível de estabilidade dinâmica quando submetido a emergências; b) Garantir, como folga operativa, a absorção máxima de –150 Mvar no compensador estático da SE Bom Jesus da Lapa II; c) Procurar manter o maior tempo possível energizados os reatores de barra disponíveis nas SE P. Dutra e Imperatriz; d) Manter energizados, ao longo de toda jornada diária e independente do intercâmbio praticado nas Interligações, os reatores de barra das subestações de Teresina, Boa Esperança, Açailândia e São Luis II; e) Depois de esgotados todos os recursos disponíveis como faixa de tensão e energização de reatores e havendo necessidade de garantir a absorção máxima de –50 Mvar nos compensadores síncronos das subestações de Imperatriz e P. Dutra, bem como a máxima absorção de potência reativa das máquinas da UHE Tucuruí, efetuar o desligamento de circuitos de 500 kV como último recurso possível. No caso de esgotamento da absorção das máquinas da UHE Tucuruí, deve-se verificar que estejam sincronizadas o maior número possível de unidades geradoras na UHE Tucuruí I e II; Tucuruí f) A política energética, relativa à carga mínima do final de ano, prevê a operação da interligação Norte / Nordeste com contribuição para os valores de FNE provenientes prioritariamente da Região Sudeste e com mínima contribuição da UHE Tucuruí para esse intercâmbio. Esta operação implica num esvaziamento do eixo 500 kV Tucuruí – Marabá – Imperatriz e conseqüente maior absorção de potência reativa das máquinas da UHE Tucuruí. Nestas condições é previsto a necessidade do desligamento de um circuito entre as SEs Tucuruí e Marabá. Esta medida está condicionada a um fluxo máximo total de 2000 MW nos três circuitos da LT 500 kV Tucuruí – ONS RE 3-374/2003 PROCEDIMENTOS ADICIONAIS PARA CONTROLE DE TENSÃO NO FINAL DE ANO 17 / 20 Marabá, verificando-se que estejam sincronizadas o maior número possível de unidades geradoras na UHE Tucuruí I e II. Imperatriz g) Caso o problema esteja localizado entre as SEs Marabá e Imperatriz, é mais efetivo o desligamento da LT 500 kV Marabá – Açailândia pois esta medida tem forte influência nas tensões de Imperatriz e Marabá bem como em P. Dutra e para os compensadores síncronos destas subestações. É possível adoção desta medida em conjunto com o desligamento de um dos circuitos entre Tucuruí e Marabá, porém nesse caso devem ser observadas às seguintes restrições: i. ii. iii. iv. FNE < 1000 MW; Recebimento Nordeste (FNE + FSENE) < 1600 MW; Exportação SE (FMCCO + FSENE) < 1400 MW; Fluxo máximo total de 2000 MW nos três circuitos da LT 500 kV Tucuruí – Marabá Presidente Dutra h) Caso o problema esteja localizado a partir da SE Presidente Dutra, é mais efetivo o desligamento da LT 500 kV P.Dutra – Açailândia ao invés da Marabá-Açailândia, pois esta tem uma maior influência nas tensões de P. Dutra e Imperatriz e para os compensadores síncronos destas subestações. É possível adoção desta medida em conjunto com o desligamento de um dos circuitos entre Tucuruí e Marabá, porém nesse caso devem ser observadas as mesmas restrições do item anterior. Caso existam indisponibilidades de equipamentos no eixo entre Imperatriz e Presidente Dutra, principalmente de compensação série fixa, é proibitivo o desligamento de outra LT de 500 kV neste trecho para controle de tensão. Em último caso deve-se optar pelo desligamento da própria LT que esteja com a compensação indisponível procurando deixar o sistema de transmissão o mais íntegro possível. i) Caso sejam programados valores de FNE inferiores a 200 MW, o desligamento da LT 500 kV P. Dutra – Açailândia não será suficiente para garantir o controle de tensão sem violar o limite de absorção de reativo dos compensadores síncronos. Neste caso deve-se programar o desligamento do circuito dois da LT 500 kV P. Dutra – Imperatriz ao invés do circuito P. Dutra Açailândia. Caso ainda seja necessário o desligamento adicional de circuitos, em função da localização do problema, ou seja, nível de absorção das máquinas da UHE Tucuruí ou dos compensadores síncronos das SE P. Dutra e/ou Imperatriz, se deverá manobrar a LT 500 kV Tucuruí – Marabá C3 ou a ONS RE 3-374/2003 PROCEDIMENTOS ADICIONAIS PARA CONTROLE DE TENSÃO NO FINAL DE ANO 18 / 20 LT Marabá – Açailândia, respectivamente. Também nesse caso deve-se verificar que estejam sincronizadas o maior número possível de unidades geradoras na UHE Tucuruí I e II. 5 CARGA MÁXIMA DO DIA 31/12/03 É previsto para às 21:00 horas do dia 31/12/03 a ocorrência da ponta de carga do período de fim de ano. A carga máxima deste período, apesar de ser menor que a carga pesada normal de dias úteis, apresenta alguns problemas adicionais devido a diferente distribuição espacial das cargas. No entanto, a única medida adicional que deverá ser tomada é relativa à operação da área Rio de Janeiro / Espírito Santo, que apresentará um elevado nível de carga nas regiões litorâneas (patamar de carga pesada) enquanto que na região metropolitana do Rio de Janeiro, deverá se observar um patamar de carga leve. Com isso, para o adequado controle de tensão na área, o tape da transformação 500/345kV da SE Adrianópolis deverá ser explorado de forma a manter uma tensão elevada no 345kV (máximo da faixa), sem provocar problemas no 500kV. Deverão ser sincronizadas no mínimo 5 unidades geradoras na UT Macaé Merchant, para atendimento à inequação da perda de um circuito ( 1) da LT 345kV Adrianópolis – Macaé sobre o remanescente (2). ONS RE 3-374/2003 PROCEDIMENTOS ADICIONAIS PARA CONTROLE DE TENSÃO NO FINAL DE ANO 19 / 20 Lista de figuras, quadros e tabelas Tabelas Tabela 1 - Cargas consideradas nos estudos Tabela 2 – Equipamentos de Controle de Tensão Indisponíveis Tabela 3 – Fluxos Agregados Tabela 4 - Principais despachos considerados nos estudos – térmicas Tabela 5 - Principais despachos considerados nos estudos – hidráulicas Tabela 6 - Perfil de tensão no tronco de 765 kV obtido nos estudos Tabela 7 - Limites com a rede alterada – carga leve/mínima (1) Tabela 8 - Variações de tensão e potência reativa esperadas (1) Tabela 9 - Limites com a rede alterada – carga leve/mínima (2) Tabela 10 - Variações de tensão e potência reativa esperadas (2) Tabela 11 - Despacho do Elo CC e Filtragem associada Tabela 12 – Redespacho nas Usinas do SIN Tabela 13 - Faixas de potência reativa para os CS da interligação Norte/Nordeste ONS RE 3-374/2003 PROCEDIMENTOS ADICIONAIS PARA CONTROLE DE TENSÃO NO FINAL DE ANO 5 6 7 7 8 8 10 10 10 11 11 12 17 20 / 20